2. RECORDANDO...
O conceito de “estratificação social” é um dos elementos
centrais da Sociologia. Mesmo quando não citado
nominalmente, podemos perceber seu emprego de diversas
formas.
Na Sociologia, Davis e Moore definem “estratificação social”
como um fenômeno universal, que existe em todas as
sociedades, assumindo diferentes “roupagens”.
A “estratificação social” pode ser objetiva, isto é, quando seus
estratos (divisões) sociais são reconhecidos pelo Estado e
sociedade, como na época do Feudalismo (Idade Média).
A “estratificação social” é subjetiva, quando é definida de
forma mais criteriosa, a partir de hábitos de consumo que
estratifica a sociedade em “classes consumidoras”, por exemplo.
22/01/17
3. INTRODUÇÃO
Temos quatros tipos de
estratificação social:
1° = Escravidão Quando uma
pessoa pertence à outra. Não
tem direitos civis nem políticos e
são obrigados a trabalhar em
troca de comida e sustento.
2° Estados A sociedade feudal
apresentava uma divisão em
“Estados”, ou Estamentos. Por
isso, a Sociedade Estamental é
aquela que não permite a
mobilidade social.
Teve fim com o Renascimento
Comercial e Urbano, quando
alguns servos e camponeses se
tornariam comerciantes, dando
origem à Burguesia.
4. O SISTEMA DE CASTAS
A divisão por castas tem origem na Índia e se
baseia na crença hindu no renascimento. Sua
posição social resulta de seu comportamento na
vida anterior, e portanto, as pessoas das castas
mais altas se comportaram bem espiritualmente e
foram recompensadas por isso.
Nascer em uma casta inferior significa que a
pessoa foi punida por ações reprováveis
cometidas anteriormente.
Só convivendo com sua casta e aceitando suas
limitações, a partir da qual nos aprimoramos
espiritualmente, é que ascendemos a uma casta
superior.
É extremamente hierarquizada e é quase
impossível mudar de casta, sendo a posição
social hereditária e muito parecida com a da
Sociedade Estamental da Idade Média.
5. A SOCIEDADE DIVIDIDA EM CASTAS
Casta Apresenta uma especialização que
passa de pai para filho, posto que sua profissão
depende de sua origem social, que ele herda da
família.
Ele terá de se casar com alguém de sua casta,
de maneira “arranjada”.
No topo, estão os “Brâmanes” = Sacerdotes.
Depois, os “Xátrias” = Aristocracia Guerreira.
Então, os “Vaixás” = Comerciantes.
Em penúltimo lugar, os “Sudras” = Servos.
Por fim, os “Párias” = Excluídos, última camada.
6. CLASSES SOCIAIS:
Vitória da burguesia na Revolução Francesa
Fortalecimento dos ideias iluministas, dando
privilégio ao CIDADÃO, agora dotado de
direitos e deveres.
Assim, a estratificação social perdeu seu “apoio
legal”, seja baseada no costume, na religião ou
na lógica do Estado.
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”
impedem a existência de políticas
explicitamente exclusivas como as até então
praticadas, que sancionassem a separação
humana a partir de divisões rígidas!
A estratificação social é agora fruto de pesquisa
e de estudo de sociólogos e antropólogos, de
filósofos que não conseguem precisar a qual
estrato pertence tal sujeito, já que existe
mobilidade social.
Hierarquia = Complexa e difícil de ser definida.
Não é a simples divisão riqueza e pobreza que
define tal divisão. Ver imagem ao lado
7. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM KARL MARX
Segundo Marx, as classes sociais são definidas em relação à posição
na estrutura da produção.
Assim, na história, temos proprietários e não-proprietários. Nas
sociedades, é a partir dessa luta de classe que a vida se movimenta.
Diferentemente de Marx, Durkheim não acreditava que a
hierarquização da sociedade causaria uma luta entre seus estratos.
Na verdade, tal hierarquização é proveniente da divisão do trabalho
social, que gera uma sociedade complexa!
Já Max Weber, assim como Marx, acreditava que a sociedade
apresentava conflitos motivados por poder e recursos. Mas para
Weber, a estratificação social não apresenta apenas o “lado
econômico”, mas diversas outras perspectivas.
Weber compõe a estratificação social a partir de três elementos de
distribuição do poder: classe, status e partido.
8. A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM MAX WEBER
Por “classe”, Weber compreende por uma
categoria econômica. Fatores como posse,
nível educacional e grau de habilidade
técnica e intelectual determina sua posição
social em:
Grandes proprietários.
Pequenos proprietários.
Empregados sem propriedade, mas com boa
formação e portanto, bem remunerados.
Os trabalhadores manuais não-proprietários.
9. AINDA SEGUNDO WEBER
STATUS corresponde às diferenças existentes entre os
grupos sociais quanto à honra ou ao prestígio social,
conferido por aquela sociedade. Pode estar
relacionado ao modo de vida próprio, a
descendência ou a apropriação de direitos políticos.
PARTIDO = Relações associativas baseadas no
recrutamento livre e que permitem oportunidades
para que seus membros consigam realizar objetivos e
vantagens pessoais/coletivas.
A união no partido pode se relacionar com interesses
de estamentos ou classes ou com interesses abstratos
(ideológicos).
Os partidos estão ligados a grupos de interessados,
visto que a participação é voluntária.
10. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL EM VILFREDO PARETO
Partindo da heterogeneidade humana, o
italiano Vilfredo Pareto define a desigualdade
como resultante da diferença física, moral e
intelectual do ser humano. Uma classe eleita, a
elite, governa as outras classes sociais, sendo que
só uma parcela dela participa do poder.
O domínio dessa pequena elite ocorre através
de diferentes formas, seja pela força, pela religião
e quem está no poder, se esforça em manter sua
posição.
Ao indivíduo, é possível chegar ao poder tanto
pela capacidade individual como pela tradição.
11. TEORIAS CONTEMPORÂNEAS
Hoje, os teóricos recebem influências dos antigos
pensadores, como Marx e Weber, como o francês
Pierre Bourdieu, cujo trabalho é a respeito das
relações entre classes e grupos estamentais, ao
propor uma nova relação: capital econômico gera
um novo capital, um “capital simbólico”, também
conhecido como “capital cultural”.
A partir de suas pesquisas, Bourdieu destacou a
importância da transmissão entre gerações de uma
família ou de uma sociedade daquilo que ele
chamou de “capital cultural”, um legado ou
herança intelectual acessível somente a elite e a
classe média que a coloca em posição de privilégio
em relação à classe trabalhadora, influindo
diretamente na oportunidade dos indivíduos.