Este documento discute convulsões, incluindo suas causas, sintomas e como agir durante um episódio. Ele explica que convulsões podem ser epilépticas ou não epilépticas e listas algumas das causas mais comuns. Também fornece instruções sobre como manter a vítima segura durante uma convulsão e quando ligar para emergências médicas.
2. Introdução
Este Trabalho vem no âmbito do 2º
momento de avaliação do módulo
6570
Obstrução das vias aéreas
"Emergências Médicas"
3. OBJETIVOS
Indicar as causas mais frequêntes de estados convulsivos
Descrever as fases dos estados convulsivos
Descrever os sinais e sintomas mais frequêntes num quadro convulsivo
Conhecer as medidas de proteção da vítima durante o quadro convulsivo
Conhecer as principais diferenças entre alterações voluntárias do comportamento e
convulsões
Descrever os passos da atuação protocolada para este tipo de situação.
4. Convulsões:
São contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrentes do
funcionamento anormal do cérebro. Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos. Manifesta-se
pela contratura generalizada da musculatura (rigidez do corpo e dentes cerrados).
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque
epilético". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações
musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e,
às vezes, até urinar.
Nem toda a crise convulsiva é causada por um quadro de epilepsia.
Existem doenças que podem provocar crise convulsiva, sem que isso se caracterize como
um quadro de epilepsia:
Meningite
Febre
Hipoglicemia
Anoxia( falta de oxigénio )
Traumas
Desidratação grave
Insuficiência renal avançada
Alterações nos níveis de minerais no sangue (Ex :Sódio)
5. A crise convulsiva pode ser desencadeada por diferentes processos:
• Nas crianças, com idade inferior a 5 anos, podem apresentar febres altas nas primeiras 24 horas
e ter como consequência algumas causas como otite, pneumonia, gripe, resfriado ou sinusite
• Normalmente, a convulsão febril não traz riscos de vida e nem deixa sequelas neurológicas
• Doenças como epilepsia, meningite, tétano, encefalite, infeção pelo HIV
• Traumatismo craniano
• Abstinência depois do consumo de longa duração de álcool e drogas
• Reação adversa de alguns medicamentos
• Problemas do metabolismo como na diabetes, insuficiência renal ou hipoglicemia
• Falta de oxigénio no cérebro
6. Os Sintomas
Podem ser seguidos de uma crise, em que a pessoa pode dar como sinais de aviso antes de
saber se trata realmente de uma convulsão
• Perder a consciência, seguida por confusão repentina
• Cair
• Ter espasmos musculares incontroláveis
• Babar ou espumar pela boca
• Ficar com um gosto estranho na boca
• Cerrar os dentes
• Morder a língua, que pode sangrar
• Ter movimentos oculares rápidos e súbitos.
• Perda de controle da bexiga e do intestino
7. •Epilépticas
Estas convulsões não são provocadas e ocorrem duas ou mais vezes. Uma única
convulsão não é considerada epilepsia. As causas das crises epiléticas são
frequentemente desconhecidas .
Mas elas podem ser causadas por vários distúrbios cerebrais, como acidentes
vasculares cerebrais ou tumores.
A epilepsia sintomática é mais comum entre recém-nascidos e pessoas mais
idosas.
•Não epilépticas: Estas convulsões são desencadeadas por uma doença
reversível ou outro quadro clínico que irrita o cérebro, como uma infecção, um
acidente vascular cerebral, um traumatismo craniano ou reação a um
medicamento. Em crianças, a febre pode desencadear uma crise não epiléptica
chamada convulsão febril.
Convulsões mais comuns
8. Como devemos agir perante um episódio de convulsão
No momento da convulsão, o mais importante é criar um ambiente seguro, para que a pessoa não se
magoe, nem cause algum traumatismo. Para isso, deve-se:
1.Manter a calma
2.Retirar objetos como cadeiras de perto da vítima( deixar o doente debater-se)
3.Colocar a vítima de lado e desapertar roupas apertadas, especialmente ao redor do pescoço, para que
não se afogue na própria saliva
4.Ficar com a vítima até ela recuperar a consciência.
5.Proteja a cabeça da vitima
6. Não ofereça alimentos se a vitima ficar inconsciente e a respirar normalmente
Nunca se deve colocar os dedos dentro da boca da vítima, nem tentar retirar qualquer tipo de prótese ou
objeto do interior da boca, já que existe um risco muito elevado de morder os dedos. Caso seja possível,
deve-se ainda anotar o tempo de duração da convulsão, para informar o médico.
Coloque a vitima em posição lateral de segurança e ligue para o 112
10. Conclusão
O tratamento para convulsão deve ser sempre indicado por um clínico geral ou neurologista.
Para isso, deve ser feita uma avaliação para entender se existe alguma causa que
está a provocar o surgimento das convulsões. Caso exista uma causa, normalmente o médico recomenda o
tratamento adequado para esse problema.
Como muitas vezes a convulsão é um momento único que não volta a acontecer, é relativamente
comum que o médico não indique um tratamento específico, nem faça exames após o primeiro episódio.
A convulsão deve ter uma atenção especial dos socorristas, para proteger a vida do paciente e de quem
está à sua volta, nos casos de críses convulsivas. Por isso, é importante que as pessoas saibam os
conceitos de suporte base de vida, para auxiliar no socorro a vitima.
FIM