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N E U R O N A T O M I A
P R O F . C A R L O S F R E D E R I C O R O D R I G U E S
VIAS MOTORAS
Introdução
 Diversas regiões do SNC participam da motricidade.
 Essa participação se dá, em última análise, pela
influência no neurônio motor que inerva o músculo
esquelético.
 Esse neurônio é denominado: motoneurônio, ‘via
motora final comum’ e neurônio motor inferior, em
contraposição aos neurônios supra-espinhais –
neurônios motores superiores.
Introdução
Os motoneurônios são encontrados em duas regiões do
SNC:
1 – coluna anterior da medula espinhal (grupo
ventromedial para musculatura axial e grupo
dorsolateral para musculatura apendicular);
2 – núcleos de alguns nervos cranianos.
Vias supra-espinhais
 1 – vias descendentes do tronco encefálico.
 2 – vias corticofugais.
Vias descendentes do tronco encefálico
 3 regiões do tronco encefálico dão origem a vias
descendentes:
 Núcleo rubro;
 Núcleos vestibulares;
 Formação reticular.
Vias descendentes do tronco encefálico
 O núcleo rubro dá origem ao núcleo rubro-espinhal.
 Desce pelo funículo lateral da medula para controlar
os neurônios do grupo dorsolateral.
 Influência na musculatura apendicular.
Vias descendentes do tronco encefálico
 Os núcleos vestibulares dão origem ao trato
vestíbulo-espinhal.
 A formação reticular dá origem ao trato retículo-
espinhal.
 Ambos descem pelo funículo anterior da medula
espinhal e controlam os neurônios mediais que
influenciam a musculatura axial.
Fig 16.1
Vias corticofugais
 O córtex cerebral pode controlar os processos tanto
direta quanto indiretamente.
 Diretamente: córtico-espinhal (piramidal) e córtico-
bulbar (nuclear). Ambos com origem na área 4 de
Brodmann – giro pré-central.
 O trato córtico-espinhal – descende pela cápsula
interna, base do mesencéfalo, ponte e pirâmide
bulbar.
Vias corticofugais
 Na pirâmide bulbar, grande parte das fibras sofrem
decussassão e descendem no funículo lateral da
medula – trato córtico-espinhal lateral.
 As fibras que não cruzam a linha média descem no
funículo anterior ipsilateral – trato córtico-espinhal
anterior.
 O trato lateral influenciará a musculatura
apendicular e o anterior influenciará a musculatura
axial.
Vias corticofugais
 O trato córtico-nuclear se origina nas áreas
responsáveis pelo controle motor da face.
 Terminam nos motoneurônios dos núcleos dos
nervos cranianos motores no tronco encefálico.
 Não passa pela pirâmide – termina superiomente à
ela – mas, por ter papel análogo ao córtico-espinhal,
também é conhecido como via piramidal.
Vias corticofugais
 Além das vias diretas, algumas fibras do córtex
conectam-se com áreas do tronco responsáveis pelo
controle motor.
 Fibras para o núcleo rubro, formação reticular e
núcleos vestibulares.
 Exerce, portanto, influência direta e indireta.
Fig 16.2
Papel do cerebelo e do corpo estriado
 O cerebelo pode influenciar indiretamente os
motoneurônios.
 Conexões com as áreas do tronco encefálico que dão
origem às vias descendentes para a medula.
 Mantém conexões com o córtex motor –
influenciando o próprio córtex da área 4.
Papel do cerebelo e do corpo estriado
 O corpo estriado: núcleo caudado, putâmen e globo
pálido.
 Possuem conexões reverberantes com o córtex
motor.
 Contribui para a modulação da atividade cortical.
Papel do cerebelo e do corpo estriado
 2 sistemas motores: piramidal e o extrapiramidal.
 O extrapiramidal é basicamente o formado pelos
tratos originados no corpo estriado.
Considerações funcionais
 Sistema medial do tronco encefálico – vestíbulo
espinhal e retículo espinhal – controla a musculatura
axial.
 Sistema lateral – rubro espinhal – controla os
movimentos isolados dos membros.
 Trato córtico-espinhal – papel controlador e
amplificador sobre os sistemas anteriores.
Considerações funcionais
 Ao longo da filogênese a via córtico-espinhal tornou-
se a mais importante.
 Capacidade cada vez maior de executar movimentos
finos e precisos com as extremidades. Movimentos
isolados dos dedos.
 A junção dos neurônios corticais e medulares não
está pronta ao nascer. O desenvovimento motor
humano é progressivo.
Considerações clínicas
 As lesões das vias motoras podem originar duas
síndromes distintas:
 Síndrome do primeiro neurônio motor ou síndrome
piramidal.
 Síndrome do segundo neurônio motor ou síndrome
do neurônio motor inferior.
Considerações clínicas
 Primeiro neurônio – causas AVE, EM, TCE e etc.
 Paralisia espástica,
 hiperreflexia,
 Babinski,
 clônus
 e pouca atrofia muscular.
Considerações clínicas
 Segundo neurônio motor – poliomielite.
 Paralisia flácida,
 Arreflexia,
 Atrofia extrema.

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Vias motoras

  • 1. N E U R O N A T O M I A P R O F . C A R L O S F R E D E R I C O R O D R I G U E S VIAS MOTORAS
  • 2. Introdução  Diversas regiões do SNC participam da motricidade.  Essa participação se dá, em última análise, pela influência no neurônio motor que inerva o músculo esquelético.  Esse neurônio é denominado: motoneurônio, ‘via motora final comum’ e neurônio motor inferior, em contraposição aos neurônios supra-espinhais – neurônios motores superiores.
  • 3. Introdução Os motoneurônios são encontrados em duas regiões do SNC: 1 – coluna anterior da medula espinhal (grupo ventromedial para musculatura axial e grupo dorsolateral para musculatura apendicular); 2 – núcleos de alguns nervos cranianos.
  • 4. Vias supra-espinhais  1 – vias descendentes do tronco encefálico.  2 – vias corticofugais.
  • 5. Vias descendentes do tronco encefálico  3 regiões do tronco encefálico dão origem a vias descendentes:  Núcleo rubro;  Núcleos vestibulares;  Formação reticular.
  • 6. Vias descendentes do tronco encefálico  O núcleo rubro dá origem ao núcleo rubro-espinhal.  Desce pelo funículo lateral da medula para controlar os neurônios do grupo dorsolateral.  Influência na musculatura apendicular.
  • 7. Vias descendentes do tronco encefálico  Os núcleos vestibulares dão origem ao trato vestíbulo-espinhal.  A formação reticular dá origem ao trato retículo- espinhal.  Ambos descem pelo funículo anterior da medula espinhal e controlam os neurônios mediais que influenciam a musculatura axial.
  • 9. Vias corticofugais  O córtex cerebral pode controlar os processos tanto direta quanto indiretamente.  Diretamente: córtico-espinhal (piramidal) e córtico- bulbar (nuclear). Ambos com origem na área 4 de Brodmann – giro pré-central.  O trato córtico-espinhal – descende pela cápsula interna, base do mesencéfalo, ponte e pirâmide bulbar.
  • 10. Vias corticofugais  Na pirâmide bulbar, grande parte das fibras sofrem decussassão e descendem no funículo lateral da medula – trato córtico-espinhal lateral.  As fibras que não cruzam a linha média descem no funículo anterior ipsilateral – trato córtico-espinhal anterior.  O trato lateral influenciará a musculatura apendicular e o anterior influenciará a musculatura axial.
  • 11. Vias corticofugais  O trato córtico-nuclear se origina nas áreas responsáveis pelo controle motor da face.  Terminam nos motoneurônios dos núcleos dos nervos cranianos motores no tronco encefálico.  Não passa pela pirâmide – termina superiomente à ela – mas, por ter papel análogo ao córtico-espinhal, também é conhecido como via piramidal.
  • 12. Vias corticofugais  Além das vias diretas, algumas fibras do córtex conectam-se com áreas do tronco responsáveis pelo controle motor.  Fibras para o núcleo rubro, formação reticular e núcleos vestibulares.  Exerce, portanto, influência direta e indireta.
  • 14. Papel do cerebelo e do corpo estriado  O cerebelo pode influenciar indiretamente os motoneurônios.  Conexões com as áreas do tronco encefálico que dão origem às vias descendentes para a medula.  Mantém conexões com o córtex motor – influenciando o próprio córtex da área 4.
  • 15. Papel do cerebelo e do corpo estriado  O corpo estriado: núcleo caudado, putâmen e globo pálido.  Possuem conexões reverberantes com o córtex motor.  Contribui para a modulação da atividade cortical.
  • 16. Papel do cerebelo e do corpo estriado  2 sistemas motores: piramidal e o extrapiramidal.  O extrapiramidal é basicamente o formado pelos tratos originados no corpo estriado.
  • 17. Considerações funcionais  Sistema medial do tronco encefálico – vestíbulo espinhal e retículo espinhal – controla a musculatura axial.  Sistema lateral – rubro espinhal – controla os movimentos isolados dos membros.  Trato córtico-espinhal – papel controlador e amplificador sobre os sistemas anteriores.
  • 18. Considerações funcionais  Ao longo da filogênese a via córtico-espinhal tornou- se a mais importante.  Capacidade cada vez maior de executar movimentos finos e precisos com as extremidades. Movimentos isolados dos dedos.  A junção dos neurônios corticais e medulares não está pronta ao nascer. O desenvovimento motor humano é progressivo.
  • 19. Considerações clínicas  As lesões das vias motoras podem originar duas síndromes distintas:  Síndrome do primeiro neurônio motor ou síndrome piramidal.  Síndrome do segundo neurônio motor ou síndrome do neurônio motor inferior.
  • 20. Considerações clínicas  Primeiro neurônio – causas AVE, EM, TCE e etc.  Paralisia espástica,  hiperreflexia,  Babinski,  clônus  e pouca atrofia muscular.
  • 21. Considerações clínicas  Segundo neurônio motor – poliomielite.  Paralisia flácida,  Arreflexia,  Atrofia extrema.