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ÉMILE DURKHEIM
SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
Émile Durkheim
(1858 – 1917)
A Sociologia não
seria uma Física
Social em busca de
leis gerais. Não deve
ser confundida com
Filosofia e Psicologia.
É uma ciência
autônoma, diferente,
com objeto de
estudo e método.
1. Século XIX: Revoluções, ciência e contradições
o Iluminismo, Revolução Francesa, Revolução Industrial,
consolidação da burguesia e do Capitalismo.
o Exaltação da razão, da técnica, das ciências.
o Exclusão e exploração das classes inferiores.
o Augusto Comte: Física Social e o Positivismo.
o
2. O pensamento de Durkheim
O fato social:
o Modos de sentir, agir, pensar exteriores ao individuo
e que exercem sobre ele.
o São normas explícitas ou implícitas que já existem na
sociedade e que foram construídas culturalmente.
o Comportamentos, papeis, expectativas assumidos de
forma como: filho, marido, mulher, aluno,
membro de uma Igreja, cidadão.
3. Fato social e coercitividade “espontânea”:
o Nossas crenças e ações provêm de uma força
externa que formou nossa identidade.
o Idioma, religião, crenças, manias, preconceitos,
hábitos, leis e comportamentos expressam ações
assumidas coercitivamente pelos indivíduos.
o Tais ações são imperativos que assumimos
naturalmente sem toma – las como imposição.
4. Comte e Durkheim: pontos em comum
o O que é normal numa sociedade não é em outra e
dependerá do seu grau de evolução.
o A antropofagia é tida como normal em sociedades
tribais mas patológica em sociedades europeias.
o A sociedade é como um corpo: saudável ou doente.
o Crimes podem ser fatos sociais normais já que
ocorrem em diversas sociedades.
5. Durkheim: Sociologia e ciência
Fato social: coisas passíveis de observação:
Métodos – observação, comparação, estatísticas:
o Romper com noções preconcebidas e senso comum.
o Focar em fenômenos com características comuns.
o Considerar manifestações coletivas e não individuais.
o Metodologias das ciências da natureza.
o Buscar as causas nos fatos sociais e não nas
consciências individuais ou coletivas.
6. O fato social e suas características
Coercitividade:
o O fato social impõe – se sobre os indivíduos.
o O indivíduo é forçado a seguir o que as leis, regras
e costumes sob pena de sofrer sanções.
o Constituição, leis de trânsito, regras na escola.
o Não fumar em certos locais, usar máscara.
Generalidade:
o Os atos individuais devem transparecer como
normais e devem seguir o que o coletivo deseja.
o Valores, estilos, costumes, sentimentos, leis.
Exterioridade ou exteriorização:
o A demonstração de que os indivíduos assimilaram
e seguem o que o coletivo determina.
o O coletivo impõe – se sobre o individual.
8. Instituições e fato social
o O coletivo impõe – se sobre o individual.
o impõem regras, costumes
e valores aos indivíduos organizando a sociedade.
Consciência coletiva e consciência individual:
o Impondo regras, costumes e valores as instituições
criam uma
Consciência coletiva:
o Cultura coletiva de uma sociedade em que os
indivíduos mantêm crenças e pensamentos comuns.
o Práticas, normas, códigos, crenças coletivos.
Consciência individual:
o Crenças e sentimentos pessoais individuais.
o As pessoas formam a consciência individual
influenciadas pela consciência coletiva.
Fatos sociais, coesão social e solidariedade
Coesão social (solidariedade):
o Interação social, indispensável ao grupo social.
o Sentimento de tribo/manada que une pessoas.
o Elementos que identificam e dão o sentimento de
pertencer ou fazer parte de um grupo social.
o Criam – se consciência e identidade coletivas.
Solidariedade mecânica:
o Regras, costumes, tradições, padrões transmitidos,
assimilados e compartilhados de geração a geração.
o Ocorre de forma espontânea e natural.
o Típica nas sociedades tribais e grupos menores.
o Compartilhamentos mais próximos.
o Vinculados aos primeiros grupos sociais: família,
igreja, escola.
Solidariedade orgânica:
o Típica das sociedades industriais.
o Baseada na racionalidade capitalista.
o Estruturada conforme as regras institucionais das
empresas: hierarquia (chefes – operários).
o Imposição de normas de gestão para garantir a
produção e as posições de mando e obediência.
o Interdependência institucional e individualismo.
9. Normalidade e patologia social
Fatos sociais normais:
o São gerais, comuns, positivos, solidários.
o Amizade, trabalho, leis, família, escol
Fatos sociais patológicos:
o Fogem à normalidade e geram problemas sociais.
o latrocínios, corrupção, desemprego, pandemia.
Padrões sociais normais
Patologias sociais
10. Entre o sagrado e o profano
tudo que é sobrenatural, espiritual, que
está além dos sentidos: música sacra, religião.
não sagrado, sem valor transcendental, de
sentido natural, sem objetivos religiosos e captável
pelos sentidos: cantar, dançar, ler, namorar.
é a instituição que estabelece a diferença
entre o sagrado e o profano, que contribui para a
coesão social, unidade e consciência coletiva.
11. Suicídio à luz da Sociologia:
“Suicídio é toda morte que resulte diretamente de um ato,
positivo ou negativo, realizado pela vítima, que sabia da
produção desse resultado.” (Durkheim)
o Durkheim estuda o suicídio como fato coletivo.
o Pesquisa, levanta e cruza dados: idade, sexo, estado
civil, origem, religião.
o Todos que se matam teriam tal intenção?
o Um soldado teria intenção de correr para a morte?
Suicídio egoísta: típico das sociedades modernas, onde o
individualismo exacerbado promoveu isolamento social,
com indivíduos não se sentindo integrados à sociedade.
Suicídio altruísta: marcado pela obrigação coletiva em
que o indivíduo, ligado aos objetivos do grupo, valoriza
mais a causa do que a própria vida.
Suicídio anômico: típico das sociedades modernas que,
por falta de limites e regras, geram perturbações coletivas
desorientação e desequilíbrio entre desejos e satisfações,
gerando situações de imoralidade e falta de ética.
Suicídio fatalista
Causado pelo excesso de regulação moral, da
anulação dos desejos e das expectativas individuais
por uma ordem opressora. Surge como solução a um
contexto inapelável. Exemplo de escravos que não
conseguem a liberdade e de mulheres que vivem
castradas numa sociedade machista e castradora.
11. Anomia e sociedade
o Anomia: ausência de normas, enfraquecimento dos
laços sociais, a sociedade perde a capacidade de regular
os comportamentos com ruptura da solidariedade.
o Nas sociedades industriais os vínculos são frágeis
favorecendo rupturas sociais ou
com desrespeito de normas e práticas coletivas.
o É o caso de desrespeito de leis e regras e de situações
de violência, corrupção e suicídio.
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  • 2. Émile Durkheim (1858 – 1917) A Sociologia não seria uma Física Social em busca de leis gerais. Não deve ser confundida com Filosofia e Psicologia. É uma ciência autônoma, diferente, com objeto de estudo e método.
  • 3. 1. Século XIX: Revoluções, ciência e contradições o Iluminismo, Revolução Francesa, Revolução Industrial, consolidação da burguesia e do Capitalismo. o Exaltação da razão, da técnica, das ciências. o Exclusão e exploração das classes inferiores. o Augusto Comte: Física Social e o Positivismo. o
  • 4. 2. O pensamento de Durkheim O fato social: o Modos de sentir, agir, pensar exteriores ao individuo e que exercem sobre ele. o São normas explícitas ou implícitas que já existem na sociedade e que foram construídas culturalmente. o Comportamentos, papeis, expectativas assumidos de forma como: filho, marido, mulher, aluno, membro de uma Igreja, cidadão.
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  • 6. 3. Fato social e coercitividade “espontânea”: o Nossas crenças e ações provêm de uma força externa que formou nossa identidade. o Idioma, religião, crenças, manias, preconceitos, hábitos, leis e comportamentos expressam ações assumidas coercitivamente pelos indivíduos. o Tais ações são imperativos que assumimos naturalmente sem toma – las como imposição.
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  • 8. 4. Comte e Durkheim: pontos em comum o O que é normal numa sociedade não é em outra e dependerá do seu grau de evolução. o A antropofagia é tida como normal em sociedades tribais mas patológica em sociedades europeias. o A sociedade é como um corpo: saudável ou doente. o Crimes podem ser fatos sociais normais já que ocorrem em diversas sociedades.
  • 9. 5. Durkheim: Sociologia e ciência Fato social: coisas passíveis de observação: Métodos – observação, comparação, estatísticas: o Romper com noções preconcebidas e senso comum. o Focar em fenômenos com características comuns. o Considerar manifestações coletivas e não individuais. o Metodologias das ciências da natureza. o Buscar as causas nos fatos sociais e não nas consciências individuais ou coletivas.
  • 10. 6. O fato social e suas características Coercitividade: o O fato social impõe – se sobre os indivíduos. o O indivíduo é forçado a seguir o que as leis, regras e costumes sob pena de sofrer sanções. o Constituição, leis de trânsito, regras na escola. o Não fumar em certos locais, usar máscara.
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  • 14. Generalidade: o Os atos individuais devem transparecer como normais e devem seguir o que o coletivo deseja. o Valores, estilos, costumes, sentimentos, leis. Exterioridade ou exteriorização: o A demonstração de que os indivíduos assimilaram e seguem o que o coletivo determina. o O coletivo impõe – se sobre o individual.
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  • 19. 8. Instituições e fato social o O coletivo impõe – se sobre o individual. o impõem regras, costumes e valores aos indivíduos organizando a sociedade. Consciência coletiva e consciência individual: o Impondo regras, costumes e valores as instituições criam uma
  • 20. Consciência coletiva: o Cultura coletiva de uma sociedade em que os indivíduos mantêm crenças e pensamentos comuns. o Práticas, normas, códigos, crenças coletivos. Consciência individual: o Crenças e sentimentos pessoais individuais. o As pessoas formam a consciência individual influenciadas pela consciência coletiva.
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  • 27. Fatos sociais, coesão social e solidariedade Coesão social (solidariedade): o Interação social, indispensável ao grupo social. o Sentimento de tribo/manada que une pessoas. o Elementos que identificam e dão o sentimento de pertencer ou fazer parte de um grupo social. o Criam – se consciência e identidade coletivas.
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  • 34. Solidariedade mecânica: o Regras, costumes, tradições, padrões transmitidos, assimilados e compartilhados de geração a geração. o Ocorre de forma espontânea e natural. o Típica nas sociedades tribais e grupos menores. o Compartilhamentos mais próximos. o Vinculados aos primeiros grupos sociais: família, igreja, escola.
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  • 37. Solidariedade orgânica: o Típica das sociedades industriais. o Baseada na racionalidade capitalista. o Estruturada conforme as regras institucionais das empresas: hierarquia (chefes – operários). o Imposição de normas de gestão para garantir a produção e as posições de mando e obediência. o Interdependência institucional e individualismo.
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  • 39. 9. Normalidade e patologia social Fatos sociais normais: o São gerais, comuns, positivos, solidários. o Amizade, trabalho, leis, família, escol Fatos sociais patológicos: o Fogem à normalidade e geram problemas sociais. o latrocínios, corrupção, desemprego, pandemia.
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  • 49. 10. Entre o sagrado e o profano tudo que é sobrenatural, espiritual, que está além dos sentidos: música sacra, religião. não sagrado, sem valor transcendental, de sentido natural, sem objetivos religiosos e captável pelos sentidos: cantar, dançar, ler, namorar. é a instituição que estabelece a diferença entre o sagrado e o profano, que contribui para a coesão social, unidade e consciência coletiva.
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  • 51. 11. Suicídio à luz da Sociologia: “Suicídio é toda morte que resulte diretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela vítima, que sabia da produção desse resultado.” (Durkheim) o Durkheim estuda o suicídio como fato coletivo. o Pesquisa, levanta e cruza dados: idade, sexo, estado civil, origem, religião. o Todos que se matam teriam tal intenção? o Um soldado teria intenção de correr para a morte?
  • 52. Suicídio egoísta: típico das sociedades modernas, onde o individualismo exacerbado promoveu isolamento social, com indivíduos não se sentindo integrados à sociedade. Suicídio altruísta: marcado pela obrigação coletiva em que o indivíduo, ligado aos objetivos do grupo, valoriza mais a causa do que a própria vida. Suicídio anômico: típico das sociedades modernas que, por falta de limites e regras, geram perturbações coletivas desorientação e desequilíbrio entre desejos e satisfações, gerando situações de imoralidade e falta de ética.
  • 53. Suicídio fatalista Causado pelo excesso de regulação moral, da anulação dos desejos e das expectativas individuais por uma ordem opressora. Surge como solução a um contexto inapelável. Exemplo de escravos que não conseguem a liberdade e de mulheres que vivem castradas numa sociedade machista e castradora.
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  • 55. 11. Anomia e sociedade o Anomia: ausência de normas, enfraquecimento dos laços sociais, a sociedade perde a capacidade de regular os comportamentos com ruptura da solidariedade. o Nas sociedades industriais os vínculos são frágeis favorecendo rupturas sociais ou com desrespeito de normas e práticas coletivas. o É o caso de desrespeito de leis e regras e de situações de violência, corrupção e suicídio.