3. Mensagem – Fernando Pessoa
O Quinto Império
Intertextualidade com Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões
Fábio Soares
12º B
Novembro de
2014
Escola Secundária de Santa Maria da Feira
4. Os Cinco Impérios em Os Lusíadas
Mensagem (O Quinto Império)
“Eternos moradores do luzente
Estelífero pólo, e claro assento,
Se do grande valor da forte gente
De Luso não perdeis o pensamento,
Deveis ter sabido claramente,
Como é dos fados grandes certo intento,
Que por ela se esqueçam os humanos
De Assírios, Persas, Gregos e Romanos.”
Canto I, est. 24 d’Os Lusíadas
5. Os Cinco Impérios em Mensagem
Mensagem (O Quinto Império)
“E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa- os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?”
O Quinto Império, em Mensagem
6. Intertextualização
Mensagem (O Quinto Império)
Por Camões:
• Camões canta um império
inteiramente material, conseguido
através de batalhas e tormentas.
• Este império é territorialmente
grande pois as suas conquistas são
assentes na expansão territorial e
na acumulação de riquezas.
• Portugal torna-se obrigatoriamente
no V Império porque o fado
(destino) assim o dita e nada o
pode mudar.
A visão do Quinto Império
Por Fernando Pessoa:
• Fernando Pessoa antevê um
Portugal muito além do material.
• Não se vê Portugal como um
Império territorial mas como um
Império espiritual, cultural e moral
capaz de dominar o resto da
Europa. Pessoa entende este
domínio como um “Imperialismo de
Poetas”.
7. Importância do mito Sebastianista
Mensagem (O Quinto Império)
D. Sebastião, o Encoberto, transferindo para nós a sua loucura de ir mais além,
conduzir-nos-á na travessia do Nevoeiro.
Portugal, que no passado edificou um império territorial, edificará no futuro
um império espiritual – o Quinto Império.
Mensagem principal:
“Movidos pelo sonho, pela loucura, pela “febre de Além”, devemos procurar a
utopia do impossível, do infinito, do longe, da distância, do absoluto.
Contemplando o horizonte e vendo o invisível, devemos procurar “uma Índia
que não há”, a “Distância/do mar ou outra, mas que seja nossa”.