O documento discute os conceitos de estratificação social e mobilidade social, apresentando diferentes tipos históricos de estratificação como escravidão, castas e estamentos. Também aborda as teorias sociológicas clássicas sobre classes sociais de Marx, Weber e Veblen.

1. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

5. 1. Estratificação social (“Stratum”: camada ou estrato)
o Humanos se organizaram de forma desigual.
o Recompensas sociais mal distribuídas.
Mobilidade social (deslocamento entre estratos):
o Vertical: acesso ou descenso a oportunidades.
o Horizontal: melhora ou piora no mesmo estrato.
o Intergeracional: comparação da posição entre gerações.
o Intrageracional: comparação na mesma geração.

8. Sistema:
Aberto:
o Permite mobilidade e ascensão social.
Fechado:
o Inviabiliza mobilidade e ascensão social.
Mobilidade social:
o Principal fator para se analisar a estrutura social.

11. 2. Tipos de estratificação social
Tipo ideal (Max Weber):
o O cientista social ressalta traços marcantes e
repetitivos no seu objeto de estudo.
o Exemplo: um professor ideal que sirva de referência.
o Os estudos analisam as características comuns ou
diferentes em relação à esse tipo ou padrão ideal.

12. Escravidão:
o Pessoas consideradas propriedade de outras,
compradas, vendidas, trocadas, descartadas.
o Negação da natureza humana e dos direitos.
o Grécia: natural, justa, por dívidas ou guerras.
o Brasil colonial: africanos, base da produção.
o Atualidade: tráfico humano, escravidão infantil,
trabalho análogo à escravidão.

13. “Aquele que, por natureza,
não pertence a si mesmo sendo
homem é naturalmente escravo.
É coisa e propriedade de outro.”
(Aristóteles: Política)

20. Castas:
o Estratificação social com grupos diferenciados
de forma hierárquica e hereditária.
o Caráter religioso, fixo, imutável.
o Indiano: mais conhecido, legitimado pelo hinduísmo.
o Cada casta define papéis, status, oportunidades,
limites, valores, crenças, costumes, imobilidade.
o Dálit ou pária: punição por cometer infrações.

21. Brâmanes
(sacerdotes, pensadores)
Xátrias
(políticos, militares)
Vaixás
(comerciantes, agricultores)
Sudras
(operários, camponeses)
Dálits
(inferiores)

22. Brâmanes
(sacerdotes, pensadores)

27. Estamentos: fechado, hereditário, imobilista.
o Típico do sistema feudal ou Feudalismo.
o Clero: padres, bispos, arcebispos, cardeais, papa.
o Nobreza: proprietários, títulos, honrarias.
o Servos: camponeses, trabalhadores, sem terra.
o Igreja católica: legitimação ideológica do sistema.
o Baixa Idade Média: burguesia, mobilidade social.
o Baixo clero: camponeses e baixa nobreza.

28. Clero
Nobreza
Servos
Posição social definida no nascimento
Clero e nobreza: senhores feudais.
Servos: dependentes e presos à terra.
Vilões: camponeses livres.

29. Feira em Ghent na Idade Média
(Félix De Vigne: 1862)

30. Classes sociais:
o Idade Moderna: estratificação de classes.
o Acompanhou o sistema capitalista.
Hierarquias sociais de sistemas abertos:
o Flexibilidade no estrato e mobilidade social.
o Mobilidade horizontal e vertical conforme as
oportunidades sociais disponíveis e a ordem
econômica como eixo.

32. Classes e desigualdades sociais:
o Status atribuído influencia o status adquirido.
o As desigualdades sociais existem em todas as
sociedades de classes.
o Igualitárias: mais oportunidades e facilidades.
o Desiguais: mais entraves e distância entre classes.
o Distribuição desigual de oportunidades facilita a
mobilidade vertical de alguns em relação a outros.

33. Meritocracia e mobilidade vertical:
o Preconceito, discriminação, estigmas sociais,
violência, acesso à educação e qualificação, saúde,
emprego, oportunidades relacionam – se ao mérito.
o Oportunidades desiguais geram desigualdades e
chances desiguais de competição e ascensão.
o Dedicar – se é fundamental à mobilidade vertical,
mas numa sociedade desigual uns têm mais chances
que outros.

41. 2. Classes sociais e teorias sociológicas
Karl Marx:
o Do Feudalismo para o Capitalismo algumas forças
ganharam espaço: artesãos urbanos e mercadores.
o Burgueses investiram em manufaturas e ficaram
ricos expandindo seus negócios.
o Os feudos transformaram – se em pastos para as
ovelhas liberando mão de obra para manufaturas.

42. Karl Heinrich Marx (1818 – 1883)

43. Revolução Industrial e proletariado:
o As leis de mercado estimularam a concorrência,
empresários faliram proletarizando – se.
o Grandes empresas fundiram – se, compraram as
falidas e assim surgiram: cartéis e trustes.
o A exploração do proletariado fazia parte da
maximização de lucros das empresas e do
enriquecimento dos empresários.

45. Burguesia X proletariado:
o Burgueses exploravam os operários para ficarem
mais ricos mas um dependia do outro.
o A burguesia cada vez mais rica e menor e os
operários cada vez mais pobres e numerosos.
o Modo de produção: maneira como se organizam
as forças de produtivas e as relações de produção.
o O Marxismo influenciou as ciências humanas.

46. Max Weber – classe, status, partido:
o As sociedades se caracterizam por conflitos
motivados por poder, recursos e interesses comuns.
o Além do fator econômico duas outras razões
hierarquizam os indivíduos: status e partido.
Status: modo como o indivíduo é visto e valorizado
o Títulos, cargos, posição, dinheiro, estilo de vida.
o Pobres podem ostentar consumo e estilo de vida.

49. Partido:
o Indivíduos podem se unir e canalizar esforços na
defesa de interesses comuns.
o Para atingir seus objetivos os indivíduos e grupos
são capazes de ocupar mecanismos de poder.
o Governos, clubes, associações podem ser meios
para se atingir melhores status e poder econômico.
o Tal condição gera desigualdades de poder e status.

51. Thorstein Veblen:
o Estudou a relação entre consumo e status.
o Consumo de ostentação: comprar bens para
demonstrar uma posição social superior a que tem.
o A sociedade estadunidense tinha o hábito de
consumir produtos relacionados à classe superior.
o Compra de um produto por ser caro (função
latente) e não por ser prático (função manifesta).

52. Thorstein Veblen
(1857 – 1929)