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ELETROTERAPIA
Agentes Térmicos
Frio
Cap 4: Agentes Térmicos
Frio
Professor: Cleanto Santos Vieira
ELETROTERAPIA
 Modalidades de frio:
 O frio é um estado relativo caracterizado
pela diminuição de movimento
molecular.
 A crioterapia é utilizada na aplicação de
modalidades de frio, tendo uma variação
de 0°C a 18,3°C.
 Durante a crioterapia, o calor é retirado
do corpo e absorvido pela modalidade
de frio
Cap 4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Os efeitos da aplicação de frio
incluem:
 Vasoconstrição
 Diminuição da taxa metabólica
(necessidade reduzida de O²)
 Diminuição de resíduos celulares
 Diminuição da inflamação
 Diminuição da dor
 Diminuição do espasmo celular
Cap 4: Agentes Térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 O calor é medido em calorias, que descrevem a
quantidade necessária para elevar em 1°C a
temperatura de 1 grama de água.
 A capacidade térmica é medida pelo número de
unidades de calor necessárias para elevar a
temperatura de uma unidade de massa em 1°C.
 Ex: O ferro, precisa de menos energia para elevar
sua temperatura do que a água. Se uma massa
igual dessas substâncias fosse aquecida com uma
quantidade igual de energia o ferro atingiria a
temperatura final mais rápido que a água.
 O calor específico de um objeto é determinado
pela relação entre sua capacidade térmica e a
capacidade térmica da água (capacidade térmica
basal = 1).
 Comparando-se o calor específico dos três
estados possíveis da água, observamos que o gelo
tem calor específico de 0,5, a água 1 e o vapor de
0,48.
Cap 4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Para obtenção de benefícios
terapêuticos, a temperatura da pele deve
cair para aproximadamente 13,8°C.
 Assim ocorrerá a redução ideal do fluxo
sanguíneo local, e para cerca de 14,4°C
para que ocorra analgesia.
 A aplicação de frio na pele ativa o
mecanismo considerado conservador de
calor no centro do corpo, disparando
uma série de eventos metabólicos e
vasculares que produzem os efeitos
benéficos da crioterapia.
Cap 4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Durante o TTO, as alterações de temperatura mais rápidas
ocorrem na pele e no espaço sinovial, e a magnitude desta
resposta varia com os diferentes métodos de aplicação de frio.
 Utilizando-se sondas implantadas em joelhos de cães, verificou-
se que as temperaturas intra-articulares caíram 2,4°C durante a
imersão em gelo.
 Em humanos, as temperaturas podem cair até -8,3°C durante a
aplicação de bolsas de gelo no joelho.
 Se a temperatura do sangue diminuir em 0,2°C, o hipotálamo
responde iniciando vários efeitos sistêmicos.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio
Vasoconstrição geral em resposta ao
resfriamento do hipotálamo posterior
Redução das frequências respiratória e cardíaca
Tremores e aumento do tônus muscular
ELETROTERAPIA
 As modalidades de frio podem ser empregadas com eficácia durante todos os estágios
da resposta inflamatória.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
Indicações gerais de TTO por frio Contra-indicações gerais de TTO por frio
Traumatismo ou inflamação aguda Envolvimento cardíaco ou respiratório
Dor aguda ou crônica Ferimentos abertos
Queimaduras de 1grau, pequenas e superficiais Insuficiência circulatória
Edema e dor pós cirúrgica Alergia ao frio
Uso em conjunto com exercícios de reabilitação Pele anestesiada
Espasticidade que acompanha distúrbios do sistema
nervoso central
Diabetes avançada
Espasmo muscular agudo ou crônico Fenômeno de Raynaud: pode ser um sintoma de uma
doença de base (esclerose múltipla)
Nevralgia
ELETROTERAPIA
 Efeitos sobre o Processo de Resposta à
Lesão.
 A crioterapia, talvez seja a modalidade
terapêutica mais versátil.
 A resposta do corpo ao frio dá origem a
uma ampla variedade de respostas
celulares, vasculares e do S.N.C, que
regulam a resposta inflamatória, reduzem
a dor e o espasmo muscular limitando a
área de lesão original.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Resposta celular
 O efeito mais benéfico da aplicação do frio
durante uma lesão aguda é a redução da
necessidade de oxigênio na área sob tratamento.
 O ambiente frio diminui a taxa metabólica
celular, consequentemente reduzindo a
quantidade de oxigênio necessária para a
sobrevivência das células.
 Durante um TTO de 20 minutos o metabolismo
celular é reduzido em 19%.
 Diminuindo também o número de células
destruídas pela falta de oxigênio, com isso
limita-se o grau de lesão decorrente de hipóxia
secundária.
 Uma menor quantidade de mediadores químicos
são liberados, contendo a área da lesão.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Dinâmica do sangue e dos fluidos.
 A vasoconstrição ocorre devido à
estimulação dos receptores nervosos
locais, disparando uma resposta do
S.N.simpático, que ordena os vasos a se
contrair.
 A medida que a movimentação
molecular sanguínea e dos fluídos
tissulares diminui, sua viscosidade
aumenta. Como a redução do fluxo
sanguíneo ocorre tardiamente no
processo de resposta à lesão, ela não
afeta o processo hemorrágico, mas pode
prevenir a formação do hematoma.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Lewis em 1930 conduziu estudos sobre a
dinâmica do fluxo sanguíneo durante TTO a frio.
 Dedos eram imersos em água fria, verificando
períodos de aquecimento e resfriamento da pele.
Essa reação foi chamada de resposta de busca,
porque os vasos sanguíneos apresentavam uma
série de vasoconstrições e vasodilatações, o que
parecia uma tentativa de ser adaptar a
temperatura (essa resposta só foi identificada em
áreas selecionadas do corpo ex: dedos,nariz).
 Mais tarde Knight (suposto aumento do fluxo
sanguíneo como resultado do TTO a frio),
sugerindo que o grau de vasodilatação apenas
diminui o grau de vasoconstrição inicial. Apesar
da vasodilatação, ainda havia uma vasoconstrição
residual em relação ao diâmetro do vaso antes do
TTO.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 O efeito da aplicação do gelo sobre o fluxo sanguíneo foi
medido utilizando-se uma pletismografia de impedância e a
maioria dos estudos indicou que a crioterapia causa uma
diminuição do fluxo sanguíneo, mas os resultados não são
universalmente conclusivos.
 Uma aplicação de bolsa de gelo durante 20 minutos parece
diminuir o fluxo sanguíneo para os tecidos em 26% e o fluxo
sanguíneo esquelético em 19%, além de reduzir o edema em
tornozelos traumatizados.
 Devido aos efeitos associados a fricção da pele, a massagem
com gelo pode aumentar o fluxo sanguíneo, pelo menos na
pele.
 Porém todos os estudos concordam que não ocorre
vasodilatação reativa durante um período de 20min de
aplicação de frio (qualquer aumento no fluxo sanguíneo parece
ser transitório e relacionado com outro mecanismo ex:
aumento da Fc ou do volume de ejeção, uma vez que o
diâmetro do vaso não parece se alterar).
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 As evidências apoiando os efeitos benéficos do
frio em reduzir a formação de edema não são
tão grandes como se supunha e os mecanismos
que facilitariam o retorno venoso e linfático não
estão esclarecidos.
 Supõe-se que a vasoconstrição descrita para as
artérias se aplicaria em ambos os vasos
(venosos e linfáticos).
 A vasoconstrição, também dificultaria a
drenagem da área e poderia causar um
aumento inicial do volume do membro.
 Contudo estudos em animais sugerem que a
aplicação do frio não diminuiu o volume
transversal das arteríolas, mas,
surpreendentemente, aumentou o diâmetro das
vênulas, o que reduz a resistência do fluido ao
fluxo, e também aumenta a área de superfície
necessária para reabsorção do edema
(comprovado em estudos clínicos).
Cap4: Agentes Térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 A principal utilidade do uso de
crioterapia em lesões agudas, é a
diminuição do metabolismo celular.
 Juntamente com a compressão e a
elevação do membro afetado (na
limitação da formação do edema).
 Esses três elementos previnem uma
eventual lesão hipóxica.
Cap4: Agentes Térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Efeitos sobre a inflamação.
 A aplicação de frio suprime a
resposta inflamatória ao:
- Reduzir a liberação de mediadores
químicos;
- Reduzir a síntese de prostaglandina;
- Diminuir a permeabilidade capilar.
A formação secundária de edema e
hemorragia é reduzida em função do
efeito inibitório sobre os mediadores e
da permeabilidade capilar reduzida.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Espasmo muscular e função.
 O frio reduz o espasmo muscular de duas
maneiras:
 1. Diminui a dor ao reduzir o limiar das
terminações nervosas aferentes.
 2. Diminui a sensibilidade dos fusos musculares.
 Uma queda para 12,7°C na temperatura da
superfície da pele provoca a redução da
sensibilidade dos fusos musculares.
 A ↓ da atividade do fuso muscular, combinada
com a redução dos impulsos aferentes, inibe o
mecanismo do reflexo de estiramento, reduzindo
o espasmo muscular.
 Uma breve quebra no ciclo dor-espasmo-dor
resulta em alívio prolongado dos espasmos
musculares.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Esse mecanismo também afeta a
capacidade muscular dos membros.
 A ↓ da velocidade de condução
nervosa, da sensibilidade dos fusos
musculares e o aumento da
viscosidade dos fluidos levam a
redução na capacidade de realização
de movimentos rápidos.
 Após uma aplicação de 20 minutos o
grupo muscular do quadríceps produz
menos potência tanto concêntrica
como excêntrica e menos potência
isométrica (↓ Força e tolerância), por
até 30min após o término do TTO.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Controle da dor
 A aplicação do frio afeta a
percepção e a transmissão da dor
por:
 Interrupção da transmissão
 Redução da velocidade de
condução nervosa
 Redução do espasmo muscular
 Redução ou limitação do edema
Ao estimular as fibras A-Β de grande
diâmetro, o frio inibe a transmissão da
dor atuando (comporta medular)
como um contra-irritante.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Os nervos mielinizados de pequeno
diâmetro são os primeiros a apresentar
alterações nas velocidades de condução.
 Os nervos amielinizados de pequeno
diâmetro, são os últimos a responder a
baixa temperatura, essa sequência pode
fornecer uma explicação para a
sequência de sensações que
acompanham a crioterapia.
- O frio ↓ a velocidade de condução
nervosa
- A comunicação sináptica fica mais lenta
Em alguns casos pode ocorrer neuropraxia
e até axôniotmese.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Apesar de sua capacidade de interromper a
transmissão e percepção da dor o frio não
parece inibir de forma significativa, a
propriocepção articular.
 Após TTOs com frio em joelho, perna e
tornozelo, não são significativamente
alteradas a propriocepção, equilíbrio e
agilidade, em relação às mesmas partes do
corpo não submetidas ao frio.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Sensações associadas à aplicação do
frio
 Geralmente são descritas como:
- Frio.
- Queimação.
- Dor.
- Analgesia.
A insensibilidade é resultado da redução da
velocidade de condução nervosa e do
aumento do limiar necessário para estimular
os nervos.
- Nem todas pessoas sentem as mesmas
sensações.
- São necessários de 18 a 21 minutos de
aplicação antes que ocorra a
insensibilidade, a verdadeira analgesia é
raramente conseguida.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Embora estas reações sejam mais
pronunciadas durante a imersão no gelo,
elas também podem ocorrer em outros
métodos de aplicação de frio e a resposta
“afetiva”, durante o período inicial de
tratamento, pode prejudicar a aderência por
parte do paciente.
 A orientação sobre as sensações esperadas
durante o TTO tende a fazer com que a
aplicação do frio, especialmente a imersão
em gelo, seja mais tolerável.
 Exposições repetidas ao TTO podem
diminuir a resposta sensorial e afetiva à
aplicação do frio.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Lesões por congelamento.
 Quando a água é utilizada, existe pouca chance de ocorrer
lesão.
 Considere as seguintes formas de aplicação de gelo:
- Bolsa de gelo
- Massagem com gelo
- Imersão com gelo
Durante qualquer um desses TTOs, a água está presente. A
bolsa de gelo é preenchida com água a medida que o gelo
derrete, essa presença de água indica que o gelo está se
liquefazendo e que a temperatura da superfície do gelo é
0°C.
As lesões provocadas por congelamento ocorrem quando a
temperatura da pele cai abaixo do ponto de congelamento.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Quando a temperatura da pele cai abaixo de
12,7°C, ocorre dano tissular.
 As modalidades de aplicação com presença
de àgua provocam redução de 7,7°C até
12,7°C, na temperatura do tecido subcutâneo,
uma variação próxima aos limites de
segurança.
 Caso o TTO seja aplicado com temperaturas
abaixo das recomendadas, se o tempo excede
o recomendado ou se o paciente apresenta
insuficiência circulatória grave ou redução da
sensibilidade, aumenta o risco de lesão por
congelamento.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Portanto cuidado com:
- Bolsas de gelo reutilizáveis (contêm
água misturada com anticongelantes e
diminuem a temperatura de fusão).
- Quando colocadas em freezers sua
temperatura pode atingir até -15°C.
- Nesse caso deve-se colocar um meio
protetor, com uma toalha molhada,
entre a bolsa e a pele.
- Particularmente (as bolsas com crio-gel
chegam a uma temperatura mais baixa
mas se mantém frias por pouco tempo).
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Sinais e sintomas da lesão por congelamento.
- Geralmente são acompanhados de dor extrema.
- Pacientes com função sensorial normal não permitirão que o TTO
continue.
- Principal preocupação é com pacientes que apresentem alteração
sensorial e ou circulatória (aqueles em que se utilizou crio-gel).
- 1º sinal físico -> desaparecimento da coloração vermelha.
- Essa cor é substituída por um brilho branco ceráceo.
- Se a lesão continuar a pele apresentará bolhas
- Ou então a pele se soltará evoluindo para um edema nítido.
- Durante qualquer procedimento físico deve ser feito um exame de
perfusão periférica (comprimindo a unha).
- Se há suspeita de lesão por congelamento, remova imediatamente a
fonte de frio do paciente.
- Reaqueça a parte afetada, imergindo-a em água a 37,7°C,
encaminhando o paciente para avaliação médica e acompanhamento.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Efeitos do tratamento imediato.
 Repouso, gelo, compressão e elevação (RGCE)
– serve para neutralizar a resposta inicial do
corpos à lesão.
 O repouso limita o alvo da lesão original,
prevenindo novos traumatismos.
 No traumatismo agudo, o “repouso” pode
corresponder ao uso de muletas ou a outros
métodos que evitem traumas adicionais ao
tecido lesado.
 Gelo triturado: é a forma ideal de tratamento
imediato, pois produz a maior e mais rápida
redução de temperatura, em comparação com
outras formas de aplicação de frio.
 Se adapta muito bem à área do corpo a ser
tratada.
 Além de reduzir a dor.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Compressão.
 A compressão diminui o gradiente de
pressão entre os vasos sanguíneos e os
tecidos, impedindo futuros
extravasamentos dos leitos capilares para
os tecidos intersticiais, além de favorecer a
drenagem linfática.
 Deve ser realizado com maior
pressionamento da parte distal para a
proximal com redução gradual da pressão
a cada volta.
 Por meio de três técnicas diferentes:
- Compressão circunferencial->
proporciona a mesma tensão em torno de
toda circunferência da parte do corpo em
questão (enfaixamentos elásticos e
pneumáticos), se presta melhor a áreas do
corpo com lados equivalentes, como joelho
ou coxa.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Compressão colateral->
 Produz pressão em 2 pontos da parte
corpórea em questão.
 Os tecidos moles ficam comprimidos
entre o dispositivo e a parte óssea.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Compressão focal->
 Aplicada com coxins em forma de U ou em forma de ferradura,
fornecendo pressão direta sobre o tecido mole envolvido por
estruturas ósseas proeminentes.
 O coxim é colocado sobre a área, em contato com o tecido mole
lesado e sem atingir o osso.
 A seguir coloca-se um enfaixamento compressivo circunferencial ou
colateral para aplicar pressão.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 A compressão e a elevação atuam para diminuir a
pressão hidrostática no interior dos leitos capilares e
induzem a absorção do edema pelo sistema
linfático.
 Esse efeito atinge o ápice quando a extremidade
está posicionada a 90° perpendicular ao solo (mas
não não é uma posição prática).
 Almofadas e triângulos de espuma com um ângulo
de 45° são extremamente úteis já que o efeito da
gravidade é de 71% comparado com a posição
perpendicular.
Cap4: Agentes térmicos
Frio
ELETROTERAPIA
 Criocinética.
 Envolve o uso do frio em conjunto com
movimento (“crio” = frio e “cinética” =
movimento).
 Essa técnica é utilizada para melhorar o
movimento, pois reduz ou elimina o elemento
dor.
 A movimentação, segura e sem dor, resulta em
reação macrofágica mais pronunciada,
resolução mais rápida do hematoma,
regeneração mais rápida do tecido muscular e
cicatricial e aumento da força tênsil do músculo
curado.
 Pode ser iniciada nos casos do tecido mole e
osso subjacentes estarem intactos e a dor limita
o grau de movimento funcional (cuidado para
não mascarar a dor).
Cap4: Agentes térmicos
Frio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Referências Bibliográficas:
 RODRIGUES, E. GUIMARÃES,C. Manual de Recursos Fisioterapêuticos.
Editora Revinter. Rio de Janeiro-RJ, 1998.
 STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 1º edição.
Editora Manole. São Paulo-SP, 2001.
 LOW, J. REED, A. Eletroterapia Explicada – Princípios e Prática. 3º
edição. Editora Manole. São Paulo-SP, 2001.
 RODRIGUES, ADEMIR – CRIOTERAPIA Fisiologia e Técnicas
Terapêuticas. 1ª edição. Editora Cefespar. São José do Rio Preto-SP,
1995.

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Efeitos da crioterapia na resposta inflamatória

  • 1. ELETROTERAPIA Agentes Térmicos Frio Cap 4: Agentes Térmicos Frio Professor: Cleanto Santos Vieira
  • 2. ELETROTERAPIA  Modalidades de frio:  O frio é um estado relativo caracterizado pela diminuição de movimento molecular.  A crioterapia é utilizada na aplicação de modalidades de frio, tendo uma variação de 0°C a 18,3°C.  Durante a crioterapia, o calor é retirado do corpo e absorvido pela modalidade de frio Cap 4: Agentes térmicos Frio
  • 3. ELETROTERAPIA  Os efeitos da aplicação de frio incluem:  Vasoconstrição  Diminuição da taxa metabólica (necessidade reduzida de O²)  Diminuição de resíduos celulares  Diminuição da inflamação  Diminuição da dor  Diminuição do espasmo celular Cap 4: Agentes Térmicos Frio
  • 4. ELETROTERAPIA  O calor é medido em calorias, que descrevem a quantidade necessária para elevar em 1°C a temperatura de 1 grama de água.  A capacidade térmica é medida pelo número de unidades de calor necessárias para elevar a temperatura de uma unidade de massa em 1°C.  Ex: O ferro, precisa de menos energia para elevar sua temperatura do que a água. Se uma massa igual dessas substâncias fosse aquecida com uma quantidade igual de energia o ferro atingiria a temperatura final mais rápido que a água.  O calor específico de um objeto é determinado pela relação entre sua capacidade térmica e a capacidade térmica da água (capacidade térmica basal = 1).  Comparando-se o calor específico dos três estados possíveis da água, observamos que o gelo tem calor específico de 0,5, a água 1 e o vapor de 0,48. Cap 4: Agentes térmicos Frio
  • 5. ELETROTERAPIA  Para obtenção de benefícios terapêuticos, a temperatura da pele deve cair para aproximadamente 13,8°C.  Assim ocorrerá a redução ideal do fluxo sanguíneo local, e para cerca de 14,4°C para que ocorra analgesia.  A aplicação de frio na pele ativa o mecanismo considerado conservador de calor no centro do corpo, disparando uma série de eventos metabólicos e vasculares que produzem os efeitos benéficos da crioterapia. Cap 4: Agentes térmicos Frio
  • 6. ELETROTERAPIA  Durante o TTO, as alterações de temperatura mais rápidas ocorrem na pele e no espaço sinovial, e a magnitude desta resposta varia com os diferentes métodos de aplicação de frio.  Utilizando-se sondas implantadas em joelhos de cães, verificou- se que as temperaturas intra-articulares caíram 2,4°C durante a imersão em gelo.  Em humanos, as temperaturas podem cair até -8,3°C durante a aplicação de bolsas de gelo no joelho.  Se a temperatura do sangue diminuir em 0,2°C, o hipotálamo responde iniciando vários efeitos sistêmicos. Cap4: Agentes térmicos Frio Efeitos Sistêmicos Gerais da Exposição ao Frio Vasoconstrição geral em resposta ao resfriamento do hipotálamo posterior Redução das frequências respiratória e cardíaca Tremores e aumento do tônus muscular
  • 7. ELETROTERAPIA  As modalidades de frio podem ser empregadas com eficácia durante todos os estágios da resposta inflamatória. Cap4: Agentes térmicos Frio Indicações gerais de TTO por frio Contra-indicações gerais de TTO por frio Traumatismo ou inflamação aguda Envolvimento cardíaco ou respiratório Dor aguda ou crônica Ferimentos abertos Queimaduras de 1grau, pequenas e superficiais Insuficiência circulatória Edema e dor pós cirúrgica Alergia ao frio Uso em conjunto com exercícios de reabilitação Pele anestesiada Espasticidade que acompanha distúrbios do sistema nervoso central Diabetes avançada Espasmo muscular agudo ou crônico Fenômeno de Raynaud: pode ser um sintoma de uma doença de base (esclerose múltipla) Nevralgia
  • 8. ELETROTERAPIA  Efeitos sobre o Processo de Resposta à Lesão.  A crioterapia, talvez seja a modalidade terapêutica mais versátil.  A resposta do corpo ao frio dá origem a uma ampla variedade de respostas celulares, vasculares e do S.N.C, que regulam a resposta inflamatória, reduzem a dor e o espasmo muscular limitando a área de lesão original. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 9. ELETROTERAPIA  Resposta celular  O efeito mais benéfico da aplicação do frio durante uma lesão aguda é a redução da necessidade de oxigênio na área sob tratamento.  O ambiente frio diminui a taxa metabólica celular, consequentemente reduzindo a quantidade de oxigênio necessária para a sobrevivência das células.  Durante um TTO de 20 minutos o metabolismo celular é reduzido em 19%.  Diminuindo também o número de células destruídas pela falta de oxigênio, com isso limita-se o grau de lesão decorrente de hipóxia secundária.  Uma menor quantidade de mediadores químicos são liberados, contendo a área da lesão. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 10. ELETROTERAPIA  Dinâmica do sangue e dos fluidos.  A vasoconstrição ocorre devido à estimulação dos receptores nervosos locais, disparando uma resposta do S.N.simpático, que ordena os vasos a se contrair.  A medida que a movimentação molecular sanguínea e dos fluídos tissulares diminui, sua viscosidade aumenta. Como a redução do fluxo sanguíneo ocorre tardiamente no processo de resposta à lesão, ela não afeta o processo hemorrágico, mas pode prevenir a formação do hematoma. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 11. ELETROTERAPIA  Lewis em 1930 conduziu estudos sobre a dinâmica do fluxo sanguíneo durante TTO a frio.  Dedos eram imersos em água fria, verificando períodos de aquecimento e resfriamento da pele. Essa reação foi chamada de resposta de busca, porque os vasos sanguíneos apresentavam uma série de vasoconstrições e vasodilatações, o que parecia uma tentativa de ser adaptar a temperatura (essa resposta só foi identificada em áreas selecionadas do corpo ex: dedos,nariz).  Mais tarde Knight (suposto aumento do fluxo sanguíneo como resultado do TTO a frio), sugerindo que o grau de vasodilatação apenas diminui o grau de vasoconstrição inicial. Apesar da vasodilatação, ainda havia uma vasoconstrição residual em relação ao diâmetro do vaso antes do TTO. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 12. ELETROTERAPIA  O efeito da aplicação do gelo sobre o fluxo sanguíneo foi medido utilizando-se uma pletismografia de impedância e a maioria dos estudos indicou que a crioterapia causa uma diminuição do fluxo sanguíneo, mas os resultados não são universalmente conclusivos.  Uma aplicação de bolsa de gelo durante 20 minutos parece diminuir o fluxo sanguíneo para os tecidos em 26% e o fluxo sanguíneo esquelético em 19%, além de reduzir o edema em tornozelos traumatizados.  Devido aos efeitos associados a fricção da pele, a massagem com gelo pode aumentar o fluxo sanguíneo, pelo menos na pele.  Porém todos os estudos concordam que não ocorre vasodilatação reativa durante um período de 20min de aplicação de frio (qualquer aumento no fluxo sanguíneo parece ser transitório e relacionado com outro mecanismo ex: aumento da Fc ou do volume de ejeção, uma vez que o diâmetro do vaso não parece se alterar). Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 13. ELETROTERAPIA  As evidências apoiando os efeitos benéficos do frio em reduzir a formação de edema não são tão grandes como se supunha e os mecanismos que facilitariam o retorno venoso e linfático não estão esclarecidos.  Supõe-se que a vasoconstrição descrita para as artérias se aplicaria em ambos os vasos (venosos e linfáticos).  A vasoconstrição, também dificultaria a drenagem da área e poderia causar um aumento inicial do volume do membro.  Contudo estudos em animais sugerem que a aplicação do frio não diminuiu o volume transversal das arteríolas, mas, surpreendentemente, aumentou o diâmetro das vênulas, o que reduz a resistência do fluido ao fluxo, e também aumenta a área de superfície necessária para reabsorção do edema (comprovado em estudos clínicos). Cap4: Agentes Térmicos Frio
  • 14. ELETROTERAPIA  A principal utilidade do uso de crioterapia em lesões agudas, é a diminuição do metabolismo celular.  Juntamente com a compressão e a elevação do membro afetado (na limitação da formação do edema).  Esses três elementos previnem uma eventual lesão hipóxica. Cap4: Agentes Térmicos Frio
  • 15. ELETROTERAPIA  Efeitos sobre a inflamação.  A aplicação de frio suprime a resposta inflamatória ao: - Reduzir a liberação de mediadores químicos; - Reduzir a síntese de prostaglandina; - Diminuir a permeabilidade capilar. A formação secundária de edema e hemorragia é reduzida em função do efeito inibitório sobre os mediadores e da permeabilidade capilar reduzida. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 16. ELETROTERAPIA  Espasmo muscular e função.  O frio reduz o espasmo muscular de duas maneiras:  1. Diminui a dor ao reduzir o limiar das terminações nervosas aferentes.  2. Diminui a sensibilidade dos fusos musculares.  Uma queda para 12,7°C na temperatura da superfície da pele provoca a redução da sensibilidade dos fusos musculares.  A ↓ da atividade do fuso muscular, combinada com a redução dos impulsos aferentes, inibe o mecanismo do reflexo de estiramento, reduzindo o espasmo muscular.  Uma breve quebra no ciclo dor-espasmo-dor resulta em alívio prolongado dos espasmos musculares. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 17. ELETROTERAPIA  Esse mecanismo também afeta a capacidade muscular dos membros.  A ↓ da velocidade de condução nervosa, da sensibilidade dos fusos musculares e o aumento da viscosidade dos fluidos levam a redução na capacidade de realização de movimentos rápidos.  Após uma aplicação de 20 minutos o grupo muscular do quadríceps produz menos potência tanto concêntrica como excêntrica e menos potência isométrica (↓ Força e tolerância), por até 30min após o término do TTO. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 18. ELETROTERAPIA  Controle da dor  A aplicação do frio afeta a percepção e a transmissão da dor por:  Interrupção da transmissão  Redução da velocidade de condução nervosa  Redução do espasmo muscular  Redução ou limitação do edema Ao estimular as fibras A-Β de grande diâmetro, o frio inibe a transmissão da dor atuando (comporta medular) como um contra-irritante. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 19. ELETROTERAPIA  Os nervos mielinizados de pequeno diâmetro são os primeiros a apresentar alterações nas velocidades de condução.  Os nervos amielinizados de pequeno diâmetro, são os últimos a responder a baixa temperatura, essa sequência pode fornecer uma explicação para a sequência de sensações que acompanham a crioterapia. - O frio ↓ a velocidade de condução nervosa - A comunicação sináptica fica mais lenta Em alguns casos pode ocorrer neuropraxia e até axôniotmese. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 20. ELETROTERAPIA  Apesar de sua capacidade de interromper a transmissão e percepção da dor o frio não parece inibir de forma significativa, a propriocepção articular.  Após TTOs com frio em joelho, perna e tornozelo, não são significativamente alteradas a propriocepção, equilíbrio e agilidade, em relação às mesmas partes do corpo não submetidas ao frio. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 21. ELETROTERAPIA  Sensações associadas à aplicação do frio  Geralmente são descritas como: - Frio. - Queimação. - Dor. - Analgesia. A insensibilidade é resultado da redução da velocidade de condução nervosa e do aumento do limiar necessário para estimular os nervos. - Nem todas pessoas sentem as mesmas sensações. - São necessários de 18 a 21 minutos de aplicação antes que ocorra a insensibilidade, a verdadeira analgesia é raramente conseguida. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 22. ELETROTERAPIA  Embora estas reações sejam mais pronunciadas durante a imersão no gelo, elas também podem ocorrer em outros métodos de aplicação de frio e a resposta “afetiva”, durante o período inicial de tratamento, pode prejudicar a aderência por parte do paciente.  A orientação sobre as sensações esperadas durante o TTO tende a fazer com que a aplicação do frio, especialmente a imersão em gelo, seja mais tolerável.  Exposições repetidas ao TTO podem diminuir a resposta sensorial e afetiva à aplicação do frio. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 23. ELETROTERAPIA  Lesões por congelamento.  Quando a água é utilizada, existe pouca chance de ocorrer lesão.  Considere as seguintes formas de aplicação de gelo: - Bolsa de gelo - Massagem com gelo - Imersão com gelo Durante qualquer um desses TTOs, a água está presente. A bolsa de gelo é preenchida com água a medida que o gelo derrete, essa presença de água indica que o gelo está se liquefazendo e que a temperatura da superfície do gelo é 0°C. As lesões provocadas por congelamento ocorrem quando a temperatura da pele cai abaixo do ponto de congelamento. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 24. ELETROTERAPIA  Quando a temperatura da pele cai abaixo de 12,7°C, ocorre dano tissular.  As modalidades de aplicação com presença de àgua provocam redução de 7,7°C até 12,7°C, na temperatura do tecido subcutâneo, uma variação próxima aos limites de segurança.  Caso o TTO seja aplicado com temperaturas abaixo das recomendadas, se o tempo excede o recomendado ou se o paciente apresenta insuficiência circulatória grave ou redução da sensibilidade, aumenta o risco de lesão por congelamento. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 25. ELETROTERAPIA  Portanto cuidado com: - Bolsas de gelo reutilizáveis (contêm água misturada com anticongelantes e diminuem a temperatura de fusão). - Quando colocadas em freezers sua temperatura pode atingir até -15°C. - Nesse caso deve-se colocar um meio protetor, com uma toalha molhada, entre a bolsa e a pele. - Particularmente (as bolsas com crio-gel chegam a uma temperatura mais baixa mas se mantém frias por pouco tempo). Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 26. ELETROTERAPIA  Sinais e sintomas da lesão por congelamento. - Geralmente são acompanhados de dor extrema. - Pacientes com função sensorial normal não permitirão que o TTO continue. - Principal preocupação é com pacientes que apresentem alteração sensorial e ou circulatória (aqueles em que se utilizou crio-gel). - 1º sinal físico -> desaparecimento da coloração vermelha. - Essa cor é substituída por um brilho branco ceráceo. - Se a lesão continuar a pele apresentará bolhas - Ou então a pele se soltará evoluindo para um edema nítido. - Durante qualquer procedimento físico deve ser feito um exame de perfusão periférica (comprimindo a unha). - Se há suspeita de lesão por congelamento, remova imediatamente a fonte de frio do paciente. - Reaqueça a parte afetada, imergindo-a em água a 37,7°C, encaminhando o paciente para avaliação médica e acompanhamento. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 27. ELETROTERAPIA  Efeitos do tratamento imediato.  Repouso, gelo, compressão e elevação (RGCE) – serve para neutralizar a resposta inicial do corpos à lesão.  O repouso limita o alvo da lesão original, prevenindo novos traumatismos.  No traumatismo agudo, o “repouso” pode corresponder ao uso de muletas ou a outros métodos que evitem traumas adicionais ao tecido lesado.  Gelo triturado: é a forma ideal de tratamento imediato, pois produz a maior e mais rápida redução de temperatura, em comparação com outras formas de aplicação de frio.  Se adapta muito bem à área do corpo a ser tratada.  Além de reduzir a dor. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 28. ELETROTERAPIA  Compressão.  A compressão diminui o gradiente de pressão entre os vasos sanguíneos e os tecidos, impedindo futuros extravasamentos dos leitos capilares para os tecidos intersticiais, além de favorecer a drenagem linfática.  Deve ser realizado com maior pressionamento da parte distal para a proximal com redução gradual da pressão a cada volta.  Por meio de três técnicas diferentes: - Compressão circunferencial-> proporciona a mesma tensão em torno de toda circunferência da parte do corpo em questão (enfaixamentos elásticos e pneumáticos), se presta melhor a áreas do corpo com lados equivalentes, como joelho ou coxa. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 29. ELETROTERAPIA  Compressão colateral->  Produz pressão em 2 pontos da parte corpórea em questão.  Os tecidos moles ficam comprimidos entre o dispositivo e a parte óssea. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 30. ELETROTERAPIA  Compressão focal->  Aplicada com coxins em forma de U ou em forma de ferradura, fornecendo pressão direta sobre o tecido mole envolvido por estruturas ósseas proeminentes.  O coxim é colocado sobre a área, em contato com o tecido mole lesado e sem atingir o osso.  A seguir coloca-se um enfaixamento compressivo circunferencial ou colateral para aplicar pressão. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 31. ELETROTERAPIA  A compressão e a elevação atuam para diminuir a pressão hidrostática no interior dos leitos capilares e induzem a absorção do edema pelo sistema linfático.  Esse efeito atinge o ápice quando a extremidade está posicionada a 90° perpendicular ao solo (mas não não é uma posição prática).  Almofadas e triângulos de espuma com um ângulo de 45° são extremamente úteis já que o efeito da gravidade é de 71% comparado com a posição perpendicular. Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 32. ELETROTERAPIA  Criocinética.  Envolve o uso do frio em conjunto com movimento (“crio” = frio e “cinética” = movimento).  Essa técnica é utilizada para melhorar o movimento, pois reduz ou elimina o elemento dor.  A movimentação, segura e sem dor, resulta em reação macrofágica mais pronunciada, resolução mais rápida do hematoma, regeneração mais rápida do tecido muscular e cicatricial e aumento da força tênsil do músculo curado.  Pode ser iniciada nos casos do tecido mole e osso subjacentes estarem intactos e a dor limita o grau de movimento funcional (cuidado para não mascarar a dor). Cap4: Agentes térmicos Frio
  • 33. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Referências Bibliográficas:  RODRIGUES, E. GUIMARÃES,C. Manual de Recursos Fisioterapêuticos. Editora Revinter. Rio de Janeiro-RJ, 1998.  STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. 1º edição. Editora Manole. São Paulo-SP, 2001.  LOW, J. REED, A. Eletroterapia Explicada – Princípios e Prática. 3º edição. Editora Manole. São Paulo-SP, 2001.  RODRIGUES, ADEMIR – CRIOTERAPIA Fisiologia e Técnicas Terapêuticas. 1ª edição. Editora Cefespar. São José do Rio Preto-SP, 1995.