3. TER = PODER
Uma realidade sempre presente na história
das sociedades.
Porém, nunca foi tão explícita, reforçada e
valorizada quanto na sociedade capitalista.
Até que ponto isso deve ser considerado?
4. Etnocentrismo e eurocentrismo
Estratificação social
Weber: as três ordens sociais
Consciência de status e de classes
5. Após o surgimento da propriedade privada a
exploração do trabalho de um homem sobre
o outro, tornou-se mais evidente.
Esse fato delimitou claramente a
desigualdade social.
Na História das sociedades, sempre
ocorreram as divisões entre indivíduos de
uma mesma sociedade.
Podemos identificar o inicio dessa prática na
divisão sexual do trabalho.
6. Na etapa seguinte ocorre a divisão social do
trabalho, o que permitiu tanto a dominação nos
próprios grupos, assim como entre grupos
diferentes.
Essa prática “legitimou” a dominação étnica e
por consequência o etnocentrismo.
Como vimos na aula anterior, na perspectiva
etnocêntrica, uma sociedade se auto classifica
como sendo a mais desenvolvida de todas,
sendo mais “importante” que as demais.
Todas as diferenças, são consideradas como
inferioridade.
7. É um conceito antropológico, que ocorre
quando um determinado individuo ou grupo
de pessoas, que têm os mesmos hábitos e
caráter social, discrimina outro, julgando-se
melhor, seja por causa de sua condição
social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou
até mesmo por uma diferente forma de se
vestir.
8. Essa foi a postura dos povos europeus
durante o processo de colonização.
Para “perpetuar” essa dominação, buscaram
“desmantelar” as culturas dominadas e impor
a sua visão de mundo.
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10.
11. Com as informações desenvolvidas até esse
momento, já é possível percebermos que um dos
elementos mais comuns nas sociedades seria a
DESIGUALDADE.
Em função dessa realidade a Sociologia
desenvolveu o conceito de ESTRATIFICAÇÃO, para
demonstrar claramente as desigualdades
presentes em todas as sociedades.
12. Definição:
Estratificação social pode ser entendida como a
divisão da sociedade em grupos, camadas ou
classes sociais, em que os indivíduos são
verticalmente hierarquizados em camadas
sobrepostas.
O conceito de classe social é um dos mais
polêmicos estudados pela sociologia.
Geralmente associa-se classe à renda e à
propriedade privada.
Porém, não existe um consenso entre os
estudiosos dessa questão.
13. Max Weber, o sociólogo alemão, afirmava que a
estratificação social se dava em três dimensões
da sociedade:
1) A ordem econômica, representada pela classe
social.
2) A ordem social, representada pelo status ou
“estado”.
3) A ordem política, representada pelo partido.
Para Max Weber cada uma das três dimensões
da sociedade possui uma estratificação própria.
14. A sociedade seria dividida em CLASSES.
As classes seriam determinadas em função de três
elementos:
- RENDA;
- CONSUMO;
- PATRIMÔNIO.
O interesse econômico é fator que cria uma classe,
podendo até considerar que as classes são
estratificações segundo suas relações com a
produção econômica e aquisição de bens e
serviços.
Estratificação econômica: baseada na posse de
bens materiais, fazendo com que haja pessoas
ricas, pobres e em situação intermediária;
15. A sociedade seria dividida em STATUS ou ESTAMENTOS.
Os status seriam definidos com base em dois elementos:
- PRESTÍGIO (reconhecimento);
- PODER(capacidade de influenciar/controlar).
Os grupos de status estratificam-se em função do princípio
de consumo de bens e estilos de vida específicos.
Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus
de importância atribuídos a cada profissional pela
sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade
valorizamos muito mais a profissão de advogado do
que a profissão de pedreiro.
16. A sociedade seria dividida em PARTIDOS.
A hierarquia seria definida em função das
formas e da atuação junto ao poder.
Os grupos políticos se manifestam através do
poder e sua distribuição entre partidos
políticos, entre indivíduos no interior dos
grupos e partidos, assim como entre
indivíduos na esfera da ação política.
Estratificação política: baseada na situação
de mando na sociedade (grupos que têm e
grupos que não têm poder);
17. A estratificação social indica a existência de
diferenças, de desigualdades entre pessoas de
uma determinada sociedade. Ela indica a
existência de grupos de pessoas que ocupam
posições diferentes.
São três os principais tipo de estratificação
social:
18. Sociedade onde os
indivíduos estão situados
hierarquicamente de
acordo com herança
social dos pais e
famíliares. Ex: Roma
antiga, Grécia antiga.
Não há mobilidade
social
Sociedade onde os
indivíduos estão situados
hierarquicamente mais
pelo prestígio do que pelo
poder econômico, também
passado de pai para filho e
atribuído pela aristocracia .
EX: duques e barões.
Média Mobilidade social.
EX: Brasil colonial
Do ponto de vista legal todos
tem direito, mas a
desigualdade é real.Na
piramidade social o mérito é
que norteia a hierarquia
Problema: oportunidades e
escolhas. Maior possibilidade
de mobilidade social.Ex:
Sociedades atuais
industrializadas
Castas Estamentos Classes
21. Nessa forma de estratificação, existe uma
estrutura muito rígida e um intenso controle
sobre as ações de seus integrantes.
Podemos destacar algumas características:
- Casamentos endogâmicos, ou seja, sempre
ocorrem entre indivíduos das mesmas castas;
- Convenções, leis e rituais;
- Alimentação, etc...
Três grupos principais dessa divisão social:
Brâmanes (puros), Vaixás (intermediários) e os
párias (imundos).
22. A palavra casta corresponde, em sânscrito, à palavra varna,
que significa cor, mas também pode significar espécie. Os
indivíduos de pele mais clara e nariz mais fino, pertenciam
sempre as castas mais altas.
O conceito de casta, ao contrário da classe social, prescreve
camadas quase impermeáveis, endógamas e
hereditárias.Nessa estratificação social quem nasce numa
determinada casta está durante toda a vida condenado a
permanecer na casta em que nasceu.
O casamento entre indivíduos de castas diferentes é proibido e
os filhos pertencem sempre à camada social de seus pais.
O regime social de castas existiu em grandes impérios, como
no Egito, Japão e ainda existe na Índia, embora lá o sistema
de castas esteja proibido desde 26 de novembro de 1949,
quando foi promulgada a Constituição, que estabeleceu a
igualdade entre todos os indianos, vetando expressamente a
discriminação por fatores inerentes ao sistema de castas.
23. Segundo a cultura indiana, no princípio das coisas foram
instituídas quatro castas, eternas que se originaram de diferentes
partes da divindade:
1) Os brâmanes (sacerdotes e eruditos), provenientes da boca.
2) Os xátrias (dirigentes e guerreiros) procedentes dos braços.
3) Os vaicias (mercadores e comerciantes), oriundos das coxas.
4) Os sudras (camponeses, trabalhadores e servos),
provenientes dos pés.
Além dessas castas existiam os párias ou intocáveis, os “sem
casta”, expulsos de suas castas, ou degradados, por
transgressões dos códigos referentes ao comportamento,
condição que é transmitida culturalmente a seus descendentes.
Do ponto de vista religioso, as três primeiras castas são as dos
indivíduos que já nasceram pelo menos duas vezes, conceito
ligado ao dogma do carma e transmigração das almas.
24.
25. O antropólogo Kingsley Davis ao estudar as castas indianas sintetizou as
seguintes tendências, pertencentes aquela cultura:
a) Participação hereditária na casta: a criança, desde o nascimento,
pertence a uma casta do mesmo nível dos pais;
b) Participação atribuída por toda a vida: com exceção de casos de
degradação (rebaixamento), uma pessoa não pode modificar sua
casta;
c) Casamento endogâmico: a escolha do cônjugue deve ser feita
exclusivamente no seio da casta;
d) O contato com outras castas é limitado: através de restrições no que
se refere ao convívio, relações pessoais e associação, e ao consumo
de alimentoss preparados por outros;
e) Identificação do indivíduo com a casta: pelo nome, comum a todos
os membros da mesma casta, pela submissão aos costumes
peculiares e pela obediência às leis que a regem,
f) A profissão ou a ocupação caracterizam a casta: além disso, ou ao
lado desse fator, apresenta uma unidade baseada também numa
racial comum, adesão a uma seita religiosa ou qualquer outra
peculiaridade comum;
g) Cada casta possui um grau de prestígio próprio: estabelecido em
relação às outras castas.
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27. • Típica das sociedades aristocráticas
• (Europa: Idade Média e Moderna).
• O prestígio tem peso maior que a riqueza.
• A localização do indivíduo na hierarquia social não
é somente uma realidade econômica de fato,
mas, principalmente, de direito.
• Os direitos e deveres atribuídos aos membros de
cada estamento são definidos por lei.
28.
29. Declínio dos Estamentos
O declínio da organização estamental da
sociedade europeia se dá com a ascensão
da burguesia (categoria social dedicada às
atividades comerciais e financeiras
desenvolvidas nas cidades).
Apesar de possuir grande força econômica a
burguesia em razão das limitações legais
estava submetida ao alto clero e á nobreza.
30.
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32. Com a extinção do sistema estamental de
estratificação e a ascensão política da
burguesia, nasce a sociedade de classes.
A classe social é um conjunto de indivíduos
portadores de características comum:
- renda familiar, à profissão, à escolaridade,
- ao tipo e ao nível de consumo e aos valores,
crenças, símbolos, normas, atitudes,
aspirações e visão de mundo, etc.
34. Podemos dividir a sociedade capitalista em
dois grupos, segundo suas situação em
relação aos elementos da produção:
proprietários e não proprietários dos meios de
produção. As relações de produção dão
origem a duas camadas sociais diferentes. A
essas camadas damos o nome de classes
sociais. Classicamente, designamos essas
classes sociais como burguesia e
proletariado.
36. O tema consciência de classe será discutido nas
aulas seguintes, sendo o principal referencial para
essa análise Karl Marx.
Na análise de Weber, será dado maior ênfase na
consciência de Status.
Grupos que se auto diferenciam na sociedade, na
maioria das vezes buscam reforçar as diferenças e
não eliminá-las.
Essa prática seria uma maneira de demonstrar a
consciência de status.
Isso acontece através de rituais e práticas realizadas
para fortalecer as diferenças.
Um bom exemplo para essa realidade seria o regime
de CASTAS da sociedade indiana.
37.
38. Os sociólogos e os antropólogos falam em estratificação social
para descrever as desigualdades que existem entre indivíduos e
grupos nas sociedades humanas. Assim, frequentemente
pensamos estratificação em termos de riqueza ou propriedade,
mas ela também pode ocorrer com base noutros atributos
como o gênero, a idade, a filiação religiosa ou a patente militar.
Os indivíduos e grupos sociais gozam de um acesso (desigual) às
recompensas, de acordo com a sua posição no esquema de
estratificação. Assim, a forma mais simples de definir a
estratificação consiste em vê-la como um sistema de
desigualdades estruturadas entre diferentes agrupamentos de
pessoas.
A estratificação social pode ser vista como uma sobreposição
de camadas sociais. As sociedades podem ser vistas como
constituindo ‘estratos’ hierarquizados, com os mais favorecidos
no topo e os menos privilegiados perto do fundo.
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45. Esse tipo de prática não é exclusivo da
sociedade Indiana.
A maioria das sociedades possuem práticas
semelhantes, apenas mais “discretas”.
Percebemos isso no dia a dia, em pequenas
situações do cotidiano.
Essa visão permitiu o surgimento do racismo.
O racismo gera o preconceito e a discriminação
Práticas de uma sociedade doente.
Uma ação pautada exclusivamente na
irracionalidade.
46. A crença da existência de raças superiores e
inferiores foi utilizada muitas vezes para
justificar a escravidão, o domínio de
determinados povos por outros, e
os genocídios que ocorreram durante toda
a história da humanidade e ao complexo de
inferioridade, se sentindo, muitos povos,
como inferiores aos europeus.
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48. Por isso mesmo o Brasil hoje é isto:
- 20 milhões de brasileiros analfabetos;
- O Brasileiro lê em média dois livros por ano.
- 32 milhões vivendo na indigência e na miséria;
- 50 milhões não comem o suficiente para satisfazer suas
necessidades diárias;
- 14 milhões vivem na informalidade sem carteira assinada, sem
direitos trabalhistas e assistência previdenciária;
- As políticas públicas es tão cada vez mais reduzidas,
perdendo qualidade e sendo modificadas com as mudanças
nas leis e na própria Constituição;
- Muitas políticas públicas estão sendo municipalizadas e
passando por profundos cortes orçamentários, a exemplo da
saúde, educação;
- A legislação penal e o poder Judiciário reproduzem os
privilégios patrimoniais de nossa sociedade desigual;
- Estamos retornando ao estatuto de uma mera colônia.
49. -Os negros e mestiços são a maioria entre os favelados e os
sem tetos;
-As mulheres continuam subalternas em casa, no trabalho,
na vida pública e privada, sendo as maiores vítimas de
violência sexual e doméstica;
-A população indígena sofre todo tipo de agressão;
-A alta concentração de terras em poder de algumas
poucas famílias, deixa o trabalhador rural sem condições
de trabalho;
-A exploração da mão de obra infantil é um dos mais
graves problemas brasileiros. Vítimas da miséria em que
vivem seus pais, são obrigadas a trabalhar de sol a sol e,
muitas vezes forçadas a prostituição;
-De cada 1.000 crianças que entram na escola, apenas 43
concluem a 8ª série. Cinco milhões de crianças brasileiras
são reprovadas no ensino por ano;
-Apenas 2% da população brasileira chega à universidade.
50.
51. Faça uma pesquisa nos jornais impressos,
internet e escreva em seu caderno, um
mínimo de 15 linhas, um texto dissertativo
referente “a nova classe média brasileira”