2. 1. Antropologia: origens, conceito, importância
Antropus: homem – logia: estudo.
o Parte das Ciências Sociais, estuda o homem em
suas dimensões biológica e cultural.
o Estuda os nexos físicos e culturais humanos:
físicos, técnicos, comportamentais e simbólicos.
o Antropologia biológica.
o Antropologia cultural.
4. 2. Origens e contexto
o Séculos XVIII/XIX: Iluminismo, Revolução Francesa,
Revolução Industrial, imperialismo/neocolonialismo.
o O contexto que levou ao surgimento da Sociologia,
do Positivismo e dos estudos sobre evolução levou
antropólogos a estudar as culturas não europeias.
o O darwinismo social (Spencer) hierarquizava as
culturas/civilizações em: primitivas e civilizadas.
5.
6.
7.
8. 3. Tylor: evolucionismo e universalismo
o Cultura: hábitos, crenças, arte, direito, costumes
adquiridos em processos histórico – culturais.
o Método comparativo: comparava os povos e definia
o progresso pelo maior ou menor uso da razão.
o Evolução, civilizado, primitivo eram determinados
pelo uso da razão e não por fatores biológicos.
o Os selvagens caminhariam para a civilização.
9. Edward Burnett Tylor
(1832 – 1917)
Antropólogo britânico,
influenciado pelo
Iluminismo, desenvolveu
um conceito próprio de
cultura. Entre 1855 e 1856
viveu nos EUA, depois foi à
Cuba, onde conheceu o
etnólogo Henry Christy.
Fez vários registros e
sistematizou seus estudos
sobre cultura. Tylor foi um
dos fundadores da
Antropologia.
10. Tylor criou a primeira definição de cultura, sinônimo de
civilização, expressão da totalidade da vida social do ser
humano. Para Tylor, selvagem ou civilizado eram
estágios culturais. Questionava a teologia que afirmava
a teoria da degenerescência dos primitivos. Teólogos não
aceitavam que Deus pudesse criar seres inferiores e não
humanos. Tylor afirmava que todos os seres eram
dotados de cultura e sujeitos à civilização.
11. 4. Morgan: estágios de evolução da humanidade
o Estudos sobre evolução e cultura (costumes,
economia, sociedade, família, governo, religião).
o A humanidade passou por três estágios culturais.
o Selvageria: comunidade, coleta, caça, pesca, fogo.
o Barbárie: revolução neolítica, cerâmica, metais.
o Civilização: escrita, alfabeto, estruturas complexas.
12. Lewis Henry Morgan
Antropólogo evolucionista,
etnólogo e escritor norte
americano. Considerado
um dos fundadores da
antropologia moderna, fez
pesquisa de campo entre
os iroqueses, de onde
retirou material para sua
reflexão sobre cultura,
definindo estágios de
evolução da sociedade.
Lewis Henry Morgan
(1818 – 1881)
13.
14.
15. 5. Relativismo cultural e diversidade
o Conhecer as culturas e sua diversidade permite
superar expressões como bárbaro, selvagem,
exótico, civilizado.
o As culturas são complexas e devem ser
compreendidas na capacidade humana de criar,
reinventar, adaptar – se e inserir – se na natureza.
16. Culturas são diferentes:
o O relativismo cultural pressupõe que o
investigador seja neutro diante do conjunto de
hábitos, crenças e comportamentos que lhe
pareçam estranhos e resultem em choque cultural.
o Relativizar é deixar o julgamento de lado, assim
como se afastar da sua própria cultura a fim de
entender melhor o outro.
17.
18.
19.
20.
21. 6. Etnocentrismo
Etnia: Identidade cultural de um povo
(aspectos biológicos, língua, religião, tradições)
o Quando uma cultura ou um grupo se coloca
como padrão, colocando seus valores, ideias e
comportamento como corretos.
o Qualquer outro grupo que seja diferente será
considerado bárbaro, selvagem, exótico.
22. Etnocentrismo, preconceito, discriminação:
o O etnocentrismo constrói uma visão de mundo
baseada no preconceito e na discriminação.
o Uma visão difícil de ser superada, pois cremos que
o que somos e fazemos é o melhor.
o Um grupo diferente é visto como ameaça de perda
de coesão e identidade ao grupo que é tido como
superior em relação ao que foge de certo padrão.
33. 7. Franz Boas: particularismo e relativismo cultural
o Boas era judeu e sofreu com o antissemitismo.
o Preocupado com as diferenças, questionou o
evolucionismo cultural, inspirado no Iluminismo.
o Boas fez estudos de campo para estudar as culturas.
o Boas defendia que cada cultura tinha suas
particularidades e deveria ser estudada para ser
conhecida no seu universo particular.
34. Franz Boas (1858 – 1942)
Franz Uri Boas foi um
antropólogo teuto-americano
um dos pioneiros da
antropologia moderna que
tem sido chamado de "Pai da
Antropologia Americana".
Trabalhou em museus e
universidades alemãs e
americanas. Viveu e estudou
os povos indígenas e inuítes.
Sua antropologia cultural
relativista enriqueceu os
estudos antropológicos.
35. Boas: particularismo e relativismo cultural
o Estudou Inuites, Chinookans, Kwakiutis e percebeu
as suas particularidades importância culturais.
o Cada povo é único, tem seus costumes (sociedade
economia, política), e suas diferenças culturais.
o Seus estudos de campo permitiu – lhe pensar as
diferenças específicas, fugindo das generalidades,
contribuindo para quebrar posições etnocêntricas.
36.
37.
38.
39.
40. Sociedade e Cultura:
o Uma sociedade pode ser encontrada entre os
animais: formigas e abelhas.
o A cultura humana difere pelo uso da inteligência,
do raciocínio e da linguagem.
o Os animais recebem herança biológica.
o Os humanos recebem e desenvolvem cultura.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48. 8. Malinowski: funcionalismo
Funcionalidade dos elementos culturais:
o Para entender os complexos culturais deve ser
considerada a coerência de cada elemento no
conjunto (sociedade, família, religião, economia).
o Observar como cada agente atua sobre os
demais, compreendendo – os sistematicamente,
valorizando o caráter funcional de cada grupo.
49. Bronisław Kasper Malinowski
(1884 – 1942)
Antropólogo polaco.
É considerado um dos
fundadores da
antropologia social.
Atuando na London
School of Economics,
fundou a escola
funcionalista. Seu
trabalho de campo
valorizava o caráter
funcional de um dado
grupo social.
50. Malinowski e a logicidade orgânica:
o Cada civilização, cada objeto, cada costume, cada
ideia, cada crença tem sua lógica interna.
o Cada elemento representa uma parte integrante e
insubstituível de um conjunto orgânico.
o Cada elemento, com funções definidas, se insere
nos complexos culturais, atuando em conjunto, no
interior das sociedades.
51.
52. Estudos de campo: observador participante
o As instituições são expressões econômicas,
políticas, culturais, que organizam a vida social.
o Define comportamentos e papeis, essenciais ao
funcionamento da sociedade.
o Os estudos de campo são essenciais ao
investigador na compreensão do funcionamento
interno dos grupos.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60. 9. Mauss: olhar antropolótigo e sociológico
o Sobrinho de Durkheim, utilizou o conceito de fatos
sociais relacionados de forma complexa: economia,
política, religião, moral, estética.
o Sistema de dádivas: troca de objetos (dádivas).
o O presente gera obrigações: doador e receptor.
o Nas sociedades essa prática gera solidariedade,
hospitalidade, amizade e alianças mútuas.
o Exemplos: Dia dos namorados, dia das mães.
61. Marcel Mauss
(1872 – 1950)
Marcel Mauss
Sociólogo e antropólogo
francês, nascido catorze
anos mais tarde em
Paris, mesma cidade
que Émile Durkheim,de
quem é sobrinho.
Considerado o "pai" da
antropologia francesa.
62.
63.
64. Técnicas do corpo:
o O corpo é instrumento de cultura: sentar, andar,
almoçar, dançar, gesticular.
o Tais práticas são culturais conforme as tradições.
o Técnica: atos tradicionais eficientes.
o Habitus: cada sociedade tem seus hábitos
conforme sua cultura (convenções sociais,
educação).
65.
66.
67.
68. 10. Lévi – Strauss, cultura e estruturalismo
o Filósofo, Strauss procurou novas referências para
estudar e entender o humano social.
o Buscou compreender a racionalidade inerente aos
relacionamentos humanos universais.
o Influenciado por Malinowski, sistematizou seus
estudos para compreender as necessidades dos
seres humanos.
69. Claude Lévi – Strauss (1909 – 2009)
Claude Lévi – Strauss nasceu em
Bruxelas, é importante nome na
Antropologia. Doutor, em 1935
lecionou Sociologia na USP.
Etnólogo, criou a Antropologia
Estrutural: método que estuda os
problemas particulares
(estruturas) de uma cultura.
70. Antropologia estrutural:
o A psicanálise e a linguística levaram Strauss a
questionar a antropologia funcionalista e a tese
que toda cultura obedecia interesses concretos.
o Em questão as hierarquizações elaboradas sobre
sociedades avançadas e primitivas.
o Para compreender a evolução humana os critérios
biológicos e históricos não eram os mais
inteligentes e satisfatórios.
76. Sociedades “primitivas” e “avançadas”:
o Diferenças culturais poderiam esconder estruturas
comuns entre as sociedades.
o Não há hierarquização entre culturas, mas
maneiras diferentes de expressão cultural.
o Há rejeição ao funcionalismo na crença que a
cultura é um simples ato de consciência na
realização de uma função específica.
77.
78.
79.
80. Estudos de caso: relações parentais e mitos:
o O observador participante entende a lógica de
cada grupo com seus códigos e costumes.
o Incesto: para manutenção do grupo algumas
tribos mantinham casamentos entre parentes.
o Os mitos serviam para dar sentidos e significados
à origem da vida, do mundo, costumes, regras.
o Os totens são representações do sagrado e
símbolo de identidade.