O documento discute cirrose hepática, definida como o desenvolvimento de nódulos regenerativos no fígado em resposta à lesão crônica. Apresenta causas, sintomas, exames, complicações e tratamento da cirrose, incluindo abordagens nutricionais, prevenção de sangramentos e controle de comorbidades.
SEMINÁRIO SOBRE A PATOLOGIA "CIRROSE HEPÁTICA" ABORDANDO CONCEITO, CAUSA, EPIDEMIOLOGIA, QUADRO CLINICO, DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CIRROSE!
SEMINÁRIO SOBRE A PATOLOGIA "CIRROSE HEPÁTICA" ABORDANDO CONCEITO, CAUSA, EPIDEMIOLOGIA, QUADRO CLINICO, DIAGNOSTICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE CIRROSE!
Fisiopatologia síndrome metabólica resistência insulina papéis etiológicos ce...Van Der Häägen Brazil
O aumento de armazenamento de energia no tecido adiposo em obesidade resulta no aumento do fluxo de FAT FREE ACID para outros tecidos e aumento de armazenamento de triglicérides nestes tecidos, que promovem a resistência à insulina e outras efeitos adversos. O tecido adiposo visceral acumulado produz e segrega um número de adipocitocinas, tais como TNF-α e IL-6, que induzem o desenvolvimento de hipertensão.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
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ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
2. “Cirrose é definida como o desenvolvimento
histológico de nódulos regenerativos cercado
por bandas de fibras em resposta à lesão
hepática crônica”.
Schuppan D, Afdhal NH. Liver cirrhosis. Lancet. 2008 Mar 8;371(9615):838-51.
3. A fibrose resulta da
cicatrização do tecido
hepático e substituição
por tecido conectivo.
Comprometimentos dos
vasos sanguíneos.
Shunts arterio-venosos
4. 12° causa de morte nos EUA
• Na faixa dos 45-54 anos é a 5° causa de morte
UK: Incidência por 100 mil
• 12.05 casos em 1992
• 16.99 casos em 2001
Brasil:Taxa de mortalidade 45-64 anos
• 1970: Homens: 82.46 Mulheres: 17.62
• 1980: Homens: 67.36 Mulheres: 12.69
6. Queixa principal:
Fadiga, fraqueza e perda de peso.
HDA:
Assintomático
Dor recorrente em quadrante sup dir.
Prurido
História medicamentosa:
Aumento da sensibilidade a certos medicamentos
7. Contato com vírus B
ou C da hepatite
Episódios de icterícia
Diabetes
Sobrepeso/obesidade
passada
Trauma abdominal
Exposição a
agrotóxicos
Escurecimento da
pele
História familial de
hepatopatia
Insuficiência cardíaca
Doenças autoimunes
Uso crônico de
medicamentos
Abuso de álcool
10. Aminotransferases: Lesão hepática
Aspartato aminotransferase (AST)
Alanina aminotransferase (ALT)
Fosfatase alcalina e Gama Glutamiltransferase:
Lesão ductal e colestase
Bilirrubinas:
Elevação da direta: colestase
Elevação da indireta: Hemólise
Albumina e tempo de protrombina: função
sintética do fígado.
11. RAA: quando maior que 1 indica presença de
cirrose (sensibilidade: 81.3% especificidade:
55.3%)
AST
ALT
12. APRI: AST/ limite sup normalidade x 100/
contagem de plaquetas. Quando maior que
1.5 significa cirrose.
APRI
AST/lim. sup.
Da
normalidade
100/plaquetas
13. Escore de Pohl: RAA ≥ 1 e plaquetas ≤ 150 mil
significa cirrose.
RAA
Plaquetas
POHL
14. Elastografia (Fibroscan ®): mede a
elasticidade hepática através de um
transdutor especial
Influenciado: ascite, esteatose e IMC.
15. Diagnóstico por imagem
USG
Nódulos no
parênquima
Alteração
do volume
do órgão
Sinais de
hipertensão
portal
Ascite
Mudanças na
textura
TC e RNM
16. Biópsia
• Método-padrão para o diagnóstico.
• Achado de nódulos hepáticos confirma a
presença de cirrose:
Micronódulos: < 3mm
ou
Macronódulos: > 3mm
18. Classificação
• MELD: Modelo para doença hepática terminal
• Creatinina, bilirrubina e RNI.
• Utilizada na indicação de Tx e avaliação do
risco cirúrgico em pacientes cirróticos
escore MELD = 9,57 x log e creatinina mg/dL + 3,78 x log
e bilirrubina (total) mg/dL + 11,20 x log e INR + 6,42,
Mortalidade em 3 meses:
40 ou mais — 100% de mortalidade
30–39 — 83% de mortalidade
20–29 — 76% de mortalidade
10–19 — 27% de mortalidade
<10 — 4% de mortalidade
20. Fatores de mau prognóstico
MELD
Gradiente venoso de
pressão hepática
Idade do paciente
Elementos do
score Child-Pugh
Hiponatremia
(< 130 Mm/L) IMC elevado
21. Tratamento
• Cuidados gerais e tratamento das
complicações.
• Doença agua sobre fígado cronicamente
doente: hepatites agudas A e B, influenza,
pneumococo VACINAS!
• Evitar AINES
• Paracetamol: 2g/24h no máximo.
22. Tratamento
• Dieta: 35-40 Kcal e 1,2-1,5 g de
proteína/Kg/dia.
• Cuidado com o sobrepeso ou
obesidade.
• O tratamento da etiologia da
cirrose depende de cada
doença!
23. Resumo - Tratamento
Vacinação
hepatites A e B
Vacinação
pneumococo e
influenza
Cuidado com as
medicações
Sulfato quinino
para cãibras
Classificação
periódica com o
score Child-Pugh
Prevenção do
HCC a cada 6
meses
Prevenção
sangramento de
varizes
Tratamento da
etiologia
Estado
nutricional
24. Tratamento
Doença Tratamento específico
Cirrose biliar primária Ácido ursodesoxícólico
Doença de Wilson Quelante de cobre
Doença hepática alcoólica Abstinência alcoólica
Hemocromatose genética Sangrias
Infecção por HBV e/ou HCV IFN e/ou antivirais
DHGNA Perda de peso, controle do DM e
dislipidemia
Hepatite autoimune Imunossupressão
Siderose secundária Sangrias ou quelação de ferro
26. Referências
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Diagnosis and evaluation. Am Fam Physician. 2006 Sep 1;74(5):756-62.
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mortalidade em homens e mulheres em localidade da região sudeste,
Brasil – 1960, 1970 e 1980. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 25 (4): 246-55,
1992.
Notas do Editor
- hipotrofia do lobo direito e aumento dos lobos esquerdo e caudado
-Ascite mesmo de pequenos volumes, que não são identificadas no exame físico.
-Aumento do calibre da veia porta (>= 12 mm), dilatação da v. esplênica, esplenomegalia e presença de colaterais. É comum o achado de trombose da v. porta.
- TC e RNM pouco utilizados. Exames caros. Usados na avaliação de hepatocarcinoma
Pacientes que se apresentam na fase de descompensação, com ascite, encefalopatia ou sangramentos por varizes esofágicas, a presença de cirrose é indiscutível e o resultado da biópsia não altera o tto.
A biósia é importante quando a etiologia não é clara: suspeita de Doença de Wilson ou hemocromatose
Utilizada como critério de gravidade
A cirrose pode ser compensada ou descompensada.
Child B ou C está descompensado, pois tem uma ou todas as alterações. É possível que paciente B ou C seja tratado e retorne a Chil A.
Situações que levam a descompensação: HDA, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática por fatores precipitantes fáceis de serem tratados (infecção, obstipação). Tal melhora nem sempre significa melhor prognóstico
A ascite pode levar a uma peritonite bacteriana
Síndrome hepatopulmonar: Definida como aumento do gradiente alvéolo-arteriolar (PAO2-PaO2 > 15-20 mmHg) que ocorre por vasodilatação no território microvascular pulmonar na presença de insuficiência hepática ou hipertensão pulmonar, podendo resultar em hipoxemia.
Hipertensão portopulmonar (HPP): É a associação da HP com hipertensão pulmonar na ausência de qualquer causa alternativa de hipertensão pulmonar e ocorre em menos de 6% dos cirróticos. Definida por pressão média na artéria pulmonar maior que 25 mmHg
A técnica de medição do gradiente venoso é invasiva e pouco disponível no Brasil
Hiponatrenemia está associada com alta frequência de encefalopatia, peritonite e síndrome hepatorrenal (A Síndrome Hepatorrenal (SHR) é uma condição clínica que ocorre em pacientes com doença hepática avançada, insuficiência hepática e hipertensão portal, caracterizada por uma deterioração da função renal. No rim, há uma forte vasoconstrição resultando em uma intensa redução da taxa de filtração glomerular (TFG), enquanto que na circulação extrarrenal há predomínio de vasodilatação, levando a hipotensão sistêmica)
Cuidado com as medicações, lembrar que no fígado ocorre a metabolização dos fármacos
Evitar AINES: aumentos das aminotransferases e disfunção renal.
Cuidado com o sobrepeso ou obesidade: lembrar que o IMC elevado é fator de mau prognóstico