SlideShare uma empresa Scribd logo
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Faculdade de Engenharia e Ciências Naturais
Cálculo II
Licenciaturas em
Biologia, Ciências do Mar, Engenharia do Ambiente, Engenharia Biotecnológica,
Engenharia Civil, Engenharia Electrotécnica, Engenharia e Gestão Industrial e Química
2º Semestre 2008/2009
Ficha 9 – Limites e continuidade
Parte I – Exercícios Propostos
Cálculo de Limites
I.1 Calcule, se existirem, os limites seguintes:
a)
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
b)
( ) ( )
( )
5
2x,y 0,0 8 2
x
lim
x y x→
+ −
c)
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
+
Definição de limite
I.2 Calcule, se existir, o limite seguinte:
( ) ( )
3 3
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
+
Continuidade
I.3 Estude a seguinte função quanto à continuidade:
( )
( ) ( )
( ) ( )
2 3
2 2
2xy 3x
, se x, y 0,0
f x,y x y
0 se x, y 0,0
 +
≠
= +
 =
Prolongamento por continuidade
I.4 Verifique se a função ( )
( )
2 2
22 2
x y
f x, y
4x y y x
=
+ −
é prolongável por continuidade à origem.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
2
Parte II – Exercícios Resolvidos
Cálculo de Limites
II.1 Considere o limite seguinte:
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
2xy
lim
x y→ +
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
x,y 0,0
2xy 2 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅ ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0).
Resolução:
Seja ( ) 2 2
2xy
f x, y
x y
=
+
( )
( )
2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0
2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0
2xy 2x 0
lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0
x y x 0
2xy 2 0y
lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0
x y 0 y
→ → → → → →
→ → → → → →
  ⋅ 
= = = =   
+ +  
   ⋅
= = = =   
+ +   
c) Calcule alguns limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Resolução:
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
2xmx 2x m 2x m 2m 2m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
= = = = = =
+ + +++
.
d) Calcule, se existir, o limite dado.
Resolução:
Na alínea anterior vimos que
( ) ( )
( ) 2
x,y 0,0
y mx
2m
lim f x, y ,
1 m→
=
=
+
logo para cada valor de m, vem um valor
diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes.
Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
2xy
lim
x y→ +
.
II. 2 Considere o limite seguinte:
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
( ) ( )x,y 3,2
y 2 2 2 0
lim
x 3 3 3 0→ −
− −
= =
+ − +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites direccionais na vizinhança do ponto ( )3,2− .
Resolução:
Vamos determinar limites, ao longo de rectas que passam pelo ponto ( )3,2− .
Seja ( )
y 2
f x, y ,
x 3
−
=
+
cujo domínio é
( ){ } ( ){ } ( ){ }2 2 2
fD x, y : x 3 0 x,y : x 3  x, y : x 3 .= ∈ + ≠ = ∈ ≠ − = = −» » »
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
3
Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta x 3,= − uma vez que esta não
faz parte de fD .
Sabemos que as rectas que passam no ponto ( )3,2− são do tipo:
( )( ) ( )y 2 m x 3 , isto é, y m x 3 2− = − − = + + .
( ) ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 3,2 segundo a direcção da recta y m x 3 2− = + + :
( ) ( )
( )
( ) ( )( )
( ) ( )
x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y m x 3 2
m x 3 2 2 m x 3
lim f x, y limf x,m x 3 2 lim lim limm m
x 3 x 3→ → → →→
= + +
+ + − +
= + + = = = =
+ +
c) Calcule, se existir, o limite dado.
Resolução:
Na alínea anterior vimos que
( ) ( )
( )
( )
x,y 0,0
y m x 3 2
lim f x, y m
→
= + +
= , logo para cada valor de m, vem um valor diferente
para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas ( )y m x 3 2= + + são
diferentes ( )∗ .
Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
Observação ( )∗ :
No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo da recta ( )y 0 x 3 2,= + + isto
é, y 2= é 0 e o valor do limite ao longo da recta ( )y 1 x 3 2,= + + isto é, y x 5= + é 1.
Outra forma de resolver:
Este exercício também se pode resolver fazendo uma mudança de variável. Vejamos como:
( ) ( ) ( ) ( )x,y 3,2 u,v 0,0
Fazendo mudança de variável
u =x 3 e v y 2.
Como x 3 então x 3 0.
Assim, u 0.
Como y 2 então y 2 0.
Assim, v 0.
y 2 v 0
lim lim
x 3 u 0→ − →
↑
+ = −
→− + →
→
→ − →
→
−
= =
+
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )u,v 0,0
v 0
lim
u 0→
= , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Quer
isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0).
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
4
Seja ( )
v
f u,v ,
u
= cujo domínio é ( ){ } ( ){ }2 2
fD u,v : u 0  u,v : u 0 .= ∈ ≠ = =» »
Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta u = 0, uma vez que esta não faz
parte de fD .
( ) ( )Calculemos o limite quando u,v se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta v mu= :
( ) ( )
( ) ( )u 0 u 0 u 0u,v 0,0
v mu
mu
lim f u,v limf u,mu lim limm m.
u→ → →→
=
= = = =
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas v=mu são
diferentes ( )∗∗ .
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
Observação ( )∗∗ :
No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos uu, isto é, ao longo
da recta v = 0 (a recta tem declive nulo, isto é, m = 0) é 0 e o valor do limite ao longo da recta v = u
(a recta tem declive 1, isto é, m = 1) é 1.
II. 3 Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( )x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
−
Resolução:
( ) ( )x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
x y 0 0 0→
+ +
= =
− −
(Indeterminação).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0
segundo a direcção x 0 :=
( ) ( )
( ) ( ) ( )y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x 0
0 y y
lim f x, y limf 0, y lim lim lim 1 1.
0 y y→ → → →→
=
+
= = = = − = −
− −
segundo a direcção y 0 :=
( ) ( )
( ) ( ) ( )x 0 x 0 x 0 y 0x,y 0,0
y 0
x 0 x
lim f x, y limf x,o lim lim lim 1 1.
x 0 x→ → → →→
=
+
= = = = =
−
Como estes limites são diferentes, podemos concluir que não existe o limite inicial.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
5
b)
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y
lim
x y→
+
+
Resolução:
( ) ( )
4 4
4 4
x,y 0,0
2x 3y 2 0 3 0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y 0
lim
0x y→
+
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
4
4
2x 3y
f x,y .
x y
+
=
+
( ) ( ) 4
Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da linha x my com m 1:= ≠ −
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( )4
44 4
4
4 4 4y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x my
m 1
y 2m 32my 3y 2m 3
lim f x, y limf my , y lim lim .
m 1my y y m 1→ → →→
=
≠−
++ +
= = = =
++ +
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das linhas 4
x my com m 1= ≠ −
são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y
lim
x y→
+
+
.
c)
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
Resolução:
( ) ( )
2 2
4 2 4 2
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
2
4 2
x y
f x,y .
x y
=
+
( ) ( ) 2
Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da parábola y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )2
2 2 4 4
2
2 4 2 4 2 24 2x 0 x 0 x 0 x 0 x 04 2x,y 0,0
y mx
x mx x m x m m m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim .
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
= = = = = =
+ + +++
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança
do ponto (0,0), ao longo das parábolas 2
y mx= são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
6
d)
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
.
Resolução:
( ) ( ) ( ) ( )
4 4 4 4
3 32 4 2 4x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
( )
4 4
32 4
x y
f x,y .
x y
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
44 4 4 4 8 4
3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 4 4 2 4 22x,y 0,0
y mx
8 4 8 4 2 4 2 4
3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 4 2 6 4 2 4 2 4 2
x mx x m x x m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim
x m x x 1 m xx mx
x m x m x m 0 m
lim lim lim 0.
x 1 m x x 1 m x 1 m x 1 m 0
→ → → →→
=
→ → →
= = = =
+ ++
= = = = =
+ + + +
.
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y=mx, existem e são iguais a
zero, nada podemos concluir em relação ao
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
, apenas que se o seu limite existir é
zero.
2
segundo a parábola y x= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2
44 2 4 8 12
2
3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 8 2 6x,y 0,0 2 2
y x
12 12 6 6
3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 6 6 6 6 6
x x x x x
lim f x, y limf x,x lim lim lim
x x x 1 xx x
x x x 0
lim lim lim 0.
x 1 x x 1 x 1 x 1 0
→ → → →→
=
→ → →
= = = =
+ ++
= = = = =
+ + + +
Como o limite na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da parábola 2
y x= , existe e é igual a zero,
nada podemos concluir em relação ao
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
, apenas que se o seu limite existir é
zero.
2
segundo a parábola x y=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )2
42 4 8 4 12
2
3 3 3y 0 y 0 y 0 y 02 4 4 4x,y 0,0 2 4
x y
12
12y 0 y 0
y y y y y
lim f x, y limf y , y lim lim lim
y y 2yy y
y 1 1
lim lim
8 88y
→ → → →→
=
→ →
= = = =
++
= = =
.
Logo, como o limite segundo a parábola 2
x y= é diferente dos limites direccionais segundo as
rectas y=mx e segundo a parábola 2
y x= , então não existe o
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
7
e)
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
.
Resolução:
( ) ( )
3 2 3 2
2 2 2 2
x,y 0,0
x 2y 0 2 0 0
lim
0x y 0 0→
− − ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y 0
lim
0x y→
−
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Quer isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0).
Considere-se a função ( )
3 2
2 2
x 2y
f x, y ,
x y
−
=
+
cujo domínio é
( ){ } ( ){ }2 2 2 2
fD x, y : x y 0  0,0 .= ∈ + ≠ =» »
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo os eixos coordenados:
eixo dos xx:
( ) ( )
( ) ( )
3 2 3
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y 0
x 2 0 x
lim f x, y limf x,0 lim lim lim x 0
x 0 x→ → → →→
=
− ⋅
= = = = =
+
O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y = 0 é zero.
eixo dos yy:
( ) ( )
( ) ( ) ( )
3 2 2
2 2 2y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x 0
0 2y 2y
lim f x, y limf 0, y lim lim lim 2 2
0 y y→ → → →→
=
− −
= = = = − = −
+
O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta x = 0 é (-2).
Assim, os limites iterados na vizinhança do ponto (0,0), ao longo dos eixos coordenados são
diferentes ( )∗ . Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir
que não existe o
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
.
Observação ( )∗ : No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos
xx é 0 e o valor do limite ao longo do eixo dos yy é -2.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
8
II.4 – Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( )
( )
x,y 1,2
sen xy y
lim
x 1→
−
−
Resolução:
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )( )
( )
( )
( )
( ) ( )
( )
x,y 1,2
x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2
z 0
Atendendo à observação e
usando a definição de limite da
função composta em que
z lim y x 1 0,
isto
sen y x 1 sen y x 1sen xy y
lim lim y lim y lim
x 1 y x 1 y x 1
sen z
2 lim
z
→
→ → → →
→
↑
∗
= − =
 − −−  
= = ⋅    − − −   
= ⋅
limite
conhecido
é, z 0
2 1 2
→
= ⋅ =
Observação ( )∗ :
Seja
( )( )
( )
sen y x 1
h(x, y)
y x 1
−
=
−
.
Podemos decompor
( )( )
( )
sen y x 1
h(x, y)
y x 1
−
=
−
como se segue:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
( )
2
gf
h g f :
sen z
x, y z f x, y y x 1 w h x, y g f x, y g z
z
= → →
= = − = = = =
» » »
b)
( ) ( )x,y 2,3
xy 2 2
lim
xy 6→
− −
−
Resolução:
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )
( )
x,y 1,2
z 6 z 6 z 6x,y 2,3
Regra
de Cauchy
Atendendo à observação e
usando a definição de limite da
função composta em que
z lim xy 6,
isto é, z 6
z 6
1
z 2 2xy 2 2 z 2 2 2 z 2lim lim lim lim
xy 6 z 6 1z 6
1 1 1
lim
2 z 2 2 6 2
→
→ → →↑→
↑
∗
= =
→
→
′
− −− − − − −= = =
− − ′−
= = =
− −
1 1
.
2 2 42 4
= =
⋅
Observação ( )∗ :
Seja
xy 2 2
h(x, y)
xy 6
− −
=
−
.
Podemos decompor
xy 2 2
h(x, y)
xy 6
− −
=
−
como se segue:
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
2
gf
h g f :
z 2 2
x, y z f x, y xy w h x, y g f x, y g z
z 6
= → →
− −
= = = = = =
−
» » »
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
9
c)
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
−
+
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
− −
= =
+ +
(Indeterminação). Como o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
−
=
+
, temos de recorrer aos
limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
2 2
2 2
x y
f x,y .
x y
−
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
2 2 22 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
x 1 mx mx x m x 1 m 1 m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim .
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
−− − − −
= = = = = =
+ + +++
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança
do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
−
+
.
Definição de limite
II.5 Considere o limite seguinte:
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
Resolução:
( ) ( ) 2 2 2 2x,y 0,0
xy 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0). O que pode concluir?
Resolução:
Seja ( ) 2 2
xy
f x,y
x y
=
+
.
Temos
( )
( )
2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0
2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0
xy x 0
lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0
x y x 0
xy 0y
lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0
x y 0 y
→ → → → → →
→ → → → → →
   ⋅
 = = = =   + +  
   
   = = = =
   + +   
Como os limites iterados existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação
ao
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
, apenas que se o seu limite existir é zero.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
10
c) Verifique recorrendo à definição que
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0
→
= .
Resolução:
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y  0,0 x,y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( )2 2 2
2 2
Usando a norma
Euclideana
x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » »
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ){ }
( )
2 2 2
2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2
x y 0, x,y  0,0
2 2
Por
hipótese
xy x y x y x y x yxy xy
f x, y 0 0
x y x y x y x yx y x y
x y
∗
↑
+ > ∀ ∈
+ ⋅ +
− = − = = = = ≤
+ + + ++ +
= + < ε < δ ⇔ ε < δ
»
Logo, basta tomar ε < δ para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y  0,0 0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ ≤ − < ε ⇒ − < δ»
»
Observação ( )∗ :
2 2 2
2 2 2
Atendendo a que x x x y , x, y
y y x y , x, y .
•
•
= ≤ + ∀ ∈
= ≤ + ∀ ∈
»
»
II.6 – Determine o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x
lim
x y→
+
+
.
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
7xy 2x x 7 0 0 2 0 0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(indeterminação).
Como o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x 0
lim
0x y→
+
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto
(0,0).
Seja ( )
2 2
2 2
7xy 2x x
f x,y
x y
+
=
+
.
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 :
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
2 2 2 2 2
2 2 2 22x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
2 2 2 2
2 22 2x 0 x 0
7x mx 2x x 7xm x 2x x
lim f x, y limf x,mx lim lim
x m xx mx
x 7m x 2 x 7m x 2 x 7m 0 2 0
lim lim 0
1 m 1 mx 1 m
→ → →→
=
→ →
+ +
= = =
++
+ + ⋅ +
= = = =
+ ++
segundo a direcção da recta y 0=
( ) ( )
( ) ( )
2 2 2
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y 0
7x 0 2x x 2x x
lim f x, y limf x,0 lim lim lim2 x 2 0 0
x 0 x→ → → →→
=
⋅ +
= = = = = =
+
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
11
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= e da recta y 0= existem e
são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x
lim
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite
existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y  0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( ) 2 2
Usando a norma
Euclideana
x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ) ( )
2 2 2 2 2 22 2 2 2
2 2 2 2 2 22 2 2 2Desigualdade
triangular
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2
2 2 2 2( ) Por
hipótese
7xy 2x x 7xy 2x x 7 xy 2 x x7xy 2x x 7xy 2x x
f x, y 0 0
x y x y x yx y x y
7 x y x y 2 x y x y 9 x y x y
9 x y 9
9x y x y∗
+ + ++ +
− = − = = ≤ =
+ + ++ +
+ + + + + + + δ
≤ = = + < ε < δ ⇔ ε <
+ +
Logo, basta tomar
9
δ
ε < para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y  0,0 x,y 0,0 f x,y 0 .
9
δ
∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Observação ( )∗ :
( )
( )
( )
( )
( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2
2 2 2 2 2 2 2
x 0, x Por 1 e 2
2 2 2 2 2 2 2
Por 3 e 1
Atendendo a que x x x y , x, y 1
x x y , x,y 2
y x y , x, y 3
vem
x x x x x x x y x y , x, y
xy x y y x x y x y , x, y
≥ ∀ ∈
•
•
•
•
•
= ≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
= = ≤ + + ∀ ∈
= ⋅ = ≤ + + ∀ ∈
»
»
»
»
»
»
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
12
II.7 Determine o
( ) ( ) ( )
3 4
3/ 22 2x,y 0,0
3x y 5y cos x
lim
x y→
+
+
.
Resoluções:
( ) ( ) ( ) ( )
3 4
3/ 2 3/ 22 2 2 2x,y 0,0
3x y 5y cosx 3 0 0 5 0 cos0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(indeterminação),
temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
( )
3 4
3/22 2
3x y 5y cosx
f x,y .
x y
+
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( )
43 44
3/ 2 3 3/ 2x 0 x 0 x 02 22x,y 0,0
y mx
3x mx 5 mx cos x 3m 5m cos xx
lim f x, y limf x,mx lim lim 0
x 1 mx mx
→ → →→
=
+ + ⋅
= = = =
++
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= existem e são iguais a zero,
nada podemos concluir em relação ao
( ) ( ) ( )
3 4
3/ 22 2x,y 0,0
3x y 5y cos x
lim
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y  0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( ) 2 2
Usando a norma
Euclideana
x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ) ( ) ( )
3 43 4 3 4 3 4
3/ 2 3/ 2 32 2 2 2 32 2 2 2
3x y 5y cos x3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x
f x, y 0 0
x y x y x y x y
++ + +
− = − = = =
+ + + +
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )
3 4 3 4 3 4 3 4
2 2 2 2 2 2 2 2Desigualdade2 2 2 2 22 2 2 2 triangular
3 4 3 4
2 2 2 2 2
A função coseno
é limitada, isto é,
cos x 1, x
3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x
x y x y x y x yx y x yx y x y
3 x y 5 cos x y 3 x y 5 y 1
x y x y x y↑
≤ ∀ ∈
+ + + +
= = = ≤
+ + + ++ ++ +
+ +
= ≤ =
+ + +
»
( )
( ) ( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )
( )
( )( )
( )
( )
( ) ( )
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2( )
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2
2 2
2 22 2 2 2 Por
hipótese
3 x y x y x y 5 x y x y
x y x y x y
3 x y x y 5 x y x y 8 x y x y 8 x y
x y x y x y x y x y
8 x y x y 8 x y x y
8 x y 8
8x yx y x y
∗
+ + + + + ⋅ +
≤
+ + +
+ + + + ⋅ + + + +
= = =
+ + + + +
+ + + + δ
= = = + < ε < δ ⇔ ε <
++ +
Logo, basta tomar
8
δ
ε < para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y  0,0 x,y 0,0 f x,y 0 .
8
δ
∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
13
Observação ( )∗ :
( )
( )
( )
( )
( ) ( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2
3 3 2 2 2 2 2 2 2 2
Por 1, 2 e 3
4 2 2 2 2 2 2 2 2
Por3
Atendendo a que
y y x y , x, y 1
x x y , x, y 2
y x y , x, y 3
vem
x y x y x x y x x y x y x y x y , x, y
y y y y y x y x y , x,y
•
•
•
•
•
= ≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
= = ⋅ = ≤ + + + ∀ ∈
= ⋅ = ⋅ ≤ + ⋅ + ∀ ∈
»
»
»
»
»
Continuidade
II. 8 Estude a seguinte função quanto à continuidade:
( )
( ) ( )
( ) ( )
4
x y
, se x, y 0,0
x y sen xf x,y
0 , se x, y 0,0
−
≠ + −= 
 =
Resolução:
Estudemos a continuidade de f em todos os pontos do seu domínio, isto é, em 2
» .
Pela forma como f está definida, por ramos, iremos estudar a continuidade em duas partes:
• ( ) ( )Num ponto x, y 0,0≠
A função é contínua, porque é a soma, a composta e o quociente de funções contínuas em pontos
onde o denominador não se anula.
• ( ) ( )No ponto x, y 0,0=
A função f é contínua no ponto ( )0,0 sse
existe
( ) ( )
( )
x,y 0,0
lim f x, y
→
e
( ) ( )
( ) ( )
x,y 0,0
lim f x, y f 0,0
→
= .
( ) ( )
( )
x,y 0,0
Verifiquemos se existe lim f x, y
→
.
( ) ( )
4 4
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y sen x 0 0 sen 0→
− −
= =
+ − + −
(indeterminação).
Como o
( ) ( )
4
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y sen x→
−
=
+ −
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto
(0,0).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 :
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )( )
( )
( ) ( ) ( )
0
0
4 4x 0 x 0 x 0 Regra x 0x,y 0,0 4
de
y mx
Cauchy
3 3 3x 0
x 1 mx 1 mx mx
lim f x, y limf x,mx lim lim lim
x mx sen x x mx sen x
x mx sen x
1 m 1 m m 11 m 1 m
lim 1 com m 1
m 1 m 14x m cos x 4 0 m cos0 0 m 1
 
 
 
→ → → →→
=
→
′−−−
= = = =
+ − + − ′+ −
− − − −− −
= = = = = = − ≠
− −+ − ⋅ + − + −
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
14
segundo a direcção da recta y x=
( ) ( )
( ) ( ) 4 4x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y x
x x 0
lim f x, y limf x,x lim lim lim0 0.
x x sen x x x sen x→ → → →→
=
−
= = = = =
+ − + −
Como o limite direccional segundo a recta y x= é diferente dos limites direccionais segundo as rectas
y=mx, com m 1≠ então não existe o
( ) ( )
4
x,y 0,0
x y
lim .
x y sen x→
−
+ −
Assim, a função f não é contínua no ponto ( )0,0 .
Outra forma de raciocinar:
Já verificamos que o limite quando ( )x,y se aproxima de ( )0,0 segundo a direcção da recta
y mx, com m 1= ≠ é (-1). Assim, se o
( ) ( )
( )
x,y 0,0
lim f x, y
→
existir tem que ser (-1), devido a unicidade do
limite. Como ( )
( ) ( )
( )
x,y 0,0
f 0,0 0 lim f x, y
→
= ≠ , podemos concluir que f não é contínua no ponto ( )0,0 .
Conclusão final:
A função f é contínua em ( ){ }2
 0,0 .»
Prolongamento por continuidade
II. 9 Verifique se a função ( ) ( )
2
2 2
2 2
x
f x,y sen x y
x y
= +
+
é prolongável por continuidade à origem, em
caso afirmativo defina o prolongamento contínuo ( )f x, y :
Resoluções:
A função f é prolongável por continuidade ao ponto ( )0,0 sse o limite existe e é finito nesse ponto.
Temos,
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2 2 2
2 2 2 2x,y 0,0
x 0 0
lim sen x y sen 0 0
0x y 0 0→
+ = + =
+ +
(indeterminação).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y x= :
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )
2 2 2
2 2 2 2
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y x
x x x
lim f x, y limf x,x lim sen x x lim sen 2x lim sen 2x
x 2x x 2x→ → → ∗ →→
=
    
= = + = =       +     
Calculemos os limites laterais no ponto x=0:
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
2
2 2 2
x 0 x 0
2
2 2 2
x 0 x 0
x x 0
lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0
x 2 2 2
x x 0
lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0
x 2 2 2
+ +
− −
→ →
→ →
• = = ⋅ = ⋅ =
• = = ⋅ = ⋅ =
− − −
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
15
Como os limites laterais no ponto x=0 são iguais, então
( ) ( )
( )
x,y 0,0
y x
lim f x, y
→
=
=0. Assim, atendendo a que o
limite direccional na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da recta y x= , existe e é igual a zero, nada
podemos concluir em relação ao
( ) ( )
( )
2
2 2
2 2x,y 0,0
x
lim sen x y
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( )2 2 2
2 2
Usando a norma
Euclideana
x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » »
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2
2 22 2 2 2 2 2 2Atendendo a que 2 2
x x y , x,y .
2 2
Por
hipótese
x x x
f x, y 0 sen x y 0 sen x y sen x y 
x y x y x y
x y x y x y x y x y x yx y
x yx y x y x y x y
x y
≤ + ∀ ∈
− = + − = + = +
+ + +
+ + + + + ++
≤ = = =
++ + + +
= + < ε < δ ⇔ ε < δ
»
Logo, basta tomar ε < δ para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y  0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Assim, como o
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= podemos concluir que a função f é prolongável por continuidade ao
ponto ( )0,0 e o prolongamento é a função
( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )
2
2 2
2 2
x
sen x y , se x, y 0,0
f x, y x y
0 , se x, y 0,0

+ ≠
= +

=
.
_____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
16
Parte III – Exercícios de Auto-Avaliação
III.1 Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( ) ( )
3
22 2x,y 0,0
4xy
lim
x y→ +
b)
( ) ( )
3
3
x,y 0,0
x 2y
lim
2x 5y→
−
+
c)
( ) ( ) ( )
2
22 2
x,y 0,0
x
lim
x y 1 x 1→ + − + −
d)
( ) ( )
( )
( )
2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
1 cos x y
lim
x y x y→
− +
+
e)
( ) ( )
( )22
1
x y 1
x,y 0,1
lim e
−
−
→
f) 2 2
x ,y
x y
lim
x y→+∞ →+∞
+
+
g)
( ) ( )
( )
2
2 2
x,y 1,3
x y 4
lim
x y 2x 6y 10→
+ −
+ − − +
III.2 Considere a função real definida por:
( )
2 1
xy sen , se y 0
yf x,y
0 , se y 0

≠
= 
 =
Prove que f é contínua na origem.
III.3 Considere a função:
( )
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2
7xy 2x x
, se x, y 0,0
f x,y x y
0 se x,y 0,0
 +
≠
= +
 =
Estude ( )f x, y quanto à continuidade.
III.4 Verifique se a função ( )
2
3
x
f x,y
x y tg x
=
+ +
é prolongável por continuidade à origem.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 17 medidas separatrizes
Aula 17   medidas separatrizesAula 17   medidas separatrizes
Polinómios e monómios
Polinómios e monómiosPolinómios e monómios
Polinómios e monómiosaldaalves
 
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
Μάκης Χατζόπουλος
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
Concursando Persistente
 
Mat utfrs 09. monomios e polinomios
Mat utfrs 09. monomios e polinomiosMat utfrs 09. monomios e polinomios
Mat utfrs 09. monomios e polinomiostrigono_metria
 
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
Μάκης Χατζόπουλος
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
Aab2507
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2
AnaMartins532
 
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο ΑνάλυσηςΤεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
Μάκης Χατζόπουλος
 
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02   Cálculo de limites - Conceitos BásicosAula 02   Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 16: Exercícios
Aula 16: ExercíciosAula 16: Exercícios
Aula 16: Exercícios
Adriano Silva
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorialtooonks
 
Identificar uma função quadrática
Identificar uma função quadráticaIdentificar uma função quadrática
Identificar uma função quadrática
Paulo Mutolo
 
Funcoes de varias variaveis calculo 2
Funcoes de varias variaveis  calculo 2Funcoes de varias variaveis  calculo 2
Funcoes de varias variaveis calculo 2Kassiane Campelo
 
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ Dimitris Ountzoudis
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
Jeremias Manhica
 
Números Relativos 6º ano
Números Relativos 6º anoNúmeros Relativos 6º ano
Números Relativos 6º anoAna Duarte
 

Mais procurados (20)

Variáveis aleatórias contínuas - Estatística II
Variáveis aleatórias contínuas - Estatística IIVariáveis aleatórias contínuas - Estatística II
Variáveis aleatórias contínuas - Estatística II
 
Aula 17 medidas separatrizes
Aula 17   medidas separatrizesAula 17   medidas separatrizes
Aula 17 medidas separatrizes
 
Polinómios e monómios
Polinómios e monómiosPolinómios e monómios
Polinómios e monómios
 
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι το Διαφορικό Λογισμό 2020
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
 
Mat utfrs 09. monomios e polinomios
Mat utfrs 09. monomios e polinomiosMat utfrs 09. monomios e polinomios
Mat utfrs 09. monomios e polinomios
 
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
Επαναληπτικό διαγώνισμα μέχρι την αντίστροφη συνάρτηση - Αρσάκειο 2017 - 18
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
15 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade215 funcoes essenciais_unidade2
15 funcoes essenciais_unidade2
 
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο ΑνάλυσηςΤεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
Τεστ στα ΕΠΑΛ στο 1ο κεφάλαιο Ανάλυσης
 
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02   Cálculo de limites - Conceitos BásicosAula 02   Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
 
Aula 16: Exercícios
Aula 16: ExercíciosAula 16: Exercícios
Aula 16: Exercícios
 
Calculo vetorial
Calculo vetorialCalculo vetorial
Calculo vetorial
 
Identificar uma função quadrática
Identificar uma função quadráticaIdentificar uma função quadrática
Identificar uma função quadrática
 
Inequações
InequaçõesInequações
Inequações
 
Funcoes de varias variaveis calculo 2
Funcoes de varias variaveis  calculo 2Funcoes de varias variaveis  calculo 2
Funcoes de varias variaveis calculo 2
 
Notação científica
Notação científicaNotação científica
Notação científica
 
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ
ΔΙΑΓΩΝΙΣΜΑ ΜΑΘΗΜΑΤΙΚΩΝ ΚΑΤΕΥΘΥΝΣΗΣ Γ ΛΥΚΕΙΟΥ
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
 
Números Relativos 6º ano
Números Relativos 6º anoNúmeros Relativos 6º ano
Números Relativos 6º ano
 

Semelhante a Ficha 9 -_limites e continuidade

Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Ana Carolline Pereira
 
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
ThaysonDourado1
 
Limite funcoes melhor texto
Limite funcoes melhor textoLimite funcoes melhor texto
Limite funcoes melhor texto
joeljuniorunivesp
 
Função quadrática
Função quadráticaFunção quadrática
Função quadráticajwfb
 
Derivadas Aplicações
Derivadas AplicaçõesDerivadas Aplicações
Derivadas Aplicações
Jones Fagundes
 
Curso de limites v1
Curso de limites v1Curso de limites v1
Curso de limites v1
Leandro Rafael
 
Apostila de cálculo_i_2010_i
Apostila de cálculo_i_2010_iApostila de cálculo_i_2010_i
Apostila de cálculo_i_2010_i
Ronnie Ederli
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaEinstein Rafael
 
resumo Função do 2 grau
 resumo Função do 2 grau resumo Função do 2 grau
resumo Função do 2 grauCelia Lana
 
CUSC.pptx
CUSC.pptxCUSC.pptx
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat ElemLista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
Carlos Campani
 
Aula inicial física agronomia
Aula inicial física agronomiaAula inicial física agronomia
Aula inicial física agronomiaUFRA-Capanema
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidostexa0111
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
Carlos Campani
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Carlos Campani
 
Atividades smte2012
Atividades smte2012Atividades smte2012
Atividades smte2012
Casa-prof.:Odilthom Arrebola
 
Funções
Funções Funções
Funções
Ray Sousa
 

Semelhante a Ficha 9 -_limites e continuidade (20)

Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
 
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
 
Limite funcoes melhor texto
Limite funcoes melhor textoLimite funcoes melhor texto
Limite funcoes melhor texto
 
Função quadrática
Função quadráticaFunção quadrática
Função quadrática
 
Derivadas Aplicações
Derivadas AplicaçõesDerivadas Aplicações
Derivadas Aplicações
 
Curso de limites v1
Curso de limites v1Curso de limites v1
Curso de limites v1
 
Apostila de cálculo_i_2010_i
Apostila de cálculo_i_2010_iApostila de cálculo_i_2010_i
Apostila de cálculo_i_2010_i
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a Derivada
 
resumo Função do 2 grau
 resumo Função do 2 grau resumo Função do 2 grau
resumo Função do 2 grau
 
CUSC.pptx
CUSC.pptxCUSC.pptx
CUSC.pptx
 
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat ElemLista de exercícios 6 - Mat Elem
Lista de exercícios 6 - Mat Elem
 
Mat equações
Mat equaçõesMat equações
Mat equações
 
Aula inicial física agronomia
Aula inicial física agronomiaAula inicial física agronomia
Aula inicial física agronomia
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
4ªtarefa
4ªtarefa 4ªtarefa
4ªtarefa
 
Integraldefinida
IntegraldefinidaIntegraldefinida
Integraldefinida
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
 
Atividades smte2012
Atividades smte2012Atividades smte2012
Atividades smte2012
 
Funções
Funções Funções
Funções
 

Mais de Maria Joao Sargento

3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
Maria Joao Sargento
 
Ficha 2 fisica
Ficha 2 fisicaFicha 2 fisica
Ficha 2 fisica
Maria Joao Sargento
 
Lista de exercicios p h e solucoes ii resolucoes
Lista de exercicios p h e solucoes ii   resolucoesLista de exercicios p h e solucoes ii   resolucoes
Lista de exercicios p h e solucoes ii resolucoes
Maria Joao Sargento
 
01 ap modelosdegrafos
01 ap modelosdegrafos01 ap modelosdegrafos
01 ap modelosdegrafos
Maria Joao Sargento
 
3.3.3.retas paralelas
3.3.3.retas paralelas3.3.3.retas paralelas
3.3.3.retas paralelas
Maria Joao Sargento
 
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentraçõesF gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
Maria Joao Sargento
 
1 teste12 15-16
1 teste12 15-161 teste12 15-16
1 teste12 15-16
Maria Joao Sargento
 
Livro igles 7º ano
Livro igles 7º anoLivro igles 7º ano
Livro igles 7º ano
Maria Joao Sargento
 
Ftq4 mediçoes alg signif
Ftq4 mediçoes alg signifFtq4 mediçoes alg signif
Ftq4 mediçoes alg signif
Maria Joao Sargento
 
Ft4 dominios planos 10
Ft4 dominios planos 10Ft4 dominios planos 10
Ft4 dominios planos 10
Maria Joao Sargento
 

Mais de Maria Joao Sargento (10)

3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
3. leya prova modelo 2021 enunciado + resolução
 
Ficha 2 fisica
Ficha 2 fisicaFicha 2 fisica
Ficha 2 fisica
 
Lista de exercicios p h e solucoes ii resolucoes
Lista de exercicios p h e solucoes ii   resolucoesLista de exercicios p h e solucoes ii   resolucoes
Lista de exercicios p h e solucoes ii resolucoes
 
01 ap modelosdegrafos
01 ap modelosdegrafos01 ap modelosdegrafos
01 ap modelosdegrafos
 
3.3.3.retas paralelas
3.3.3.retas paralelas3.3.3.retas paralelas
3.3.3.retas paralelas
 
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentraçõesF gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
F gb rlnq7s9istboxwwg8_7 soluções e concentrações
 
1 teste12 15-16
1 teste12 15-161 teste12 15-16
1 teste12 15-16
 
Livro igles 7º ano
Livro igles 7º anoLivro igles 7º ano
Livro igles 7º ano
 
Ftq4 mediçoes alg signif
Ftq4 mediçoes alg signifFtq4 mediçoes alg signif
Ftq4 mediçoes alg signif
 
Ft4 dominios planos 10
Ft4 dominios planos 10Ft4 dominios planos 10
Ft4 dominios planos 10
 

Último

Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
RafaelNeves651350
 
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sulo que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
CarlaInsStaub
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
ifbauab
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Letras Mágicas
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
CrislaineSouzaSantos
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
Lídia Pereira Silva Souza
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Bibliotecas Infante D. Henrique
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
estermidiasaldanhada
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino MédioCaderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
rafaeloliveirafelici
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
pamellaaraujo10
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
MariaSantos298247
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
Pereira801
 

Último (20)

Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
 
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sulo que está acontecendo no Rio grande do Sul
o que está acontecendo no Rio grande do Sul
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino MédioCaderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
Caderno de Estudo Orientado para Ensino Médio
 
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptxRoteiro para análise do Livro Didático .pptx
Roteiro para análise do Livro Didático .pptx
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
 

Ficha 9 -_limites e continuidade

  • 1. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Engenharia e Ciências Naturais Cálculo II Licenciaturas em Biologia, Ciências do Mar, Engenharia do Ambiente, Engenharia Biotecnológica, Engenharia Civil, Engenharia Electrotécnica, Engenharia e Gestão Industrial e Química 2º Semestre 2008/2009 Ficha 9 – Limites e continuidade Parte I – Exercícios Propostos Cálculo de Limites I.1 Calcule, se existirem, os limites seguintes: a) ( ) ( ) 2 2 x,y 0,0 xy lim x y→ + b) ( ) ( ) ( ) 5 2x,y 0,0 8 2 x lim x y x→ + − c) ( ) ( ) 2 2x,y 0,0 x y lim x y→ + + Definição de limite I.2 Calcule, se existir, o limite seguinte: ( ) ( ) 3 3 2 2 x,y 0,0 x y lim x y→ + + Continuidade I.3 Estude a seguinte função quanto à continuidade: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 3 2 2 2xy 3x , se x, y 0,0 f x,y x y 0 se x, y 0,0  + ≠ = +  = Prolongamento por continuidade I.4 Verifique se a função ( ) ( ) 2 2 22 2 x y f x, y 4x y y x = + − é prolongável por continuidade à origem.
  • 2. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 2 Parte II – Exercícios Resolvidos Cálculo de Limites II.1 Considere o limite seguinte: ( ) ( ) 2 2 x,y 0,0 2xy lim x y→ + . a) Mostre que conduz a uma indeterminação. Resolução: ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 2xy 2 0 0 0 lim 0x y 0 0→ ⋅ ⋅ = = + + (Indeterminação). b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0). Resolução: Seja ( ) 2 2 2xy f x, y x y = + ( ) ( ) 2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0 2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0 2xy 2x 0 lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0 x y x 0 2xy 2 0y lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0 x y 0 y → → → → → → → → → → → →   ⋅  = = = =    + +      ⋅ = = = =    + +    c) Calcule alguns limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Resolução: ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y mx 2xmx 2x m 2x m 2m 2m lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→ = = = = = = = + + +++ . d) Calcule, se existir, o limite dado. Resolução: Na alínea anterior vimos que ( ) ( ) ( ) 2 x,y 0,0 y mx 2m lim f x, y , 1 m→ = = + logo para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes. Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( ) 2 2 x,y 0,0 2xy lim x y→ + . II. 2 Considere o limite seguinte: ( ) ( )x,y 3,2 y 2 lim x 3→ − − + . a) Mostre que conduz a uma indeterminação. ( ) ( )x,y 3,2 y 2 2 2 0 lim x 3 3 3 0→ − − − = = + − + (Indeterminação). b) Calcule os limites direccionais na vizinhança do ponto ( )3,2− . Resolução: Vamos determinar limites, ao longo de rectas que passam pelo ponto ( )3,2− . Seja ( ) y 2 f x, y , x 3 − = + cujo domínio é ( ){ } ( ){ } ( ){ }2 2 2 fD x, y : x 3 0 x,y : x 3 x, y : x 3 .= ∈ + ≠ = ∈ ≠ − = = −» » »
  • 3. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 3 Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta x 3,= − uma vez que esta não faz parte de fD . Sabemos que as rectas que passam no ponto ( )3,2− são do tipo: ( )( ) ( )y 2 m x 3 , isto é, y m x 3 2− = − − = + + . ( ) ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 3,2 segundo a direcção da recta y m x 3 2− = + + : ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y m x 3 2 m x 3 2 2 m x 3 lim f x, y limf x,m x 3 2 lim lim limm m x 3 x 3→ → → →→ = + + + + − + = + + = = = = + + c) Calcule, se existir, o limite dado. Resolução: Na alínea anterior vimos que ( ) ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 y m x 3 2 lim f x, y m → = + + = , logo para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas ( )y m x 3 2= + + são diferentes ( )∗ . Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( )x,y 3,2 y 2 lim x 3→ − − + . Observação ( )∗ : No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo da recta ( )y 0 x 3 2,= + + isto é, y 2= é 0 e o valor do limite ao longo da recta ( )y 1 x 3 2,= + + isto é, y x 5= + é 1. Outra forma de resolver: Este exercício também se pode resolver fazendo uma mudança de variável. Vejamos como: ( ) ( ) ( ) ( )x,y 3,2 u,v 0,0 Fazendo mudança de variável u =x 3 e v y 2. Como x 3 então x 3 0. Assim, u 0. Como y 2 então y 2 0. Assim, v 0. y 2 v 0 lim lim x 3 u 0→ − → ↑ + = − →− + → → → − → → − = = + (Indeterminação). Como o ( ) ( )u,v 0,0 v 0 lim u 0→ = , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Quer isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0).
  • 4. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 4 Seja ( ) v f u,v , u = cujo domínio é ( ){ } ( ){ }2 2 fD u,v : u 0 u,v : u 0 .= ∈ ≠ = =» » Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta u = 0, uma vez que esta não faz parte de fD . ( ) ( )Calculemos o limite quando u,v se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta v mu= : ( ) ( ) ( ) ( )u 0 u 0 u 0u,v 0,0 v mu mu lim f u,v limf u,mu lim limm m. u→ → →→ = = = = = Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas v=mu são diferentes ( )∗∗ . Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( )x,y 3,2 y 2 lim x 3→ − − + . Observação ( )∗∗ : No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos uu, isto é, ao longo da recta v = 0 (a recta tem declive nulo, isto é, m = 0) é 0 e o valor do limite ao longo da recta v = u (a recta tem declive 1, isto é, m = 1) é 1. II. 3 Discuta a existência dos seguintes limites: a) ( ) ( )x,y 0,0 x y lim x y→ + − Resolução: ( ) ( )x,y 0,0 x y 0 0 0 lim x y 0 0 0→ + + = = − − (Indeterminação). ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção x 0 := ( ) ( ) ( ) ( ) ( )y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0 x 0 0 y y lim f x, y limf 0, y lim lim lim 1 1. 0 y y→ → → →→ = + = = = = − = − − − segundo a direcção y 0 := ( ) ( ) ( ) ( ) ( )x 0 x 0 x 0 y 0x,y 0,0 y 0 x 0 x lim f x, y limf x,o lim lim lim 1 1. x 0 x→ → → →→ = + = = = = = − Como estes limites são diferentes, podemos concluir que não existe o limite inicial.
  • 5. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 5 b) ( ) ( ) 4 4 x,y 0,0 2x 3y lim x y→ + + Resolução: ( ) ( ) 4 4 4 4 x,y 0,0 2x 3y 2 0 3 0 0 lim 0x y 0 0→ + ⋅ + ⋅ = = + + (Indeterminação). Como o ( ) ( ) 4 4 x,y 0,0 2x 3y 0 lim 0x y→ + = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) 4 4 2x 3y f x,y . x y + = + ( ) ( ) 4 Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da linha x my com m 1:= ≠ − ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )4 44 4 4 4 4 4y 0 y 0 y 0x,y 0,0 x my m 1 y 2m 32my 3y 2m 3 lim f x, y limf my , y lim lim . m 1my y y m 1→ → →→ = ≠− ++ + = = = = ++ + Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das linhas 4 x my com m 1= ≠ − são diferentes. Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( ) 4 4 x,y 0,0 2x 3y lim x y→ + + . c) ( ) ( ) 2 4 2 x,y 0,0 x y lim x y→ + Resolução: ( ) ( ) 2 2 4 2 4 2 x,y 0,0 x y 0 0 0 lim 0x y 0 0→ ⋅ = = + + (Indeterminação). Como o ( ) ( ) 2 4 2 x,y 0,0 x y 0 lim 0x y→ = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) 2 4 2 x y f x,y . x y = + ( ) ( ) 2 Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da parábola y mx= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )2 2 2 4 4 2 2 4 2 4 2 24 2x 0 x 0 x 0 x 0 x 04 2x,y 0,0 y mx x mx x m x m m m lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim . x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→ = = = = = = = + + +++ Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das parábolas 2 y mx= são diferentes. Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( ) 2 4 2 x,y 0,0 x y lim x y→ +
  • 6. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 6 d) ( ) ( ) ( ) 4 4 32 4x,y 0,0 x y lim x y→ + . Resolução: ( ) ( ) ( ) ( ) 4 4 4 4 3 32 4 2 4x,y 0,0 x y 0 0 0 lim 0x y 0 0→ = = + + (Indeterminação). Como o ( ) ( ) ( ) 4 4 32 4x,y 0,0 x y 0 lim 0x y→ = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) ( ) 4 4 32 4 x y f x,y . x y = + ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 44 4 4 4 8 4 3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 4 4 2 4 22x,y 0,0 y mx 8 4 8 4 2 4 2 4 3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 4 2 6 4 2 4 2 4 2 x mx x m x x m lim f x, y limf x,mx lim lim lim x m x x 1 m xx mx x m x m x m 0 m lim lim lim 0. x 1 m x x 1 m x 1 m x 1 m 0 → → → →→ = → → → = = = = + ++ = = = = = + + + + . Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y=mx, existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) 3 2 2 2 x,y 0,0 x 2y lim x y→ − + , apenas que se o seu limite existir é zero. 2 segundo a parábola y x= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 44 2 4 8 12 2 3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 8 2 6x,y 0,0 2 2 y x 12 12 6 6 3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 6 6 6 6 6 x x x x x lim f x, y limf x,x lim lim lim x x x 1 xx x x x x 0 lim lim lim 0. x 1 x x 1 x 1 x 1 0 → → → →→ = → → → = = = = + ++ = = = = = + + + + Como o limite na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da parábola 2 y x= , existe e é igual a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) ( ) 4 4 32 4x,y 0,0 x y lim x y→ + , apenas que se o seu limite existir é zero. 2 segundo a parábola x y= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )2 42 4 8 4 12 2 3 3 3y 0 y 0 y 0 y 02 4 4 4x,y 0,0 2 4 x y 12 12y 0 y 0 y y y y y lim f x, y limf y , y lim lim lim y y 2yy y y 1 1 lim lim 8 88y → → → →→ = → → = = = = ++ = = = . Logo, como o limite segundo a parábola 2 x y= é diferente dos limites direccionais segundo as rectas y=mx e segundo a parábola 2 y x= , então não existe o ( ) ( ) ( ) 4 4 32 4x,y 0,0 x y lim x y→ + .
  • 7. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 7 e) ( ) ( ) 3 2 2 2 x,y 0,0 x 2y lim x y→ − + . Resolução: ( ) ( ) 3 2 3 2 2 2 2 2 x,y 0,0 x 2y 0 2 0 0 lim 0x y 0 0→ − − ⋅ = = + + (Indeterminação). Como o ( ) ( ) 3 2 2 2 x,y 0,0 x 2y 0 lim 0x y→ − = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Quer isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0). Considere-se a função ( ) 3 2 2 2 x 2y f x, y , x y − = + cujo domínio é ( ){ } ( ){ }2 2 2 2 fD x, y : x y 0 0,0 .= ∈ + ≠ =» » ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo os eixos coordenados: eixo dos xx: ( ) ( ) ( ) ( ) 3 2 3 2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y 0 x 2 0 x lim f x, y limf x,0 lim lim lim x 0 x 0 x→ → → →→ = − ⋅ = = = = = + O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y = 0 é zero. eixo dos yy: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 2 2 2 2 2y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0 x 0 0 2y 2y lim f x, y limf 0, y lim lim lim 2 2 0 y y→ → → →→ = − − = = = = − = − + O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta x = 0 é (-2). Assim, os limites iterados na vizinhança do ponto (0,0), ao longo dos eixos coordenados são diferentes ( )∗ . Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( ) 3 2 2 2 x,y 0,0 x 2y lim x y→ − + . Observação ( )∗ : No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos xx é 0 e o valor do limite ao longo do eixo dos yy é -2.
  • 8. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 8 II.4 – Discuta a existência dos seguintes limites: a) ( ) ( ) ( ) x,y 1,2 sen xy y lim x 1→ − − Resolução: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2 z 0 Atendendo à observação e usando a definição de limite da função composta em que z lim y x 1 0, isto sen y x 1 sen y x 1sen xy y lim lim y lim y lim x 1 y x 1 y x 1 sen z 2 lim z → → → → → → ↑ ∗ = − =  − −−   = = ⋅    − − −    = ⋅ limite conhecido é, z 0 2 1 2 → = ⋅ = Observação ( )∗ : Seja ( )( ) ( ) sen y x 1 h(x, y) y x 1 − = − . Podemos decompor ( )( ) ( ) sen y x 1 h(x, y) y x 1 − = − como se segue: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) 2 gf h g f : sen z x, y z f x, y y x 1 w h x, y g f x, y g z z = → → = = − = = = = » » » b) ( ) ( )x,y 2,3 xy 2 2 lim xy 6→ − − − Resolução: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x,y 1,2 z 6 z 6 z 6x,y 2,3 Regra de Cauchy Atendendo à observação e usando a definição de limite da função composta em que z lim xy 6, isto é, z 6 z 6 1 z 2 2xy 2 2 z 2 2 2 z 2lim lim lim lim xy 6 z 6 1z 6 1 1 1 lim 2 z 2 2 6 2 → → → →↑→ ↑ ∗ = = → → ′ − −− − − − −= = = − − ′− = = = − − 1 1 . 2 2 42 4 = = ⋅ Observação ( )∗ : Seja xy 2 2 h(x, y) xy 6 − − = − . Podemos decompor xy 2 2 h(x, y) xy 6 − − = − como se segue: ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) 2 gf h g f : z 2 2 x, y z f x, y xy w h x, y g f x, y g z z 6 = → → − − = = = = = = − » » »
  • 9. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 9 c) ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 x y lim x y→ − + Resolução: ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 x,y 0,0 x y 0 0 0 lim 0x y 0 0→ − − = = + + (Indeterminação). Como o ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 x y 0 lim 0x y→ − = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) 2 2 2 2 x y f x,y . x y − = + ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y mx x 1 mx mx x m x 1 m 1 m lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim . x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→ = −− − − − = = = = = = + + +++ Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes. Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 x y lim x y→ − + . Definição de limite II.5 Considere o limite seguinte: ( ) ( ) 2 2x,y 0,0 xy lim x y→ + . a) Mostre que conduz a uma indeterminação. Resolução: ( ) ( ) 2 2 2 2x,y 0,0 xy 0 0 0 lim 0x y 0 0→ ⋅ = = + + (Indeterminação). b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0). O que pode concluir? Resolução: Seja ( ) 2 2 xy f x,y x y = + . Temos ( ) ( ) 2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0 2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0 xy x 0 lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0 x y x 0 xy 0y lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0 x y 0 y → → → → → → → → → → → →    ⋅  = = = =   + +          = = = =    + +    Como os limites iterados existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) 2 2x,y 0,0 xy lim x y→ + , apenas que se o seu limite existir é zero.
  • 10. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 10 c) Verifique recorrendo à definição que ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0 → = . Resolução: Verifiquemos, então, recorrendo à definição se ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0, → = isto é, ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 2 0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» » Fixemos 0δ > qualquer. Queremos encontrar 0ε > tal que se ( ) ( ) ( ) ( )2 2 2 2 2 Usando a norma Euclideana x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » » então ( )f x, y 0− < δ . Temos, ( ) ( ) ( ){ } ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 x y 0, x,y 0,0 2 2 Por hipótese xy x y x y x y x yxy xy f x, y 0 0 x y x y x y x yx y x y x y ∗ ↑ + > ∀ ∈ + ⋅ + − = − = = = = ≤ + + + ++ + = + < ε < δ ⇔ ε < δ » Logo, basta tomar ε < δ para que ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 2 0 0 : x, y 0,0 0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ ≤ − < ε ⇒ − < δ» » Observação ( )∗ : 2 2 2 2 2 2 Atendendo a que x x x y , x, y y y x y , x, y . • • = ≤ + ∀ ∈ = ≤ + ∀ ∈ » » II.6 – Determine o ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 7xy 2x x lim x y→ + + . Resolução: ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 x,y 0,0 7xy 2x x 7 0 0 2 0 0 0 lim 0x y 0 0→ + ⋅ ⋅ + ⋅ = = + + (indeterminação). Como o ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 7xy 2x x 0 lim 0x y→ + = + , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) 2 2 2 2 7xy 2x x f x,y x y + = + . ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 : segundo a direcção da recta y mx= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 22x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y mx 2 2 2 2 2 22 2x 0 x 0 7x mx 2x x 7xm x 2x x lim f x, y limf x,mx lim lim x m xx mx x 7m x 2 x 7m x 2 x 7m 0 2 0 lim lim 0 1 m 1 mx 1 m → → →→ = → → + + = = = ++ + + ⋅ + = = = = + ++ segundo a direcção da recta y 0= ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y 0 7x 0 2x x 2x x lim f x, y limf x,0 lim lim lim2 x 2 0 0 x 0 x→ → → →→ = ⋅ + = = = = = = +
  • 11. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 11 Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= e da recta y 0= existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) 2 2 2 2 x,y 0,0 7xy 2x x lim x y→ + + , apenas que se o seu limite existir é zero. Verifiquemos, então, recorrendo à definição se ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0, → = isto é, ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» Fixemos 0δ > qualquer. Queremos encontrar 0ε > tal que se ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 Usando a norma Euclideana x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε então ( )f x, y 0− < δ . Temos, ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 22 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2Desigualdade triangular 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2( ) Por hipótese 7xy 2x x 7xy 2x x 7 xy 2 x x7xy 2x x 7xy 2x x f x, y 0 0 x y x y x yx y x y 7 x y x y 2 x y x y 9 x y x y 9 x y 9 9x y x y∗ + + ++ + − = − = = ≤ = + + ++ + + + + + + + + δ ≤ = = + < ε < δ ⇔ ε < + + Logo, basta tomar 9 δ ε < para que ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x,y 0 . 9 δ ∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» Observação ( )∗ : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 x 0, x Por 1 e 2 2 2 2 2 2 2 2 Por 3 e 1 Atendendo a que x x x y , x, y 1 x x y , x,y 2 y x y , x, y 3 vem x x x x x x x y x y , x, y xy x y y x x y x y , x, y ≥ ∀ ∈ • • • • • = ≤ + ∀ ∈ ≤ + ∀ ∈ ≤ + ∀ ∈ = = ≤ + + ∀ ∈ = ⋅ = ≤ + + ∀ ∈ » » » » » »
  • 12. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 12 II.7 Determine o ( ) ( ) ( ) 3 4 3/ 22 2x,y 0,0 3x y 5y cos x lim x y→ + + . Resoluções: ( ) ( ) ( ) ( ) 3 4 3/ 2 3/ 22 2 2 2x,y 0,0 3x y 5y cosx 3 0 0 5 0 cos0 0 lim 0x y 0 0→ + ⋅ ⋅ + ⋅ = = + + (indeterminação), temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Seja ( ) ( ) 3 4 3/22 2 3x y 5y cosx f x,y . x y + = + ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) 43 44 3/ 2 3 3/ 2x 0 x 0 x 02 22x,y 0,0 y mx 3x mx 5 mx cos x 3m 5m cos xx lim f x, y limf x,mx lim lim 0 x 1 mx mx → → →→ = + + ⋅ = = = = ++ Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) ( ) 3 4 3/ 22 2x,y 0,0 3x y 5y cos x lim x y→ + + , apenas que se o seu limite existir é zero. Verifiquemos, então, recorrendo à definição se ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0, → = isto é, ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» Fixemos 0δ > qualquer. Queremos encontrar 0ε > tal que se ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 Usando a norma Euclideana x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε então ( )f x, y 0− < δ . Temos, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 43 4 3 4 3 4 3/ 2 3/ 2 32 2 2 2 32 2 2 2 3x y 5y cos x3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x f x, y 0 0 x y x y x y x y ++ + + − = − = = = + + + + ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 4 3 4 3 4 3 4 2 2 2 2 2 2 2 2Desigualdade2 2 2 2 22 2 2 2 triangular 3 4 3 4 2 2 2 2 2 A função coseno é limitada, isto é, cos x 1, x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x x y x y x y x yx y x yx y x y 3 x y 5 cos x y 3 x y 5 y 1 x y x y x y↑ ≤ ∀ ∈ + + + + = = = ≤ + + + ++ ++ + + + = ≤ = + + + » ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2 Por hipótese 3 x y x y x y 5 x y x y x y x y x y 3 x y x y 5 x y x y 8 x y x y 8 x y x y x y x y x y x y 8 x y x y 8 x y x y 8 x y 8 8x yx y x y ∗ + + + + + ⋅ + ≤ + + + + + + + ⋅ + + + + = = = + + + + + + + + + δ = = = + < ε < δ ⇔ ε < ++ + Logo, basta tomar 8 δ ε < para que ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x,y 0 . 8 δ ∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
  • 13. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 13 Observação ( )∗ : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 Por 1, 2 e 3 4 2 2 2 2 2 2 2 2 Por3 Atendendo a que y y x y , x, y 1 x x y , x, y 2 y x y , x, y 3 vem x y x y x x y x x y x y x y x y , x, y y y y y y x y x y , x,y • • • • • = ≤ + ∀ ∈ ≤ + ∀ ∈ ≤ + ∀ ∈ = = ⋅ = ≤ + + + ∀ ∈ = ⋅ = ⋅ ≤ + ⋅ + ∀ ∈ » » » » » Continuidade II. 8 Estude a seguinte função quanto à continuidade: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4 x y , se x, y 0,0 x y sen xf x,y 0 , se x, y 0,0 − ≠ + −=   = Resolução: Estudemos a continuidade de f em todos os pontos do seu domínio, isto é, em 2 » . Pela forma como f está definida, por ramos, iremos estudar a continuidade em duas partes: • ( ) ( )Num ponto x, y 0,0≠ A função é contínua, porque é a soma, a composta e o quociente de funções contínuas em pontos onde o denominador não se anula. • ( ) ( )No ponto x, y 0,0= A função f é contínua no ponto ( )0,0 sse existe ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 lim f x, y → e ( ) ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 lim f x, y f 0,0 → = . ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 Verifiquemos se existe lim f x, y → . ( ) ( ) 4 4 x,y 0,0 x y 0 0 0 lim 0x y sen x 0 0 sen 0→ − − = = + − + − (indeterminação). Como o ( ) ( ) 4 x,y 0,0 x y 0 lim 0x y sen x→ − = + − , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 : segundo a direcção da recta y mx= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 4 4x 0 x 0 x 0 Regra x 0x,y 0,0 4 de y mx Cauchy 3 3 3x 0 x 1 mx 1 mx mx lim f x, y limf x,mx lim lim lim x mx sen x x mx sen x x mx sen x 1 m 1 m m 11 m 1 m lim 1 com m 1 m 1 m 14x m cos x 4 0 m cos0 0 m 1       → → → →→ = → ′−−− = = = = + − + − ′+ − − − − −− − = = = = = = − ≠ − −+ − ⋅ + − + −
  • 14. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 14 segundo a direcção da recta y x= ( ) ( ) ( ) ( ) 4 4x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y x x x 0 lim f x, y limf x,x lim lim lim0 0. x x sen x x x sen x→ → → →→ = − = = = = = + − + − Como o limite direccional segundo a recta y x= é diferente dos limites direccionais segundo as rectas y=mx, com m 1≠ então não existe o ( ) ( ) 4 x,y 0,0 x y lim . x y sen x→ − + − Assim, a função f não é contínua no ponto ( )0,0 . Outra forma de raciocinar: Já verificamos que o limite quando ( )x,y se aproxima de ( )0,0 segundo a direcção da recta y mx, com m 1= ≠ é (-1). Assim, se o ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 lim f x, y → existir tem que ser (-1), devido a unicidade do limite. Como ( ) ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 f 0,0 0 lim f x, y → = ≠ , podemos concluir que f não é contínua no ponto ( )0,0 . Conclusão final: A função f é contínua em ( ){ }2 0,0 .» Prolongamento por continuidade II. 9 Verifique se a função ( ) ( ) 2 2 2 2 2 x f x,y sen x y x y = + + é prolongável por continuidade à origem, em caso afirmativo defina o prolongamento contínuo ( )f x, y : Resoluções: A função f é prolongável por continuidade ao ponto ( )0,0 sse o limite existe e é finito nesse ponto. Temos, ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2x,y 0,0 x 0 0 lim sen x y sen 0 0 0x y 0 0→ + = + = + + (indeterminação). ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y x= : ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0 y x x x x lim f x, y limf x,x lim sen x x lim sen 2x lim sen 2x x 2x x 2x→ → → ∗ →→ =      = = + = =       +      Calculemos os limites laterais no ponto x=0: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 x 0 x 0 2 2 2 2 x 0 x 0 x x 0 lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0 x 2 2 2 x x 0 lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0 x 2 2 2 + + − − → → → → • = = ⋅ = ⋅ = • = = ⋅ = ⋅ = − − −
  • 15. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 15 Como os limites laterais no ponto x=0 são iguais, então ( ) ( ) ( ) x,y 0,0 y x lim f x, y → = =0. Assim, atendendo a que o limite direccional na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da recta y x= , existe e é igual a zero, nada podemos concluir em relação ao ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2x,y 0,0 x lim sen x y x y→ + + , apenas que se o seu limite existir é zero. Verifiquemos, então, recorrendo à definição se ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0, → = isto é, ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 2 0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» » Fixemos 0δ > qualquer. Queremos encontrar 0ε > tal que se ( ) ( ) ( ) ( )2 2 2 2 2 Usando a norma Euclideana x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » » então ( )f x, y 0− < δ . Temos, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 22 2 2 2 2 2 2Atendendo a que 2 2 x x y , x,y . 2 2 Por hipótese x x x f x, y 0 sen x y 0 sen x y sen x y x y x y x y x y x y x y x y x y x yx y x yx y x y x y x y x y ≤ + ∀ ∈ − = + − = + = + + + + + + + + + ++ ≤ = = = ++ + + + = + < ε < δ ⇔ ε < δ » Logo, basta tomar ε < δ para que ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2 2 0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ» » Assim, como o ( ) ( )x,y 0,0 lim f(x, y) 0, → = podemos concluir que a função f é prolongável por continuidade ao ponto ( )0,0 e o prolongamento é a função ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 x sen x y , se x, y 0,0 f x, y x y 0 , se x, y 0,0  + ≠ = +  = .
  • 16. _____________________________________________________________________________ Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata 16 Parte III – Exercícios de Auto-Avaliação III.1 Discuta a existência dos seguintes limites: a) ( ) ( ) ( ) 3 22 2x,y 0,0 4xy lim x y→ + b) ( ) ( ) 3 3 x,y 0,0 x 2y lim 2x 5y→ − + c) ( ) ( ) ( ) 2 22 2 x,y 0,0 x lim x y 1 x 1→ + − + − d) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 x,y 0,0 1 cos x y lim x y x y→ − + + e) ( ) ( ) ( )22 1 x y 1 x,y 0,1 lim e − − → f) 2 2 x ,y x y lim x y→+∞ →+∞ + + g) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 x,y 1,3 x y 4 lim x y 2x 6y 10→ + − + − − + III.2 Considere a função real definida por: ( ) 2 1 xy sen , se y 0 yf x,y 0 , se y 0  ≠ =   = Prove que f é contínua na origem. III.3 Considere a função: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 7xy 2x x , se x, y 0,0 f x,y x y 0 se x,y 0,0  + ≠ = +  = Estude ( )f x, y quanto à continuidade. III.4 Verifique se a função ( ) 2 3 x f x,y x y tg x = + + é prolongável por continuidade à origem.