SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
Baixar para ler offline
ASCITE
PROPEDÊUTICA MÉDICA- UNILUS
DRA. VALERIA FAVACHO GALVÃO
ASCITE
Ascite = acúmulo de liquido livre de origem patológica na
cavidade peritoneal (do grego askos ou askites)
Askos = saco ou conteúdo de um saco
Askites = ASCITE
Mais de 90% das causas de ascite são devidas a cirrose,
carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca congestiva e
tuberculose peritoneal .
HIPERTENSÃO PORTAL-Ascite é o extravasamento do plasma
sanguíneo para o interior da cavidade abdominal,principalmente
através do peritônio,provocado por vários fatores.
INFORMACOES CLINICAS RELEVANTES
• Inicio lento e gradativo doença hepática crônica – cirrose
• Inicio rápido causas extra-hepáticas trombose
de veia supra-hepática-pericardite constritiva e insuficiência cardíaca
congestiva
• Emagrecimento acentuado- carcinomatose ou tuberculose peritoneal
FISIOPATOGENIA
• HIPERTENSÃO PORTAL-AUMENTO DA RESISTÊNCIA AO FLUXO DE SANGUE
ATRAVÉS DO FÍGADO-AUMENTO NA PRESSÃO EM TODAS AS VEIAS QUE
CONFLUEM NA VEIA PORTA(SISTEMA PORTA HEPÁTICO).
• VEIAS TORNAM-SE DILATADAS,LEVANDO AO EXTRAVASAMENTO DE UM
LÍQUIDO FILTRADO DO SANGUE QUE “ESCAPA” DOS VASOS.
• CIRROSE - HIPOALBUMINEMIA:DESNUTRIÇÃO;FALÊNCIA NA PRODUÇÃO
DE ALBUMINA(REALIZADA EXCLUSIVAMENTE NO FÍGADO)-DIMINUIÇÃO
DA PRESSÃO ONCÓTICA NOS VASOS-EXTRAVASAMENTO DO PLASMA.
FISIOPATOGENIA
• RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA PELOS RINS
• AUMENTO DA PRESSÃO NOS VASOS SANGUÍNEOS-ORGANISMO
LIBERA SUBSTÂNCIAS VASODILATADORAS PARA CONTROLAR A
PRESSÃO;QUEDA DA PRESSÃO SANGUÍNEA EM TODO O ORGANISMO.
• OS RINS INTERPRETAM A PRESSÃO BAIXA COMO SINAL DE QUE FALTA
LIQUIDO NO ORGANISMO(SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA) PARA ABSORVER MAIS SAL E ÁGUA E TENTAR ELEVAR
A PRESSÃO;AUMENTO DA ASCITE.
PATOGÊNESE DA FORMAÇÃO DE ASCITE
NOS CIRRÓTICOS
FATORES DE RISCO
1- Álcool – Etanol - Cirrose alcóolica
1.1 É necessário quantificar o volume, o tempo de
consumo e o tipo de bebida
VOL. DA BEBIDA (ML) X CONC.(%) X 0,8 = ETANOL (G)
FATORES DE RISCO
2- Vírus
2.1 Cirrose – Hepatites B, C e D
2.2 Hepatite B – Doença Sexualmente Transmissível;
Transmissão Vertical Materno – Fetal
2.3 HEPATITE C – Transmissão semelhante ao HIV
(Transfusões Sanguíneas; Uso de drogas ilícitas; Práticas
de tatuagem e acupuntura).
3- DROGAS
3.1 Qualquer droga de metabolismo hepático pode
determinar agressão de maior ou menor grau ao seu
parênquima. Dose e duração de uso.
3.2 METOTREXATO; ISONIAZIDA;
SULFONAMIDAS;AMIODARONA;CLORPROMAZINA
4- HISTÓRIA FAMILIAR
4.1 Causas Metabólicas de Cirrose – Hemocromatose,
Doença de Wilson, Doenças Colestáticas Familiares.
4.2 Hepatite Autoimune
4.3 Esquistossomose
EXAME FÍSICO
• Distúrbio da Homeostase
Hormonal – Hiperestrogenismo
Relativo.
• Sinais de Feminilização:
Ginecomastia e Queda de Pêlos.
• Aranhas Vasculares ou Telangectasias:
face, tronco superior e ombros.
• Atrofia testicular
• Eritema Palmar – região
tenar e hipotenar
Exame Físico:
• Aumento do volume
Abdominal
• Pesquisa de Submacicez
Móvel em Flanco à percussão
(>1.500 ml de líquido livre)
• Estigmas de Hepatopatia
Crônica
Sinal de Piparote
CLASSIFICAÇÃO
• ASCITE LEVE - OBSERVADA SOMENTE NO EXAME
ULTRASSONOGRÁFICO;SEM GRANDE AUMENTO DO VOLUME
ABDOMINAL.
• ASCITE MODERADA – AUMENTO SIGNIFICATIVO DO ABDOME;SEM A
PRESENÇA DE DISPNÉIA.
• ASCITE SEVERA – DISPNÉIA E/OU ABDOME TENSO.
Paracentese Diagnóstica
Indicação:
• Pacientes internados ou ambulatoriais com ascite ao
exame físico de início recente.
• Qualquer cirrótico com ascite e deterioração do quadro
clínico.
Contraindicação:
• Fibrinólise ou Coagulação Intravascular Disseminada
clinicamente evidentes.
Paracentese
Complicações:
1% Hematoma de parede < 1/1000 hemoperitôneo ou
perfuração de víscera oca
A infusão profilática de plasma fresco congelado ou
plaquetas não é necessária.
Estudo do Líquido Ascítico (20 ml)
• Citologia Global e Diferencial: (10-27% cirróticos com ascite
tem Peritonite Bacteriana Espontânea – (PBE) na admissão)
• Polimorfonuclear > 250 cel/mm3
• Cultura positiva em 80% (PBE)
• Peritonite Bacteriana Secundária: DHL > 225mU/L, glicose
<50mg/dL, proteína total >1g/dL e múltiplos organismos na
coloração de Gram (ruptura de vísceras ou abscesso
loculado).
Estudo do Líquido Ascítico
• ADA, Citologia, esfregaço e cultura para mico bactérias
⇒ TB peritoneal
• Citologia oncótica ⇒ + carcinomatose peritoneal.
⇑ sensibilidade na centrifugação de grande volume de
amostra.
• CEA > 10mg/ml ⇒ carcinomatose peritoneal 70%
(mama, cólons, estômago, pâncreas)
Estudo do Líquido Ascítico
• Linfa: ⇑ ascite quilosa.
• Amilase: ⇑ pancreatite ou perfuração intestinal.
• Bilirrubina: ⇑ perfuração biliar ou intestinal.
• Paracentese de grande volume ⇒ Citologia global com
diferencial. Cultura não é realizada de rotina.
Característica da Ascite na Cirrose
• Líquido citrino, amarelado;Gradiente de albumina soro-
ascite>1,1 g/dl
• (70%) Proteína total < 2.5 g/DL
• Albumina corresponde a 50%
• PBE normalmente acontece no paciente com Proteína
total no líquido ascítico <1 g/DL
Tratamento
• Repouso ( ⇑ natriurese )
• Restrição de Sódio – 2g sal/dia (5-15%)
• Restrição de líquidos (Na+ < 130mEq/l)
OBRIGADA!!!
Dra. Valéria Favacho Galvão

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Ascite.pdf

Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutriçãoLuaraGarcia3
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptxCaioLuisi2
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepáticaivanaferraz
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticasbia139
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completoPedro Moura
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasFernanda Hiebra Gonçalves
 
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Portapauloalambert
 
Hepatites crônicas
Hepatites crônicasHepatites crônicas
Hepatites crônicasTati Pina
 
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagem
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagemExames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagem
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagemElys Regina
 
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdfJacquelineAlves50
 
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptx
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptxAula_Pancreatite_Aguda_Final.pptx
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptxFelipeCafure1
 
Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Digão Pereira
 
Boca, hemorragia digestiva
Boca, hemorragia digestivaBoca, hemorragia digestiva
Boca, hemorragia digestivaAdalbertoBoca
 
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animaisUltrassonografia Doppler hepático em pequenos animais
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animaisCibele Carvalho
 

Semelhante a Ascite.pdf (20)

Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
 
1889
18891889
1889
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Neoplasias fígado
Neoplasias fígadoNeoplasias fígado
Neoplasias fígado
 
Cirrose Hepática
Cirrose HepáticaCirrose Hepática
Cirrose Hepática
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Sindromes colestaticas
Sindromes colestaticasSindromes colestaticas
Sindromes colestaticas
 
Ca colorretal completo
Ca colorretal   completoCa colorretal   completo
Ca colorretal completo
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
 
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão PortaInsuficiência hepática e Hipertensão Porta
Insuficiência hepática e Hipertensão Porta
 
Hepatites crônicas
Hepatites crônicasHepatites crônicas
Hepatites crônicas
 
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagem
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagemExames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagem
Exames laboratoriais e-intervencoes-de-enfermagem
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf
436990593-AULA-8-Liquido-Sinovial-e-Serosos.pdf
 
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptx
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptxAula_Pancreatite_Aguda_Final.pptx
Aula_Pancreatite_Aguda_Final.pptx
 
Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)Cirose hepática (pontos essenciais)
Cirose hepática (pontos essenciais)
 
Boca, hemorragia digestiva
Boca, hemorragia digestivaBoca, hemorragia digestiva
Boca, hemorragia digestiva
 
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animaisUltrassonografia Doppler hepático em pequenos animais
Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais
 

Mais de DaniellePaes1

Ausculta Cardíaca.pdf
Ausculta Cardíaca.pdfAusculta Cardíaca.pdf
Ausculta Cardíaca.pdfDaniellePaes1
 
Antiinflamatórios não hormonais.pdf
Antiinflamatórios não hormonais.pdfAntiinflamatórios não hormonais.pdf
Antiinflamatórios não hormonais.pdfDaniellePaes1
 
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...DaniellePaes1
 

Mais de DaniellePaes1 (8)

Esclerodermia.pdf
Esclerodermia.pdfEsclerodermia.pdf
Esclerodermia.pdf
 
Ausculta Cardíaca.pdf
Ausculta Cardíaca.pdfAusculta Cardíaca.pdf
Ausculta Cardíaca.pdf
 
Antiinflamatórios não hormonais.pdf
Antiinflamatórios não hormonais.pdfAntiinflamatórios não hormonais.pdf
Antiinflamatórios não hormonais.pdf
 
AINES.pdf
AINES.pdfAINES.pdf
AINES.pdf
 
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...
Aparelho Cardiovascular - ciclo cardíaco, ictus cordis, focos e bulhas cardía...
 
Anamnese.pdf
Anamnese.pdfAnamnese.pdf
Anamnese.pdf
 
Anemia.pdf
Anemia.pdfAnemia.pdf
Anemia.pdf
 
Abdome Agudo.pdf
Abdome Agudo.pdfAbdome Agudo.pdf
Abdome Agudo.pdf
 

Último

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 

Último (20)

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 

Ascite.pdf

  • 2. ASCITE Ascite = acúmulo de liquido livre de origem patológica na cavidade peritoneal (do grego askos ou askites) Askos = saco ou conteúdo de um saco Askites = ASCITE Mais de 90% das causas de ascite são devidas a cirrose, carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca congestiva e tuberculose peritoneal . HIPERTENSÃO PORTAL-Ascite é o extravasamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal,principalmente através do peritônio,provocado por vários fatores.
  • 3. INFORMACOES CLINICAS RELEVANTES • Inicio lento e gradativo doença hepática crônica – cirrose • Inicio rápido causas extra-hepáticas trombose de veia supra-hepática-pericardite constritiva e insuficiência cardíaca congestiva • Emagrecimento acentuado- carcinomatose ou tuberculose peritoneal
  • 4. FISIOPATOGENIA • HIPERTENSÃO PORTAL-AUMENTO DA RESISTÊNCIA AO FLUXO DE SANGUE ATRAVÉS DO FÍGADO-AUMENTO NA PRESSÃO EM TODAS AS VEIAS QUE CONFLUEM NA VEIA PORTA(SISTEMA PORTA HEPÁTICO). • VEIAS TORNAM-SE DILATADAS,LEVANDO AO EXTRAVASAMENTO DE UM LÍQUIDO FILTRADO DO SANGUE QUE “ESCAPA” DOS VASOS. • CIRROSE - HIPOALBUMINEMIA:DESNUTRIÇÃO;FALÊNCIA NA PRODUÇÃO DE ALBUMINA(REALIZADA EXCLUSIVAMENTE NO FÍGADO)-DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA NOS VASOS-EXTRAVASAMENTO DO PLASMA.
  • 5. FISIOPATOGENIA • RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA PELOS RINS • AUMENTO DA PRESSÃO NOS VASOS SANGUÍNEOS-ORGANISMO LIBERA SUBSTÂNCIAS VASODILATADORAS PARA CONTROLAR A PRESSÃO;QUEDA DA PRESSÃO SANGUÍNEA EM TODO O ORGANISMO. • OS RINS INTERPRETAM A PRESSÃO BAIXA COMO SINAL DE QUE FALTA LIQUIDO NO ORGANISMO(SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA) PARA ABSORVER MAIS SAL E ÁGUA E TENTAR ELEVAR A PRESSÃO;AUMENTO DA ASCITE.
  • 6. PATOGÊNESE DA FORMAÇÃO DE ASCITE NOS CIRRÓTICOS
  • 7. FATORES DE RISCO 1- Álcool – Etanol - Cirrose alcóolica 1.1 É necessário quantificar o volume, o tempo de consumo e o tipo de bebida VOL. DA BEBIDA (ML) X CONC.(%) X 0,8 = ETANOL (G)
  • 8. FATORES DE RISCO 2- Vírus 2.1 Cirrose – Hepatites B, C e D 2.2 Hepatite B – Doença Sexualmente Transmissível; Transmissão Vertical Materno – Fetal 2.3 HEPATITE C – Transmissão semelhante ao HIV (Transfusões Sanguíneas; Uso de drogas ilícitas; Práticas de tatuagem e acupuntura).
  • 9. 3- DROGAS 3.1 Qualquer droga de metabolismo hepático pode determinar agressão de maior ou menor grau ao seu parênquima. Dose e duração de uso. 3.2 METOTREXATO; ISONIAZIDA; SULFONAMIDAS;AMIODARONA;CLORPROMAZINA
  • 10. 4- HISTÓRIA FAMILIAR 4.1 Causas Metabólicas de Cirrose – Hemocromatose, Doença de Wilson, Doenças Colestáticas Familiares. 4.2 Hepatite Autoimune 4.3 Esquistossomose
  • 11. EXAME FÍSICO • Distúrbio da Homeostase Hormonal – Hiperestrogenismo Relativo. • Sinais de Feminilização: Ginecomastia e Queda de Pêlos.
  • 12. • Aranhas Vasculares ou Telangectasias: face, tronco superior e ombros. • Atrofia testicular
  • 13. • Eritema Palmar – região tenar e hipotenar
  • 14. Exame Físico: • Aumento do volume Abdominal • Pesquisa de Submacicez Móvel em Flanco à percussão (>1.500 ml de líquido livre) • Estigmas de Hepatopatia Crônica
  • 15.
  • 17.
  • 18.
  • 19. CLASSIFICAÇÃO • ASCITE LEVE - OBSERVADA SOMENTE NO EXAME ULTRASSONOGRÁFICO;SEM GRANDE AUMENTO DO VOLUME ABDOMINAL. • ASCITE MODERADA – AUMENTO SIGNIFICATIVO DO ABDOME;SEM A PRESENÇA DE DISPNÉIA. • ASCITE SEVERA – DISPNÉIA E/OU ABDOME TENSO.
  • 20. Paracentese Diagnóstica Indicação: • Pacientes internados ou ambulatoriais com ascite ao exame físico de início recente. • Qualquer cirrótico com ascite e deterioração do quadro clínico. Contraindicação: • Fibrinólise ou Coagulação Intravascular Disseminada clinicamente evidentes.
  • 21. Paracentese Complicações: 1% Hematoma de parede < 1/1000 hemoperitôneo ou perfuração de víscera oca A infusão profilática de plasma fresco congelado ou plaquetas não é necessária.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Estudo do Líquido Ascítico (20 ml) • Citologia Global e Diferencial: (10-27% cirróticos com ascite tem Peritonite Bacteriana Espontânea – (PBE) na admissão) • Polimorfonuclear > 250 cel/mm3 • Cultura positiva em 80% (PBE) • Peritonite Bacteriana Secundária: DHL > 225mU/L, glicose <50mg/dL, proteína total >1g/dL e múltiplos organismos na coloração de Gram (ruptura de vísceras ou abscesso loculado).
  • 25. Estudo do Líquido Ascítico • ADA, Citologia, esfregaço e cultura para mico bactérias ⇒ TB peritoneal • Citologia oncótica ⇒ + carcinomatose peritoneal. ⇑ sensibilidade na centrifugação de grande volume de amostra. • CEA > 10mg/ml ⇒ carcinomatose peritoneal 70% (mama, cólons, estômago, pâncreas)
  • 26. Estudo do Líquido Ascítico • Linfa: ⇑ ascite quilosa. • Amilase: ⇑ pancreatite ou perfuração intestinal. • Bilirrubina: ⇑ perfuração biliar ou intestinal. • Paracentese de grande volume ⇒ Citologia global com diferencial. Cultura não é realizada de rotina.
  • 27. Característica da Ascite na Cirrose • Líquido citrino, amarelado;Gradiente de albumina soro- ascite>1,1 g/dl • (70%) Proteína total < 2.5 g/DL • Albumina corresponde a 50% • PBE normalmente acontece no paciente com Proteína total no líquido ascítico <1 g/DL
  • 28. Tratamento • Repouso ( ⇑ natriurese ) • Restrição de Sódio – 2g sal/dia (5-15%) • Restrição de líquidos (Na+ < 130mEq/l)
  • 29.