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Caso clinico
• JPS, 56 anos, diabético, hipertenso, chega ao pronto socorro
trazido por seus familiares com queixa de tosse produtiva há
04 dias, febre, fraqueza e “urina pouca”.
• Ao exame físico: Glasgow: 12 ( AO: 3 RV: 4 RM: 5),
hipocorado(+1/+4), acianótico, anictérico, FR: 25 irpm, ACR:
RCI, 2T, BNF, SS, murmúrio vesicular presente bilateralmente
com estertores creptantes em terço inferior de hemitórax
esquerdo, extremidades: frias, hipoperfundidas, FC: 100 bpm,
PAS: 90 mmHg, PAD: 60 mmHg, TAX: 34°C.
• Diante do quadro qual sua principal hipótese
diagnóstica?
• Quais exames de imagem e laboratoriais você
solicitaria?
• Qual a conduta terapêutica mais adequada
para este paciente?
INFECÇÃO SIRS
SEPSE
Bacteremia
Fungemia
Parasitemia
Viremia
Outras
Trauma
Queimaduras
Pancreatite
Outras
The ACCP SCCM Consensus Conference Chest 101:1644, 1992
Sepse – conceitos
Critérios de SIRS
Temperatura > 38oC ou < 36oC
Frequência cardíaca > 90 bpm
Frequência respiratória > 20 ipm ou PaCO2<32mmHg
Leucócitos > 12.000 ou < 4.000 ou bastonetes > 10%
The ACCP SCCM Consensus Conference Chest 101:1644, 1992
Alterações agudas na ausência de causas conhecidas
 Presença de dois entre os quatro critérios
Sepse – conceitos
Sepse
SIRS secundária a agente infeccioso
CONCEITOS ACCP/SCCM CCM, 1992
Sepse – conceitos
Sepse grave
 Presença de sinais de hipoperfusão ou disfunção orgânica
Hipotensão (PAS< 90mmHg ou > 40mmHg)
Alteração do nível de consciência
Acidose lática
Oligúria
Queda da relação pO2/FiO2
Trombocitopenia
Sepse – conceitos
Choque séptico
Hipotensão refratária a volume
associada a sinais de hipoperfusão
Sepse – conceitos
Síndrome da disfunção orgânica múltipla
Incapacidade de manter homeostase
Primária ou secundária
Sepse – conceitos
DISFUNÇÃO DE MÚLTIPLOS ORGÃOS
SIRS/SEPSE GRAVE
CHOQUE
SIRS SEPSE
The ACCP SCCM Consensus Conference Chest 101:1644, 1992
Declaração de Barcelona
(Setembro, 2002)
Fase I
Diretrizes para o tratamento da sepse
grave e choque séptico (2004)
Fase II
Implementação das diretrizes na prática
clínica: pacotes (2005)
Fase III
Surviving Sepsis Campaign
The Third International Consensus
Definitions for Sepsis and Septic Shock
(Sepsis-3)
February 23, 2016
Mervyn Singer, MD, FRCP1; Clifford S. Deutschman, MD,
MS2; Christopher Warren Seymour, MD, MSc3; et al
JAMA - Journal of the American Medical
Association
DEFINIÇÕES
Sepse: disfunção orgânica potencialmente
fatal causada por uma resposta imune
desregulada a uma infecção.
Choque Séptico: sepse acompanhada por
profundas anormalidades circulatórias e
celulares/metabólicas capazes aumentar a
mortalidade substancialmente.
SOFA (SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
CRITÉRIOS CLÍNICOS
Sepse: suspeita ou certeza de infecção e
um aumento agudo de ≥ 2 pontos no SOFA
em resposta a uma infecção
(representando disfunção orgânica) (2).
Choque Séptico: sepse + necessidade
de vasopressor para elevar a pressão
arterial média acima de 65 mmHg e lactato
> 2 mmol/L (18 mg/dL) após reanimação
volêmica adequada (3).
qSOFA (quick SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
• qSOFA:
• Beira do leito
• Suspeita/documentação de infecção que estão sob maior risco
de desfechos adversos
• Critérios:
• PA sistólica menor que 100 mmHg
• Frequência respiratória maior que 22/min
• Alteração do estado mental (GCS < 15).
• 0 a 3
• pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de mortalidade ou
permanência prolongada na UTI.
Síndrome da
disfunção orgânica
múltipla
Disfunção
renal
Disfunção
hepática
Disfunção
circulatória
Disfunção
pulmonar
Disfunção
neurológica
Disfunção
hematológica
Disfunção
gastrointestinal
Disfunção
metabólica
CHOQUE
Oferta
de O2
Consumo de
O2
Hipoxia tecidual
Metabolismo anaeróbio
Produção de lactato
SIRS
` Citocinas pró-inflamatórias: TNF-, IL-1, IL-6, IL-12 e IFN-
Citocinas anti-inflamatórias: IL-10, receptor solúvel de TNF-
 , IL-1ra, IL-4, TGF-
Inabilidade de restabelecer a homeostase = disfunção orgânica
Tempestade inflamatória ou imunossupressão?
Hotchkiss & Karl, NEJM 348:138, 2003
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Produção de radicais livres
Produção de óxido nítrico
Produção de proteínas de fase aguda
Produção de hormônios de stress
Hipoxemia citopática
Ativação de macrófagos
Ativação de linfócitos T e células NK
Ativação de células endoteliais
Ativação de plaquetas
Ativação de neutrófilos
Ativação de complemento
Ativação da coagulação
Produção de citocinas inflamatórias
Produção de citocinas antinflamatórias
AGRESSÃO
Papel do endotélio
ativado
normal
ICAM-1
E-selectina
PECAM-1
VCAM-1
endotelina
Elastase
Radicas livres
Pro-coagulação
NO
NO
citocinas,
Quemocinas
PAF
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Sepse – fisiopatogenia
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS
Diminuição da resistência periférica
Diminuição das pressões de enchimento
Redução heterogênea do fluxo sanguíneo
Depressão miocárdica
Sepse – fisiopatogenia
Martin, GS et al. NEJM 348: 1246, 2003
Sepse – epidemiologia
Martin, GS et al. NEJM 348: 1246, 2003
Sepse – epidemiologia
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Sepse – doença crônica?
Mortalidade a longo prazo dos
pacientes com sepse
Angus et al. CCM 29:1303,2001
Número de disfunções
orgânicas
Mortalidade (%)
Ocorrência (%)
1 73,6 21,2
4 1,0 76,2
2 20,7 44,3
3 4,7 64,5
Sepse – epidemiologia
0
10
20
30
40
50
60
70
RESTO DO
MUNDO
BRASIL
Mortalidade
Estudo PROGRESS
0
20
40
60
AUSTRÁLIA ALEMANHA ÍNDIA ARGENTINA BRASIL
MORTALIDADE
%
BRASIL
n = 11.925
Epidemiologia
BASES
Brazilian Sepsis Epidemiological Study
E Silva et al. Crit Care 2004;8:R251
Sepse Brasil
Sales JR JA et al. RBTI 2006;18:9
1383 pacientes (5 UTIs) 3128 pacientes (75 UTIs)
Idade (mediana) – 65 anos Idade (média) – 62 anos
17% sepse grave 14% sepse grave
Mortalidade
Sepse Grave
Choque Séptico
47,3%
52,0%
34,4%
65,0%
Mortalidade
Sepse Grave
Choque Séptico
BRASIL
Hospitais privados vs. públicos
0
5
10
15
20
25
30
Privados Públicos
Taxa de mortalidade (%)
APACHE II score
Brazilian Sepsis Epidemiological Study
BASES
BRASIL
p<0,05
P>0,05
0
2
4
6
8
10
SOFA
Privados
Públicos
Pacientes com
choque séptico
P>0,05
COsts of Sepsis Treatment Study
COSTS
%
Mortalidade
0
20
40
60
80
PRIVADO PÚBLICOS
0
5
10
15
20
25
30
APACHE SOFA
Hospitais privados
Hospitais públicos
n=5504
Sepse grave= 619
21 centros
Sogayar et al CC 9:S42, 2005
BRASIL
p<0,05
P>0,05
- Custo da sepse/dia: R$ 1.874,26 (504,40-11.370,50)
- Custo da sepse/total: R$ 19.165,50 (751,70-146.335,00)
ESPECÍFICAS DO ÓRGÃO ATINGIDO
INESPECÍFICAS
Febre ou hipotermia
Taquicardia
Taquipnéia
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
COMO
CARACTERIZAR A
DISFUNÇÃO
ORGÂNICA?
Cardiovasculares
ESTADO HIPO OU HIPERDINÂMICO
Taquicardia
Débito cardíaco elevado
Vasodilatação periférica
Hipotensão arterial
Hipovolemia intravascular
Disfunção miocárdica
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Pulmonares
Taquipnéia
Hipoxemia
Shunt intrapulmonar
Diminuição de complacência
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Renais
Oligúria
Queda da taxa de filtração glomerular
Aumento de escórias
Necrose tubular aguda
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Neurológicas
Alteração do nível de consciência
Encefalopatia séptica
Polineuropatia de doença crítica
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Digestivas
Diminuição da motilidade
Úlceras de stress
Íleo hipodinâmico
Hemorragia digestiva
Translocação bacteriana
Colestase
Insuficiência hepática
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Hematológicas
Leucocitose, leucopenia
Anemia
Trombocitopenia
Distúrbios de coagulação
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Metabólicas
Insuficiência supra-renal
Hiperglicemia
Hipertrigliceridemia
Catabolismo protéico
Hipoalbuminemia
Acidose metabólica
QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
Síndrome da
disfunção orgânica
múltipla
Disfunção
renal
Disfunção
hepática
Disfunção
circulatória
Disfunção
pulmonar
Disfunção
neurológica
Disfunção
hematológica
Disfunção
gastrointestinal
Disfunção
metabólica
Depressão miocárdica Inotrópicos
Redução da resistência
vascular periférica
Diminuição das
pressões de enchimento
Presença do agente
agressor
Vasoconstritores
Volume
Antimicrobianos
Disfunção orgânica Suporte intensivo
RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA INICIAL
DIAGNÓSTICO
ANTIBIÓTICOS
CONTROLE DO FOCO
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
INOTRÓPICOS
ESTERÓIDES
PROTEÍNA C ATIVADA
DERIVADOS DE SANGUE
VENTILAÇÃO MECÂNICA
SEDAÇÃO / ANALGESIA / BLOQUEIO
CONTROLE GLICÊMICO
RIM E BICARBONATO
TROMBOSE VENOSA
ÚLCERA DE STRESS
LIMITES NO TRATAMENTO
Tratamento
Pacote
24 horas
Pacote
6 horas
Dellinger et al, CCM 30:536, 2004
“PACOTES”
6 horas 24 horas
Diagnóstico
Coleta de lactato
Hemocultura
ATB em 1 hora
Reposição volêmica
Vasopressor (65 mmHg)
Cateter central
PVC
ScO2
Corticóides
Proteína C ativada
Controle da glicemia
Pressão platô < 30 cmH2O
Valles et al. Chest 123:1615, 2003
Sobrevida de acordo com a presença de choque e
tratamento empírico adequado
n=339
BSI comunitária
p < 0.001)
Tratamento antimicrobiano
inadequado
Tratamento antimicrobiano precoce
Kumar et al, CCM 34:1589, 2006
N=2154
Choque séptico
Durante as seis primeiras horas de ressuscitação, os
objetivos do tratamento da hipoperfusão induzida pela sepse
devem incluir todos os seguintes ítens:
 PVC: 8-12 mmHg
 PAM: ≥ 65 mmHg
 Diurese > 0,5 ml/k/h
 SVcO2 ≥ 70% ou SVO2 ≥ 65%
RECOMENDAÇÃO FORTE
Ressuscitação hemodinâmica
inicial
p=0.009 p=0.01
p=0.03
46.5
30.5
49.2
33.3
56.9
44.3
0
10
20
30
40
50
60
Mortalidade hospitalar Mortalidade 28 dias Mortalidade 60 dias
ST
EGDT
Early Goal-Directed Therapy
Rivers et al. NEJM 345:1368, 2001
Percentual de respostas corretas:
Questão 1 SIRS 78.2%
Questão 2 Infecção 92.6%
Questão 3 Sepse 27.3%
Questão 4 Sepse grave 56.7%
Questão 5 Choque séptico 81.0%
Estudo SEPSES
Número de questionários
Número de centros
917
21
Assunção M. et al. XII CBMI 2006
Percentual global de aderência as intervenções
Coleta de lactato
Hemocultura antes do Atb
Atb nas primeiras 3hs
73%
Brasil Mundo
Volume e vasopressor
PVC > 8 mmHg
SVO2 > 70%
6
horas
50%
43%
80%
70%
60%
30%
14%
09%
63%
29%
19%
Corticóides
Proteína C ativada
Controle glicêmico
Pressão platô
24
horas
36%
22%
43%
48%
47%
45%
57%
47%
Percentual global de aderência as intervenções
Gerais
Brasil Mundo
Aderência pacote 6 horas
Aderência pacote 24 horas
MORTALIDADE
08%
05%
58%
13%
16%
32%
Caso clinico
• JPS, 56 anos, diabético, hipertenso, chega ao pronto socorro
trazido por seus familiares com queixa de tosse produtiva há
04 dias, febre, fraqueza e “urina pouca”.
• Ao exame físico: Glasgow: 12 ( AO: 3 RV: 4 RM: 5),
hipocorado(+1/+4), acianótico, anictérico, FR: 25 irpm, ACR:
RCI, 2T, BNF, SS, murmúrio vesicular presente bilateralmente
com estertores creptantes em terço inferior de hemitórax
esquerdo, extremidades: frias, hipoperfundidas, FC: 100 bpm,
PAS: 90 mmHg, PAD: 60 mmHg, TAX: 34°C.
1) Diante do quadro qual sua principal hipótese
diagnóstica?
• qSOFA:
• Beira do leito
• Suspeita/documentação de infecção que estão sob
maior risco de desfechos adversos
• Critérios:
• PA sistólica menor que 100 mmHg
• Frequência respiratória maior que 22/min
• Alteração do estado mental (GCS < 15).
• 0 a 3
• pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de
mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
2) Quais exames de imagem e laboratoriais você
solicitaria?
• HEMOGRAMA
• URÉIA
• CREATININA
• ELETRÓLITOS
• RADIOGRAFIA DE TÓRAX
• CULTURAS
• GASOMETRIA ARTERIAL COM LACTATO
• COAGULOGRAMA
3) Qual a conduta terapêutica mais adequada
para este paciente?
“PACOTES”
6 horas 24 horas
Diagnóstico
Coleta de lactato
Hemocultura
ATB em 1 hora
Reposição volêmica
Vasopressor (65 mmHg)
Cateter central
PVC
ScO2
Corticóides
Proteína C ativada
Controle da glicemia
Pressão platô < 30 cmH2O
RESSUSCITAÇÃO INICIAL
DIAGNÓSTICO
ANTIBIÓTICOS
CONTROLE DO FOCO
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
INOTRÓPICOS
ESTERÓIDES
PROTEÍNA C ATIVADA
DERIVADOS DE SANGUE
VENTILAÇÃO MECÂNICA
SEDAÇÃO / ANALGESIA / BLOQUEIO
CONTROLE GLICÊMICO
RIM E BICARBONATO
TROMBOSE VENOSA
ÚLCERA DE STRESS
LIMITES NO TRATAMENTO
Tratamento
Pacote
24 horas
Pacote
6 horas
Dellinger et al, CCM 30:536, 2004
• Referência Bibliográfica:
1. Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna.
22ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2005.
2. Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v.2. 16ª. Edição.
Rio de Janeiro: McGrawHill, 2006.
3. Lopes AC, Amato Neto, V. TRATADO DE CLÍNICA MÉDICA 3
VOL. 1ª Edição. São Paulo: Roca, 2006.

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  • 1. Caso clinico • JPS, 56 anos, diabético, hipertenso, chega ao pronto socorro trazido por seus familiares com queixa de tosse produtiva há 04 dias, febre, fraqueza e “urina pouca”. • Ao exame físico: Glasgow: 12 ( AO: 3 RV: 4 RM: 5), hipocorado(+1/+4), acianótico, anictérico, FR: 25 irpm, ACR: RCI, 2T, BNF, SS, murmúrio vesicular presente bilateralmente com estertores creptantes em terço inferior de hemitórax esquerdo, extremidades: frias, hipoperfundidas, FC: 100 bpm, PAS: 90 mmHg, PAD: 60 mmHg, TAX: 34°C.
  • 2. • Diante do quadro qual sua principal hipótese diagnóstica? • Quais exames de imagem e laboratoriais você solicitaria? • Qual a conduta terapêutica mais adequada para este paciente?
  • 4. Critérios de SIRS Temperatura > 38oC ou < 36oC Frequência cardíaca > 90 bpm Frequência respiratória > 20 ipm ou PaCO2<32mmHg Leucócitos > 12.000 ou < 4.000 ou bastonetes > 10% The ACCP SCCM Consensus Conference Chest 101:1644, 1992 Alterações agudas na ausência de causas conhecidas  Presença de dois entre os quatro critérios Sepse – conceitos
  • 5. Sepse SIRS secundária a agente infeccioso CONCEITOS ACCP/SCCM CCM, 1992 Sepse – conceitos
  • 6. Sepse grave  Presença de sinais de hipoperfusão ou disfunção orgânica Hipotensão (PAS< 90mmHg ou > 40mmHg) Alteração do nível de consciência Acidose lática Oligúria Queda da relação pO2/FiO2 Trombocitopenia Sepse – conceitos
  • 7. Choque séptico Hipotensão refratária a volume associada a sinais de hipoperfusão Sepse – conceitos
  • 8. Síndrome da disfunção orgânica múltipla Incapacidade de manter homeostase Primária ou secundária Sepse – conceitos
  • 9. DISFUNÇÃO DE MÚLTIPLOS ORGÃOS SIRS/SEPSE GRAVE CHOQUE SIRS SEPSE The ACCP SCCM Consensus Conference Chest 101:1644, 1992
  • 10. Declaração de Barcelona (Setembro, 2002) Fase I Diretrizes para o tratamento da sepse grave e choque séptico (2004) Fase II Implementação das diretrizes na prática clínica: pacotes (2005) Fase III Surviving Sepsis Campaign
  • 11. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3) February 23, 2016 Mervyn Singer, MD, FRCP1; Clifford S. Deutschman, MD, MS2; Christopher Warren Seymour, MD, MSc3; et al JAMA - Journal of the American Medical Association
  • 12. DEFINIÇÕES Sepse: disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção. Choque Séptico: sepse acompanhada por profundas anormalidades circulatórias e celulares/metabólicas capazes aumentar a mortalidade substancialmente.
  • 13. SOFA (SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
  • 14. CRITÉRIOS CLÍNICOS Sepse: suspeita ou certeza de infecção e um aumento agudo de ≥ 2 pontos no SOFA em resposta a uma infecção (representando disfunção orgânica) (2). Choque Séptico: sepse + necessidade de vasopressor para elevar a pressão arterial média acima de 65 mmHg e lactato > 2 mmol/L (18 mg/dL) após reanimação volêmica adequada (3).
  • 15. qSOFA (quick SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
  • 16. • qSOFA: • Beira do leito • Suspeita/documentação de infecção que estão sob maior risco de desfechos adversos • Critérios: • PA sistólica menor que 100 mmHg • Frequência respiratória maior que 22/min • Alteração do estado mental (GCS < 15). • 0 a 3 • pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
  • 17.
  • 18.
  • 20. CHOQUE Oferta de O2 Consumo de O2 Hipoxia tecidual Metabolismo anaeróbio Produção de lactato
  • 21. SIRS ` Citocinas pró-inflamatórias: TNF-, IL-1, IL-6, IL-12 e IFN- Citocinas anti-inflamatórias: IL-10, receptor solúvel de TNF-  , IL-1ra, IL-4, TGF- Inabilidade de restabelecer a homeostase = disfunção orgânica Tempestade inflamatória ou imunossupressão? Hotchkiss & Karl, NEJM 348:138, 2003
  • 22. RESPOSTA INFLAMATÓRIA Produção de radicais livres Produção de óxido nítrico Produção de proteínas de fase aguda Produção de hormônios de stress Hipoxemia citopática Ativação de macrófagos Ativação de linfócitos T e células NK Ativação de células endoteliais Ativação de plaquetas Ativação de neutrófilos Ativação de complemento Ativação da coagulação Produção de citocinas inflamatórias Produção de citocinas antinflamatórias AGRESSÃO
  • 24. ALTERAÇÕES NA MICROCIRCULAÇÃO Aumento da permeabilidade vascular Alterações do fluxo e resistência vascular Diminuição da deformidade das hemáceas Formação de edema Shunt arteriovenoso Trombose Sepse – fisiopatogenia
  • 25. ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS Diminuição da resistência periférica Diminuição das pressões de enchimento Redução heterogênea do fluxo sanguíneo Depressão miocárdica Sepse – fisiopatogenia
  • 26. Martin, GS et al. NEJM 348: 1246, 2003 Sepse – epidemiologia
  • 27. Martin, GS et al. NEJM 348: 1246, 2003 Sepse – epidemiologia
  • 28. Quartin et al. JAMA 277:1058 ,1997 Sepse – doença crônica? Mortalidade a longo prazo dos pacientes com sepse
  • 29. Angus et al. CCM 29:1303,2001 Número de disfunções orgânicas Mortalidade (%) Ocorrência (%) 1 73,6 21,2 4 1,0 76,2 2 20,7 44,3 3 4,7 64,5 Sepse – epidemiologia
  • 30. 0 10 20 30 40 50 60 70 RESTO DO MUNDO BRASIL Mortalidade Estudo PROGRESS 0 20 40 60 AUSTRÁLIA ALEMANHA ÍNDIA ARGENTINA BRASIL MORTALIDADE % BRASIL n = 11.925
  • 31. Epidemiologia BASES Brazilian Sepsis Epidemiological Study E Silva et al. Crit Care 2004;8:R251 Sepse Brasil Sales JR JA et al. RBTI 2006;18:9 1383 pacientes (5 UTIs) 3128 pacientes (75 UTIs) Idade (mediana) – 65 anos Idade (média) – 62 anos 17% sepse grave 14% sepse grave Mortalidade Sepse Grave Choque Séptico 47,3% 52,0% 34,4% 65,0% Mortalidade Sepse Grave Choque Séptico BRASIL
  • 32. Hospitais privados vs. públicos 0 5 10 15 20 25 30 Privados Públicos Taxa de mortalidade (%) APACHE II score Brazilian Sepsis Epidemiological Study BASES BRASIL p<0,05 P>0,05 0 2 4 6 8 10 SOFA Privados Públicos Pacientes com choque séptico P>0,05
  • 33. COsts of Sepsis Treatment Study COSTS % Mortalidade 0 20 40 60 80 PRIVADO PÚBLICOS 0 5 10 15 20 25 30 APACHE SOFA Hospitais privados Hospitais públicos n=5504 Sepse grave= 619 21 centros Sogayar et al CC 9:S42, 2005 BRASIL p<0,05 P>0,05 - Custo da sepse/dia: R$ 1.874,26 (504,40-11.370,50) - Custo da sepse/total: R$ 19.165,50 (751,70-146.335,00)
  • 34. ESPECÍFICAS DO ÓRGÃO ATINGIDO INESPECÍFICAS Febre ou hipotermia Taquicardia Taquipnéia QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 36. Cardiovasculares ESTADO HIPO OU HIPERDINÂMICO Taquicardia Débito cardíaco elevado Vasodilatação periférica Hipotensão arterial Hipovolemia intravascular Disfunção miocárdica QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 37. Pulmonares Taquipnéia Hipoxemia Shunt intrapulmonar Diminuição de complacência QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 38. Renais Oligúria Queda da taxa de filtração glomerular Aumento de escórias Necrose tubular aguda QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 39. Neurológicas Alteração do nível de consciência Encefalopatia séptica Polineuropatia de doença crítica QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 40. Digestivas Diminuição da motilidade Úlceras de stress Íleo hipodinâmico Hemorragia digestiva Translocação bacteriana Colestase Insuficiência hepática QUADRO CLÍNICO E LABORATORIAL
  • 44. Depressão miocárdica Inotrópicos Redução da resistência vascular periférica Diminuição das pressões de enchimento Presença do agente agressor Vasoconstritores Volume Antimicrobianos Disfunção orgânica Suporte intensivo
  • 45. RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA INICIAL DIAGNÓSTICO ANTIBIÓTICOS CONTROLE DO FOCO REPOSIÇÃO VOLÊMICA INOTRÓPICOS ESTERÓIDES PROTEÍNA C ATIVADA DERIVADOS DE SANGUE VENTILAÇÃO MECÂNICA SEDAÇÃO / ANALGESIA / BLOQUEIO CONTROLE GLICÊMICO RIM E BICARBONATO TROMBOSE VENOSA ÚLCERA DE STRESS LIMITES NO TRATAMENTO Tratamento Pacote 24 horas Pacote 6 horas Dellinger et al, CCM 30:536, 2004
  • 46. “PACOTES” 6 horas 24 horas Diagnóstico Coleta de lactato Hemocultura ATB em 1 hora Reposição volêmica Vasopressor (65 mmHg) Cateter central PVC ScO2 Corticóides Proteína C ativada Controle da glicemia Pressão platô < 30 cmH2O
  • 47. Valles et al. Chest 123:1615, 2003 Sobrevida de acordo com a presença de choque e tratamento empírico adequado n=339 BSI comunitária p < 0.001) Tratamento antimicrobiano inadequado
  • 48. Tratamento antimicrobiano precoce Kumar et al, CCM 34:1589, 2006 N=2154 Choque séptico
  • 49. Durante as seis primeiras horas de ressuscitação, os objetivos do tratamento da hipoperfusão induzida pela sepse devem incluir todos os seguintes ítens:  PVC: 8-12 mmHg  PAM: ≥ 65 mmHg  Diurese > 0,5 ml/k/h  SVcO2 ≥ 70% ou SVO2 ≥ 65% RECOMENDAÇÃO FORTE Ressuscitação hemodinâmica inicial
  • 50. p=0.009 p=0.01 p=0.03 46.5 30.5 49.2 33.3 56.9 44.3 0 10 20 30 40 50 60 Mortalidade hospitalar Mortalidade 28 dias Mortalidade 60 dias ST EGDT Early Goal-Directed Therapy Rivers et al. NEJM 345:1368, 2001
  • 51. Percentual de respostas corretas: Questão 1 SIRS 78.2% Questão 2 Infecção 92.6% Questão 3 Sepse 27.3% Questão 4 Sepse grave 56.7% Questão 5 Choque séptico 81.0% Estudo SEPSES Número de questionários Número de centros 917 21 Assunção M. et al. XII CBMI 2006
  • 52. Percentual global de aderência as intervenções Coleta de lactato Hemocultura antes do Atb Atb nas primeiras 3hs 73% Brasil Mundo Volume e vasopressor PVC > 8 mmHg SVO2 > 70% 6 horas 50% 43% 80% 70% 60% 30% 14% 09% 63% 29% 19% Corticóides Proteína C ativada Controle glicêmico Pressão platô 24 horas 36% 22% 43% 48% 47% 45% 57% 47%
  • 53. Percentual global de aderência as intervenções Gerais Brasil Mundo Aderência pacote 6 horas Aderência pacote 24 horas MORTALIDADE 08% 05% 58% 13% 16% 32%
  • 54.
  • 55. Caso clinico • JPS, 56 anos, diabético, hipertenso, chega ao pronto socorro trazido por seus familiares com queixa de tosse produtiva há 04 dias, febre, fraqueza e “urina pouca”. • Ao exame físico: Glasgow: 12 ( AO: 3 RV: 4 RM: 5), hipocorado(+1/+4), acianótico, anictérico, FR: 25 irpm, ACR: RCI, 2T, BNF, SS, murmúrio vesicular presente bilateralmente com estertores creptantes em terço inferior de hemitórax esquerdo, extremidades: frias, hipoperfundidas, FC: 100 bpm, PAS: 90 mmHg, PAD: 60 mmHg, TAX: 34°C.
  • 56. 1) Diante do quadro qual sua principal hipótese diagnóstica?
  • 57. • qSOFA: • Beira do leito • Suspeita/documentação de infecção que estão sob maior risco de desfechos adversos • Critérios: • PA sistólica menor que 100 mmHg • Frequência respiratória maior que 22/min • Alteração do estado mental (GCS < 15). • 0 a 3 • pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
  • 58. 2) Quais exames de imagem e laboratoriais você solicitaria?
  • 59. • HEMOGRAMA • URÉIA • CREATININA • ELETRÓLITOS • RADIOGRAFIA DE TÓRAX • CULTURAS • GASOMETRIA ARTERIAL COM LACTATO • COAGULOGRAMA
  • 60. 3) Qual a conduta terapêutica mais adequada para este paciente?
  • 61. “PACOTES” 6 horas 24 horas Diagnóstico Coleta de lactato Hemocultura ATB em 1 hora Reposição volêmica Vasopressor (65 mmHg) Cateter central PVC ScO2 Corticóides Proteína C ativada Controle da glicemia Pressão platô < 30 cmH2O
  • 62. RESSUSCITAÇÃO INICIAL DIAGNÓSTICO ANTIBIÓTICOS CONTROLE DO FOCO REPOSIÇÃO VOLÊMICA INOTRÓPICOS ESTERÓIDES PROTEÍNA C ATIVADA DERIVADOS DE SANGUE VENTILAÇÃO MECÂNICA SEDAÇÃO / ANALGESIA / BLOQUEIO CONTROLE GLICÊMICO RIM E BICARBONATO TROMBOSE VENOSA ÚLCERA DE STRESS LIMITES NO TRATAMENTO Tratamento Pacote 24 horas Pacote 6 horas Dellinger et al, CCM 30:536, 2004
  • 63. • Referência Bibliográfica: 1. Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 22ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2005. 2. Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v.2. 16ª. Edição. Rio de Janeiro: McGrawHill, 2006. 3. Lopes AC, Amato Neto, V. TRATADO DE CLÍNICA MÉDICA 3 VOL. 1ª Edição. São Paulo: Roca, 2006.