O documento descreve a insuficiência cardíaca, incluindo suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. A IC é uma síndrome que torna o coração incapaz de fornecer oxigênio adequado aos tecidos devido a uma disfunção cardíaca. As principais causas são doença coronariana, hipertensão, cardiomiopatia dilatada e doença de Chagas. O diagnóstico envolve exames físicos, laboratoriais e de imagem. O tratamento inclui medidas gerais, controle de fat
3. Síndrome heterogênea que torna o coração incapaz de ofertar oxigênio em taxa adequada aos tecidos, ou o faz à
custa de elevação da sua pressão de enchimento.
Resulta de uma disfunção estrutural ou funcional do coração, que compromete a sua capacidade de se encher de
sangue ou de ejetá-lo.
Causas principais: doença coronariana , a hipertensão arterial , a cardiomiopatia dilatada e a doença de Chagas.
Sao causas menos frequentes : cardiomiopatia alcoólica e as valvulopatias . Em idosos eh caracteristicamente
multifatorial.
Doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade no Brasil. A incidência de IC tem aumentado
devido a maior longevidade associado a melhor sobrevida de pacientes cardiopatas
A IC tem alta mortalidade (35% a 40% ao ano) e alta morbidade. Incidência anual de 10/1000 pessoas com mais de
65 anos de idade, no Brasil existem cerca de 6,4 milhões de portadores de icc.
Procuram pronto socorros de grandes hospitais devido a inabilidade dos niveis primarios e secundarios de tratar e
acompanhar adequadamente tais pacientes
5. Síndrome congestiva pulmonar : dispneia aos esforços ,
inicialmente extra habituais , respiração de cheyne-stokes e
ortopneia.
6. Edema agudo de pulmão :
Manifestação grave , marcado por uma crise intensa de
taquipneia , ortopneia , tosse e expectoração espumosa
rosea . Paciente pode estar ansioso , agitado , com
sensação de sufocação e utilizando intensamente a
musculatura respiratória acessória , com cianose e
sudorese fria . A ausculta pulmonar evidencia estertores em
mais da metade inferior do torax.
7. Síndrome congestiva sistêmica:
Com a progressão da disfunção ventricular esquerda ocorre uma
hipertensão pulmonar secundaria com falência do ventrículo
direito. Caracteriza-se por edema gravitacional , dispneia por
derrame pleural e/ou pericárdico , dor abdominal decorrente de
hepatomegalia congestiva e , menos frequentemente , diarreia
consequente da congestão da mucosa intestinal.
8. Síndrome de baixo debito:
Mais acentuada na insuficiência ventricular esquerda
isolada , caracteriza-se por fadiga muscular ,
indisposição , mialgia , cansaço e lipotimia(sincope).
9. Choque cardiogênico:
Decorrente principalmente de infarto agudo do miocárdio
ou de uma fase terminal da IC cronica. Caracteriza-se por
estado de choque (hipoperfusão generalizada)
apresentando oliguria , hipotensão grave – refrataria a
reposição volêmica- e alteração da consciência e pele
pegajosa.
10. DIAGNÓSTICO
Disfunção diastólica:
FEVE diminuída com pressão de enchimento normal.
FEVE diminuída com pressão de enchimento aumentada.
Disfunção diastólica:
FEVE normal com pressão de enchimento aumentada.
11. Achados ao exame físico:
Turgência jugular é o sinal mais especifico para detectar a presença de retenção de volume o
seu aumento durante a inspiração é chamado de sinal de Kussmaul.
Presenca de B3 e aumento da pressao venosa jugular.
Pacientes compensados tem bom aspecto geral , enquanto os
descompensados podem apresentar se inquietos , dispneicos ,
pálidos e diaforeticos, extrassístoles e arritmias são comuns.
Pulso alternante é um sinal de ic avançada ou de derrame
pericárdico.
A frequência cardíaca é menor em pacientes estáveis , e pode
estar no limite superior da normalidade ou elevada >80 bpm
12. O aumento da atividade adrenérgica , para compensar o
debito cardíaco reduzido e manutenção da circulação ,
provoca vasoconstrição periférica evidenciada por palidez
cutânea , extremidades frias e cianose. Pode ocorrer
sudorese profusa com taquicardia sinusal, perda do ritmo
sinusal normal e distencao evidente das veias periféricas
devido a venoconstricao. Ha perda de massa muscular e
ma absorção de nutrientes pela mucosa intestinal , os níveis
elevados de fator de necrose tumoral causam caquexia e
anorexia , em alguns pacientes a perda de peso é
mascarada pelo edema.
13. O refluxo hepatojugular esta presente em cerca de 80% dos
pacientes com IC avançada , sendo o sinal simples mais sensível
para a IC .
14. Exames complementares: ECG(patologia subjacente)
RADIOGRAFIA DE TORAX
ECODOPPLERCARDIOGRAFIA (fracão de
ejeção,endocardite,trombos,insuficiência valvares)
PEPTIDEO NATRIURETICO CEREBRAL( exclusão da
patologia se BNP < 100pg/ml e muito provavel em
>400pg/ml)
15.
16.
17. Exames laboratoriais: Hemograma completo, ferritina, saturação
de transferrina , glicemia , lipidograma , eletrolitos plasmáticos e
índices de função hepática e renal , dosagem de proteínas totais
e fracões , hemogasimetria arterial ,
lactato(aumentada),sorologia para doença de chagas e
dosagem dos hormônios tireoidianos e digoxina sérica em caso
de suspeita de intoxicação digitálica .
18. Testes funcionais : Ergoespirometria ou teste cardiopulmonar é o
padrão de referencia para avaliação funcional minuciosa e
caracteriza a reserva cardíaca e capacidade funcional
minuciosa. Reproduz as limitações funcionais do paciente.
19. O teste de caminhada de 6 minutos é uma alternativa simples
segura e de fácil execução. Distancia > 450 metros indicam
bom prognostico e entre 150 a 300 metros indicam uma pior
evolução.
20. Métodos invasivos : cateterismo cardíaco
( cineangiocoronariografia): feito em suspeita de
coronariopatia oculta . Indica medidas do debito cardíaco
e da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo e a
detecção de shunts e de anormalidades cardíacas.
Biopsias endomiocárdicas em casos de IC de etiologia
desconhecida e em pacientes com transplantes para
controle de rejeição
21.
22. NYHA – CLASSIFICACAO DA IC:
1-Paciente assintomatico em suas atividades fisicas
habituais
2-Assintomatico em repouso .Sintomas são desencadeados
pela atividade fisica habitual
3-Assintomatico em repouso.Atividade menor que a
habitual causa sintomas
4-Sintomas (dispneia ,fadiga , palpitacoes) ocorrem ahs
menores atividades fisicas e mesmo em repouso
26. TERAPIA MEDICAMENTOSA
Beta Bloqueadores
• IC Sistólica Bloqueio da ação tóxica da
noradrenalina sobre miócitos cardíacos;
• Associado a IECA ou BRA;
• Pacientes com cardiomiopatia dilatada, isquêmica e
miocardite ↓ a progressão da disfunção ventricular,
efeito de remodelagem reversa e ↓ morte súbita.
27.
28. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina e
Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina II
• ↓ síntese de angiotensina II e ↑ bradicininas
• Arteriolodilatação ↓ pós-carga;
• Vasodilatação ↓ pré-carga.
29. Antagonistas da Aldosterona
• Redução da síntese e da deposição miocárdica de
colágeno e da retenção de sódio e água;
• Espironolactona pacientes com insuficiência
cardíaca nas classes funcionais III e IV;
• Eplerenona pacientes assintomáticos com disfunção
ventricular após IAM
30. Hidralazina e Dinitrato
• Hidralazina vasodilatador arteriolar ↓ pós-carga;
• Pacientes negros em uso de IECA e BB, nas classes II e
IV;
• Pacientes branco intolerantes aos IECAs e AA;
• Todo paciente sintomático em uso de terapia.
31. Diuréticos de Alça e Tiazídicos
Combatem sinais e sintomas da congestão e edema
IC sistólica e diastólica
↑ excreção renal de sódio e água ↓ volemia
Pacientes com IC classe III ou IV, em sua maioria
Pacientes descompensados
Furosemida 2 a 3 vezes ao dia
32. Digitálicos
Digoxina
Pacientes sintomáticos com IC sistólica
Pacientes assintomáticos com fibrilação atrial e
resposta ventricular elevada
33. Anticoagulantes
Warfarin antagonista de vit. K
História de evento embólico
Fibrilação atrial paroxística ou persistente
Amiloidose ↑ risco de tromboembolismo
Historia de tromboembolismo em parentes de primeiro
grau
35. Tratamento Cirúrgico
Transplante cardíaco
• Cirurgia curativa para IC crônica;
• Sobrevida de 60% em 6 anos;
• Pacientes com doença avançada classe IV ou III
intermitente.
36. Revascularização Miocárdica
• Pacientes com IC sistólica por cardiomiopatia
isquêmica;
• Geralmente possuem lesão > 50% no tronco da
coronária esquerda;
• Doença obstrutiva multivascular.
37. Ventriculectomia Parcial
• Uma porção do músculo miocárdico é ressecada ↓
cavidade ventricular;
• Reduz pós-carga.
38. Cirurgia da Valva Mitral
• Troca valvar;
• Pacientes com disfunção ventricular esquerda e grave
insuficiência valvar mitral.
39. Cardiodesfibriladores implantáveis (CDI)
• Pacientes com insuficiência cardíaca e disfunção
ventricular;
• Prevenção secundária da taquicardia ventricular
sustentada ou morte súbita revertida.
40. Dispositivos de assistência ventricular
• Ponte para transplante pacientes em que o suporte
medicamentoso, incluindo drogas vasoativas, não é
suficiente para manutenção do estado circulatório;
• Ponte para recuperação do miocárdio miocardites;
• Terapia de destino insuficiência cardíaca terminal
sem perspectiva de outro tratamento.
Dispositivos: balão intra-aórtico (BIA) e ventrículos
artificiais
41. REFERÊNCIAS
MARTINS, Milton de Arruda; CARRILHO, Flair Jose; ALVES, Vanancio
Avancini Ferreira. Clínica Médica. 2 ed. São Paulo: Manole Ltda, 2009.
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2012/Diretriz%20IC%20Cr
%C3%B4nica.pdf, acesso em 27/05/2016.
EMERGENCIAS , FUNDAMENTOS E PRATICAS , Luiz Fernando dos Reis