O documento discute a produção social da identidade e da diferença. Apresenta como identidade e diferença são relacionais e têm o poder de incluir/excluir, classificar e demarcar fronteiras. Também discute como a identidade normal é definida e como isso invisibiliza outras identidades, promovendo a homogeneização. Por fim, aborda a história do surgimento dos termos "heterossexualidade" e "homossexualidade" no século XIX.
3. A
Produção
Social
da
Iden4dade
e
da
Diferença
Tendem
a
ser
tomadas
como
dados
ou
fatos
da
vida
social;
naturalizadas,
cristalizadas,
essencializadas
4. Identidade e Diferença são relacionais e tem o PODER de
INCLUIR / EXCLUIR
CLASSIFICAR
DEMARCAR FRONTEIRAS
ESTABELECER O QUE ESTÁ DENTRO DA NORMA (NORMAL)
OPRIMIR O ANORMAL
QUEM
DEFINE
O
QUE
É
NORMAL?
POR
QUÊ?
5. O
PODER
DA
NORMA
q
Normalizar
significa
eleger
arbitrariamente
uma
iden@dade
específica
como
o
parâmetro
em
relação
ao
qual
as
outras
são
avaliadas
e
hierarquizadas.
• A
iden@dade
normal
é
“natural”,
desejável,
única.
• Sua
força
é
tal
que
ela
nem
sequer
é
vista
como
UMA
iden@dade,
mas,
A
iden@dade.
6. A FORÇA HOMONEGEIZADORA DA IDENTIDADE NORMAL É DIRETAMENTE
PROPORCIONAL À SUA INVISIBILIDADE.
• Numa
sociedade
em
que
impera
a
supremacia
branca,
“ser
branco”
não
é
considerada
uma
iden4dade
étnica
ou
racial.
• Num
mundo
governado
pela
hegemonia
cultural
estadunidense,
“étnica”
é
a
música
ou
a
comida
dos
outros
países.
• É
a
sexualidade
homossexual
que
é
“sexualizada”,
não
a
heterossexual.
• A
força
homogeneizadora
da
iden4dade
normal
é
diretamente
proporcional
à
sua
INVISIBILIDADE.
7. Reflita sobre o vídeo “Vista a minha pele”
e tente se colocar no lugar do outro.
Como seria ser massacrado e
discriminado todos os dias o tempo
todo?
8. Gays
rejeitados
pelos
pais
são
oito
vezes
mais
susceYveis
ao
suicídio
É
importante
que
os
pais
ajudem
os
filhos
gays
a
compreender
a
própria
sexualidade
9. Ø Embora todos os alunos possam ser afetados
pelo bullying, os alvos mais prováveis são
aqueles percebidos como diferentes da
maioria.
Ø Aqueles cuja sexualidade é vista como
diferente, ou cuja identidade de gênero ou
comportamento difere do seu sexo biológico,
são particularmente vulneráveis.
Ø O bullying com base em orientação sexual e
identidade de gênero percebidas é um tipo
específico de bullying definido como bullying
homofóbico.
10. q ‚‚
Em
2011,
a
Assembleia
Geral
da
Organização
dos
Estados
Americanos
adotou
uma
resolução
condenando
a
discriminação
contra
pessoas
com
base
em
orientação
sexual
e
iden@dade
de
gênero,
instando
os
Estados
a
adotar
as
medidas
necessárias
para
prevenir,
punir
e
erradicar
essa
forma
de
violência.
Resposta do Setor de Educação ao bullying homofóbico.
Brasília: UNESCO, 2013. 60 p.
1. Bullying 2. Homofobia 3. Intolerância 4. Preconceito 5. Política Educacional
11. q Em
2010,
os
47
Estados-‐membros
do
Conselho
da
Europa
se
comprometeram
com
uma
ampla
gama
de
medidas
para
combater
a
discriminação
por
mo@vos
de
orientação
sexual
e
iden@dade
de
gênero.
q As
medidas
foram
refle@das
em
uma
Recomendação
do
Conselho
da
Europa
e
representam
o
primeiro
acordo
intergovernamental
abrangente
sobre
os
direitos
de
pessoas
LGBT.
12. q Em
2008,
os
Ministérios
da
Educação
e
da
Saúde
da
América
La@na
e
do
Caribe
emi@ram
a
Declaração
Ministerial
de
Educação
para
a
Prevenção,
que
reconheceu
a
necessidade
de
abordar
as
necessidades
de
pessoas
com
orientações
e
iden@dades
sexuais
diferentes,
e
ar@culou
medidas
para
promover
a
segurança
e
a
inclusão
escolar.
13. Hanne
Blank:
"Não
há
só
duas
orientações
sexuais"
A
historiadora
diz
que
a
definição
do
conceito
de
hétero
e
homossexualidade
aumentou
o
preconceito
ao
enquadrar
os
comportamentos
sexuais
14. ü A
historiadora
americana
Hanne
Blank,
de
43
anos,
viveu
um
relacionamento
de
15
anos
com
uma
pessoa
que,
gene4camente,
não
é
homem
nem
mulher.
ü A
história
da
cons4tuição
cromossômica
XXY
de
seu
parceiro
e
o
fato
de
ele
não
se
encaixar,
cien4ficamente,
em
nenhuma
das
categorias
sexuais
existentes
é
contada
por
Hanne
no
início
de
seu
novo
livro.
ü É
sua
maneira
para
introduzir
uma
ideia
polêmica.
Ela
diz
que
a
criação
das
palavras
“heterossexualidade”
e
“homossexualidade”,
no
século
XIX,
mudou
nosso
comportamento.
ü “Até
então,
não
se
pensava
se
alguém
era
gay
ou
hétero”.
15. ÉPOCA
–
É
possível
iden4ficar
com
precisão
quando
as
palavras
hétero
e
homossexualidade
foram
criadas?
Hanne
Blank:
q A
definição
desses
termos
foi
uma
ideia
ocidental
que,
como
muitos
outros
pensamentos,
foi
transmi4da
a
outras
partes
do
mundo
pelo
imperialismo
cultural.
q As
duas
palavras
foram
criadas
numa
carta
escrita,
em
maio
de
1868,
pelo
jornalista
austro-‐húngaro
Karl-‐Maria
Kertbeny.
q Ele
se
colocava
contra
uma
lei
alemã
de
1851,
que
punia
homens
que
man4vessem
relações
com
outros
homens.
q Segundo
ele,
não
era
justo
condenar
o
comportamento
sexual
entre
pessoas
do
mesmo
sexo,
quando
os
mesmos
atos
psicos
eram
realizados
por
pessoas
de
sexos
diferentes
sem
que
houvesse
nenhuma
consequência
legal.
A
historiadora
americana
Hanne
Blank
diz
que
não
é
homo,
nem
hétero,
nem
bissexual