Este trabalho contém informações relativas a praticamente todo o capítulo alusivo às alterações (físicas e hormonais) no corpo da mulher durante a gestação, incluindo ainda a parte da lactação.
2. Biologia 12º Ano
Fábio Miguel Pinto Soares , nº 12
12ºB
As mudanças no
corpo da Mulher
Grávida
Escola Secundária de Santa Maria da Feira
3. Fecundação
Dá-se a reação acrossómica
Fusão entre as membranas
dos dois gâmetas
seguida da
Maior resistência da Zona Pelúcida à
penetração de outros espermatozóides;
Incorporação progressiva do
espermatozóide no oócito II;
Finalização da meiose II do oócito II
com a formação do pronúcleo feminino
e do segundo glóbulo polar;
Formação do pronúcleo masculino a
partir da descondensação do núcleo do
espermatozóide;
Migração dos dois pronúcleos para o centro do oócito II, terminando com a fusão dos
dois pronúcleos num só diploide com cromossomas paternos e maternos.
que provoca a:
4. Os primeiros 7 dias
Blastocisto
Três dias após o momento
da fecundação o ovo tem
ainda apenas 8 células. Com
o aumento do número
células resultante das
constantes divisões
mitóticas forma-se a mórula
(semelhante a uma amora),
e entre o quinto e o 6 dia o
blastocisto. No sétimo dia,
após se completar a descida
do ovo das trompas até ao
útero, e caso este esteja
preparado para receber o
ovo ocorre a nidação.
A nidação corresponde à implantação do
embrião no endométrio (que fornecerá os
nutrientes necessários ao seu
desenvolvimento numa fase inicial). Segundo
muitos autores a nidação marca o início da
gestação.
5. Gestação
Processos Biológicos
Diferenciação CelularMorfogéneseCrescimento
Dá-se o crescimento
devido às numerosas
divisões mitóticas e
aumento do volume
das células.
Conjunto de
movimentos de
territórios celulares que
tomam posições uns
em relação aos outros,
de acordo com as
estruturas que vão
formar. Formam-se três
camadas celulares
embrionárias.
Especialização das
camadas embrionárias
no sentido de
desempenharem
funções específicas. Os
diferentes tecidos inter-
relacionam-se,
formando órgãos e
sistemas de órgãos.
Ectoderme
Mesoderme
Endoderme
Sistema nervoso
Órgãos dos sentidos
Epiderme
Sistema respiratório
Revestimento do tubo digestivo
Fígado
Pâncreas
Esqueleto
Músculos
Sistemas circulatório, excretor e
reprodutor
6. Anexos Embrionários O desenvolvimento
embrionário é
acompanhado pela
formação dos anexos
embrionários, originados
pela extensão das três
camadas germinativas e
do trofoblasto.
Córion
Âmnio
Cavidade
Amniótica
Cordão
Umbilical
Alantoide
Embrião
Vilosidades
Coriónicas
Vesícula
Vitelina
Âmnio
Vesícula Vitelina
Alantoide
Córion
Rodeia a cavidade amniótica (preenchida pelo líquido amniótico). Protege
o embrião de choques mecânicos e mantém a temperatura constante no
seu interior.
De dimensões reduzidas mas muito vascularizada. Contem uma parte
incorporada no cordão umbilical, representando o primeiro local de
produção de células sanguíneas e germinativas.
Membrana extraembrionária mais exterior que, juntamente com o âmnio,
rodeia o embrião e intervém na formação da placenta.
Contribui para a formação do cordão umbilical.
8. A Placenta
A placenta permite trocas seletivas
entre a mãe e o filho, fundamentais
ao desenvolvimento deste.
Além das trocas de nutrientes e de
oxigénio, permite ainda a passagem
de anticorpos do sangue da mãe
que protegem o recém-nascido nos
instantes iniciais da sua existência.
Apesar de essencial à maturação e
proteção do feto, a placenta
apresenta permeabilidade a
substâncias e materiais tóxicos,
como álcool ou drogas, permitindo
assim uma fácil difusão destas
substâncias a partir do sangue da
mãe. Podem ainda passar para o
sangue do feto certos
microorganismos que podem estar
na origem de malformações
congénitas.
9. Controlo do desenvolvimento embrionário
Apesar de a adaptação morfológica ser a mais visível durante a gestação, o corpo
da mulher sofre também diversas alterações a nível hormonal.
Desde o início da nidação do embrião, é produzida a HCG (hormona gonadotrofina
coriónica humana) pelo trofoblasto.
A HGC impede, numa fase inicial, que
ocorra a degeneração do corpo lúteo.
Assim, este continua a produzir
estrogénios e progesterona, essenciais à
manutenção do endométrio, permitindo
que a nidação do embrião se mantenha.
10. Controlo do desenvolvimento embrionário
Após as 8-10 semanas verifica-se a degeneração do corpo lúteo devido ao declínio da
concentração de HCG no sangue, ficando a produção de estrogénios e progesterona
inteiramente assegurada pela placenta.
Os estrogénios são
responsáveis pela
expansão do útero.
A progesterona é
responsável pela
inexistência de
contrações uterinas
durante os nove meses
de gestação.
Ambas as hormonas
intervêm no
desenvolvimento e
maturação das
glândulas mamárias.
No final da gestação, o facto de o teor de
estrogénios ser dominante em relação ao de
progesterona induz a contração dos músculos
uterinos. Os estrogénios induzem ainda a
formação de numerosos receptores de oxitocina
(produzida no hipotálamo e libertada pela neuro-
hipófise) no útero.
11. Alterações nas glândulas mamárias
Durante a gestação ocorrem também
mudanças reguladas pela intervenção do
complexo hipotálamo-hipófise.
Neste período de gestação, os estrogénios e a
progesterona induzem a ramificação intensiva
dos diversos canais do tecido adiposo, o
desenvolvimento dos alvéolos que contêm as
células secretoras de leite e, paralelamente, o
desenvolvimento de uma vasta rede de vasos
sanguíneos e linfáticos.
Elevados teores de
estrogénios e
progesterona
Hipotálamo Hipófise anterior
Prolactina
Inibem Inibe
Não se
produz
12. Com a expulsão da placenta após o
nascimento de bebé, a concentração de
estrogénios e progesterona no sangue sofre
uma queda acentuada, sendo esta queda
responsável pelo início de produção de
prolactina. Numa fase inicial, de 1 a 4 dias, as
glândulas mamárias segregam um líquido
chamado colostro, dando-se depois início à
produção de leite.
Lactação
O colostro é menos rico em
glícidos e lípidos mas mais
rico em proteínas, água e
anticorpos que protegerão
o bebé nas primeiras
semanas de vida.
O leite maduro é mais rico
em gorduras e em lactose e
muito menos rico em água
e anticorpos que o
colostro.
13. Bibliografia
• Sílvia, Amparo; Santos, Maria; Mesquita, Almira; Baldaia, Ludovina; Félix José;
“Terra, Universo de Vida”; 2014, Porto Editora