Este documento fornece informações sobre a anatomia, técnicas de imagem e alterações sonográficas das glândulas adrenais em cães e gatos. Detalha a localização, formato e dimensões normais das adrenais, bem como alterações associadas a hipo e hiperadrenocorticismo. Enfatiza a importância de relatar detalhes da morfologia e tamanho das glândulas para auxiliar no diagnóstico.
4. Em cães
Formato (parece o formato do cão!):
- Esquerda tem formato de amendoim (alongada)
- Direita tem formato de vírgula
Ecogenicidade: hipoecoica em relação a gordura
adjacente, com cortical e medular distintas
5. Dimensões (cães):
- 2,0 a 3,0cm x 0,5cm
- Idosos até 0,74cm
- máximo diâmetro no
pólo caudal (melhor
sensibilidade e
especificidade)
Barthez et al.,1998
6. Em gatos:
glândula é mais curta, ovoide ou cilíndrica
(“grape tomatoes”)
hipoecoica (cortical e medular distinguíveis)
Podem ocorrer mineralizações em gatos
idosos (associada a hipertireoidismo)
Estresse pode causar “white coat effect”
Gatos nefropatas crônicos apresentam
adrenais em formato de bola de golf!
7. Dimensões (gatos):
1,04 ± 0,18cm de comprimento
0,36 ± 0,07cm altura margem caudal
(Combes et al., 2013)
8. Imagem é aparelho
dependente!
Necessário alta
resolução para
observar detalhes
16. Hipoadrenocorticismo ou Doença de Addison
- diagnóstico não pode ser baseado somente nos
achados de imagem, porém estudos
demonstram redução evidente nas medidas das
adrenais nos animais acometidos em relação aos
normais;
- espessura de 2,2 – 3,0mm para adrenal
esquerda e 2,2 – 3,4mm para a adrenal direita;
- comprimento de 10 a 19,7mm para adrenal
esquerda e 9,5 a 18,8mm para a direita;
- Causas: Iatrogênico, Atrofia bilateral, Neoplasia
Hoerauf & Reusch, 1999
20. Hiperadrenocorticismo
- iatrogênico: administração exógena de
esteroides, corticoesteroides
- pode ocorrer atrofia das glândulas e até
mesmo não serem visibilizadas!
21.
22. Hiperadrenocorticismo
Hipofisário dependente: há um aumento
bilateral (80% dos casos!), pode ser
simétrico ou assimétrico
* Medida normal de espessura menor que 0,74cm
cães adultos
27. Gatos hipertireoideos podem apresentar
hiperplasia bilateral adrenal e com maior
número de pontos hiperecoicos (mineralização)
dispersos no parênquima
Combes et al., 2012
28. Hiperadrenocorticismo
- Neoplásico:
* massa unilateral, ecotextura heterogênea e
atrofia contra lateral
* pode haver presença de massas adrenais não
funcionantes e ausência de atrofia contra-lateral
* pode haver massa adrenal bilateral
* pode haver pouca atrofia contra-lateral
* pode haver presença de trombos metastáticos
na V.C.C.
35. Incidentalomas
Follow up em 3-4 semanas (conforme
necessário)
Clinicamente: procurar presença de sinais
vago simpáticos; hipertensão (+) ou (-);
histórico de problema anestésico; massas
invasivas em veias frenicas e veia cava
caudal
Diagnóstico diferencial: trombose frenica!
38. VCC
Invasão vascular e trombos associados a massa
tumoral é mais comum em cães (Briscoe et al, 2009).
Obstrução venosa pode ocasionar Sindrome de Budd-
Chiari (Rose et al. 2007)
39. Hiperaldosteronismo felino
Doença de Conn
Pacientes geriátricos, sem predisposição
sexual ou racial
Sinais clínicos: disfagia, ventroflexão
cervical, apatia e depressão (polimiopatia
hipocalemica)
Sindrome mais frequente em gatos com
tumor adrenal (adenoma ou
adenocarcinoma cortical)
Daniel et al., 2015
40. Hiperaldosteronismo felino
Tumor da cortical adrenal: massa adrenal,
calcificação, ecogenicidade variável
Ref.: ROSSMEISL et al., 2000
Journal of American Animal Hospital Association
41. Considerar animais diabéticos e hipertensos
Acromegalia
Adenocarcinoma diabético
Tumor adrenal em gatos = 0,2% do total das
neoplasias felinas!
Aspecto normal não exclui o diagnóstico
(infiltração tumoral maligna ou benigna em
processo inicial)
42. Diagnóstico diferencial das
massas adrenais
Não invasivas:
- Adenoma hiperplásico
- Adenocarcinomas em estágios iniciais
- Mielolipomas em estágios iniciais
- Feocromocitomas em estágios iniciais
Invasivas:
- feocromocitomas, adenocarcinomas
- Trombose frênica
43. Considerações finais
A avaliação destes órgãos deve ser
considerada importante apesar das
dificuldades e limitações de acesso
Deve-se citar no laudo caso não tenha
sido possível a visibilização das mesmas