1) O documento apresenta um resumo histórico da eletroterapia desde 5000 a.C. até o século XX, destacando descobertas e estudos importantes. 2) Aborda os tipos de tecidos do corpo humano e sua capacidade de regeneração, assim como a resposta do corpo à lesão através da síndrome de adaptação geral. 3) Explica conceitos como a lei de Wolf sobre o remodelamento ósseo em resposta às forças aplicadas.
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Eletroterapia: Processos de resposta à lesão e tipos de tecidos
1. Eletroterapia
Professor: Cleanto Santos Vieira
Esp: Ortopedia e traumato. – U.N.I.T.R.I. – Uberlândia – 1998
Esp: Ortopedia e traumato. – U.S.P. - Rib. Preto – 1999/2000
Mestrando: Ciências da saúde – UFU - 2011
2. Eletroterapia
• Pequeno Histórico:
• 5000 a.c. -> Bagre do nilo
• 3150 a.c. -> 1ª Dinastia –
Faraó Narner (catfish ou
bagre)
• 300 a.c. -> Aristóteles (torpor
= torpedo)
3. Eletroterapia
• 1672 d.c. -> Otto von Guericke,
físico alemão (1º gerador
eletrostático)
• 1791 d.c. -> Luigi Galvani, médico
e filósofo italiano (corrente
Galvânica)
• 1816 d.c. -> Louis Berlioz, médico
francês (correntes contínuas) em
agulhas de acupuntura para
tratar a dor
4. Eletroterapia
• “O pai da eletroterapia”
• 1833 d.c -> Guillaume Duchenne,
neurologista francês (estudos
com eletroterapia)
• Em 1855 d.c. -> Guillaume
Duchenne, anunciou que a A/C
era superior à C/C para a eletro-
terapêutica de contrações
musculares.
• O que ele chamou de "efeito de
aquecimento" da corrente direta
irritava a pele.
5. Eletroterapia
1º Capítulo - Processo de
resposta à lesão
Nenhum recurso terapêutico acelera a
cura de uma lesão;
Existe um ritmo natural
do corpo humano para a
ocorrência da cura.
Energia térmica
Elétrica
Mecânica
6. Eletroterapia
• Tensões aplicadas à
célula
• Estresse = qualquer
força física, química ou
emocional aplicada
sobre um corpo e suas
células
• Resultados = Benéficos
ou maléficos
7. Eletroterapia
• Ela se adapta a
tensão,
• Ela sofre dano, mas
se recupera,
• Ela morre.
Quando uma célula é submetida
à tensão, pode reagir de três
formas:
8. Eletroterapia
• Séc. XX, Hans Selye -> pacientes
hospitalizados, independente
de suas patologias, apresentam
sintomas comuns.
• Desconfortos
• Dores difusas nas articulações
• Perda de força muscular
• Perda de apetite
• Elevação da temperatura
corporal
• Ressaltou três estágios de
resposta à tensão
Síndrome da Adaptação Geral
9. Eletroterapia
• Estágio 1 , alarme:
• Reação inicial do corpo a um desequilíbrio orgânico;
• Recrutamento de recursos para impedir os efeitos do agente estressor;
• Sistemas de defesa são colocados em prontidão;
• ↑ da frequência cardíaca, volume cardíaco e força de contração do
miocárdio;
• ↑ das quantidades de suprimento sanguíneo para as áreas necessitadas;
• ↓ do fornecimento sanguíneo para áreas não necessitadas, por
vasoconstrição de artérias superficiais e abdominais;
• Liberação do hormônio cortisol na corrente sanguínea (estimula respostas
instintivas);
• As proteínas são decompostas em aminoácidos, visando longos períodos
de jejum (fonte de energia no caso de lesões);
10. Eletroterapia
• Estágio 2, resistência:
• O corpo continua seu processo de adaptação ao agente estressor,
utilizando seus recursos na tentativa de manter sua integridade e
equilíbrio;
• É a fase mais longa da S.A.G, dura vários dias, meses ou até anos;
• O indivíduo atinge uma resistência fisiológica (ou condicionamento
físico)
11. Eletroterapia
• Estágio 3, exaustão:
• Geralmente um dos sistemas, não aguentam mais a tensão, e por
consequência, entram em colapso;
• Podem ocorrer lesões traumáticas;
• Lesões por uso excessivo;
• Em casos mais graves, insuficiência cardíaca;
• Ponto de sofrimento;
• Produz efeitos negativos.
12. Eletroterapia
• A S.A.G. e sua relação com o trauma.
• Tensões prejudiciais se manifestam como:
- Lesões agudas (distenção, entorses, fraturas, etc...), resultado de forças
súbitas durante um curto período de tempo (macrotrauma);
- Forças repetitivas e de intensidade mais baixa como fraturas de tensão
(estresse) ou condições inflamatórias crônicas (microtrauma).
- São exemplos de tensão prejudicial, as quais os profissionais das áreas da
saúde investem a maior parte de seu tempo, prevenindo, tratando e
reabilitando.
13. Eletroterapia
• Lei de Wolf:
• Os ossos são remodelados e se adaptam às forças sobre eles aplicadas;
• A atividade dos osteoblastos e osteoclastos muda em razão da tensão
funcional;
• O tecido ósseo é removido dos locais de pouca ou nenhuma tensão e um
novo tecido surge ao longo desses locais submetidos a nova tensão
Exemplo de tensão física repetida:
Um indivíduo que pratica o jogging (corrida), aumenta a
atividade dos osteoblastos ao longo das linhas de tensão,
resultando em novas áreas de resistência estrutural e
aumento da densidade óssea.
Se essa tensão for aplicada muito rapidamente, a atividade
osteoclástica superará a atividade osteoblástica -> Fratura
de estresse
14. Eletroterapia
• Exemplo de “ausência” de
tensão:
Um osso fêmur imobilizado por 20 dias
pode perder até 30% de seus depósitos
de sais minerais, tornando-se poroso e
frágil
16. Eletroterapia
Tipo Localização Capacidade de
regeneração
Células Lábeis Pele, trato intestinal,
sangue
Boa
Células estáveis Osso Parcial
Células permanentes Sistema nervoso periférico Parcial
Sistema nervoso central Nenhuma
TABELA – Tipos de Células do Organismo
17. Eletroterapia
• Tecidos epiteliais:
• Revestem a pele (epitélio
escamoso estratificado);
• O coração e vasos
sanguíneos (epitélio
escamoso simples);
• Órgãos ocos, glândulas,
aberturas externas e outros
órgãos (epitélio de
transição);
18. Eletroterapia
• O estrato córneo (camada mais externa
da pele) é composto por uma densa
camada de células mortas densamente
dispostas e são preenchidas com
queratina (proteína fibrosa seca);
• Serve de proteção impedindo a entrada
de muitas substâncias externas
(microorganismos), e ajuda a manter os
fluídos dentro do corpo;
• Muitos recursos terapêuticos utilizados,
devem atravessar a camada córnea e o
resto da epiderme para atingir os tecidos
alvo.
19. Eletroterapia
• Tecido adiposo:
• Localizado imediatamente abaixo
da epiderme (contém células
gordurosas);
• E algumas áreas (calcanhar e
palma da mão), protege as
estruturas subjacentes de golpes
fortes;
• Presença de grande quantidade de
água (meio ideal para a
propagação da onda ultra-sônica);
• Isolante contra o frio;
• Em indivíduos obesos a eficácia
dos agentes térmicos é reduzida.
20. Eletroterapia
• Tecido
conjuntivo:
• Ou “células de sustentação”,
é o tecido mais abundante no
corpo, serve de “cimento”
que sustenta e conecta
outros tipos de tecido;
• Fornece resistência, apoio,
nutrição e defesa para os
outros tecidos
21. Eletroterapia
Tipos de tecido Função
Fibroblastos Secretar componentes da matriz
extracelular
Condrócitos Produzir componentes da matriz
extracelular na cartilagem
Miofibroblastos Produzir componentes da matriz
extracelular com propriedades contráteis
Adipócitos Armazenar lipídios
Tipos de tecido conjuntivo e suas funções:
22. Eletroterapia
• Colágeno:
• Encontrado em grande
quantidade nas fáscias,
tendões, ligamentos,
cartilagens, músculos e ossos;
• O corpo possui 11 tipos, todos
eles se localizam em áreas
muito vascularizadas
(excetuando o menisco)
Tipo Localização
I Pele, fáscia, tendões, ligamentos, ossos,
cartilagem fibrosa
II Cartilagem hialina, cartilagem elástica,
discos vertebrais
III Músculos lisos, nervos, medula óssea,
vasos sanguíneos
IV Membranas basais
V Músculo liso, músculo esquelético
VI Encontrado na maioria, se não em todas as
estruturas do corpo
VII Membranas basais da pele
VIII Endotélio
IX Cartilagem
X Cartilagem em mineralização
XI Cartilagem
23. Eletroterapia
• Tecidos
musculares:
• Capacidade de encurtamento
ativo e alongamento passivo
(Contração e relaxamento);
• Tipos
- Músculo estriado esquelético
- Músculo estriado cardíaco
- Músculo liso
24. Eletroterapia
• Musculatura lisa ->
não está sob controle voluntário,
está associada aos órgãos ocos do
organismo.
• Musculatura
cardíaca -> é responsável
pelo bombeamento de sangue;
• Controle involuntário.
25. Eletroterapia
• Tipos de fibras
musculares:
• Tipo 1 -> (contração
lenta)
• Baixa intensidade;
• Energia aeróbica;
• Contrações mantidas por
longos períodos de tempo;
• Predominantes nos músculos
posturais.
26. Eletroterapia
• Tipo II -> (contração rápida)
• Alta intensidade;
• Energia anaeróbica (ciclo
fosfagênio);
• Curta duração (até 10s);
• Predominantes nas contrações
explosivas;
Subdivididas em:
II-B -> anaeróbicas
II-A -> tem características dos tipos I e II
27. Eletroterapia
• Referências bibliográficas aula I
• MARCUCCI, Fernando C. I. Histórico da Eletroterapia e
Eletroacupuntura. O Fisioterapeuta [site]. Disponível em:
http://ofisioterapeuta.blogspot.com/
• Starkey C. Agentes elétricos. In: Starkey C. Recursos
terapêuticos em fisioterapia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2001.
• Low J, Reed A. Electrical stimulation of nerve and muscle. In:
Electrotherapy explained: principles and practice. 3ª ed.
Oxford: Butterworth-Heinemann; 2000.