O documento discute o estado da arte da ultrassonografia da região cervical em cães, incluindo a tireoide, paratireoides e vasos. Apresenta as indicações clínicas, técnica, anatomia normal e alterações patológicas mais comuns como tumores, inflamações e hiperplasias das glândulas tireoide e paratireoide, assim como aneurismas e invasão vascular por neoplasias. Fornece também dados sobre os tamanhos normais das glândulas e exemplos ilustrados de casos clínicos

1. Ecografía del cuello en caninos:
estado da arte (tireoides,
paratireoides, vasos)
Cibele Figueira CarvalhoCibele Figueira Carvalho
DMV, MSc, PhDDMV, MSc, PhD
Médica Veterinária Serviço de Ultrassonografia do PROVETMédica Veterinária Serviço de Ultrassonografia do PROVET
Pesquisadora colaboradora do INRAD - HCFMUSPPesquisadora colaboradora do INRAD - HCFMUSP

2.  Definição:Definição:
É um procedimento não invasivo utilizado paraÉ um procedimento não invasivo utilizado para
avaliação, diagnóstico, seguimento eavaliação, diagnóstico, seguimento e
caracterização da glândula tireoide e paratireoide,caracterização da glândula tireoide e paratireoide,
assim como dos vasos da região.assim como dos vasos da região.

3.  casos de presença de massas palpáveis (sólidascasos de presença de massas palpáveis (sólidas
ou flutuantes) na regiãoou flutuantes) na região
 pesquisa de invasão vascular em casos de massapesquisa de invasão vascular em casos de massa
tumorais na regiãotumorais na região
 casos de alterações clínicas ou laboratoriaiscasos de alterações clínicas ou laboratoriais
(tireoides)(tireoides)
 pesquisa de metástases ou de tumor primário empesquisa de metástases ou de tumor primário em
cadeia linfonodal cervical ventralcadeia linfonodal cervical ventral
INDICAÇÕES CLÍNICASINDICAÇÕES CLÍNICAS
Fonte: RUIVO, C.N.; SIMÃO, C.S.; CARVALHO CF; GARCIA, D.A.A.; FROES, T.R. Ultrassonografia
de pescoço - estudo retrospectivo em cães. Rev. Clinica Veterinária. v.17, n.99, p.58-64, 2012.

4.  conhecimento da anatomia regionalconhecimento da anatomia regional
Fonte: Ettinger & Feldman (2005)

5. Técnica posicionamento, aparelhos e transdutoresTécnica posicionamento, aparelhos e transdutores
Instituto de Radiologia, HCFMUSP (2011)

6. Técnica de exameTécnica de exame
Fonte: Carvalho, CF (2012).

7.  A glândula tireoide situa-se entre o primeiro e terceiroA glândula tireoide situa-se entre o primeiro e terceiro
anéis cartilaginosos, consiste de dois lobos de aspectoanéis cartilaginosos, consiste de dois lobos de aspecto
triangular ou trapezoide no plano transversal e ovaladostriangular ou trapezoide no plano transversal e ovalados
ou fusiformes no longitudinal; situados lateral aou fusiformes no longitudinal; situados lateral a
esquerda e direita da traqueia em sua porção ventral,esquerda e direita da traqueia em sua porção ventral,
caudal a laringe e medial a artéria carótida comumcaudal a laringe e medial a artéria carótida comum
Estado da Arte:Estado da Arte: tireoidetireoide
Fonte: Stabenfeldt, 1992; Getty, 1975.

8. Tireoide normal
Fonte: Wisner & Nyland (1998)
Formato
Margens
Ecogenicidade e ecotextura

9. Qual é o tamanho normal?Qual é o tamanho normal?
 GatosGatos
comprimento: 2,05 cm (1,89 - 2,21 cm)comprimento: 2,05 cm (1,89 - 2,21 cm)
altura: 0,33 cm (0,25 - 0,41 cm)altura: 0,33 cm (0,25 - 0,41 cm)
 Cães (Beagles)Cães (Beagles)
comprimento: 2,45 cm (2,04 – 2,85 cm)comprimento: 2,45 cm (2,04 – 2,85 cm)
altura: 0,53 cm (0,33 – 0,73 cm)altura: 0,53 cm (0,33 – 0,73 cm)
ref.: Akitas, Golden, Poodles, toys e tabelasref.: Akitas, Golden, Poodles, toys e tabelas
resumidas em livros textoresumidas em livros texto
Fonte: Carvalho (2014); Penninck(2008).

10. T
Traquéia
Correlação positiva entre tamanho da tireoide e do animal, assim como diâmetro da
aorta;
Correlação positiva entre o tamanho da tireoide e a área de superfície corporal;
Correlação negativa entre a idade do cão e o volume da glândula.
Fonte: Taeymans et al (2007); Brömel et al (2006).

11. Bassethound, 6 anos, macho
Adenoma de tireóide
Tumores tireoideanos raros em cães – 1 a 2% das neoplasias
(Harari et al., 2007)
A maioria dos tumores tireoideanos não são secretores de
hormônios (Barber, 2007)

12. Carcinoma de tireoide

13. Carcinoma de tireoide
Teckel, macho, 12 anos

14. Tireoidite
Fonte: Nyland e Mattoon (2002);
Carvalho (2014)

15. Tireoidite
Fonte: Carvalho (2009)

16. Cisto tireoideano
Cuidado com diagnóstico diferencial!

17. Pontos de fibrose ou calcificações

18. Hipotireoidismo:
áreas de fibrose ou calcificação

19. 98% sensibilidade diagnóstica de
hipotireoidismo: diminuição das
dimensões e da ecogenicidade
(Reese et al, 2005)

20. Labrador, fêmea, 9 anos
Hipotireoidismo:
aumento das dimensões, diminuição da
ecogenicidade e presença de cistos

21.  as paratireoides localizam-se medial e caudalmente aas paratireoides localizam-se medial e caudalmente a
cada lobo da tireoide, como estruturas arredondadascada lobo da tireoide, como estruturas arredondadas
hipo/ anecogênicashipo/ anecogênicas
 3.3 × 2.2 × 1.7 mm (comprimento, largura, altura)3.3 × 2.2 × 1.7 mm (comprimento, largura, altura)
Estado da Arte: paraEstado da Arte: paratireoidetireoide
Fonte: LILES et al. (2010)

22.  as paratireoides localizam-se medial e caudalmente aas paratireoides localizam-se medial e caudalmente a
cada lobo da tireoide, como estruturas arredondadascada lobo da tireoide, como estruturas arredondadas
hipo/ anecogênicashipo/ anecogênicas
 3.3 × 2.2 × 1.7 mm (comprimento, largura, altura)3.3 × 2.2 × 1.7 mm (comprimento, largura, altura)
Estado da Arte: paraEstado da Arte: paratireoidetireoide
Fonte: LILES et al. (2010)

23. Tireóide e paratireóide normal (canina, Poodle, macho, 14 anos)
> 4mm de diâmetro pode sugerir adenoma ou carcinoma
Fonte: Wisner et al. (1997)

24. Hiperplasia paratireoide
(Teckel, femea, 8 anos)
> comprimento pode ser sugestivo de hiperplasia
secundária insuficiência renal crônica
Fonte: Reusch et al. (2000)

25. Hiperplasia paratireoide

26. Carcinoma em paratireoide (Husky, fêmea, 12 anos)

27. Carcinoma em paratireoide (Husky, fêmea, 12 anos)

28. Estado da Arte: carótida e jugularEstado da Arte: carótida e jugular
Fonte: Carvalho , CF. Ultrassonografia Doppler em pequenos animais (2014). Ed Roca: São Paulo.

31.  Pouco avaliado em veterináriaPouco avaliado em veterinária
 Pesquisa de alterações vasculares (tromboses,Pesquisa de alterações vasculares (tromboses,
aneurismas)aneurismas)
 Invasão de massas tumoraisInvasão de massas tumorais
Carvalho CF; Andrade Neto JP; Diniz SA. Small breed dogs with confirmed stroke: concurrent diseases and sonographic findings. Arq. Bras.
Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1177-1183, 2012.
Carvalho , CF; Simão, C.S; Ruivo,CN Sonographic assessment of vessel invasion by cervical masses in dogs. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64,
n.5, p.1145-1150, 2012.

32. Aneurisma carotídeo – neoplasia tireoide
Teckel, macho, 9anos

34. A invasão vascular por neoplasias cervicais constituiA invasão vascular por neoplasias cervicais constitui
contra indicação cirúrgicacontra indicação cirúrgica
 Ao modo-B:Ao modo-B:
- perda definição da paredeperda definição da parede
- diminuição do calibre e deformidade do lumediminuição do calibre e deformidade do lume
- fixação do tumor ao vasofixação do tumor ao vaso
- encarceramento do vaso pelo tumorencarceramento do vaso pelo tumor
 Ao Doppler colorido: fluxo e estreitamento luminalAo Doppler colorido: fluxo e estreitamento luminal
 Ao Doppler pulsado: velocidade no tromboAo Doppler pulsado: velocidade no trombo
Fonte: Carvalho , CF; Simão, C.S; Ruivo,CN Sonographic assessment of vessel invasion by cervical
masses in dogs. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1145-1150, 2012.

35. Neoplasia de bulbo
carotídeo em cão,
boxer, macho, 12
anos
Estado da Arte:Estado da Arte: carótida e jugularcarótida e jugular

36. Ruivo, C.N.; Simão, C.S.; Carvalho CF; Garcia, D.A.A.; Froes, T.R. Ultrassonografia de
pescoço - estudo retrospectivo em cães. Rev. Clinica Veterinária. v.17, n.99, p.58-64, 2012.
Taeymans et al. Thyroid imaging in the dog: status and future directions. JVIM, v21, n11,
p.673-84, 2007.
Penninck & D’Anjou. Atlas of small animal ultrasonography. Iowa: Blackwell publishing,
2008.
Nyland & Mattoon. Small animal diagnostic ultrasound. 2nd ed. Philadeplphia: WB Saunders.
p.285-304, 2002.
Reusch et al. Ultrasonography of the parathyroid glands as an aid in diferentiation of acute
and chronic failure in dogs. JAVMA, v.127, n.12, p.1849-52, 2000.
Carvalho CF; Andrade Neto JP; Diniz SA. Small breed dogs with confirmed stroke:
concurrent diseases and sonographic findings. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1177-
1183, 2012.
Carvalho , CF; Simão, C.S; Ruivo,CN Sonographic assessment of vessel invasion by cervical
masses in dogs. Arq. Bras. Med Vet Zootec. v.64, n.5, p.1145-1150, 2012.
Carvalho, CF Região cervical ventral: pescoço. In: Carvalho, CF Ultrassonografia em
pequenos animais. 2ed Editora Roca, São Paulo. p.309-327, 2014.
ReferenciasReferencias

37. ConclusõesConclusões
Obrigada pela atenção!Obrigada pela atenção!