BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor feminino
1. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
MATERNO INFANTIL
DOCENTE: ENF. WESLLEY MAIA
2. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
SISTEMA GENITAL FEMININO
O sistema genital feminino é dividido em genitália externa e interna. A genitália externa ou vulva pode ser
estudada em conjunto com o períneo, constituindo a região vulvoperineal.
GENITÁLIA EXTERNA FEMININA
A vulva inclui as seguintes estruturas:
- Monte de vênus ou monte púbico (mons veneris).
- Formações labiais: grandes e pequenos lábios.
- Espaço interlabial: vestíbulo, meato uretral, introito vaginal e hímen.
- Órgãos eréteis: clitóris e bulbovestibulares.
- Glândulas acessórias: parauretrais (ou de Skene) e vulvovaginais (ou de Bartholin).
3. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Períneo
Conjunto de partes moles (músculos e aponeuroses) que fecha inferiormente a cavidade pélvica é atravessado
pelo reto, posteriormente, pela vagina e pela uretra, anteriormente. O períneo anatômico é habitualmente dividido
em anterior (ou genital) e posterior (ou retal). Os músculos do períneo são (Figuras 1.2 e 1.3):
Figura 1.4: Aponeuroses do períneo feminino
Figura 1.2: Períneo feminino Figura 1.3: Diafragma pélvico visto de cima na mulher
4. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
GENITÁLIA INTERNA FEMININA
Um longo canal que se estende da superfície externa do corpo até a cavidade peritoneal: vagina, útero e tubas
uterinas. E um par de gônadas: ovários.
O útero retém o óvulo fecundado (ovo) possibilitando-lhe desenvolvimento e crescimento, e o expulsa, quando
maduro (parto), ou antes, disso (abortamento e parto pré-termo); é o órgão da gestação.
Figura 1.5 Inervação da genitália externa feminina
Figura 1.6 Vista anterior da genitália interna feminina
As tubas uterinas recolhem o
óvulo na superfície do ovário,
após a postura, e o conduzem
ao útero; são os ovidutos.
Os ovários produzem os
óvulos
5. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O útero é constituído por duas partes: o colo e o corpo.
O útero é composto por três camadas separadas e distintas:
(1) serosa, cobertura peritoneal externa;
(2) miométrio, camada de músculo liso;
(3) endométrio, membrana mucosa que reveste a cavidade uterina.
6. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
CICLOS SEXUAIS
Esses ciclos preparam o sistema genital para a gravidez e
dependem do sistema hipotálamohipofisário.
Em cada ciclo vários folículos (15 a 20) se desenvolvem,
porém apenas um (dito dominante), por mecanismo ainda pouco
conhecido, chega à plena maturação e, após romper-se, expulsa
o óvulo. É a ovulação.
O desenvolvimento folicular é estimulado, basicamente, pelo
FSH que, além disso, prepara o folículo para responder ao LH
(ovulação e luteinização).
7. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Ovulação
Sob o estímulo dos estrogênios agindo sobre o centro cíclico hipotalâmico há liberação significativa de LH (pico
do LH) pela adeno-hipófise, fenômeno que permanece por cerca de 24h e induz a ovulação. A postura ovular
ocorre dentro de 24h após o pico do LH, cerca de 2 semanas antes do período menstrual a se instalar, isto é, 14
dias após o 1º dia da menstruação, no ciclo usual de 28 dias. O tempo decorrido entre a ovulação e o início do
ciclo seguinte é quase sempre constante, mas a fase folicular (proliferativa) pode ter duração variável.
Os estrogênios e, sobretudo, a progesterona, estimulam a secreção das
glândulas endometriais, preparando, o endométrio para a implantação do
ovo. Fertilizado o óvulo, o corpo lúteo aumenta de tamanho e passa a
constituir o corpo lúteo gravídico, que tem a produção hormonal aumentada.
Se o óvulo não foi fecundado, o corpo lúteo começa a degenerar-se cerca
de 10 dias depois da ovulação e se transforma em cicatriz branca – o corpus
albicans.
8. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Fisiologia do ciclo menstrual | Síntese
Quando os níveis desses hormônios esteroides (estrogênios e progesterona) estão altos, ocorre feedback
negativo, levando à queda da produção hipofisária de LH e de FSH no final do ciclo e à consequente diminuição
da produção hormonal do corpo lúteo.
Após os 40 anos de idade, os ciclos sexuais ainda se sucedem
nitidamente, embora muitos deles não mais ovulatórios, e, entre 48 e 55
anos, encerram-se definitivamente a vida reprodutora da mulher, fato que
se exibe ostensivamente pela cessação da função menstrual (menopausa).
9. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Os hormônios ovarianos causam alterações cíclicas nas estruturas do aparelho genital, notadamente no
endométrio. O ciclo menstrual pode ser dividido em quatro fases:
1- Fase menstrual: o 1º dia da
menstruação é contado como o
início do ciclo. A camada
funcional do endométrio
descama-se e é expelida durante o
sangramento, que normalmente
ocorre a cada 28 dias e dura de 3
a 5 dias.
2- Fase proliferativa ou
folicular: os estrogênios
determinam a recuperação do
endométrio, o crescimento
glandular e a multiplicação das
células do estroma.
3- Fase secretória ou
progestacional: a progesterona
induz o entortilhamento das
glândulas, que passam a segregar
em abundância, e o edema do
estroma.
4- Fase isquêmica ou pré-
menstrual: se o óvulo não é
fertilizado, o corpo lúteo
degenera, os efeitos
progestacionais declinam e
surgem alterações vasculares
acentuadas que ocasionam a
isquemia da camada funcional.
11. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Fecundação
Na sequência de fenômenos que se originam das gametogêneses masculina e feminina e culminam na
fecundação, destacam-se:
Inseminação: deposição do sêmen na vagina. Os gametas masculinos assim liberados já alcançaram plena
maturidade, são espermatozoides.
Ascensão dos espermatozoides pelo aparelho genital feminino: cerca de 300 milhões de espermatozoides são
depositados no fundo de saco posterior da vagina, durante o coito, próximo ao orifício externo do útero.
• O espermatozoide atravessa a coroa radiada e
penetra na zona pelúcida, auxiliado pela ação das
enzimas liberadas no acrossoma.
• Embora diversos espermatozoides possam atravessar
a zona pelúcida, em condições normais apenas um
atinge o óvulo e o fertiliza.
13. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
O desenvolvimento inicia-se com a fecundação, quando o espermatozoide se funde com o óvulo para dar origem
ao ovo, célula que representa o surgimento do novo ser.
14. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Primeira semana:
À medida que o ovo passa pela tuba uterina, em direção ao útero, sofre rápidas divisões mitóticas –
segmentação – responsáveis pela formação de blastômeros.
As células do trofoblasto começam a invadir o epitélio do endométrio no 7º dia, quando se inicia a sua
diferenciação em duas camadas: uma interna, as células de Langhans, e outra externa, o sinciciotrofoblasto.
No fim da 1ª semana, o ovo está superficialmente implantado no endométrio.
15. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Segunda semana/Formação do disco embrionário:
No trofoblasto ocorrem rápidas transformações. As várias alterações endometriais resultantes da adaptação dos
tecidos maternos à implantação são conhecidas como reação decidual.
Quando se forma o celoma extraembrionário, proveniente de espaços criados no mesoderma extraembrionário, a
vesícula vitelina primitiva torna-se menor e origina a vesícula vitelina secundária, constituindo o restante o saco
vitelino.
16. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Terceira semana/Gastrulação: formação do disco embrionário.
É um período de rápido desenvolvimento, coincidindo com a época da primeira menstruação frustrada. A parada
do sangramento menstrual é o primeiro sinal de gravidez, embora possam ocorrer, eventualmente, perdas
hemorrágicas provenientes do local de implantação.
A formação do sangue, no embrião, somente se inicia no
2º mês, e ocorre no fígado, mais tarde no baço, na medula
óssea e nos gânglios linfáticos.
A circulação sanguínea tem início no fim da 3a semana,
sendo, por conseguinte, o sistema cardiovascular o primeiro
do organismo a alcançar estado funcional.
17. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Quarta a oitava semana/Período embrionário.
Logo ao se iniciar a 4ª semana, curvaturas longitudinais (cefálica e caudal) e laterais (direita e esquerda)
convertem o disco embrionário, achatado, em um embrião cilíndrico, em forma de “C”.
No fim da 7ª semana quase todos os principais sistemas do organismo estão formados.
A morfologia externa do embrião está bastante influenciada pela formação do cérebro, dos membros, das
orelhas, do nariz e dos olhos.
18. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Nona semana ao nascimento/Período fetal
Em torno da 9ª semana da gestação, já tendo o embrião aparência humana, inicia-se o período fetal. A
organogênese está quase completa, e o desenvolvimento fundamentalmente voltado para o crescimento e a
maturação de tecidos e órgãos formados na fase embrionária, uma vez que poucas estruturas novas surgem
durante o período fetal.
19. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
Podem-se destacar os seguintes fatos acerca do período fetal:
9ª a 12ª semana: há relativa diminuição do crescimento da cabeça em relação ao corpo. A genitália externa de
fetos dos sexos M e F ainda aparece indiferenciada até o fim da 9ª semana, e madura-se apenas na 12ª.
13ª a 16ª semana: crescimento muito rápido, especialmente do corpo.
16ª a 20ª semana: a mãe começa a perceber os movimentos fetais, na realidade originada entre 8ª e 12ª semanas.
Ao início da 20ª semana surgem lanugem e cabelos, e a pele está coberta de verniz caseoso, material constituído
pela secreção gordurosa das glândulas sebáceas, e que tem por fim proteger a delicada epiderme fetal.
Até 22ª a 24ª semanas, embora todos os órgãos estejam desenvolvidos, o feto é incapaz de existência
extrauterina, principalmente pela imaturidade do sistema respiratório.