1. O documento descreve as etapas do desenvolvimento embrionário humano, incluindo a fecundação, segmentação, gastrulação, organogênese e gestação.
2. Após a fecundação, o embrião passa por sucessivas divisões celulares (crescimento) e especialização das células em três folhetos germinativos durante a gastrulação.
3. Na organogênese, os folhetos se diferenciam em tecidos e órgãos, findando a formação dos sistemas no primeiro trimestre. O
2. FECUNDAÇÃO
Fecundação — União de dois gâmetas,
células haploides masculina e feminina,
com a fusão dos seus núcleos, da qual
resulta uma célula, o ovo ou zigoto, a
partir da qual se desenvolve um novo
indivíduo.
Numa ejaculação – depositados 50 a 130 milhões de espermatozóides na
vagina.
Deslocação do oócito II – por contrações da trompa de Falópio e movimentos
ciliares.
Células do colo uterino produzem muco cervical ( impedir a instalação de bactérias,
facilita a entrada doe espermatozoides e nutre-os)
3. FECUNDAÇÃO
NO INÍCIO E NO FIM DO CICLO, AS CONCENTRAÇÕES HORMONAIS ESTIMULAM O
COLO DO ÚTERO A PRODUZIR UM MUCO MAIS VISCOSO QUE BLOQUEIA OS CANAIS
GLICOPROTEICOS, CRIANDO UMA BARREIRA À MIGRAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES.
Muco mais fluido e rede de
fibras menos apertadas
5. FECUNDAÇÃO
Cerca de 300 a 500 espermatozoides atingem o oócito II;
Espermatozoides são atraídos por uma substância libertada pelas
células foliculares;
Ligação dos espermatozoides a recetores específicos.
Reação
acrossómica
Libertação/exocitose de enzimas hidrolíticas
presentes numa vesícula do espermatozóide
(acrossoma) que degradam a zona pelúcida do
oócito e permite a fusão das membranas do
espermatozóide e oócito.
6. FECUNDAÇÃO
Entrada do espermatozóide no oócito
II
FECUNDAÇÃO
conclusão da meiose
óvulo e 2º glóbulo polar
Cariogamia
Ovo ou zigoto
MANUTENÇÃO DO ENDOMÉTRIO
Se houver fecundação o embrião liberta
gonadotrofina coriónica humana (HCG)e o
corpo lúteo cresce até ao 4º mês, depois
degenera e morre.
A Placenta passa a produzir progesterona.
7. FECUNDAÇÃO
7
3º - Depois do núcleo do espermatozóide entrar no
oócito II, este completa a divisão II meiose,
formando o óvulo (n) (e 2º Glóbulo Polar que
degenera) cujo núcleo se ligará ao do
espermatozoide- FECUNDAÇÃO
⮚ D
1º -Fusão da membrana plasmática com a membrana
do acrossoma
2- Formação de canais permitindo a saída de enzimas
que degradam a zona pelúcida e se ligue à membrana
do oócito II.
3º-Libertação do conteúdo do acrossoma-Reação
acrossómica-digestão local e travessia da zona
pelúcida e absorção da cabeça do espermatozóide pelo
oócito II. Conteúdos do citoplasma do
oócito II deslocam-se para o
espaço extracelular formando
uma barreira à entrada de
outros espermatozóides-
Membrana de Fecundação
4º - em aproximadamente 12 horas a membrana nuclear do óvulo desaparece, ocorre a fusão
dos 23 cromossomas do óvulo com os 23 cromossomas do espermatozóide - CARIOGAMIA
Forma-se o ovo ou Zigoto com 46 cromossomas
8. 8
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
A fecundação de um oócito marca o início do Desenvolvimento Embrionário ou Embriogénese
Desde a formação do
ovo até à formação de
todos os órgãos.
Desenvolvimento e
maturação dos órgãos e
crescimento do indivíduo-
10. CRESCIMENTO
Dia 0
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
No período embrionário, o ovo, por numerosas divisões mitóticas (início do
crescimento), forma um embrião que se implanta no endométrio.
Durante o crescimento o embrião vai sendo conduzido, ao longo do oviduto, em
direção ao útero, ao qual chega já no estado de BLÁSTULA
12. 12
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
ou Botão
Embrionário
Trofoblasto ou Massa
Celular Externa )(periferia) : Origina os
Anexos embrionários (placenta, líquido
amniótico, cordão umbilical)
Embrioblasto ou Massa Celular Interna:
Forma o embrião.
Blastocélio - região central da blástula ( com
líquido)é implantado (liga-se ao endométrio)
através da afinidade de moléculas;
Quando o Blastocisto entra em contacto com o endométrio, inicia-se o período
de implantação do embrião na parede uterina – NIDAÇÃO +- 5 dias.
CRESCIMENTO
13. O embrião produz uma hormona HCG- Hormona gonadotrofina coriónica
Humana que impede o corpo amarelo de degenerar. Este continua a produzir as
hormonas ováricas que mantêm o endométrio com boa espessura, permitindo o
desenvolvimento da gravidez, e preparam as glândulas mamárias para a
secreção de leite.
A menstruação deixa de ocorrer, ficando o ciclo sexual interrompido.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
O embrião implanta-se nas paredes do endométrio (NIDAÇÃO) de onde vai receber
nutrientes, nesta fase. Este processo é delicado pois o embrião tem de ter atingido um
determinado desenvolvimento e as paredes do endométrio tem de estar preparado
para o receber.
CRESCIMENTO
14. Trofoblasto produz enzimas
que digerem endométrio
• Trofoblasto – delimita uma cavidade interna achatada para onde faz
saliência o botão embrionário. Participa na formação da placenta.
• Botão embrionário – massa de células que origina o corpo fetal.
CRESCIMENTO
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
15. 15
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
O blastocisto forma anexos embrionários
Os anexos embrionários são importantes no desenvolvimento do embrião
mas não fazem parte dele e irão persistir até ao nascimento e são eles o
âmnio, o córion, o saco vitelino, o alantoide e a placenta.
16. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
O saco vitelino e o alantoide não têm significado no desenvolvimento dos
mamíferos.
Âmnio – Membrana que delimita a cavidade amniótica preenchida com
líquido amniótico.
Anexos Embrionários
17. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Âmnio – membrana que delimita a cavidade amniótica. Forma um saco que
protege o embrião da dessecação, de choques mecânicos e das variações
térmicas.
Córion ou Serosa– membrana mais exterior que, com o âmnio,
rodeia o embrião e intervém na formação da placenta, formando uma
extensa superfície de trocas.
Vesicula vitelina – muito reduzida, incorpora o cordão umbilical.
Placenta – resulta da fusão do córion com o endométrio.
⮚ Responsável pelas trocas seletivas de nutrientes e produtos de
excreção entre o embrião e o corpo materno.
⮚ Deixa passar o oxigénio, nutrientes e anticorpos para o feto e deixar
passar o dióxido de carbono, excreções e produtos metabólicos para a
mãe.
O sangue materno e do feto não contactam diretamente existindo uma
barreira de células a separar e a placenta comunica com o embrião
através do cordão umbilical
19. No início da gravidez, o nível de HCG aumenta no sangue e é eliminado na
urina. Um teste de gravidez deteta a HCG numa amostra de sangue ou de
urina e confirma ou descarta a gravidez.
Durante as primeiras semanas de gravidez, a HCG é importante para manter
a função do corpo lúteo.
Quando uma gravidez ocorre fora do útero (ectópica), o nível da hCG no sangue
aumenta mais lentamente.
19
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Regulação hormonal na
Nidação e Gestação
Logo no início da gestação o embrião secreta hormonas que sinalizam a sua
presença e controlam o sistema reprodutor da mãe:
HCG- Gonadotropina Coriónica Humana
22. 22
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
GASTRULAÇÃO OU
MORFOGÉNESE
A gastrulação é uma etapa importante do desenvolvimento embrionário, pois
é nessa fase que ocorrem o crescimento e a diferenciação das células para
formação dos três folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e
endoderme). Esses folhetos são responsáveis por originar órgãos e tecidos do
embrião. Ocorre por volta do 15º Dia.
GÁSTRULA – Embrião formado por 3 folhetos germinativos
concêntricos
24. 24
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
O primeiro trimestre de gestação é onde ocorrem as modificações mais significativas:
✔ CRESCIMENTO, CLIVAGEM OU SEGMENTAÇÃO (devido a sucessivas divisões
mitóticas);
✔ MORFOGÉNESE ou GASTRULAÇÃO - Especialização estrutural e bioquímica no
sentido da formação de tecidos, órgãos e sistemas de órgãos (organização dos
tecidos que se diferenciam em estruturas específicas, consequência de divisões
mitóticas desiguais).-3ª semana de desenv. embrionário.
✔ DIFERENCIAÇÃO (especialização das células)- especialização estrutural e
bioquímica , devido a ativação e inativação de genes ,das células dos 3 folhetos
germinativos, que se originam todos os componentes do ser vivo.
Findas as 8 semanas de gestação, a grande maioria dos órgãos está esboçada e na
sua posição final.
O embrião já se aparenta com uma pessoa e passa a designar-se por FETO.
25. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
✔3º Trimestre de Gestação (30-40 semanas) – Verifica-se uma maturação dos
órgãos, com aperfeiçoamento a nível funcional. A atividade diminui visto o espaço
ficar cada vez menos.
Período Fetal
✔ Decorre a partir a 8ª
semana
✔ 2º Trimestre( 15 a 29
semanas)- Verifica-se
um rápido crescimento
do feto que atinge os 30
cm e se revela muito
ativo.
28. REGULAÇÃO HORMONAL
Lactação:
▪ A produção de leite materno é controlada por diversas substâncias,
entre as quais a prolactina, produzida pela hipófise,
▪ Durante a gestação os níveis elevados de estrogénios e progesterona
exercem uma retroação negativa sobre a secreção da prolactina,
▪ Com a expulsão da placenta os níveis de estrogénio e progesterona
diminuem permitindo a secreção e chegada da prolactina às glândulas
mamárias. Inicia-se a produção do leite,
▪ A libertação de leite pelas glândulas mamárias é controlada pela
oxitocina.
30. 30
A glândula mamária é formada pelas células
epiteliais, que realizam a produção do leite, e
por células que promovem a ejeção do leite
produzido.
Com a expulsão da placenta, verifica-se uma diminuição da
concentração de estrogénio e progesterona, o que vai libertar a
hipófise anterior do feedback negativo, permitindo que este
segregue prolactina.
A prolactina estimula a produção de leite, passados
dois ou três dias após o parto. A prolactina entra na
corrente sanguínea e vai agir nos alvéolos mamários.
Estas células já nascem programadas para produzir
leite assim que receberem um comando do organismo,
a prolactina.
O leite produzido nos alvéolos segue por uma rede de
canais -ductos lactíferos. Eles terminam em pequenos
reservatórios, os lóbulos, que ficam bem abaixo das
aréolas dos seios. Cada mama tem entre 15 e 20
lóbulos.
Dos lóbulos, o leite flui para a boca do bebé pelos
poros mamilares.
Só a sucção da criança não é suficiente para extrair
todo o leite.
A estimulação das terminações nervosas do mamilo,
através da sucção, estimula o cérebro que ativam a
hipófise posterior a libertar oxitocina.
A Oxitocina estimula as células alvo das glândulas
mamárias que contraírem e ocorre o fluxo de leite.
31. 31
❖ Durante um a quatro dias, as glândulas
mamárias elaboram um líquido, chamado
colostro
❖ O colostro é menos rico em glícidos e
lípidos e mais rico em proteínas do que o
leite e é e rico em anticorpos
(imunoglobulinas) que protegem a criança
de diversas infeções nas primeiras semanas
de vida.
❖ Após o nascimento, a secreção de
prolactina retorna, em poucas semanas, aos
níveis gravidez, ocorrendo, apenas, picos
de secreção de cada vez que a mãe
amamenta.
Leite Materno
32. ▪ Apresenta uma composição nutricional adaptada
às necessidades.
▪ Facilmente Digerido
▪ É mais seguro. Está sempre pronto e nas
melhores condições.
▪ Inclui defesas naturais que protegem contra
doenças e infeções.
▪ Melhora a formação da boca e o alinhamento
dos dentes
▪ Fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e a
criança.
▪ Contribui para o equilíbrio psicológico e para a
recuperação da forma física da mãe.
AMAMENTAÇÃO
33. 33
A Intervenção do complexo hipotálamo -hipófise no trabalho de Parto e na
amamentação.
Explica :
34. 34
➢ O elevado teor de estrogénio desencadeia a formação de recetores para a oxitocina no útero e
estimula a contração dos músculos uterinos, o que favorece a deslocação do feto para o colo uterino.
A pressão exercida pela cabeça do feto sobre o colo uterino desencadeia o envio de mensagens
nervosas até ao hipotálamo, no qual se produz a neuro-hormona oxitocina, que é libertada ao
nível da hipófise posterior.
➢ A oxitocina estimula fortes contrações do músculo uterino e estimula a produção de
prostaglandinas pela placenta, o que aumenta as contrações, que, por sua vez, estimulam a
libertação de mais oxitocina.
➢ A elevada concentração de oxitocina provoca uma intensa contração muscular que provoca a
expulsão do bebé.
➢ Por outro lado, durante o parto, o stress, físico e emocional, causado pelas contrações
estimula a libertação de mais oxitocina e prostaglandinas, num mecanismo de feedback
positivo.
Após o parto, a regulação hormonal contínua, para permitir a lactação.
★ Com a expulsão da placenta, verifica-se uma diminuição da concentração de estrogénio e progesterona,
o que vai libertar a hipófise anterior do feedback negativo, permitindo que este segregue prolactina.
★ A prolactina estimula a produção de leite, passados dois ou três dias após o parto, e a oxitocina
estimula a sua libertação. A oxitocina ajuda ainda o útero a regressar à sua forma normal.