3. O primeiro relato detalhado acerca da
epilepsia surgiu aproximadamente um milênio
depois, por volta de 2000 A.C, inscrito em um
texto de origem babilônica.
Episódios de epilepsia eram, então, encarados
como fruto de possessões demoníacas e
castigos divinos, ou até mesmo como sinais de
loucura e demência.
Gregos, romanos, árabes, hebreus, bem como
muitos outros povos, associaram ao longo dos
tempos epilepsia com misticismo, não tendo
encontrado explicações concretas nem curas
eficazes para este problema.
1.Aspectos Históricos
4. Hipócrates(400 a.C), considerado o pai
da medicina e Galeno(175d.C) foram os
primeiros pensadores da antiguidade a
deduzirem que a epilepsia tinha origem
não de uma ocorrência divina mas sim
em ocorrências anômalas localizadas no
cérebro.
No período da Idade Média, entre os
séculos XV e XVI, a Santa Inquisição
perseguia os hereges, incluindo os
loucos e os portadores de epilepsia, que
eram vistos como tal. Muitos epilépticos
foram condenados à fogueira neste
período.
Ao longo do século XVIII deu-se uma
revolução em grande parte das áreas
científicas, com novas descobertas e
avanços significativos
5. Só no século XIX é que estudos na área da
neurofisiologia, a epilepsia passou a ser
encarada pela comunidade científica como
uma doença do foro mental.
Um dos principais estudiosos deste século
foi, Hughlings Jackson, que desenvolveu
estudos sobre o cérebro, tendo proposto um
novo modelo anatômico e fisiológico para a
organização, hierarquia, e localização das
funções cerebrais.
No século XX diversos estudos na área das
ciências neurofisiológicas, prosseguiram,
tornando –se cada vez mais claro e
consensual entre a comunidade científica de
que a epilepsia tinha origem cerebral.
6. Com a descoberta dos neurônios e das suas
especificidades, a epilepsia passou a ser mais
compreendida, tendo surgido várias definições
para este problema.
Gastaut definiu epilepsia como “uma
desordem crônica do cérebro por várias
etiologias, caracterizada por crises recorrentes
devido à descarga de neurônios cerebrais
(…)”. Dreifuss definiu epilepsia como “uma
condição em que recorrentes descargas
elétricas no cérebro provocam distúrbios no
funcionamento normal do sistema nervoso.
Tais episódios são denominados de
convulsões (…)”.
7. A epilepsia é uma doença caracterizada por crises
convulsivas provocadas por descargas elétricas em uma
parte ou em todo o cérebro.
A doença epilepsia é definida quando o paciente têm
mais de um episódio de crise convulsiva sem que essa
crise esteja associada a fatores externos como drogas,
medicamentos ou traumas.
Existem diversos tipos de convulsão dependendo da
parte do cérebro atingida e os sintomas gerados.
2.Definição
9. Os principais sintomas de epilepsia incluem convulsões, que são
contrações violentas e involuntárias dos músculos e podem levar o
indivíduo a ficar se debatendo por alguns segundos até 2 a 3 minutos
e, geralmente estes sintomas ocorrem devido a alterações na condução
de impulsos nervosos no cérebro, ocorrendo uma atividade elétrica
excessiva
No entanto, a epilepsia pode apenas causar uma crise de ausência,
que é quando o indivíduo fica parado e totalmente ausente, não falando
nem reagindo ao toque durante poucos segundos, sendo dificilmente
percebida pelos familiares.
Além disso, existem vários tipos de epilepsia, como tônico-clônicas ou
as crises de ausência e algumas das causas da epilepsia podem ser
pancada forte na cabeça, tumores cerebrais, luz ou sons muito fortes ou
doenças genéticas.
4.Sintomas
10. C 5.Causas
Causas não específicas
Estresse
Privação de sono
Suspensão abrupta de
medicamentos antiepilépticos e
sedativos
Febre
Processos infecciosos
Trauma craniano
Várias alterações tóxicas e
metabólicas que incluem: baixa
oxigenação cerebral, hipoglicemia,
diminuição do cálcio sanguíneo.
11. 1.Crises epilépticas parciais ou focais(CP)
1.1 Crises parciais simples(CPS)
Com sinais motores
Com sinais sensoriais
Com sinais somatossensoriais
Com crises autonômicas
Com sintomas psíquicos
Automatismos
5.1Classificação das crises e síndromes
epilépticas
12. 1.2 Crises parciais complexas (CPC)
Início parcial simples, seguido de perda da consciência
Com perda da consciência desde o início
5.1Classificação das crises e síndromes
epilépticas
13.
14. 1.3 Crises secundariamente generalizadas
CPS evoluindo para crises generalizadas
CPC evoluindo para crises generalizadas
CPS evoluindo para CPC,
evoluindo para crises generalizadas
5.1Classificação das crises e síndromes
epilépticas
15. 2.Crises epilépticas generalizadas
A.Crises de ausência
Apenas com perda da consciência
Com discretos componentes clônicos
Com componentes atônicos
Com componentes tônicos
Com automatismos
5.1Classificação das crises e síndromes
epilépticas
16. 2.Crises epilépticas generalizadas
B.Crises de ausência atípica
Mudanças de tônus mais pronunciadas e
início e final menos abruptos.
3.Crises epilépticas não classificáveis
5.1Classificação das crises e síndromes
epilépticas
20. O tratamento da epilepsia é feito com medicamentos que inibem as descargas
epilépticas.
Ex: Carbamazepina, Fenitoína, Primidona, Gabapentina, Diazepam, Clonazepam,
Clobazam e Primidona
E quando o tratamento com remédios não dá resultado?
É possível, em alguns casos, recorrer à "cirurgia da epilepsia". Para isso, o tecido cerebral,
que produz a atividade elétrica anormal provocando as crises, deve ser removido sem
alterar as funções cerebrais do indivíduo. A cirurgia pode ser indicada em crianças e
adultos
9.Tratamento
21. Prognóstico em epilepsia pode ser definido como a probabilidade de o paciente entrar em
um período de remissão das crises. Remissão completa das crises é a meta principal, tanto
para o paciente como para o médico.
Para se estabelecer o prognóstico das epilepsias é importante observar que a análise de
diferentes grupos de pacientes leva a conclusões muito diversas.
Os primeiros estudos até 1968 mostraram, baseados em casuísticas de pacientes de clínicas
hospitalares, que aproximadamente um terço dos pacientes ficavam livres de crises por um
período de dois a quatro anos.
Estudos posteriores (após 1968) mostraram a remissão de crises em aproximadamente dois
terços dos pacientes, principalmente nos estudos em que a população estudada era da
comunidade e não de clínicas hospitalares.
10.Prognóstico
22. LIGA PORTUGUESA CONTRA A EPILEPSIA (LPCE), dez. 2005, História da Epilepsia,
disponível em http://www.lpce.pt/dhistoria.htm (acessado em 18/09/15)
MOREIRA, Rogério G.M., Epilepsia: concepção histórica, aspectos conceituais, diagnóstico e
tratamento. Mental. Barbacena, ano II, n. 3, nov. 2004, p.107-122.
FEJERMAN & MEDINA. Convulsiones en la Infancia , 2ª Edição, Editorial El Ateneo - Buenos
Aires - Argentina
CASTRO,P; Sacristian,M.; Sanabra,F.R. - Síndromes Epilépticos, Libreria Médico Espanha,
Madrid, 1960.
COELHO,L.M. - Epilepsia e Personalidade, Atica, S.Paulo, 1978
Referências