O documento discute a importância da religião na sociedade. Aponta que a capacidade humana de criar ficções e realidades imaginadas permitiu o desenvolvimento de mitos e crenças religiosas compartilhadas. Também destaca que a religião está presente nos processos sociais e na compreensão do mundo, embora tenha havido um movimento de secularização que separou a religião do Estado. Por fim, ressalta a diversidade religiosa no Brasil.
3. 1. Revolução cognitiva: ficção ou imaginação
o Capacidade dos homens de criar, transmitir,
assimilar, pensar, falar sobre conteúdos que nunca
viram, ouviram, tocaram, cheiraram.
o A ficção possibilitou que um grande número de
estranhos pudesse cooperar de maneira eficaz por
acreditarem nos mesmos mitos.
o A realidade imaginada transformou – se em crenças,
abstrações e ritos compartilhados.
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5. 2. Mitos, crenças e realidades imaginadas
o O desconhecimento sobre os fenômenos naturais
(dia, noite, astros, chuva, seca, eclipses, cometas)
levou à crença que estes eram criações de seres
fantásticos, dignos de serem cultuados.
o Com a revolução cognitiva os grupos humanos
construíram e compartilharam crenças, valores,
lendas, mitos e religiões.
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9. Os mitos passaram a explicar e justificar origens, causas,
diferenças de espaço, classes, poder e privilégios.
Identidades, nacionalismo e várias formas de adoração e
reverência são produtos de crenças coletivas e
compartilhadas. No Egito, o Faraó era um Deus vivo que
deveria ser obedecido e reverenciado. Na Idade Moderna
vários reis foram considerados representantes de Deus.
Na 2ª Guerra Mundial jovens japoneses (kamikazes)
aceitaram morrer em nome do Imperador. No mundo
contemporâneo líderes religiosos são reverenciados.
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12. 3. Religião: presença, universalidade, diversidade
Humano: ser social e ser religioso (Homo religiosus)
o A religião faz parte da vida das pessoas e está
presente nos processos de socialização, nos
sistemas políticos e nas construções culturais.
o Sistemas simbólicos, credos, repertórios culturais.
o A religião está presente na compreensão, nos
significados e nas ações do mundo e da vida.
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15. 4. Sagrado e profano
Sagrado (hierofania: revelação do santo/sagrado):
o O misterioso, que transcende o natural ou normal.
o Religião, divindades, símbolos, crenças.
Profano:
o A realidade normal e formal cotidiana.
o Não religioso: trabalho, lazer, comida, atividades.
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18. Sociedades Tradicionais
Mitos, ritos, celebrações,
músicas, danças, vestimentas,
representações repletos de
significados em que se
celebra e vive o sagrado.
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20. O cortejo é uma "nova tendência"
em funerais do Gana, criada pelo
agente funerário Benjamin Aidoo,
que pergunta aos seus clientes se
eles querem que o enterro tenha
um "espetáculo".
"Decidi dar à minha mãe uma
viagem dançante para o criador“.
21. 5. Religião: conceitos, características, significados
o Religio: louvor ou reverência aos deuses.
o Religare: religar ou voltar a unir ao criador.
o Conjunto de crenças relacionadas com o que a
humanidade considera sobrenatural, divino,
sagrado e transcendental.
o Rituais, valores e códigos morais que derivam
dessas crenças compartilhadas.
22. Durkheim e religião (ruptura entre sagrado e profano)
o Religião: sistema unificado de crenças e práticas
unidas em uma única comunidade moral (Igreja)
relativas a coisas sagradas, separadas, proibidas.
o Através de dogmas, fundamentos, princípios,
proibições as igrejas dominam o sagrado.
o Metafísica: procura interpretar e dar sentidos ao
que transcende a realidade e os sentidos (Deus,
vida, morte, fim do mundo).
23. Religião, coletivo e pertencimento:
o Igreja: instrumento que congrega pessoas para
compartilharem crenças, sentimentos, valores.
o Crenças: representações do sagrado.
o Dogmas: verdades absolutas da fé.
o Os membros de uma igreja compartilham
interesses, sentimentos, maneiras de ver e
representar o mundo.
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25. Monoteísmo: crença num único deus.
Politeísmo: crença em vários deuses.
Norteamento moral: regras de comportamento.
Ritos: práticas que servem de meios para guiar o
comportamento das pessoas a viverem experiências
(missa, culto, reuniões, sacramentos, orações).
Experiências: vivências do sagrado que levam as
pessoas a experimentar sentimentos especiais.
26. 6. Religião e sociedade
o A religião é produto e parte do contexto social.
o A religião cria vínculos e sentimentos de pertença,
segurança, confiança e familiaridade.
Religião, senso comum e senso crítico:
o Sagrado e divino são forças que podem manipular
consciências que pensam o mundo no senso comum.
o O senso crítico favorece autoconsciência e liberdade.
27. Entre o laico (profano) e o sagrado
Marx chamou a religião de ópio do povo, um analgésico, narcótico,
hipnótico capaz de fazer pessoas aceitarem a própria realidade,
mesmo que miserável e injusta, sob a promessa de uma vida
melhor após a morte. Com a manipulação ideológica, as massas
tornam – se dóceis, passivas, subservientes. A religião seria mais
uma forma de dominação e perpetuação das injustiças e
desigualdades sociais. Uma sociedade que mistura sagrado com
profano transforma valores laicos em sagrados (políticos, Estado,
Liberdade). O senso crítico não nega a religião, mas favorece a
compreensão para sermos conscientes e separarmos as coisas.
28. 6. O desencantamento do mundo
o Desencantar: substituir magia pela razão.
o Para Weber as religiões monoteístas retiraram a
magia das experiências religiosas e focaram na
magia de um único e dogmático Deus.
o Os séculos XIX/XX trouxeram à tona o Liberalismo
e o Racionalismo e o pensamento científico.
o As ciências confrontaram as crenças religiosas.
29. 7. A secularização e o pensamento laico
o O desencantamento do mundo enfraqueceu o
pensamento religioso e fortaleceu o laico.
o A secularização levou à separação entre religião e
política, fortalecendo o Estado laico.
o Sem negar a religião o objetivo do Estado laico foi
o de controlar as influências religiosas na política.
o O Estado deve garantir e proteger a liberdade
religiosa.
30. Constituição Federal:
Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, nos termos:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
32. Estado teocrático: Estado que possui um sistema de
governo que se submete às normas de uma religião
específica. As ações políticas, jurídicas, de conduta moral
e ética, além da força policial deste modelo de governo,
estão baseadas em doutrinas religiosas.
33. 8. O Brasil e as religiões
o Estudos confirmam a importância da religião.
o No Brasil existem diversas religiões: Católica,
Evangélicas, Espiritismo, Umbanda, Candomblé.
o O multiculturalismo e o sincretismo (mistura)
influenciaram na cultura brasileira.
o Historicamente a sociedade brasileira tornou – se
profundamente religiosa.
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38. 9. Fundamentalismo religioso
o Quando radicais querem impor os fundamentos
de sua religião aos seguidores de outra religião.
o Inflexibilidade, fanatismo, rigidez, intolerância.
o Os fundamentalistas não aceitam quem pensa
diferente e seguem outras doutrinas.
o Base de terrorismo, perseguições, preconceito,
rejeição à liberdade de consciência.