Este documento apresenta exercícios sobre cálculo de limites, continuidade e prolongamento por continuidade. Na primeira parte, propõe o cálculo de vários limites. Na segunda parte, resolve exercícios semelhantes, mostrando os passos de resolução detalhadamente. Discute a existência ou não de limites através do cálculo de limites direcionais.
RESUMO Matemática 9º ano para o exame nacional. Deve ser complementado com o formulário de exame.
Aceitam-se sugestões para acrescentos ao documento, para se obter um objecto de estudo completo e sem erros.
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Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
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CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
Ficha 9 -_limites e continuidade
1. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Faculdade de Engenharia e Ciências Naturais
Cálculo II
Licenciaturas em
Biologia, Ciências do Mar, Engenharia do Ambiente, Engenharia Biotecnológica,
Engenharia Civil, Engenharia Electrotécnica, Engenharia e Gestão Industrial e Química
2º Semestre 2008/2009
Ficha 9 – Limites e continuidade
Parte I – Exercícios Propostos
Cálculo de Limites
I.1 Calcule, se existirem, os limites seguintes:
a)
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
b)
( ) ( )
( )
5
2x,y 0,0 8 2
x
lim
x y x→
+ −
c)
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
+
Definição de limite
I.2 Calcule, se existir, o limite seguinte:
( ) ( )
3 3
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
+
Continuidade
I.3 Estude a seguinte função quanto à continuidade:
( )
( ) ( )
( ) ( )
2 3
2 2
2xy 3x
, se x, y 0,0
f x,y x y
0 se x, y 0,0
+
≠
= +
=
Prolongamento por continuidade
I.4 Verifique se a função ( )
( )
2 2
22 2
x y
f x, y
4x y y x
=
+ −
é prolongável por continuidade à origem.
2. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
2
Parte II – Exercícios Resolvidos
Cálculo de Limites
II.1 Considere o limite seguinte:
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
2xy
lim
x y→ +
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
x,y 0,0
2xy 2 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅ ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0).
Resolução:
Seja ( ) 2 2
2xy
f x, y
x y
=
+
( )
( )
2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0
2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0
2xy 2x 0
lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0
x y x 0
2xy 2 0y
lim limf (x,y) lim lim lim lim0 0
x y 0 y
→ → → → → →
→ → → → → →
⋅
= = = =
+ +
⋅
= = = =
+ +
c) Calcule alguns limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Resolução:
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
2xmx 2x m 2x m 2m 2m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
= = = = = =
+ + +++
.
d) Calcule, se existir, o limite dado.
Resolução:
Na alínea anterior vimos que
( ) ( )
( ) 2
x,y 0,0
y mx
2m
lim f x, y ,
1 m→
=
=
+
logo para cada valor de m, vem um valor
diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes.
Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )
2 2
x,y 0,0
2xy
lim
x y→ +
.
II. 2 Considere o limite seguinte:
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
( ) ( )x,y 3,2
y 2 2 2 0
lim
x 3 3 3 0→ −
− −
= =
+ − +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites direccionais na vizinhança do ponto ( )3,2− .
Resolução:
Vamos determinar limites, ao longo de rectas que passam pelo ponto ( )3,2− .
Seja ( )
y 2
f x, y ,
x 3
−
=
+
cujo domínio é
( ){ } ( ){ } ( ){ }2 2 2
fD x, y : x 3 0 x,y : x 3 x, y : x 3 .= ∈ + ≠ = ∈ ≠ − = = −» » »
3. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
3
Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta x 3,= − uma vez que esta não
faz parte de fD .
Sabemos que as rectas que passam no ponto ( )3,2− são do tipo:
( )( ) ( )y 2 m x 3 , isto é, y m x 3 2− = − − = + + .
( ) ( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 3,2 segundo a direcção da recta y m x 3 2− = + + :
( ) ( )
( )
( ) ( )( )
( ) ( )
x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y m x 3 2
m x 3 2 2 m x 3
lim f x, y limf x,m x 3 2 lim lim limm m
x 3 x 3→ → → →→
= + +
+ + − +
= + + = = = =
+ +
c) Calcule, se existir, o limite dado.
Resolução:
Na alínea anterior vimos que
( ) ( )
( )
( )
x,y 0,0
y m x 3 2
lim f x, y m
→
= + +
= , logo para cada valor de m, vem um valor diferente
para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas ( )y m x 3 2= + + são
diferentes ( )∗ .
Como o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
Observação ( )∗ :
No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo da recta ( )y 0 x 3 2,= + + isto
é, y 2= é 0 e o valor do limite ao longo da recta ( )y 1 x 3 2,= + + isto é, y x 5= + é 1.
Outra forma de resolver:
Este exercício também se pode resolver fazendo uma mudança de variável. Vejamos como:
( ) ( ) ( ) ( )x,y 3,2 u,v 0,0
Fazendo mudança de variável
u =x 3 e v y 2.
Como x 3 então x 3 0.
Assim, u 0.
Como y 2 então y 2 0.
Assim, v 0.
y 2 v 0
lim lim
x 3 u 0→ − →
↑
+ = −
→− + →
→
→ − →
→
−
= =
+
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )u,v 0,0
v 0
lim
u 0→
= , temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0). Quer
isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0).
4. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
4
Seja ( )
v
f u,v ,
u
= cujo domínio é ( ){ } ( ){ }2 2
fD u,v : u 0 u,v : u 0 .= ∈ ≠ = =» »
Note que não podemos determinar o limite ao longo da direcção da recta u = 0, uma vez que esta não faz
parte de fD .
( ) ( )Calculemos o limite quando u,v se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta v mu= :
( ) ( )
( ) ( )u 0 u 0 u 0u,v 0,0
v mu
mu
lim f u,v limf u,mu lim limm m.
u→ → →→
=
= = = =
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas v=mu são
diferentes ( )∗∗ .
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )x,y 3,2
y 2
lim
x 3→ −
−
+
.
Observação ( )∗∗ :
No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos uu, isto é, ao longo
da recta v = 0 (a recta tem declive nulo, isto é, m = 0) é 0 e o valor do limite ao longo da recta v = u
(a recta tem declive 1, isto é, m = 1) é 1.
II. 3 Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( )x,y 0,0
x y
lim
x y→
+
−
Resolução:
( ) ( )x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
x y 0 0 0→
+ +
= =
− −
(Indeterminação).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0
segundo a direcção x 0 :=
( ) ( )
( ) ( ) ( )y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x 0
0 y y
lim f x, y limf 0, y lim lim lim 1 1.
0 y y→ → → →→
=
+
= = = = − = −
− −
segundo a direcção y 0 :=
( ) ( )
( ) ( ) ( )x 0 x 0 x 0 y 0x,y 0,0
y 0
x 0 x
lim f x, y limf x,o lim lim lim 1 1.
x 0 x→ → → →→
=
+
= = = = =
−
Como estes limites são diferentes, podemos concluir que não existe o limite inicial.
5. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
5
b)
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y
lim
x y→
+
+
Resolução:
( ) ( )
4 4
4 4
x,y 0,0
2x 3y 2 0 3 0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y 0
lim
0x y→
+
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
4
4
2x 3y
f x,y .
x y
+
=
+
( ) ( ) 4
Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da linha x my com m 1:= ≠ −
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( )4
44 4
4
4 4 4y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x my
m 1
y 2m 32my 3y 2m 3
lim f x, y limf my , y lim lim .
m 1my y y m 1→ → →→
=
≠−
++ +
= = = =
++ +
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite.
Assim, os limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das linhas 4
x my com m 1= ≠ −
são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )
4
4
x,y 0,0
2x 3y
lim
x y→
+
+
.
c)
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
Resolução:
( ) ( )
2 2
4 2 4 2
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
2
4 2
x y
f x,y .
x y
=
+
( ) ( ) 2
Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da parábola y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )2
2 2 4 4
2
2 4 2 4 2 24 2x 0 x 0 x 0 x 0 x 04 2x,y 0,0
y mx
x mx x m x m m m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim .
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
= = = = = =
+ + +++
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança
do ponto (0,0), ao longo das parábolas 2
y mx= são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe o
( ) ( )
2
4 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
6. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
6
d)
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
.
Resolução:
( ) ( ) ( ) ( )
4 4 4 4
3 32 4 2 4x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
( )
4 4
32 4
x y
f x,y .
x y
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
44 4 4 4 8 4
3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 4 4 2 4 22x,y 0,0
y mx
8 4 8 4 2 4 2 4
3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 4 2 6 4 2 4 2 4 2
x mx x m x x m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim
x m x x 1 m xx mx
x m x m x m 0 m
lim lim lim 0.
x 1 m x x 1 m x 1 m x 1 m 0
→ → → →→
=
→ → →
= = = =
+ ++
= = = = =
+ + + +
.
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y=mx, existem e são iguais a
zero, nada podemos concluir em relação ao
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
, apenas que se o seu limite existir é
zero.
2
segundo a parábola y x= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2
44 2 4 8 12
2
3 3 3x 0 x 0 x 0 x 04 2 8 2 6x,y 0,0 2 2
y x
12 12 6 6
3 3 3 3 3x 0 x 0 x 02 6 6 6 6 6
x x x x x
lim f x, y limf x,x lim lim lim
x x x 1 xx x
x x x 0
lim lim lim 0.
x 1 x x 1 x 1 x 1 0
→ → → →→
=
→ → →
= = = =
+ ++
= = = = =
+ + + +
Como o limite na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da parábola 2
y x= , existe e é igual a zero,
nada podemos concluir em relação ao
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
, apenas que se o seu limite existir é
zero.
2
segundo a parábola x y=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )2
42 4 8 4 12
2
3 3 3y 0 y 0 y 0 y 02 4 4 4x,y 0,0 2 4
x y
12
12y 0 y 0
y y y y y
lim f x, y limf y , y lim lim lim
y y 2yy y
y 1 1
lim lim
8 88y
→ → → →→
=
→ →
= = = =
++
= = =
.
Logo, como o limite segundo a parábola 2
x y= é diferente dos limites direccionais segundo as
rectas y=mx e segundo a parábola 2
y x= , então não existe o
( ) ( ) ( )
4 4
32 4x,y 0,0
x y
lim
x y→ +
.
7. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
7
e)
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
.
Resolução:
( ) ( )
3 2 3 2
2 2 2 2
x,y 0,0
x 2y 0 2 0 0
lim
0x y 0 0→
− − ⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
Como o
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y 0
lim
0x y→
−
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Quer isto dizer, que vamos determinar limites, ao longo de várias direcções, que passem pelo ponto (0,0).
Considere-se a função ( )
3 2
2 2
x 2y
f x, y ,
x y
−
=
+
cujo domínio é
( ){ } ( ){ }2 2 2 2
fD x, y : x y 0 0,0 .= ∈ + ≠ =» »
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo os eixos coordenados:
eixo dos xx:
( ) ( )
( ) ( )
3 2 3
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y 0
x 2 0 x
lim f x, y limf x,0 lim lim lim x 0
x 0 x→ → → →→
=
− ⋅
= = = = =
+
O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y = 0 é zero.
eixo dos yy:
( ) ( )
( ) ( ) ( )
3 2 2
2 2 2y 0 y 0 y 0 y 0x,y 0,0
x 0
0 2y 2y
lim f x, y limf 0, y lim lim lim 2 2
0 y y→ → → →→
=
− −
= = = = − = −
+
O limite ( ) ( )quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta x = 0 é (-2).
Assim, os limites iterados na vizinhança do ponto (0,0), ao longo dos eixos coordenados são
diferentes ( )∗ . Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir
que não existe o
( ) ( )
3 2
2 2
x,y 0,0
x 2y
lim
x y→
−
+
.
Observação ( )∗ : No gráfico que se segue, podemos observar que o valor do limite ao longo do eixo dos
xx é 0 e o valor do limite ao longo do eixo dos yy é -2.
8. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
8
II.4 – Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( )
( )
x,y 1,2
sen xy y
lim
x 1→
−
−
Resolução:
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )( )
( )
( )
( )
( ) ( )
( )
x,y 1,2
x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2 x,y 1,2
z 0
Atendendo à observação e
usando a definição de limite da
função composta em que
z lim y x 1 0,
isto
sen y x 1 sen y x 1sen xy y
lim lim y lim y lim
x 1 y x 1 y x 1
sen z
2 lim
z
→
→ → → →
→
↑
∗
= − =
− −−
= = ⋅ − − −
= ⋅
limite
conhecido
é, z 0
2 1 2
→
= ⋅ =
Observação ( )∗ :
Seja
( )( )
( )
sen y x 1
h(x, y)
y x 1
−
=
−
.
Podemos decompor
( )( )
( )
sen y x 1
h(x, y)
y x 1
−
=
−
como se segue:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
( )
2
gf
h g f :
sen z
x, y z f x, y y x 1 w h x, y g f x, y g z
z
= → →
= = − = = = =
» » »
b)
( ) ( )x,y 2,3
xy 2 2
lim
xy 6→
− −
−
Resolução:
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )
( )
x,y 1,2
z 6 z 6 z 6x,y 2,3
Regra
de Cauchy
Atendendo à observação e
usando a definição de limite da
função composta em que
z lim xy 6,
isto é, z 6
z 6
1
z 2 2xy 2 2 z 2 2 2 z 2lim lim lim lim
xy 6 z 6 1z 6
1 1 1
lim
2 z 2 2 6 2
→
→ → →↑→
↑
∗
= =
→
→
′
− −− − − − −= = =
− − ′−
= = =
− −
1 1
.
2 2 42 4
= =
⋅
Observação ( )∗ :
Seja
xy 2 2
h(x, y)
xy 6
− −
=
−
.
Podemos decompor
xy 2 2
h(x, y)
xy 6
− −
=
−
como se segue:
( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )
2
gf
h g f :
z 2 2
x, y z f x, y xy w h x, y g f x, y g z
z 6
= → →
− −
= = = = = =
−
» » »
9. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
9
c)
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
−
+
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y 0 0→
− −
= =
+ +
(Indeterminação). Como o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y→
−
=
+
, temos de recorrer aos
limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
2 2
2 2
x y
f x,y .
x y
−
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
2 2 22 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 22 22x 0 x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
x 1 mx mx x m x 1 m 1 m
lim f x, y limf x,mx lim lim lim lim .
x m x 1 m 1 mx 1 mx mx→ → → → →→
=
−− − − −
= = = = = =
+ + +++
Para cada valor de m, vem um valor diferente para o limite. Assim, os limites direccionais na vizinhança
do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= são diferentes.
Logo, atendendo a que o limite de uma função quando existe é único, podemos concluir que não existe
o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
x y
lim
x y→
−
+
.
Definição de limite
II.5 Considere o limite seguinte:
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
.
a) Mostre que conduz a uma indeterminação.
Resolução:
( ) ( ) 2 2 2 2x,y 0,0
xy 0 0 0
lim
0x y 0 0→
⋅
= =
+ +
(Indeterminação).
b) Calcule os limites iterados para o ponto (0,0). O que pode concluir?
Resolução:
Seja ( ) 2 2
xy
f x,y
x y
=
+
.
Temos
( )
( )
2 2 2 2x 0 y 0 x 0 y 0 x 0 x 0
2 2 2 2y 0 x 0 y 0 x 0 y 0 y 0
xy x 0
lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0
x y x 0
xy 0y
lim limf (x, y) lim lim lim lim0 0
x y 0 y
→ → → → → →
→ → → → → →
⋅
= = = = + +
= = = =
+ +
Como os limites iterados existem e são iguais a zero, nada podemos concluir em relação
ao
( ) ( ) 2 2x,y 0,0
xy
lim
x y→ +
, apenas que se o seu limite existir é zero.
10. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
10
c) Verifique recorrendo à definição que
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0
→
= .
Resolução:
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( )2 2 2
2 2
Usando a norma
Euclideana
x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » »
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ){ }
( )
2 2 2
2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 22 2 2 2
x y 0, x,y 0,0
2 2
Por
hipótese
xy x y x y x y x yxy xy
f x, y 0 0
x y x y x y x yx y x y
x y
∗
↑
+ > ∀ ∈
+ ⋅ +
− = − = = = = ≤
+ + + ++ +
= + < ε < δ ⇔ ε < δ
»
Logo, basta tomar ε < δ para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y 0,0 0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ ≤ − < ε ⇒ − < δ»
»
Observação ( )∗ :
2 2 2
2 2 2
Atendendo a que x x x y , x, y
y y x y , x, y .
•
•
= ≤ + ∀ ∈
= ≤ + ∀ ∈
»
»
II.6 – Determine o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x
lim
x y→
+
+
.
Resolução:
( ) ( )
2 2 2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
7xy 2x x 7 0 0 2 0 0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(indeterminação).
Como o
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x 0
lim
0x y→
+
=
+
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto
(0,0).
Seja ( )
2 2
2 2
7xy 2x x
f x,y
x y
+
=
+
.
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 :
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
2 2 2 2 2
2 2 2 22x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y mx
2 2 2 2
2 22 2x 0 x 0
7x mx 2x x 7xm x 2x x
lim f x, y limf x,mx lim lim
x m xx mx
x 7m x 2 x 7m x 2 x 7m 0 2 0
lim lim 0
1 m 1 mx 1 m
→ → →→
=
→ →
+ +
= = =
++
+ + ⋅ +
= = = =
+ ++
segundo a direcção da recta y 0=
( ) ( )
( ) ( )
2 2 2
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y 0
7x 0 2x x 2x x
lim f x, y limf x,0 lim lim lim2 x 2 0 0
x 0 x→ → → →→
=
⋅ +
= = = = = =
+
11. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
11
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= e da recta y 0= existem e
são iguais a zero, nada podemos concluir em relação ao
( ) ( )
2 2
2 2
x,y 0,0
7xy 2x x
lim
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite
existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( ) 2 2
Usando a norma
Euclideana
x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ) ( )
2 2 2 2 2 22 2 2 2
2 2 2 2 2 22 2 2 2Desigualdade
triangular
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2
2 2 2 2( ) Por
hipótese
7xy 2x x 7xy 2x x 7 xy 2 x x7xy 2x x 7xy 2x x
f x, y 0 0
x y x y x yx y x y
7 x y x y 2 x y x y 9 x y x y
9 x y 9
9x y x y∗
+ + ++ +
− = − = = ≤ =
+ + ++ +
+ + + + + + + δ
≤ = = + < ε < δ ⇔ ε <
+ +
Logo, basta tomar
9
δ
ε < para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x,y 0 .
9
δ
∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Observação ( )∗ :
( )
( )
( )
( )
( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2
2 2 2 2 2 2 2
x 0, x Por 1 e 2
2 2 2 2 2 2 2
Por 3 e 1
Atendendo a que x x x y , x, y 1
x x y , x,y 2
y x y , x, y 3
vem
x x x x x x x y x y , x, y
xy x y y x x y x y , x, y
≥ ∀ ∈
•
•
•
•
•
= ≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
= = ≤ + + ∀ ∈
= ⋅ = ≤ + + ∀ ∈
»
»
»
»
»
»
12. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
12
II.7 Determine o
( ) ( ) ( )
3 4
3/ 22 2x,y 0,0
3x y 5y cos x
lim
x y→
+
+
.
Resoluções:
( ) ( ) ( ) ( )
3 4
3/ 2 3/ 22 2 2 2x,y 0,0
3x y 5y cosx 3 0 0 5 0 cos0 0
lim
0x y 0 0→
+ ⋅ ⋅ + ⋅
= =
+ +
(indeterminação),
temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto (0,0).
Seja ( )
( )
3 4
3/22 2
3x y 5y cosx
f x,y .
x y
+
=
+
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y mx= :
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )( ) ( )
43 44
3/ 2 3 3/ 2x 0 x 0 x 02 22x,y 0,0
y mx
3x mx 5 mx cos x 3m 5m cos xx
lim f x, y limf x,mx lim lim 0
x 1 mx mx
→ → →→
=
+ + ⋅
= = = =
++
Como os limites na vizinhança do ponto (0,0), ao longo das rectas y mx= existem e são iguais a zero,
nada podemos concluir em relação ao
( ) ( ) ( )
3 4
3/ 22 2x,y 0,0
3x y 5y cos x
lim
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( ) 2 2
Usando a norma
Euclideana
x,y 0,0 x 0, y 0 x,y x y− = − − = = + < ε
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( )
( ) ( ) ( ) ( )
3 43 4 3 4 3 4
3/ 2 3/ 2 32 2 2 2 32 2 2 2
3x y 5y cos x3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x
f x, y 0 0
x y x y x y x y
++ + +
− = − = = =
+ + + +
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )
3 4 3 4 3 4 3 4
2 2 2 2 2 2 2 2Desigualdade2 2 2 2 22 2 2 2 triangular
3 4 3 4
2 2 2 2 2
A função coseno
é limitada, isto é,
cos x 1, x
3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x 3x y 5y cos x
x y x y x y x yx y x yx y x y
3 x y 5 cos x y 3 x y 5 y 1
x y x y x y↑
≤ ∀ ∈
+ + + +
= = = ≤
+ + + ++ ++ +
+ +
= ≤ =
+ + +
»
( )
( ) ( ) ( )
( )
( )( ) ( ) ( )
( )
( )( )
( )
( )
( ) ( )
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2( )
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2
2 2
2 22 2 2 2 Por
hipótese
3 x y x y x y 5 x y x y
x y x y x y
3 x y x y 5 x y x y 8 x y x y 8 x y
x y x y x y x y x y
8 x y x y 8 x y x y
8 x y 8
8x yx y x y
∗
+ + + + + ⋅ +
≤
+ + +
+ + + + ⋅ + + + +
= = =
+ + + + +
+ + + + δ
= = = + < ε < δ ⇔ ε <
++ +
Logo, basta tomar
8
δ
ε < para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
0 0 : x, y 0,0 x,y 0,0 f x,y 0 .
8
δ
∀δ > ∃ < ε < ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
13. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
13
Observação ( )∗ :
( )
( )
( )
( )
( ) ( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2
3 3 2 2 2 2 2 2 2 2
Por 1, 2 e 3
4 2 2 2 2 2 2 2 2
Por3
Atendendo a que
y y x y , x, y 1
x x y , x, y 2
y x y , x, y 3
vem
x y x y x x y x x y x y x y x y , x, y
y y y y y x y x y , x,y
•
•
•
•
•
= ≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
≤ + ∀ ∈
= = ⋅ = ≤ + + + ∀ ∈
= ⋅ = ⋅ ≤ + ⋅ + ∀ ∈
»
»
»
»
»
Continuidade
II. 8 Estude a seguinte função quanto à continuidade:
( )
( ) ( )
( ) ( )
4
x y
, se x, y 0,0
x y sen xf x,y
0 , se x, y 0,0
−
≠ + −=
=
Resolução:
Estudemos a continuidade de f em todos os pontos do seu domínio, isto é, em 2
» .
Pela forma como f está definida, por ramos, iremos estudar a continuidade em duas partes:
• ( ) ( )Num ponto x, y 0,0≠
A função é contínua, porque é a soma, a composta e o quociente de funções contínuas em pontos
onde o denominador não se anula.
• ( ) ( )No ponto x, y 0,0=
A função f é contínua no ponto ( )0,0 sse
existe
( ) ( )
( )
x,y 0,0
lim f x, y
→
e
( ) ( )
( ) ( )
x,y 0,0
lim f x, y f 0,0
→
= .
( ) ( )
( )
x,y 0,0
Verifiquemos se existe lim f x, y
→
.
( ) ( )
4 4
x,y 0,0
x y 0 0 0
lim
0x y sen x 0 0 sen 0→
− −
= =
+ − + −
(indeterminação).
Como o
( ) ( )
4
x,y 0,0
x y 0
lim
0x y sen x→
−
=
+ −
, temos de recorrer aos limites direccionais na vizinhança do ponto
(0,0).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 :
segundo a direcção da recta y mx=
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )( )
( )
( ) ( ) ( )
0
0
4 4x 0 x 0 x 0 Regra x 0x,y 0,0 4
de
y mx
Cauchy
3 3 3x 0
x 1 mx 1 mx mx
lim f x, y limf x,mx lim lim lim
x mx sen x x mx sen x
x mx sen x
1 m 1 m m 11 m 1 m
lim 1 com m 1
m 1 m 14x m cos x 4 0 m cos0 0 m 1
→ → → →→
=
→
′−−−
= = = =
+ − + − ′+ −
− − − −− −
= = = = = = − ≠
− −+ − ⋅ + − + −
14. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
14
segundo a direcção da recta y x=
( ) ( )
( ) ( ) 4 4x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y x
x x 0
lim f x, y limf x,x lim lim lim0 0.
x x sen x x x sen x→ → → →→
=
−
= = = = =
+ − + −
Como o limite direccional segundo a recta y x= é diferente dos limites direccionais segundo as rectas
y=mx, com m 1≠ então não existe o
( ) ( )
4
x,y 0,0
x y
lim .
x y sen x→
−
+ −
Assim, a função f não é contínua no ponto ( )0,0 .
Outra forma de raciocinar:
Já verificamos que o limite quando ( )x,y se aproxima de ( )0,0 segundo a direcção da recta
y mx, com m 1= ≠ é (-1). Assim, se o
( ) ( )
( )
x,y 0,0
lim f x, y
→
existir tem que ser (-1), devido a unicidade do
limite. Como ( )
( ) ( )
( )
x,y 0,0
f 0,0 0 lim f x, y
→
= ≠ , podemos concluir que f não é contínua no ponto ( )0,0 .
Conclusão final:
A função f é contínua em ( ){ }2
0,0 .»
Prolongamento por continuidade
II. 9 Verifique se a função ( ) ( )
2
2 2
2 2
x
f x,y sen x y
x y
= +
+
é prolongável por continuidade à origem, em
caso afirmativo defina o prolongamento contínuo ( )f x, y :
Resoluções:
A função f é prolongável por continuidade ao ponto ( )0,0 sse o limite existe e é finito nesse ponto.
Temos,
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2 2 2
2 2 2 2x,y 0,0
x 0 0
lim sen x y sen 0 0
0x y 0 0→
+ = + =
+ +
(indeterminação).
( ) ( )Calculemos o limite quando x,y se aproxima de 0,0 segundo a direcção da recta y x= :
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( )
2 2 2
2 2 2 2
2 2 2x 0 x 0 x 0 x 0x,y 0,0
y x
x x x
lim f x, y limf x,x lim sen x x lim sen 2x lim sen 2x
x 2x x 2x→ → → ∗ →→
=
= = + = = +
Calculemos os limites laterais no ponto x=0:
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
2
2 2 2
x 0 x 0
2
2 2 2
x 0 x 0
x x 0
lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0
x 2 2 2
x x 0
lim sen 2x lim sen 2x sen 2 0 0 0 0
x 2 2 2
+ +
− −
→ →
→ →
• = = ⋅ = ⋅ =
• = = ⋅ = ⋅ =
− − −
15. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
15
Como os limites laterais no ponto x=0 são iguais, então
( ) ( )
( )
x,y 0,0
y x
lim f x, y
→
=
=0. Assim, atendendo a que o
limite direccional na vizinhança do ponto (0,0), ao longo da recta y x= , existe e é igual a zero, nada
podemos concluir em relação ao
( ) ( )
( )
2
2 2
2 2x,y 0,0
x
lim sen x y
x y→
+
+
, apenas que se o seu limite existir é zero.
Verifiquemos, então, recorrendo à definição se
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= isto é,
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ε > ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Fixemos 0δ > qualquer.
Queremos encontrar 0ε > tal que se
( ) ( ) ( ) ( )2 2 2
2 2
Usando a norma
Euclideana
x, y 0,0 x 0,y 0 x, y x y− = − − = = + < ε» » »
então ( )f x, y 0− < δ .
Temos,
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
2 2 2
2 2 2
2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 2
2 22 2 2 2 2 2 2Atendendo a que 2 2
x x y , x,y .
2 2
Por
hipótese
x x x
f x, y 0 sen x y 0 sen x y sen x y
x y x y x y
x y x y x y x y x y x yx y
x yx y x y x y x y
x y
≤ + ∀ ∈
− = + − = + = +
+ + +
+ + + + + ++
≤ = = =
++ + + +
= + < ε < δ ⇔ ε < δ
»
Logo, basta tomar ε < δ para que
( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )2
2
0 0 : x, y 0,0 x, y 0,0 f x, y 0 .∀δ > ∃ < ε < δ ∈ ∧ − < ε ⇒ − < δ»
»
Assim, como o
( ) ( )x,y 0,0
lim f(x, y) 0,
→
= podemos concluir que a função f é prolongável por continuidade ao
ponto ( )0,0 e o prolongamento é a função
( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )
2
2 2
2 2
x
sen x y , se x, y 0,0
f x, y x y
0 , se x, y 0,0
+ ≠
= +
=
.
16. _____________________________________________________________________________
Elaborado por Maria Cristina Jorge e João Prata
16
Parte III – Exercícios de Auto-Avaliação
III.1 Discuta a existência dos seguintes limites:
a)
( ) ( ) ( )
3
22 2x,y 0,0
4xy
lim
x y→ +
b)
( ) ( )
3
3
x,y 0,0
x 2y
lim
2x 5y→
−
+
c)
( ) ( ) ( )
2
22 2
x,y 0,0
x
lim
x y 1 x 1→ + − + −
d)
( ) ( )
( )
( )
2 2
2 2 2 2
x,y 0,0
1 cos x y
lim
x y x y→
− +
+
e)
( ) ( )
( )22
1
x y 1
x,y 0,1
lim e
−
−
→
f) 2 2
x ,y
x y
lim
x y→+∞ →+∞
+
+
g)
( ) ( )
( )
2
2 2
x,y 1,3
x y 4
lim
x y 2x 6y 10→
+ −
+ − − +
III.2 Considere a função real definida por:
( )
2 1
xy sen , se y 0
yf x,y
0 , se y 0
≠
=
=
Prove que f é contínua na origem.
III.3 Considere a função:
( )
( ) ( )
( ) ( )
2 2
2 2
7xy 2x x
, se x, y 0,0
f x,y x y
0 se x,y 0,0
+
≠
= +
=
Estude ( )f x, y quanto à continuidade.
III.4 Verifique se a função ( )
2
3
x
f x,y
x y tg x
=
+ +
é prolongável por continuidade à origem.