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Prof. Maurício Oliveira
SESI Petrópolis
São formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.
São classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função
poética, função fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na
comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Desse
modo, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem
estar presentes num mesmo texto.
São os seguintes:
EMISSOR: quem emite a mensagem.
RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: a quem se destina a mensagem.
CÓDIGO: a maneira pela qual a mensagem se organiza (pode ser a língua, oral ou
escrita, gestos, código Morse, sons etc). O código deve ser de conhecimento de ambos
os envolvidos: emissor e destinatário, para que haja comunicação.
CANAL DE COMUNICAÇÃO: meio físico ou virtual, que assegura a circulação da
mensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz.
MENSAGEM: é o objeto da comunicação, o conteúdo das informações transmitidas.
REFERENTE: o contexto, a situação a que a mensagem se refere.
Tem como objetivo principal informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira
pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Ex.: materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos.
(Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo,
sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem).
Exemplo de uma notícia
“Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior
desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para
comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais
precisamente em julho de 1994”.
Nela, o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e
subjetividades por meio da própria opinião.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez
que possui um caráter pessoal.
Ex.: os textos poéticos, as cartas, os diários.
(Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências,
ponto de exclamação, etc).
Exemplo de e-mail da mãe para os filhos
“Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve
a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui
adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje
e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?”
É característica das obras literárias: possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida
por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por
isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
*Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas
em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo de uma história sobre a avó
“Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria.
Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga”.
Tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o
mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui,
o foco reside no canal de comunicação.
É muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.
Exemplo de uma conversa telefônica
— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e
11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.
É caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de
convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos
políticos, a fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa
com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos:
Vote em mim!
Entre. Não vai se arrepender!
É só até amanhã. Não perca!
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere-
se à ela mesma. Assim, o emissor explica um código utilizando o próprio
código.
Um texto que trate da linguagem textual ou um documentário
cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as
gramáticas e os dicionários.
Exemplo:
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem
como exemplifica a função metalinguística.
1. (UEMG-2006) Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do
fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto
aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua
significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai
comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do
ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos
mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)
2. (UFV-2005) Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:
I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a
propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava,
bastante satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante.
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois?
Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será?
Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente
discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse
escrever como falo, ninguém me lia.
Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São
Bernardo:
a) III e V
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.
3. (Enem-2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje.
Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de
segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis
recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas
para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. (CARNEIRO, J. E. Veja, 11
set. 2002 (fragmento)
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da
linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da
crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva,
pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
4. (Enem-2014)
O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se
trata? (ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.)
Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no
texto a função
a) metalinguística.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.
5. (FUVEST – 2004)
Observe, ao lado, esta gravura de Escher:
Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento
de recursos equivalentes aos da gravura de Escher
encontram-se, com frequência,
a) nos jornais, quando o repórter registra uma
ocorrência que lhe parece extremamente intrigante.
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a
mesma utilidade.
c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento
a experiência de que trata.
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor
procedimentos construtivos do discurso
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma
determinada sequência de operações.
6. (Enem-2014)
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe
apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português.
Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante
imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito
para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como
adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por
se negar nominalmente a própria existência.
(ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001) (fragmento).
Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a predominância de
uma das funções da
a) metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua
portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e
definições
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que
não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com
o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.
d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos
em prosa, por isso o emprego de “hipotrélico”.
e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso
o uso do advérbio de dúvida “talvez”.
7. No cartaz acima destacam-se as seguintes funções
de linguagem:
a) fática, por buscar com a pergunta um canal de
comunicação, e emotiva, por referir- se
emocionalmente aos publicitários.
b) poética, por haver um jogo de palavras, e
metalinguística, por voltar-se para o próprio código.
c) emotiva, por homenagear os profissionais da área,
e conativa, por tentar persuadir com a pergunta o
público-alvo.
d) metalinguística, pelo fato de a propaganda voltar-se
para o próprio código, e referencial, por relacionar
objetivamente os quesitos da propaganda
e) conativa, por direcionar uma pergunta ao receptor, e
poética, por haver escolha intencional dos vocábulos.
8. (UNITAU SP/2018)
“Você, leitora e leitor, que já não aguenta mais o pensamento
único que impera nos grandes jornais diários, nas revistas semanais de
notícias e nas emissoras de rádio e televisão, todos alinhados na defesa dos
interesses do mercado; que já não confia mais nas notícias que vê pela
internet, muitas delas fakes; que se vê obrigado a selecionar as fontes de
informação para ficar a par dos acontecimentos e evitar ser manipulado: este
editorial é para você”.
Disponível: http://diplomatique.org.br/a-solidariedade-entre-nos/. Acesso em out. 2017.
O trecho em questão apresenta, predominantemente, a função
a) metalinguística.
b) fática.
c) conativa
d) referencial.
e) expressiva.
9. Para tentar convencer o pai a comprar seu desenho, Calvin empregou uma
função de linguagem específica. Assinale a alternativa que indica a resposta
correta:
a) função metalinguística.
b) função fática.
c) função poética.
d) função emotiva.
e) função conativa

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  • 2. São formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. São classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística. Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Desse modo, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos. Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo texto.
  • 3. São os seguintes: EMISSOR: quem emite a mensagem. RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: a quem se destina a mensagem. CÓDIGO: a maneira pela qual a mensagem se organiza (pode ser a língua, oral ou escrita, gestos, código Morse, sons etc). O código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário, para que haja comunicação. CANAL DE COMUNICAÇÃO: meio físico ou virtual, que assegura a circulação da mensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz. MENSAGEM: é o objeto da comunicação, o conteúdo das informações transmitidas. REFERENTE: o contexto, a situação a que a mensagem se refere.
  • 4. Tem como objetivo principal informar, referenciar algo. Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal. Ex.: materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. (Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem). Exemplo de uma notícia “Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994”.
  • 5. Nela, o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião. Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal. Ex.: os textos poéticos, as cartas, os diários. (Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc). Exemplo de e-mail da mãe para os filhos “Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?”
  • 6. É característica das obras literárias: possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem. *Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas). Exemplo de uma história sobre a avó “Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga”.
  • 7. Tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação. É muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc. Exemplo de uma conversa telefônica — Consultório do Dr. João, bom dia! — Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível. — Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência? — Dia 8 está ótimo.
  • 8. É caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem. Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida. Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo. Exemplos: Vote em mim! Entre. Não vai se arrepender! É só até amanhã. Não perca!
  • 9. É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere- se à ela mesma. Assim, o emissor explica um código utilizando o próprio código. Um texto que trate da linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos. Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os dicionários. Exemplo: Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.
  • 10.
  • 11. 1. (UEMG-2006) Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem. a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio. b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada. c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...) d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)
  • 12. 2. (UFV-2005) Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos: I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões. II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito. III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante. IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será? V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia. Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo: a) III e V b) I e II. c) I e IV. d) III e IV. e) II e V.
  • 13. 3. (Enem-2012) Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. (CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento) Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
  • 14. 4. (Enem-2014) O telefone tocou. — Alô? Quem fala? — Como? Com quem deseja falar? — Quero falar com o sr. Samuel Cardoso. — É ele mesmo. Quem fala, por obséquio? — Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel? Faça um esforço. — Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata? (ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.) Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no texto a função a) metalinguística. b) fática. c) referencial. d) emotiva. e) conativa.
  • 15. 5. (FUVEST – 2004) Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência, a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante. b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a mesma utilidade. c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata. d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações.
  • 16. 6. (Enem-2014) Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência. (ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001) (fragmento). Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a predominância de uma das funções da a) metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa. c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”. d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de “hipotrélico”. e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez”.
  • 17. 7. No cartaz acima destacam-se as seguintes funções de linguagem: a) fática, por buscar com a pergunta um canal de comunicação, e emotiva, por referir- se emocionalmente aos publicitários. b) poética, por haver um jogo de palavras, e metalinguística, por voltar-se para o próprio código. c) emotiva, por homenagear os profissionais da área, e conativa, por tentar persuadir com a pergunta o público-alvo. d) metalinguística, pelo fato de a propaganda voltar-se para o próprio código, e referencial, por relacionar objetivamente os quesitos da propaganda e) conativa, por direcionar uma pergunta ao receptor, e poética, por haver escolha intencional dos vocábulos.
  • 18. 8. (UNITAU SP/2018) “Você, leitora e leitor, que já não aguenta mais o pensamento único que impera nos grandes jornais diários, nas revistas semanais de notícias e nas emissoras de rádio e televisão, todos alinhados na defesa dos interesses do mercado; que já não confia mais nas notícias que vê pela internet, muitas delas fakes; que se vê obrigado a selecionar as fontes de informação para ficar a par dos acontecimentos e evitar ser manipulado: este editorial é para você”. Disponível: http://diplomatique.org.br/a-solidariedade-entre-nos/. Acesso em out. 2017. O trecho em questão apresenta, predominantemente, a função a) metalinguística. b) fática. c) conativa d) referencial. e) expressiva.
  • 19. 9. Para tentar convencer o pai a comprar seu desenho, Calvin empregou uma função de linguagem específica. Assinale a alternativa que indica a resposta correta: a) função metalinguística. b) função fática. c) função poética. d) função emotiva. e) função conativa