O documento resume um encontro do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa discutindo diversidade linguística e o processo de alfabetização no Brasil. O encontro incluiu leituras, vídeos e discussões sobre a importância de valorizar as diferentes línguas presentes no país e como isso se relaciona com a alfabetização de crianças.
2. 3º Encontro – 1º momento
10/11/15(4 horas)
Pauta:
• Leitura deleite: Kabá Darebu de Daniel Munduruku;
• Vídeo: Você sabe quem é Daniel Munduruku?
• Socialização da Seção Compartilhando e da
tarefa( situação-problema);
• Retomada do Caderno 1, Texto: Diversidade linguística no
ciclo de alfabetização;
• Vídeo: Norma culta e variedade linguística;
• Vídeo: Poema – “Infância”, de Carlos Drummond de
Andrade;
• Música: “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo
Tatit);
• Discussão sobre o poema e a música;
• Produção escrita;
4. Sobre o livro:
Cultura é o conjunto de manifestações de um povo, nos âmbitos
artístico, social e linguístico. Conhecer outras culturas é ampliar
horizontes e descobrir que outros povos se comportam de
forma diversa, sob o efeito de outras perspectivas.
E no livro de Daniel Munduruku, o indiozinho Kabá Darebu, da
tribo Munduruku, tem 7 anos e nos ensina um pouco sobre sua
cultura. O pequeno relata seu dia-a-dia, os costumes herdados
de seus ancestrais, o amor de seus pais, e de como os índios
lidam com as interferências do “homem branco”, como as
roupas e as doenças. Ele explica, também, como as crianças
vivem na aldeia, aprendendo sempre e se divertindo prá valer.
As ilustrações são lindas. Maté utilizou aquarela, guache e
colagens de pintura em seda para compor o visual colorido.
O livro ensina muito sobre a valorização da cultura como legado
de um povo.
7. Retomada do Caderno 1
Texto: “Diversidade
linguística no ciclo de
alfabetização”
8. O texto evidencia que, apesar do Português ser
a língua oficial do Brasil, não se pode negar a
existência de várias línguas (indígenas, africanas,
Libras).
Portanto, podemos dizer que o Brasil é um país
monolíngue?
10. REFLEXÕESAPARTIRDOTEXTOREFLEXÕESAPARTIRDOTEXTOREFLEXÕESAPARTIRDOTEXTOREFLEXÕESAPARTIRDOTEXTO Conforme os autores, o Brasil é um país de
grande diversidade linguística. Há no Brasil,
cerca de dois milhões de brasileiros que não
têm o Português como língua materna.
Incluindo as línguas indígenas e a dos
imigrantes, temos mais de duzentas línguas
no país, além da Língua Brasileira de Sinais.
No entanto, o número de pessoas que têm
línguas maternas minoritárias constitui
apenas 5% da população brasileira, deixando
a impressão de que o Brasil é um país
monolíngue (RODRIGUES, 2001).
11. IMPORTANCIADAPRESERVAÇÃOIMPORTANCIADAPRESERVAÇÃO
[...] aspectos, cognitivo, cultural e das
identidades coletivas, mostram-se como
fortes argumentos para a preservação da
diversidade linguística, e têm mobilizado
reflexões e ações na sociedade brasileira,
no sentido de garantir a todos o direito de
se expressar em sua língua materna, de
considerar a complexidade e a diversidade
do potencial humano, de valorizar o aporte
cultural de nosso país e de resistir as
práticas homogeneizadoras e de
dominação (p.72).
12. Desse modo, mesmo considerando que
grande parte da população brasileira utiliza o
Português como língua materna, sendo este
o idioma oficial do país, é necessário pensar
nas diferenças linguísticas existentes no
cenário brasileiro.
13. Essas diferenças linguísticas trazem implicações
para o currículo, em especial, no que diz
respeito ao processo de alfabetização, uma vez
que [...] explorar a diversidade linguística na
escola é um desafio que precisamos enfrentar,
e já estamos enfrentado. Propostas de
letramento bilíngue (escolas indígenas e de
imigração), bidialetal (as variedades linguísticas
presentes em sala de aula) e bilíngue bimodal
(português brasileiro escrito e língua de sinais)
precisam ser socializados para a promoção da
melhoria da educação básica nos anos iniciais
(p.79).
Essas diferenças linguísticas trazem implicações
para o currículo, em especial, no que diz
respeito ao processo de alfabetização, uma vez
que [...] explorar a diversidade linguística na
escola é um desafio que precisamos enfrentar,
e já estamos enfrentado. Propostas de
letramento bilíngue (escolas indígenas e de
imigração), bidialetal (as variedades linguísticas
presentes em sala de aula) e bilíngue bimodal
(português brasileiro escrito e língua de sinais)
precisam ser socializados para a promoção da
melhoria da educação básica nos anos iniciais
(p.79).
DIVERSIDADELINGUÍSTICAEALFABETIZAÇÃODIVERSIDADELINGUÍSTICAEALFABETIZAÇÃODIVERSIDADELINGUÍSTICAEALFABETIZAÇÃODIVERSIDADELINGUÍSTICAEALFABETIZAÇÃO
14. De modo geral, essas propostas pedagógicas estão
organizadas com base em três situações:
a) Línguas maternas minoritárias: quando os alunos
que são monolíngues não compreendem a LP ou
quando os alunos são bilíngues insipientes, ou seja
não falam mas compreendem a língua materna, ou
alunos bilíngues ativos.
MEDIDAS: Fazer da língua materna a língua de instrução
oral e escrita (instrumento de interação na sala de aula);
ter professor que utilize a mesma língua materna e tomar
a língua materna dos alunos como objeto de estudo e
reflexão, alfabetizando em língua materna.
MEDIDAS: Fazer da língua materna a língua de instrução
oral e escrita (instrumento de interação na sala de aula);
ter professor que utilize a mesma língua materna e tomar
a língua materna dos alunos como objeto de estudo e
reflexão, alfabetizando em língua materna.
15. b) Língua Portuguesa:
Mesmo em contextos em que os falantes usam
línguas minoritárias, é necessário considerar o
direito ao aprendizado da língua oficial, no caso, a
Língua Portuguesa, para que possam estar em
condições de intervir plenamente na vida
econômica, política, jurídica e cultural do país. A
Língua Portuguesa pode aparecer de duas
maneiras:
como primeira língua (estudantes monolíngues
em LP);
como segunda língua (estudantes monolíngues
em uma língua minoritária)
16. c) Língua Brasileira de Sinais:
É a língua materna minoritária das pessoas surdas e
que, portanto, deve ser ensinada na escola. Como
dificilmente o professor é surdo, é necessário a
presença do intérprete em Libras.
No AEE um efetivo ensino e acompanhamento em
Libras, uma vez que muitos estudantes se
apropriam da própria língua apenas na escola.
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002:: Dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras .
Art. 1o
É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002:: Dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras .
Art. 1o
É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
17. Além da grande diversidade de línguas usadas
em seu território, o Brasil também se caracteriza
por abrigar muitas variedades linguísticas.
A variedade linguística expressa a cultura, os
conhecimentos construídos e valorizados
coletivamente e as características de diferentes
grupos sociais e, podemos verificar esse
efeito de transbordamento das diferentes
culturas, também, por meio das
diferentes manifestações artísticas e
culturais como podemos verificar a seguir:
Além da grande diversidade de línguas usadas
em seu território, o Brasil também se caracteriza
por abrigar muitas variedades linguísticas.
A variedade linguística expressa a cultura, os
conhecimentos construídos e valorizados
coletivamente e as características de diferentes
grupos sociais e, podemos verificar esse
efeito de transbordamento das diferentes
culturas, também, por meio das
diferentes manifestações artísticas e
culturais como podemos verificar a seguir:
18. a) Que outras variedades linguísticas
você consegue identificar na sua
escola?
b) Das que você conhece, qual delas
você considera ser mais valorizada
socialmente?
c) Qual o papel da escola diante da
variedade linguística?
PARAREFLETIR:PARAREFLETIR:PARAREFLETIR:PARAREFLETIR:
19. Vício da fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
(Oswald de Andrade. Poesias reunidas. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.)
20. Gontijo e Schwartz (2009) pontuam que por falta de
conhecimentos sobre o funcionamento da
linguagem costuma-se considerar algumas
características da oralidade como formas “erradas”
de se expressar e, que apenas a escrita convencional
é considerada correta.
Assim, tendo em vista um aprofundamento
conceitual e prático sobre a temática da variedade
linguística, vamos ao livro Nada na língua é por
acaso: por uma pedagogia da variação linguística de
Marcos Bagno (2007).
21. Se um dos objetivos da alfabetização é garantir que
as crianças façam uso de textos orais e escritos em
diversas situações sociais, é preciso que a escola fique
aberta a pluralidade de discursos existentes na
sociedade. [...] Dessa maneira, como disse Lemle
(1989), estigmatizamos aqueles que: trocam na fala o L
pelo R como na palavra planeta/praneta, não
pronunciam o som i nas palavras como salário/ salaro
etc. Porém, conforme a autora, “[...] é uma falha
profissional compartilhar desses preconceitos e dar
mostras de assumir essa maneira de valorizar e
desvalorizar as características das falas das pessoas
(GONTIJO; SCHWARTZ, 2009, p. 68).
23. O respeito à diversidade
linguística e o preconceito
Preconceito: “qualquer opinião ou
sentimento, quer favorável quer desfavorável,
concebido sem exame crítico”; ideia, opinião
ou sentimento desfavorável formado a priori,
sem maior conhecimento, ponderação ou
razão”. (Dicionário Houaiss, 2010)
“Para combater esse preconceito, basta um
pouco de informação”. (POSSENTI, 2011)
24. • As placas mais engraçadas com os erros de
português mais ridículos e impensados estão
aqui, o coitado do portuga foi terrivelmente
assassinado nesse post...
• PLACAS-ERROS DE PORTUGUÊS PRA MORRER DE R
• A gente fala português! Quer dizer... Veja os
erros de placas mais bizarros já vistos
• Erros de português podem comprometer a
imagem do profissional e da empresa
31. O jornalista William Bonner, apresentador do Jornal
Nacional, provavelmente se confundiu com o
espanhol e colocou um acento onde não devia.
http://www.livrosepessoas.com/tag/jornal-nacional/
34. Preconceito com surdos?
Surdez é mais do que uma condição médica. Para os
indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter "ouvidos
doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura.
Neste sentido, a surdez é única entre os tipos de deficiência.
O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a
linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo
linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os
membros desta comunidade. Em muitos aspectos, o caráter
social da cultura surda pode ser comparado à da cultura Afro-
americana. Da mesma forma que existe um forte sentimento
de orgulho entre os Afro-americanos em respeito ao seu
patrimônio cultural e da sociedade, existe um sentimento de
orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto de minoria
cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um
fenômeno fisiológico. É um modo de vida. (Disponível e
http://www.brasilmedia.com/cultura.html)
35. • Para lutar contra o preconceito: a compreensão da cultura
dos surdos
Documentário “Sou surda e não sabia” (Igor Ochronowicz)
36. 3º Encontro – 2º momento
11/11/15 (4 horas)
Pauta:
• Leitura deleite: “As tranças de Bintou” de Sylviane A. Diouf;
• Introdução do tema central da formação que é “A criança no ciclo de
Alfabetização”.
• Vídeo: Poema – “Infância”, de Carlos Drummond de Andrade;
• Música: “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit);
• Discussão sobre o poema e a música;
• Produção escrita;
• Apresentação do Caderno 2:
- Seção “Iniciando a Conversa”;
- Objetivos do caderno 2;
• Vídeo: A invenção da infância;
• Aprofundando o tema – Leitura dos Textos 1 e 2 (em grupos);
• Discutir as questões elaboradas sobre os textos lidos;
• Considerações sobre o texto 1.
38. I - Introdução do tema central da formação que é
“A criança no ciclo de Alfabetização”.
II – Apresentação do Caderno 2
III- Documentário “A invenção da Infância”
IV – Considerações sobre os textos lidos.
39. Para iniciar a discussão da temática desse
encontro realizaremos a leitura do poema
InfânciaInfância de Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade.
a)Leituradeleitea)Leituradeleite
Conhecem esse poema?
Conhecem outros poemas de
Drummond? Quais?
O poema que vamos ler tem como
temática a Infância. Você acha que esse
poema pode retratar infâncias atuais
e/ou infâncias do passado? Explique.
40. Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo
Minha mãe ficava sentada cosendo
Meu irmão pequeno dormia
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusoé,
comprida historia que não acaba mais
No meio dia-branco de luz uma voz que aprendeu
A ninar nos longes da senzala- nunca se esqueceu
Chamava para o café
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando pra mim:
-Psiu...não acorde o menino
Para o berço onde pousou um mosquito
E dava um suspiro...que fundo!
La longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda
E eu não sabia que minha historia
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé
Carlos Drummond de Andrade
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo
Minha mãe ficava sentada cosendo
Meu irmão pequeno dormia
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusoé,
comprida historia que não acaba mais
No meio dia-branco de luz uma voz que aprendeu
A ninar nos longes da senzala- nunca se esqueceu
Chamava para o café
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando pra mim:
-Psiu...não acorde o menino
Para o berço onde pousou um mosquito
E dava um suspiro...que fundo!
La longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda
E eu não sabia que minha historia
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé
Carlos Drummond de Andrade
Leitura do Poema...
O texto escrito:
42. Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim,
confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga
no pão
Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega,
papel, papelão
Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim,
confusão
Música “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit)Música “Criança não trabalha” (Arnaldo Antunes e Paulo Tatit)
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão
Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...
Giz, merthiolate, band-aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca, botão, pega-pega, papel, papelão
Criança não trabalha, criança dá trabalho
Criança não trabalha...
1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez...
Lápis, caderno, chiclete, pião
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar, pula cela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia, pirata, baleia, manteiga no pão
43. c)Discussãosobreopoemaea
música: 1. O poema de Drummond retrata o que? De que
forma? O que faz ele lembrar o tempo de
criança?
2. Pela poesia, é possível afirmar que a infância
de Drummond retrata a infância da maioria das
crianças de sua época e também da atualidade?
3. E a música de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit? Ela
tematiza o quê?
4. E possível traçar aproximações entre a poesia
de Drummond e a música de Antunes e Tati?
1. O poema de Drummond retrata o que? De que
forma? O que faz ele lembrar o tempo de
criança?
2. Pela poesia, é possível afirmar que a infância
de Drummond retrata a infância da maioria das
crianças de sua época e também da atualidade?
3. E a música de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit? Ela
tematiza o quê?
4. E possível traçar aproximações entre a poesia
de Drummond e a música de Antunes e Tati?
44. d)Produçãoescrita:
Imagine que você tenha sido convidado para
apresentar um texto sobre a sua infância para ser
publicado em um jornal local.
O jornal esta fazendo uma divulgação das lembranças
de infância das professoras alfabetizadoras como
pauta para as comemorações do dia das crianças.
Elabore o texto, a partir das seguintes questões:
Que criança fui e que infância vivenciei?
Como a escola me transformou em aluno?
Imagine que você tenha sido convidado para
apresentar um texto sobre a sua infância para ser
publicado em um jornal local.
O jornal esta fazendo uma divulgação das lembranças
de infância das professoras alfabetizadoras como
pauta para as comemorações do dia das crianças.
Elabore o texto, a partir das seguintes questões:
Que criança fui e que infância vivenciei?
Como a escola me transformou em aluno?
47. • Refletir sobre os conceitos de “criança” e “infância” e sua
pluralidade, compreendendo-os enquanto produtos das relações
socioculturais;
• Compreender a importância do lúdico no desenvolvimento infantil,
valorizando a sua presença no processo educativo da criança;
• Analisar o processo de inclusão da criança de seis anos no ensino
fundamental e a transição dela da educação infantil para essa
segunda etapa da educação básica;
• Compreender a escrita e a infância como construções sociais e
como conceitos complementares e inter- relacionados;
• Refletir sobre infância e educação inclusiva como direito de todos;
• Discutir alguns pressupostos sobre a educação do campo e as
identidades sociais das crianças do campo;
• Reconhecer a importância da afetividade na sala de aula e na
escola, compreendendo a necessidade de um olhar integral sobre
a infância.
• Refletir sobre os conceitos de “criança” e “infância” e sua
pluralidade, compreendendo-os enquanto produtos das relações
socioculturais;
• Compreender a importância do lúdico no desenvolvimento infantil,
valorizando a sua presença no processo educativo da criança;
• Analisar o processo de inclusão da criança de seis anos no ensino
fundamental e a transição dela da educação infantil para essa
segunda etapa da educação básica;
• Compreender a escrita e a infância como construções sociais e
como conceitos complementares e inter- relacionados;
• Refletir sobre infância e educação inclusiva como direito de todos;
• Discutir alguns pressupostos sobre a educação do campo e as
identidades sociais das crianças do campo;
• Reconhecer a importância da afetividade na sala de aula e na
escola, compreendendo a necessidade de um olhar integral sobre
a infância.
ObjetivosdoCaderno2
51. Em grupos:
Leitura, em pequenos grupos, dos
textos 1 (“Concepção de infância,
criança e educação”) e 2 (“A criança
no Ciclo de Alfabetização: ludicidade
nos espaços/tempos escolares”).
Cada grupo deve ler um texto e
elaborar uma questão para discussão
com a turma; discussão em grande
grupo sobre as questões elaboradas
(uma questão de cada grupo).
53. Completar: ( no máximo em uma frase)
Criança é um ser...
Criança precisa de...
Criança aprende...
Infância é ...
Educar é...
( Atividade individual 5’)
Completar: ( no máximo em uma frase)
Criança é um ser...
Criança precisa de...
Criança aprende...
Infância é ...
Educar é...
( Atividade individual 5’)
54. Concepção de Infância, Criança e EducaçãoConcepção de Infância, Criança e Educação
Claudinéia Maria Vischi Avanzini
Lisandra Ogg Gomes
Considerações sobre o texto 1
55. A criança, enquanto um ser genérico; a infância, como uma
geração ou fase da vida, ou seja, ela não termina quando as
crianças crescem. Essa geração continua a existir e a receber
novas crianças;
Não podemos idealizar uma única infância ou criança, pois
são diversas as infâncias que as crianças vivem.
A infância passou a ser reconhecida como uma geração que é
parte da estrutura social, e as crianças, como atores sociais.
56. Compreensão histórica das ideias
acerca da Infância e da Criança
IDADE MÉDIA
Diante de determinados contextos e
circunstâncias, era grande a mortalidade infantil;
A escola, de responsabilidade da Igreja, era
extremamente dual, seletiva e excludente;
As relações sociais eram fundadas em uma
hierarquia por grupos de idade e as crianças, na
medida das suas capacidades, participavam da vida
social misturadas aos adultos, expostas aos perigos e
às violências da época .
57. Compreensão histórica das ideias
acerca da Infância e da Criança
SÉCULO XV
Passou a existir na sociedade uma crescente
vontade de salvar as crianças;
Inicia um processo de grandes transformações na
sociedade, com a moralização dos comportamentos, o
nascimento da família moderna e a ampliação nas
formas de comunicação;
Começa a se concretizar e difundir a ideia de uma
escola para todos, um corpo de professores –
formados nas ordens religiosas, por uma disciplina
rígida, classes numerosas e normas que são diversas
daquelas dos adultos;
58. Compreensão histórica das ideias acerca
da Infância e da Criança
...SÉCULO XV
Alguns conceitos – denominados de “pré-
sociológicos” – a respeito da criança, com influências
em mitos e filosofias a cerca do homem;
Uma dessas concepções é a da criança má, ou seja,
tem disposição para a maldade, corrupção e
mesquinharia, devido a sua natureza pecaminosa;
Com isso, a criança, precisa ser educada e
controlada, para isso, são efetivadas práticas
pedagógicas de correção, adestramento, controle e
aprimoramento do corpo e da mente infantis.
59. Compreensão histórica das ideias acerca da
Infância e da Criança
...SÉCULO XVII e XVIII
A Criança começa a ser vista como diferente dos
adultos em suas peculiaridades, segundo a visão de
Locke (1632-1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712-
1778);
A educação deve ser de estímulo, cuidado, segurança
e simplicidade, através de jogos, objetos e ambientes
que permitam uma formação por meio da experiência,
manipulação e ação.
Para Jean-Jacques Rousseau, as crianças não são
adultos em miniatura, são naturalmente boas,
inocentes e puras;
60. Jean-Jacques Rousseau
defende que a criança é
um ser com
características próprias,
ao contrario das ideias
comuns no seu tempo
que defendiam que a
educação da criança
deveria ser voltada para
os interesses do adulto
e da vida adulta.
61. Adnilson José da Silva
A obra Jean-Jacques Rousseau influencia o pensamento
pedagógico até os dias atuais, sobretudo as correntes que
valorizam a autonomia e a liberdade dos sujeito
aprendentes, sem descuidar dos necessários limites
impostos pela convivência social. Do ponto de vista de
Rousseau, o homem educado seria caracterizado pela
vontade consciente que o manteria autônomo, tanto
frente aos determinismos naturais quanto às imposições
sociais.
INFÂNCIA E EDUCAÇÃO NA OBRA DE
ROUSSEAU
62. Compreensão histórica das ideias acerca da
Infância e da Criança
...SÉCULOS XVII e XVIII
Para Locke (1632-1704) , as crianças são seres
passivos e que a aprendizagem ocorre pelas vivências
adquiridas com os objetos;
A Educação teria uma papel fundamental de moldá-
la para o bem ou para o mal;
A Criança seria por natureza diferente em
comparação ao adulto, tendo sua mente como uma
carta branca, que deveria ser preenchida a partir das
experiências;
63. Compreensão histórica das ideias acerca da
Infância e da Criança
SÉCULOS XX
Os estudos realizados no campo da Psicologia
transformam o modo de compreender a criança e
influenciam a constituição da infância como uma fase
da vida;
Jean Piaget (1896-1980), o começo do conhecimento
é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o
conhecimento humano se constrói na interação
homem-meio, sujeito-objeto. As formas de conhecer
são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma
melhor organização em momentos sucessivos de
adaptação ao objeto.
64. Lev Vygotsky (1896-1934), a criança é um indivíduo
que aprende a se desenvolver na interação com outros
mais experientes do seu meio sociocultural;
Sigmund Freud (1856-1939) A infância é o passado do
adulto. É a criança inconsciente, um recurso para
compreender os desvios, delitos e as anormalidades do
adulto.
SÉCULO XX
Compreensão histórica das ideias acerca da
Infância e da Criança
65. Compreensão histórica das ideias acerca da
Infância e da Criança
É apenas no século XX que a infância se torna uma
realidade de fato – um fenômeno social;
As novas concepções desse período questionam o
modelo de criança universal, pois se reconhece que
as crianças são plurais e pertencem a diferentes
culturas.
As crianças são construtoras ativas em
seus mundo sociais (CORSARO, 2003; QVORTRUP,
2011);
SÉCULO XX
66. Esse apanhado histórico nos mostra a
diversidade e as dimensões de sentimentos,
valores, práticas e das ideias construídas a
respeito das crianças e da infância ao longo do
tempo, os quais, de modos diferentes ainda se
fazem presentes. O que temos, por certo, é que
em todas as épocas as crianças foram cuidadas,
educadas, participaram, atuaram e se
pronunciaram nos seus espaços sociais, mas de
maneiras diversas, as quais se relacionam à
estrutura e às ações sociais de cada período
histórico.
67. As crianças como atores sociais,
agentes em seus processos de
aprendizagem; e a infância é reconhecida
como uma categoria geracional essencial
para a estrutura da sociedade, que
influência e é influenciado por ela.
68. As teorias interacionais são críticas em relação à concepção tradicional de ensino,
de cunho epistemológico empirista. Piaget e Vygotsky, ambos interacionista
buscaram em suas teorias um caminho a explicar o processo de conhecer, sendo
este, um processo de construção através da relação sujeito e meio.
JEAN PIAGET VYGOTYSK