Doenças Inflamatórias Intestinais: Colite Ulcerativa e Doença de Crohn
1. (DII)
Estima-se que mais de 1 milhão de
Americanos têm colite ulcerativa ou
doença de Crohn, as duas formas mais
comuns de doença inflamatória
intestinal.
Essas condições, que podem ser muito
dolorosas e debilitantes, são causadas
por um processo inflamatório crônica do
trato digestivo.
2. ETIOLOGIA
Ninguém conhece exatamente o
que causa a Doença inflamatória
intestinal (DII), entretanto o
sistema imunológico, fatores
genéticos e comportamentais
podem estar envolvidos.
3. Meio Ambiente. Porque DII
ocorre mais frequentemente entre
pessoas que vivem em cidades e
regiões industrializadas, é possível
que fatores ambientais, incluindo
dieta rica em gordura ou alimentos
refinados possam ser
responsabilizados
4. Hereditariedade. Quinze a vinte por
cento das pessoas com colite ulcerativa
ou doença de Crohn tem um dos pais,
um dos irmãos ou um dos filhos com o
mesmo problema. Os pesquisadores já
encontraram um gene que pode ser
responsável pela suscetibilidade à DII.
5. Sistema imunológico. bactéria ou
vírus desconhecido. O trato digestivo
começaria a ficar inflamado quando o
sistema imunológico do corpo inicia a
batalha contra os microorganismos
invasores. Também seria possível que a
inflamação se originasse do próprio
dano causado pelo vírus ou pela
bactéria.
6. DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
INTESTINAIS
Doença de Crohn (DC) pode
ocorrer em qualquer parte do trato
digestivo, frequentemente
atacando todas as camadas (trans
mural) dos tecidos afetados.
Colite ulcerativa inespecifica (CUI),
comumente ataca somente a
mucosa do cólon e do reto.
7. PREVALÊNCIA - DII
Trinta por cento das pessoas com esta
doença estão entre a idade de 10 e 19
anos e a maioria está entre 15 e 35
anos. A média de idade para
diagnóstico é de 27 anos.
Igual número de homens e mulheres.
Raça branca tem um risco maior de
desenvolver a doença. Os judeus e
descendentes de europeus possuem um
risco cinco vezes maior do que os
outros brancos de desenvolver a
doença.
.
8. SINTOMATOLOGIA - DII
Diarréia crônica
Dor abdominal e cólica
Sangue nas fezes
Fadiga
Anorexia
Perda de peso
Febre
10. CÂNCER E DII
Câncer de colon em pacientes
portadores de CUI.
Duração da doença (quanto maior
tempo da doença, maior o risco)
Faixa etária – 4 década
Sintomatologia semelhante
12. DOENÇA DE CROHN
A descrição original da doença de Crohn,
efetuada por Crohn Henzberg e
Oppenheimer em 1932, localizava o
distúrbio em segmentos do íleo, sendo
inicialmente denominada ileíte terminal.
Posteriormente, Crohn e Oppenheimer
descreveram 52 casos de granulomas
intestinais, dos quais 13 pacientes tinham
acometimento ileal, recebendo então a
denominação de ILEÍTE REGIONAL,
atualmente reconhecida como Doença de
Crohn (DC).
13. DOENÇA DE CROHN
Enterite regional ou colite granulomatosa
Inflamação focal, assimétrica, transmural,
recorrente, ocasionalmente granulomatosa
Pode afetar todo trato gastro-intestinal (íleo
terminal e cólon)
Complicações sistêmicas e extra-intestinais
14. PATOLOGIA - DC
Exclusiva em delgado
Íleo-colite
Apenas no cólon
Restrita a área anorretal
O cólon é comprometido em 50% dos casos
e o reto é relativamente poupado
Doença colônica isolada – mais freq cólon
distal
15. PATOLOGIA - DC
Processo inflamatório transmural → fístulas,
abscessos, aderências
Úlceras aftóides, puntiformes ou lineares
Áreas lesadas entremeadas por mucosa normal
→ pedras de calçamento (cobblestone)
Mesentério espessado, fibrótico
Granuloma de células gigantes em 25 a 80%
25. Identificar margem ileal livre de doença – margem mesentérica afiladaIdentificar margem ileal livre de doença – margem mesentérica afilada
26. DOENÇA DE CROHN
A DC se caracteriza por episódios de exacerbação e
remissão, com quadro clínico variável de acordo com
a localização e extensão da doença.
As lesões podem aparecer da cavidade oral ao ânus,
com preferência ao intestino delgado e grosso.
O acometimento exclusivo do intestino delgado
ocorre em 27% dos casos, do grosso em 40% e
simultâneo em 30% dos casos.
Associam-se em mais de 50% dos casos a
manifestações extra-intestinais, que podem atingir
qualquer órgão.
É mais freqüente em adultos jovens, incidindo em
igual freqüência em ambos os sexos.
28. TRATAMENTO CLÍNICO - DC
Ac Monoclonais: Infliximab (Remicad):
Ac anti-TNFα
TNFα
- induz citocinas pró-inflamatórias (IL1 e IL6)
- aumento da migração de linfócitos por maior permeabilidade
- ativa eosinófilos e neutrófilos
Dose de 5mg/kg em 2h (repetir com 2, 4 e 6 sem)Dose de 5mg/kg em 2h (repetir com 2, 4 e 6 sem)
Melhor resposta em 8 semMelhor resposta em 8 sem
Indicação:Indicação:
- Doença grave em pacientes dependentes de corticóides- Doença grave em pacientes dependentes de corticóides
- fístulas perianais múltiplas- fístulas perianais múltiplas
29. TRATAMENTO CIRÚRGICO – D.CROHN
regras cirúrgicas
Tratar exclusivamente as complicações
que motivaram a cirúrgica.
Não extirpar segmentos intestinais só
por estarem acometidos.
Ao abordar as complicações não
estender a ressecção cirúrgica.
30. TRATAMENTO CIRÚRGICO
D. CROHN
Considerações para a indicação cirúrgica
Se todos os recursos clínicos foram
bem aplicados
Estado nutricional do paciente
Infecção associada
Como, quando e por quanto tempo foi
utilizado a corticoterapia
Cirurgias anteriores
Riscos associados
31. RECORRÊNCIA PÓS CIRÚRGICA
D. CROHN
Após completa ressecção do segmento
intestinal:
• 20% - segunda cirurgia em 5 anos
• 50% - segunda cirurgia em 10 anos
• 75% - segunda cirurgia em 15 anos
32. DOENÇA DE CROHN
Os doentes com colite exclusiva extensa e
incontinência anal podem se beneficiar da
indicação da proctocolectomia total com
ileostomia definitiva, uma vez que apresentam
baixo índice de recorrência pós-operatória.
A indicação deve ser precoce, nos casos de
incontinência anal, uma vez que o retardo da
indicação cirúrgica nestes doentes faz com que
sejam submetidos a múltiplos tratamentos
cirúrgicos, expondo-os a morbilidade dos
procedimentos e resultando em sofrimento
adicional.
Em doentes com entero-colite, a conduta deve
ser conservadora, uma vez que os índices de
recorrência neste grupo são elevados.
34. ETIOPATOGÊNESE - CUI
Fumo
- RCU é 2 a 6x mais freqüente em
não fumantes
- 75% desenvolvem a doença após
pararem de fumar
- os fumantes intermitentes e
doentes apresentam reativação
quando não estão fumando
35. MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
CUI
Osteoarticulares (artrites,..)
Cutâneas (eritema nodoso,piodermite
grangrenosa,...)
Oculares (uveites,...)
Hepáticas
Colangite esclerosante (80% dos
pacientes são portadores de CUI)
36. QUADRO CLÍNICO - CUI
Envolvimento hepático de 15 a 50%
Colangite esclerosante em 1 a 5%
- astenia, prurido, icterícia, dor
abdominal e febre
- ↑ dos marcadores de colestase
37.
38. TRATAMENTO CIRÚRGICO - CUI
Cirurgia de urgência
Cirurgia eletiva (extensas com
gravidade, neoplasia)
Técnica operatória: colectomia total,
proctolectomia com ileostomia
definitiva, proctocolectomia com ileo-
ânus anastomose com reservatorio
ileal.
39. O tratamento clínico não cura a doença,
sendo ineficaz na maioria dos casos de
retocolite universal. As indicações para
tratamento cirúrgico são a intratabilidade
clínica, retardo do crescimento,
manifestações extra-intestinais e associação
com câncer.
A intratabilidade clínica é a indicação mais
freqüente, o que verificamos em nossa
casuística, representando 92,96 % das
indicações eletivas.