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ÉTICA E MORAL
“Age de tal maneira que o motivo que
te levou a agir possa ser
considerado universal ”.
Immanuel Kant
1. Como devo agir?
o Todos os dias a mídia apresenta situações em
que devemos julgar e decidir sobre o certo e
errado em nossas atitudes.
o Vandalismo, depredação, corrupção, quebra
de regras e leis, preconceitos, desrespeito.
o Valores como honestidade, solidariedade,
respeito, justiça, bem comum, cidadania são
colocados em questão.
2. Certo ou errado?
o Regras e leis (nomos) estabelecem o que é
permitido e proibido e as devidas punições.
o Alguns as cumprem outros não.
o Quando pensamos sobre o certo ou errado e
definimos opiniões, julgamentos e ações sobre
nossos atos, levamos em conta os conceitos
de moral e ética.
3. Moral ou ética?
Moral (mores = costumes):
o Como se vive: normas socialmente aceitas
numa cultura, com base nos valores comuns aos
indivíduos que vivem numa sociedade.
o As normas morais, baseadas nos valores (certo,
bom, justo) organizam a vida social e dão base
às leis e regras (Constituição, Estatutos) para
uma convivência harmoniosa entre as pessoas.
Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao próprio marido, por
causa da vossa fé no Senhor. Maridos, amem sua esposa e não as
tratem com grosseria. (Colossenses: 3.18)
“Dize às fiéis que recatem seus olhares, que conservem os seus
pudores e que não mostrem seus atrativos.”
(Alcorão Sagrado: 7-26)
Temas polêmicos:
o Empoderamento feminino.
o LGBT.
o Aborto.
o Maioridade penal.
o Pena de morte.
o Casamento homoafetivo.
o Liberação da maconha.
Dependendo da
época e do país os
valores culturais são
diferentes e as
interpretações
acompanham tais
diferenças.
Ética (éthikos = modo de ser/êthos = caráter):
o Senso comum: sinônimo de moral e conduta.
o Sentido filosófico: reflexão crítica (razão) sobre
a moral e conduta: como agir? O que fazer?
o Fundamenta o direito na elaboração das leis,
na busca do bem e da justiça.
o A cultura reflete o dinamismo social e moral.
o A ética deve acompanhar as mudanças culturais.
“Tudo que não puder contar como fez, não faça.
(Immanuel Kant)
Moral, ética e liberdade:
o Errado, feio, imoral numa época podem se
tornar normais e corretos em outro contexto.
o Vivendo a sociedade escolhe como quer viver.
o A ação livre e consciente dos indivíduos
possibilitam avaliar e julgar as ações.
o Refletir sobre a moral exige compreensão e
respeito ao outro e melhorar a vida em
sociedade.
“Aquilo que numa época
parece mau é, quase sempre,
um restolho daquilo que
na época precedente era
considerado bom.”
( Nietzche )
MULHERES TIPO “HORTIFRUTIS”???
Moral e direito:
o A ética julga a moral e estabelece normas (leis).
o O direito guia – se pelos valores culturais e deve
acompanhar os valores morais de cada época.
o O direito cria normas jurídicas e o Estado
estabelece punições ao não cumprimento das leis.
o “Tudo é permitido que se faça, exceto aquilo que
as leis expressamente proíbem.”
4. Ética antiga
o Para os pensadores gregos a conquista do
prazer e a ausência da dor eram a finalidade
das normas morais.
o Sócrates, Platão e Aristóteles defendiam que
o essencial era a busca da felicidade pelo uso
da consciência moral racional na certeza de
praticar o bem.
“Na antiguidade, pensadores gregos, como os sofistas, viram a
conquista do prazer e a ausência da dor como finalidade das
normas morais, enquanto Sócrates, Platão e Aristóteles
afirmavam que ela seria a busca da felicidade pelo uso
da razão e da certeza de praticar o bem, o que
supõe uma consciência moral racional,
capaz de compreender o bem, e não apenas um
cálculo de prazeres e dores, a fim de satisfazer
instintos e emoções.”
PLATÃO E ARISTÓTELES
Busca da virtude
o Sócrates e Platão: quem não submete seus
desejos e emoções à razão vive como barco à
deriva, perdido na tempestade dos instintos.
o Sócrates, fundador da Ética: as más ações
ocorrem por desconhecimento das virtudes.
o A razão refletiria sobre as virtudes.
o Virtudes: sabedoria, beleza, justiça, coragem.
O barco na tempestade representa o homem
sem controle de seus desejos e emoções.
Platão e o Mito da caverna:
o O conhecimento do bem leva o homem à
prática do bem.
o O Mito da caverna ilustra a missão do filósofo:
despertar o homem de suas ilusões, levando – o
às certezas da razão.
A medida da felicidade: guiar atos e escolhas
pelo bem e manter os apetites das paixões sob o
controle da razão.
O mito da caverna
o Um grupo de homens, preso numa caverna, passou
toda sua existência na escuridão. A única realidade é a
sombra projetada na parede, pela luz que vem de fora.
o Um dos homens se libertou, abandonou a caverna e
conheceu a realidade exterior. Diante do choque com a
luz, voltou para alertar os que ficaram sobre tudo que
existe no mundo exterior.
o Os iguais rejeitaram tantos delírios e tentaram cala – lo.
Filosofias de vida
Cínicos:
o A verdadeira felicidade não depende dos
fatores externos: luxo, poder, saúde.
o Devemos nos libertar das coisas passageiras,
perecíveis, inevitáveis: bens materiais, dinheiro,
poder, dor dos outros, morte.
o A felicidade está ao alcance de todos.
Cinismo é o nome que
recebe a corrente
filosófica que foi
fundada por Antístenes,
discípulo de Sócrates.
Os filósofos que
seguiam essa corrente,
recebiam o nome de
cínicos e seu propósito
na vida era viver na
virtude, de acordo com
a natureza. O nome foi
originado do grego,
cuja tradução literal
seria “igual a um cão”.
Estoicos (Apathéia: aceitação de tudo):
o Ética: busca da paz interior e autocontrole.
o Deve – se respeitar as coisas naturais que a
vida nos impõe: doença e morte.
o O homem deve respeitar e conformar – se
com o seu destino.
o Tudo faz parte do plano superior guiado por
uma razão universal que tudo abrange.
Estoicismo é um movimento
filosófico que surgiu na Grécia
Antiga e que preza a fidelidade
ao conhecimento,
desprezando todos os tipos de
sentimentos externos, como a
paixão, a luxúria e demais
emoções. Este pensamento
filosófico foi criado por Zenão
de Cício, na cidade de Atenas, e
defendia que todo o universo
seria governado por uma lei
natural divina e racional.
Epicurismo (Ataraxia: fuga da dor):
o Autodomínio: antes de agir ponderar sobre o
prazer e seus efeitos colaterais.
o Um prazer momentâneo em relação a outro
duradouro e intenso a longo prazo.
o O prazer não é apenas a satisfação dos
sentidos, requer serenidade a autocontrole.
o É fundamental controlar o desejo e libertar – se
do medo da morte.
Epicurismo é um sistema
filosófico, que prega a
procura dos prazeres
moderados para atingir um
estado de tranquilidade e de
libertação do medo, com a
ausência de sofrimento
corporal pelo conhecimento
do funcionamento do mundo
e da limitação dos desejos.
No entanto, quando os
desejos são exacerbados
podem ser fonte de
perturbações constantes,
dificultando o encontro da
felicidade que é manter a
saúde do corpo e a
serenidade do espírito.
Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres:
1°: Os naturais e necessários (comer quando se tem fome)
2° : Naturais, porém não necessários (comer excessivamente)
3° : Nem naturais, nem necessários (fumo, luxo)
Aristóteles – ética do meio – termo:
o Racionalista e realista buscando a felicidade.
o A vida teórica e contemplativa: felicidade.
o Agir eticamente seria praticar as virtudes.
o Virtudes: equilíbrio entre paixões e ações.
o Coragem: meio – termo entre covardia e medo.
o Ética: bem – estar individual.
o Política: bem comum.
“Para Aristóteles o objetivo supremo do
homem é a felicidade. Atingir a felicidade
depende de conduta moral moderada,
para Aristóteles, o “meio termo”, forjado
com hábito, conduta e bons costumes.
A felicidade obtém –se por uma vida
intelectual contemplativa, longe das
perturbações do cotidiano.”
Abrão Bernadete – História da Filosofia
5. Ética cristã (Idade Média) – amor a Deus:
o O Império Romano oficializou o Cristianismo
causando uma reviravolta no campo da Ética.
o Deus personificava todo o bem e a moral.
o O pensamento medieval adaptou os clássicos
gregos (Platão e Aristóteles) ao Cristianismo.
o A Bíblia transformou – se na base da moral.
o Os dez mandamentos eram a base da Ética.
Platão e Santo Agostinho
o Se Deus criou o mundo do nada, antes as
ideias já existiam.
o Na Teoria da Iluminação no lugar do mundo
das ideias há o mundo das ideias divinas.
o O homem recebe de Deus as verdades
eternas e guiando – se por elas será feliz.
Razão X Fé:
o A razão passou a ser a forma de
demonstração da necessidade da fé para o
homem.
o A razão é o meio para a fé.
o Na origem da verdade está Deus.
o A verdade está acima do homem e de todas
as coisas.
Ética do livre – arbítrio de Santo Agostinho:
o Ascetismo para compreender a essência de Deus.
o Defendeu a subjetividade humana nas coisas.
o Livre – arbítrio: dada um escolhe aproximar – se
(bem) ou afastar – se (mal) de Deus.
o O mal estaria no mau uso de livre – arbítrio.
o A liberdade passou a ter um caráter pessoal,
subjetivo e individualista.
Tomás de Aquino (1225 – 1274)
o Provar a existência de Deus.
o Sintetizou fé e razão.
o A fé e a revelação levam à pureza das
verdades espirituais.
o As verdades naturais são obtidas por:
fé, revelação, razão e pelos sentidos.
Cristianismo, Platão e Aristóteles:
o Agostinho cristianizou Platão.
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o O foco da felicidade do ser humano é a
submissão à vontade de Deus.
o O homem é feito à imagem e semelhança de
Deus e sua vida na terra é passageira.
o Buscar a salvação é essencial.
Idade Moderna: Ética antropocêntrica (humanismo)
Immanuel Kant (1724 – 1804) – Ética formalista:
o Ética formada pela razão: universal nos homens,
geradora das normas morais (leis).
o Razão e dever se confundem com liberdade.
o Indivíduos racionais criando normas racionais.
o Autonomia e consciência: expressões da
racionalidade humana.
“Age apenas segundo uma máxima,
tal que possas ao mesmo tempo querer
que ela se torne lei universal.”
(Kant)
Imperativo categórico:
o Normas imperativas que devem ser seguidas
em qualquer decisão ou ato moral praticado.
o Nossas ações devem ser universais para serem
regras corretas válidas para todas as pessoas.
o Se fazemos coisas contrárias à razão é porque
somos guiados pelos desejos, paixões e medos.
o Devemos educar a vontade utilizando a razão.
Idade Contemporânea:
Hegel (1770 – 1831) – Ética do homem concreto:
o Deve – se levar em conta o homem real: contexto
histórico, relação indivíduo – sociedade.
o Moral: resultado da relação entre o indivíduo e a
sua vida em sociedade (cultura, instituições sociais).
o Dialética: cada contexto histórico – político – social
produz uma sociedade com moral diferente.
Karl Marx (1818 – 1883):
o Moral: produção social que atende a demanda da
sociedade, regulando as relações sociais.
o Forma de consciência própria em cada contexto.
o Transformações sociais transformam as pessoas.
o Valores são restritos, relativos e individuais.
o Ideologia da liberdade: indivíduos isolados,
egoístas, competitivos mantém viva a sociedade.
Jurgen Habermas (1929 - ....):
Ética discursiva, dialógica, processual:
o Razão comunicativa e diálogo: essenciais à moral.
o Razão interpessoal, objetiva, processual, inacabada.
o O diálogo livre, sem constrangimentos e com
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Ética e moral: princípios filosóficos para uma vida virtuosa

  • 2. “Age de tal maneira que o motivo que te levou a agir possa ser considerado universal ”. Immanuel Kant
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  • 12. 1. Como devo agir? o Todos os dias a mídia apresenta situações em que devemos julgar e decidir sobre o certo e errado em nossas atitudes. o Vandalismo, depredação, corrupção, quebra de regras e leis, preconceitos, desrespeito. o Valores como honestidade, solidariedade, respeito, justiça, bem comum, cidadania são colocados em questão.
  • 13. 2. Certo ou errado? o Regras e leis (nomos) estabelecem o que é permitido e proibido e as devidas punições. o Alguns as cumprem outros não. o Quando pensamos sobre o certo ou errado e definimos opiniões, julgamentos e ações sobre nossos atos, levamos em conta os conceitos de moral e ética.
  • 14. 3. Moral ou ética? Moral (mores = costumes): o Como se vive: normas socialmente aceitas numa cultura, com base nos valores comuns aos indivíduos que vivem numa sociedade. o As normas morais, baseadas nos valores (certo, bom, justo) organizam a vida social e dão base às leis e regras (Constituição, Estatutos) para uma convivência harmoniosa entre as pessoas.
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  • 17. Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao próprio marido, por causa da vossa fé no Senhor. Maridos, amem sua esposa e não as tratem com grosseria. (Colossenses: 3.18)
  • 18. “Dize às fiéis que recatem seus olhares, que conservem os seus pudores e que não mostrem seus atrativos.” (Alcorão Sagrado: 7-26)
  • 19. Temas polêmicos: o Empoderamento feminino. o LGBT. o Aborto. o Maioridade penal. o Pena de morte. o Casamento homoafetivo. o Liberação da maconha. Dependendo da época e do país os valores culturais são diferentes e as interpretações acompanham tais diferenças.
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  • 21. Ética (éthikos = modo de ser/êthos = caráter): o Senso comum: sinônimo de moral e conduta. o Sentido filosófico: reflexão crítica (razão) sobre a moral e conduta: como agir? O que fazer? o Fundamenta o direito na elaboração das leis, na busca do bem e da justiça. o A cultura reflete o dinamismo social e moral. o A ética deve acompanhar as mudanças culturais.
  • 22. “Tudo que não puder contar como fez, não faça. (Immanuel Kant)
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  • 27. Moral, ética e liberdade: o Errado, feio, imoral numa época podem se tornar normais e corretos em outro contexto. o Vivendo a sociedade escolhe como quer viver. o A ação livre e consciente dos indivíduos possibilitam avaliar e julgar as ações. o Refletir sobre a moral exige compreensão e respeito ao outro e melhorar a vida em sociedade.
  • 28. “Aquilo que numa época parece mau é, quase sempre, um restolho daquilo que na época precedente era considerado bom.” ( Nietzche )
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  • 38. Moral e direito: o A ética julga a moral e estabelece normas (leis). o O direito guia – se pelos valores culturais e deve acompanhar os valores morais de cada época. o O direito cria normas jurídicas e o Estado estabelece punições ao não cumprimento das leis. o “Tudo é permitido que se faça, exceto aquilo que as leis expressamente proíbem.”
  • 39. 4. Ética antiga o Para os pensadores gregos a conquista do prazer e a ausência da dor eram a finalidade das normas morais. o Sócrates, Platão e Aristóteles defendiam que o essencial era a busca da felicidade pelo uso da consciência moral racional na certeza de praticar o bem.
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  • 41. “Na antiguidade, pensadores gregos, como os sofistas, viram a conquista do prazer e a ausência da dor como finalidade das normas morais, enquanto Sócrates, Platão e Aristóteles afirmavam que ela seria a busca da felicidade pelo uso da razão e da certeza de praticar o bem, o que supõe uma consciência moral racional, capaz de compreender o bem, e não apenas um cálculo de prazeres e dores, a fim de satisfazer instintos e emoções.”
  • 43. Busca da virtude o Sócrates e Platão: quem não submete seus desejos e emoções à razão vive como barco à deriva, perdido na tempestade dos instintos. o Sócrates, fundador da Ética: as más ações ocorrem por desconhecimento das virtudes. o A razão refletiria sobre as virtudes. o Virtudes: sabedoria, beleza, justiça, coragem.
  • 44. O barco na tempestade representa o homem sem controle de seus desejos e emoções.
  • 45. Platão e o Mito da caverna: o O conhecimento do bem leva o homem à prática do bem. o O Mito da caverna ilustra a missão do filósofo: despertar o homem de suas ilusões, levando – o às certezas da razão. A medida da felicidade: guiar atos e escolhas pelo bem e manter os apetites das paixões sob o controle da razão.
  • 46. O mito da caverna o Um grupo de homens, preso numa caverna, passou toda sua existência na escuridão. A única realidade é a sombra projetada na parede, pela luz que vem de fora. o Um dos homens se libertou, abandonou a caverna e conheceu a realidade exterior. Diante do choque com a luz, voltou para alertar os que ficaram sobre tudo que existe no mundo exterior. o Os iguais rejeitaram tantos delírios e tentaram cala – lo.
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  • 49. Filosofias de vida Cínicos: o A verdadeira felicidade não depende dos fatores externos: luxo, poder, saúde. o Devemos nos libertar das coisas passageiras, perecíveis, inevitáveis: bens materiais, dinheiro, poder, dor dos outros, morte. o A felicidade está ao alcance de todos.
  • 50. Cinismo é o nome que recebe a corrente filosófica que foi fundada por Antístenes, discípulo de Sócrates. Os filósofos que seguiam essa corrente, recebiam o nome de cínicos e seu propósito na vida era viver na virtude, de acordo com a natureza. O nome foi originado do grego, cuja tradução literal seria “igual a um cão”.
  • 51. Estoicos (Apathéia: aceitação de tudo): o Ética: busca da paz interior e autocontrole. o Deve – se respeitar as coisas naturais que a vida nos impõe: doença e morte. o O homem deve respeitar e conformar – se com o seu destino. o Tudo faz parte do plano superior guiado por uma razão universal que tudo abrange.
  • 52. Estoicismo é um movimento filosófico que surgiu na Grécia Antiga e que preza a fidelidade ao conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão, a luxúria e demais emoções. Este pensamento filosófico foi criado por Zenão de Cício, na cidade de Atenas, e defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional.
  • 53. Epicurismo (Ataraxia: fuga da dor): o Autodomínio: antes de agir ponderar sobre o prazer e seus efeitos colaterais. o Um prazer momentâneo em relação a outro duradouro e intenso a longo prazo. o O prazer não é apenas a satisfação dos sentidos, requer serenidade a autocontrole. o É fundamental controlar o desejo e libertar – se do medo da morte.
  • 54. Epicurismo é um sistema filosófico, que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. No entanto, quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito.
  • 55. Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres: 1°: Os naturais e necessários (comer quando se tem fome) 2° : Naturais, porém não necessários (comer excessivamente) 3° : Nem naturais, nem necessários (fumo, luxo)
  • 56. Aristóteles – ética do meio – termo: o Racionalista e realista buscando a felicidade. o A vida teórica e contemplativa: felicidade. o Agir eticamente seria praticar as virtudes. o Virtudes: equilíbrio entre paixões e ações. o Coragem: meio – termo entre covardia e medo. o Ética: bem – estar individual. o Política: bem comum.
  • 57. “Para Aristóteles o objetivo supremo do homem é a felicidade. Atingir a felicidade depende de conduta moral moderada, para Aristóteles, o “meio termo”, forjado com hábito, conduta e bons costumes. A felicidade obtém –se por uma vida intelectual contemplativa, longe das perturbações do cotidiano.” Abrão Bernadete – História da Filosofia
  • 58. 5. Ética cristã (Idade Média) – amor a Deus: o O Império Romano oficializou o Cristianismo causando uma reviravolta no campo da Ética. o Deus personificava todo o bem e a moral. o O pensamento medieval adaptou os clássicos gregos (Platão e Aristóteles) ao Cristianismo. o A Bíblia transformou – se na base da moral. o Os dez mandamentos eram a base da Ética.
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  • 62. Platão e Santo Agostinho o Se Deus criou o mundo do nada, antes as ideias já existiam. o Na Teoria da Iluminação no lugar do mundo das ideias há o mundo das ideias divinas. o O homem recebe de Deus as verdades eternas e guiando – se por elas será feliz.
  • 63. Razão X Fé: o A razão passou a ser a forma de demonstração da necessidade da fé para o homem. o A razão é o meio para a fé. o Na origem da verdade está Deus. o A verdade está acima do homem e de todas as coisas.
  • 64. Ética do livre – arbítrio de Santo Agostinho: o Ascetismo para compreender a essência de Deus. o Defendeu a subjetividade humana nas coisas. o Livre – arbítrio: dada um escolhe aproximar – se (bem) ou afastar – se (mal) de Deus. o O mal estaria no mau uso de livre – arbítrio. o A liberdade passou a ter um caráter pessoal, subjetivo e individualista.
  • 65. Tomás de Aquino (1225 – 1274) o Provar a existência de Deus. o Sintetizou fé e razão. o A fé e a revelação levam à pureza das verdades espirituais. o As verdades naturais são obtidas por: fé, revelação, razão e pelos sentidos.
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  • 67. Cristianismo, Platão e Aristóteles: o Agostinho cristianizou Platão. o Aquino cristianizou Aristóteles. o O foco da felicidade do ser humano é a submissão à vontade de Deus. o O homem é feito à imagem e semelhança de Deus e sua vida na terra é passageira. o Buscar a salvação é essencial.
  • 68. Idade Moderna: Ética antropocêntrica (humanismo) Immanuel Kant (1724 – 1804) – Ética formalista: o Ética formada pela razão: universal nos homens, geradora das normas morais (leis). o Razão e dever se confundem com liberdade. o Indivíduos racionais criando normas racionais. o Autonomia e consciência: expressões da racionalidade humana.
  • 69. “Age apenas segundo uma máxima, tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.” (Kant)
  • 70. Imperativo categórico: o Normas imperativas que devem ser seguidas em qualquer decisão ou ato moral praticado. o Nossas ações devem ser universais para serem regras corretas válidas para todas as pessoas. o Se fazemos coisas contrárias à razão é porque somos guiados pelos desejos, paixões e medos. o Devemos educar a vontade utilizando a razão.
  • 71. Idade Contemporânea: Hegel (1770 – 1831) – Ética do homem concreto: o Deve – se levar em conta o homem real: contexto histórico, relação indivíduo – sociedade. o Moral: resultado da relação entre o indivíduo e a sua vida em sociedade (cultura, instituições sociais). o Dialética: cada contexto histórico – político – social produz uma sociedade com moral diferente.
  • 72. Karl Marx (1818 – 1883): o Moral: produção social que atende a demanda da sociedade, regulando as relações sociais. o Forma de consciência própria em cada contexto. o Transformações sociais transformam as pessoas. o Valores são restritos, relativos e individuais. o Ideologia da liberdade: indivíduos isolados, egoístas, competitivos mantém viva a sociedade.
  • 73. Jurgen Habermas (1929 - ....): Ética discursiva, dialógica, processual: o Razão comunicativa e diálogo: essenciais à moral. o Razão interpessoal, objetiva, processual, inacabada. o O diálogo livre, sem constrangimentos e com argumentos válidos e coerentes. o Aposta no entendimento para uma ética racional, democrática, não autoritária e universal.