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A PLACENTA HUMANA
Seminário de Embriologia
Curso de farmácia Unice
1º Semestre
Ana Cristina Dias Monteiro
Junho 2013
Uma aliada perfeita
 A placenta possui ainda a extraordinária capacidade de permitir a
aceitação pacífica por parte da mãe, de um hóspede com
composição genética, em 50% estranha (50% da mãe e 50% do
pai);
 É de fato notável que um ser humano completo se forme,
desenvolva e cresça, ao longo de 9 meses, sem ser identificado
como um elemento estranho e ser destruído pelo sistema
imunológico da mãe;
 Tal fato deve-se à não existência de contato direto do sangue
fetal com o materno, pelo que a placenta não só impede o
reconhecimento do feto como um «alvo a abater», como lhe
possibilita um confortável estatuto de inquilino, com cama, comida
e «pele» lavada.
A placenta é um órgão
transitório que se forma
com o embrião e cuja
localização correta e
normal funcionamento
são essenciais para um
bom desenvolvimento da
gravidez, do parto e do
pós-parto imediato.
A forma da placenta assemelha-se à
de uma panqueca com 2 a 4 cm de
espessura, de consistência
esponjosa, que se une à parede

uterina no lado materno e ao feto
pelo cordão umbilical, que dela
emerge, normalmente ao centro, no

lado fetal. No final da gestação,
atinge cerca de 500 gramas.
O termo decídua é aplicado à camada
funcional do endométrio gravídico,
para indicar que é descamada ou
desprezada no parto.
São designadas três regiões da
decídua de acordo com a sua relação
com o sítio de implantação:
• Decídua basal: Forma o
componente materno da placenta
fica na parte subjacente ao
concepto;
• Decídua capsular: A porção
superficial sobrejacente ao
concepto;
• Decídua Parietal: Toda a mucosa
restante da parede uterina.
A membrana placentária é uma
membrana composta, constituída
pelos tecidos extra fetais que
separam o sangue materno do
sangue fetal. Até cerca de 20
semanas, a membrana
placentária é constituída por
quatro camadas:

-Sinciciotrofoblasto;

-Citotrofoblasto;
-Tecido conjuntivo das
vilosidades;
-Endotélio dos capilares fetais.
A placenta é um órgão materno
fetal com dois componentes:
1.Uma porção fetal, que
se origina de parte do
saco coriônico, de onde
emerge o cordão
umbilical;
2.Uma porção materna,
que deriva do
endométrio que fica
aderida ao útero.
FUNÇÕES
 A placenta e o cordão umbilical funcionam
como um sistema de transporte das
substâncias que transitam entre mãe e
feto.
 Nutrientes e o oxigênio vão do sangue
materno para o sangue fetal, e
 Os produtos de excreção e o dióxido de
carbono do sangue fetal para o sangue
materno, através da placenta.
Proteção:
 A placenta transporta anticorpos ao feto, esses anticorpos
são responsáveis pela imunidade;
 Formando uma barreira contra certas doenças e substâncias
nocivas;
 Existem substâncias que apresentam a capacidade de
ultrapassar essa barreira: a nicotina e o alcatrão do cigarro, o

álcool, as drogas, alguns medicamentos (antibióticos, antiinflamatórios e sedativos);
 E determinados vírus e bactérias, como os causadores da

rubéola, varíola, hepatite, toxoplasmose e HIV.
Nutrição:
Nutrientes vão do sangue materno
para o sangue fetal, através das
veias maternas e veias fetais por
difusão simples e facilitada. Tal
nutrição deve-se a síntese de
glicogênio, colesterol, ácidos
graxos e vitaminas.
Excreção:
 O feto precisa eliminar substâncias como o
gás carbônico, ureia e acido úrico.

 Essas substâncias são excretadas através da
placenta, que mandará por difusão simples do
sangue fetal para a circulação materna de

onde serão eliminadas posteriormente.
Produção de Hormônios:
Os hormônios que serão produzidos
durante o período de gestação são:
Gonadotrofina Coriônica (HCG),
hormônio lacto gênio placentário,

hormônio melanotrófico,
Androsterona, progesterona e
estrogênio.
Evitando o aborto
Com a finalidade de evitar a dilatação do
colo do útero e não permitir o nascimento
prematuro ou mesmo o aborto, a placenta

produz o hormônio Gonadotrofina
Coriônica (ou HCG), o qual estimula o
corpo lúteo dos ovários a produzir a

Progesterona.
A progesterona
 Estimula a nutrição do endométrio, para que
ele mantenha a fixação da placenta;
 Por volta do quarto mês de gestação, a placenta
diminui a produção do hormônio HCG e passa

ela mesma a produzir a progesterona.
 No final da gestação, diminui a produção da
progesterona, o que ocasiona o início das

contrações uterinas para o parto.
Circulação placentária
Componente materna
• Superfície rugosa, dividida por
sulcos em 10-40, lóbulos ou
cotilédones cobertos por
decídua basal;

• Restos de vasos uterinos
alterados pela penetração
trofoblástica;

• Substância fibrinóide, restos
celulares, coágulos sanguíneos.
on
Componente fetal
Vilosidades coriais (Unidades
funcionais) :
• Terminações ramificadas dos vasos
fetais;
• Expostas ao sangue materno;
• Maioria livre no espaço
intervilositário;
• Algumas vilosidades de fixação à
decídua basal
Face fetal da placenta:
• Coberta por âmnios, membrana
transparente e brilhante,
através dos quais se vêm os vasos fetais
ramificando-se antes
de penetrarem no tecido placentário
O cordão umbilical surge como um

pedículo que une a bolsa amniótica
ao saco vitelino. Durante a terceira
semana surgem vasos sanguíneos

que nutrem e oxigenam o embrião.
Duas artérias levam o sangue fetal
para a mãe. Uma veia

retorna com sangue para o
embrião. O cordão umbilical é
recoberto por tecido

conjuntivo, chamado Geleia de
Wharton.
O cordão
umbilical tem um
cumprimento de
aproximadamente
55cm e apresenta
interiormente
duas artérias e
uma veia.
Ao nível da placenta existem dois
sistemas circulatórios:
1.Circulação uteroplacentária
E constituída das artérias uterinos espiralados, que viraram
uteroplacentários – elas trazem o sangue materno até os
espaços Inter vilosos com uma pressão elevada (70-80 mm
Hg) formando os “jatos de Borrel”.

2.Circulação feto placentária
AS ARTÉRIAS umbilicais transportam o sangue do feto a
mãe.
A VEIA umbilical traz o sangue com O2 e nutrientes da
mãe para o feto.
A circulação fetal
difere da extrauterina anatômica e
funcionalmente. Ela é
estruturada para
suprir as
necessidades de um
organismo em
crescimento rápido
num ambiente de
hipóxia relativa.
Esse jato e dirigido na direção da
placa corial, ele voltando ate os
veios da placa basal, depois que
banha o inteiro espaço Inter viloso.
A volta do sangue carregado com
CO2 e catabolitos fetais acontece
pela sistema venoso, formado de
veias achatadas, de grande lúmen,

que abrem ao nível do espaço
interviloso e do seio marginal
Os fatores que favorecem a circulação do sangue
no espaço intervilositario:



As ondas pulsáteis do cordão



As pulsações das vilosidades (sistolo-diastolicas)







A contração uterina (somente a contração uterina mais
forte para o fluxo sanguíneo)
Pressão arterial materna (a hipotensão materna causa
baixa do fluxo nas artérias uterinas também).
O decúbito – no decúbito dorsal o útero pressiona a
aorta abdominal, causando baixo fluxo nas arteríolas
uterinas e anoxia.




A diferença
arteriovenosa, tanto
de pressão quanto de
concentração de O2 –
a diferença de
oxigenação;
A diferença entre as
artérias (90 mm Hg) e
as veias uterinas (40
mm Hg)
As trocas de substancias no nível da
placenta acontecem por:
o

Difusão simples e osmose

o

Sistema de difusão favorecida pela molécula
portadora, sem consumo energético

o

Transporte ativo, que precisa de energia, agindo pelas

enzimas, fermentos, fagocitose
o

Passagem direto, pelos orifícios (porosidades)
As trocas placentárias são causados
pelos fatores físicos:
o

A superfície total de troca e muito perto daquela do
intestino delgado – chega a 14 m2

o

O cumprimento da rede capilar placentária e
enorme, chegando a 50 km

o

A membrana placentária de troca diminui da 0,025
mm ao 0,002 mm no fim da gravidez
Vilosidades coriais
São as UNIDADES FUNCIONAIS da placenta
Formadas, de dentro para fora, por:
• Estroma mesenquimatoso com vasos
• Camada de citotrofoblasto
• Camada de sincíciotrofoblasto
Os pulmões fetais estão cheios de líquido
Alta resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar;
 Baixa resistência ao fluxo sanguíneo sistêmico;

Volume do sangue que este órgão pode conter é muito pequeno;
Pulmões fetais retiram oxigênio do sangue em vez de provê-lo;
Hipóxia é o principal fator determinante da vasoconstricção

pulmonar fetal;
Por isso a resistência vascular pulmonar é alta, e o fluxo
sanguíneo pulmonar baixo.
Enquanto que na vida
extrauterina os ventrículos
trabalham em série, com o

débito cardíaco do ventrículo
direito (VD) igualando aquele
do esquerdo, no feto, através de
quatro by-passes principais - o
forâmen oval, o canal arterial, a
placenta e o ducto venoso, os
ventrículos trabalham em
paralelo.
SHUNT
REDE CAPILAR FETAL
Sangue venoso do feto é
levado à placenta por duas
artérias (ARTÉRIAS
UMBELICAIS).
No seu percurso pelo cório,
emitem ramos (ARTÉRIAS
COTILEDONÁRIAS), que

são as que penetram no
tronco viloso. Sofrem
arborização e terminam em

capilares.
Cada uma das artérias umbilicais,

dentro do tronco, são
acompanhadas por rede capilar
superficial e rede para vascular ou

"em véu", que comunicam-se com
a veia principal (ARRANJO EM
SHUNT, QUE FACILITA A

CIRCULAÇÃO VILOSA
TERMINAL)
A circulação feto placentária
Diferente da circulação fisiológica normal, devido a falta de
funcionamento dos pulmões fetais.

Existem duas comunicações importantes entre a

circulação direta e esquerda:
1. Inter atrial;
2. O sangue passa pelas duas vias principais – a veia cava inferior e
a artéria aorta, entrando no corpo do feto pela uma veia umbilical
e saindo para fazer as trocas pelas duas artérias umbilicais.
 O sangue oxigenado da placenta volta ao feto através da veia umbilical
esquerda. Ao atingir o fígado, a maior parte desse sangue é drenada por
meio do ducto venoso à veia cava inferior, indo atingir o átrio direito.
 O sangue que penetra no átrio direito pela veia cava inferior não é tão
bem oxigenado como o sangue da veia umbilical, pois a veia cava
inferior recebe também o sangue não-oxigenado proveniente dos mmiis,
do abdome e da pelve.
 No átrio direito chega o sangue trazido pela veia cava inferior, pela veia
cava superior e a coronária.
 O sangue que passa do átrio direito para o ventrículo direito sai do
coração via tronco pulmonar.
 Os pulmões fetais retiram oxigênio do sangue em vez de provê-lo.
 No átrio esquerdo o sangue vindo do átrio direito é
misturado relativamente com uma pequena quantidade de
sangue não-oxigenado, advindo dos pulmões pelas veias
pulmonares.
 Essa mistura sanguínea sai do átrio esquerdo e atinge o
ventrículo esquerdo, de onde parte pela aorta ascendente.
 O encéfalo e a musculatura cardíaca são supridos de
sangue com teor de oxigênio mais alto.
 Deste sangue que passa pela aorta ascendente, cerca de
40 a 50% passa para as artérias umbilicais e retorna à
placenta para novas trocas e o restante é distribuído às
vísceras e à parte inferior do corpo do feto
Curiosidades
Forame Oval Patente
25% da população normal de adultos, ou seja, uma
em cada quatro pessoas no mundo, persistem com o
Forame Oval Patente (FOP) após o nascimento e o
crescimento (veja: “O que é o Forame Oval
Patente?”). Sua simples existência, portanto, não
significa necessariamente que ele precisa ser fechado.
Para que se indique seu tratamento, é necessário que a
pessoa tenha algum sintoma ou problema em
decorrência da existência do Forame Oval Patente.
Eritroblastose fetal
A eritroblastose fetal, também
denominada doença de Rhesus,
doença hemolítica por
incompatibilidade Rh ou doença
hemolítica do recém-nascido,
surge quando uma mãe Rh- que
já tenha gestado um filho Rh+ (ou
que já tenha entrado em contato
com sangue Rh+, durante uma
transfusão sanguínea inadequada)
dá à luz uma criança com sangue
Rh+.
Após o primeiro parto, ou da
acidental transfusão, o
sangue da mãe entra em
contato com o sangue do
concepto e produz
anticorpos contra os
antígenos existentes nas
hemácias caracterizadas pelo
Rh+. Posteriormente a
segunda gestação, esses
anticorpos podem transpor a
placenta e causar hemólise
do sangue do segundo filho.
Patologias Placentárias
Placenta Previa:
É uma patologia onde a placenta
implanta-se no colo do útero, isto é,
no fundo do útero. Isso não é nada
bom. É caracterizada por um
sangramento vaginal indolor nas
últimas 12 semanas de gestação,
mas pode acontecer antes.
O posicionamento inadequado da
placenta provoca sangramentos,
afetando a oxigenação do bebê,
colocando-o em perigo.
Mola Hidatiforme

A mola hidatiforme é um tumor
usualmente benigno invulgar que
se desenvolve a partir de tecido
placentário em fases precoces de
uma gravidez em que o embrião
não se desenvolve normalmente. A
mola hidatiforme, que se
assemelha a um punhado de
pequenos bagos de uva, é causada
por uma degeneração das
vilosidades coriónicas (projeções
minúsculas, semelhantes a dedos,
existentes na placenta).
Desconhece-se a causa da
degeneração.
Coriocarcinoma

É um câncer trofoblástico e
agressivo, geralmente da
placenta. É caracterizado

por metástases precoces
para os pulmões por via
hematogênica.

Ele pertence ao amplo
espectro das doenças
trofoblásticas gestacionais
Deslocamento da placenta
O descolamento de placenta é
uma eventualidade grave. Pode
ocorrer em qualquer época da
gravidez acima da 20ª semana e
necessita de intervenção urgente
para salvar o concepto. Ocorre em
aproximadamente 1% das
gravidez, 6,5 para cada 1.000
partos. Existem causas
traumáticas, acidentes por
exemplo, e causas não
traumáticas. Dentre estas está a
hipertensão materna como a
principal.
Período fetal
9ª a 12ª semanas


Cabeça ocupa metade do tamanho - ocorre a aceleração
do crescimento do corpo.



Com nove semanas: Face arredondada e olhos muito
separados, orelhas com implantação baixa e pálpebras
fundidas.



Pernas curtas e coxas pequenas - Membros superiores
quase no seu tamanho final relativo, membros inferiores
um pouco menores que o tamanho final.
9ª a 12ª semanas
9ª a 12ª semanas


No início da 9 semana as genitálias ainda não estão
definidas.



Até a décima semana as alças intestinais ainda são
visíveis na extremidade do cordão umbilical - na 11ª
semana o intestino já retornou para o abdome.



O fígado é o principal local que forma os glóbulos
vermelhos do sangue - Essa atividade diminui no fígado
e inicia-se no baço.
9ª a 12ª semanas


A formação da urina
começa entre as nove e
doze semanas, é lançada no
fluído amniótico.



Centro de ossificação
primária aparecem no
esqueleto, especialmente
no crânio e ossos longos.
13ª a 16ª Semanas


O crescimento é muito rápido



Os membros inferiores se alongam



Os movimentos dos membros tornam-se coordenados na
14ª semana.



Os ossos são claramente visíveis no ultrassom



Ocorrem movimentos lentos dos olhos



O padrão do couro cabeludo é determinado nesse
período.
13ª a 16ª Semanas


Com 16 semanas os
ovários já se diferenciam
e contém folículos
primordiais com
oogônios.



A genitália externa pode
ser reconhecida com 14
semanas.



Com 16 semanas os olhos
ocupam uma posição
anterior a face.
13ª a 16ª Semanas
17ª a 20ª semana


O crescimento se torna
mais lento, mas o feto
ainda aumenta de
tamanho.



Os membros alcançam o
tamanho relativo final e a
mãe consegue perceber
os chutes do feto.



A pele é coberta por
vernix caseosa que
protege contra abrasões,
rachaduras e
endurecimento pela
exposição ao fluido
amniótico.
17ª a 20ª semana


Com 20 semanas as sobrancelhas e os cabelos são visíveis.



O lanugo ajuda a manter a vernix caseosa na pele.



Ocorre a formação da gordura parda.



Nas meninas, o útero já está formado e inicia-se a canalização da
vagina.



Nos meninos, os testículos

começam a descer, mas ainda
estão na parede abdominal.
17ª a 20ª semana
21ª a 25ª Semana


Ganho substancial de peso;



Com 21 semanas ocorrem os movimentos oculares
rápidos. 22 ou 23 – respostas de piscar;



24 semanas as células epiteliais dos septos
interalveolares do pulmão começam a secretar o
surfactante que mantém os alvéolos abertos.



Unhas dos dedos das mãos.



Um feto de 22 a 25 semanas tem chances de sobreviver,
mas pode morrer no início da infância.
Da 26ª à 29ª Semana


Os pulmões são capazes de respirar-(troca gasosa);



O SNC amadurecido;



A cabeça e a lanugem

são bem desenvolvidas;


A eritrocitopoese no ba-

ço acaba por volta da
28ª semana;
Da 30ª à 34ª Semana


O feto tem reflexo pupilar à
luz;



Desenvolve-se o tecido celular
subcutâneo;



Gordura de 7 a 8%

do peso corporal;
Da 35ª à 38ª Semana


O Sistema Nervoso está amadurecido;



Firmeza nas mãos;



Orientação espontânea para a luz;



Ganho de 14g de gordura por dia;
Nascimento
 266 dias ou 38 semanas após a fecundação, ou
280 dias ou 40 semanas após o início do UPM;
Nascimento
Fatores que causam o retardamento no
crescimento fetal


Má nutrição materna;



Fumo;



Gravidez múltipla;



Drogas usadas socialmente;



Fluxo Sanguíneo Placentário Danificado;



Fatores Genéticos e Aberrações

Cromossômicas;
Perinatologia


Ramo da medicina que se relaciona à saúde do
feto e do recém-nascimento;



Período perinatal- 26 semanas após a
fecundação até cerca 4 semanas após o
nascimento.

 Amniocentese
 Culturas

de células

 Medidas

da Fetoproteína

 Ultrassonografia

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A função e importância da placenta na gravidez

  • 2. Seminário de Embriologia Curso de farmácia Unice 1º Semestre Ana Cristina Dias Monteiro Junho 2013
  • 3. Uma aliada perfeita  A placenta possui ainda a extraordinária capacidade de permitir a aceitação pacífica por parte da mãe, de um hóspede com composição genética, em 50% estranha (50% da mãe e 50% do pai);  É de fato notável que um ser humano completo se forme, desenvolva e cresça, ao longo de 9 meses, sem ser identificado como um elemento estranho e ser destruído pelo sistema imunológico da mãe;  Tal fato deve-se à não existência de contato direto do sangue fetal com o materno, pelo que a placenta não só impede o reconhecimento do feto como um «alvo a abater», como lhe possibilita um confortável estatuto de inquilino, com cama, comida e «pele» lavada.
  • 4. A placenta é um órgão transitório que se forma com o embrião e cuja localização correta e normal funcionamento são essenciais para um bom desenvolvimento da gravidez, do parto e do pós-parto imediato.
  • 5. A forma da placenta assemelha-se à de uma panqueca com 2 a 4 cm de espessura, de consistência esponjosa, que se une à parede uterina no lado materno e ao feto pelo cordão umbilical, que dela emerge, normalmente ao centro, no lado fetal. No final da gestação, atinge cerca de 500 gramas.
  • 6. O termo decídua é aplicado à camada funcional do endométrio gravídico, para indicar que é descamada ou desprezada no parto. São designadas três regiões da decídua de acordo com a sua relação com o sítio de implantação: • Decídua basal: Forma o componente materno da placenta fica na parte subjacente ao concepto; • Decídua capsular: A porção superficial sobrejacente ao concepto; • Decídua Parietal: Toda a mucosa restante da parede uterina.
  • 7. A membrana placentária é uma membrana composta, constituída pelos tecidos extra fetais que separam o sangue materno do sangue fetal. Até cerca de 20 semanas, a membrana placentária é constituída por quatro camadas: -Sinciciotrofoblasto; -Citotrofoblasto; -Tecido conjuntivo das vilosidades; -Endotélio dos capilares fetais.
  • 8. A placenta é um órgão materno fetal com dois componentes: 1.Uma porção fetal, que se origina de parte do saco coriônico, de onde emerge o cordão umbilical; 2.Uma porção materna, que deriva do endométrio que fica aderida ao útero.
  • 9. FUNÇÕES  A placenta e o cordão umbilical funcionam como um sistema de transporte das substâncias que transitam entre mãe e feto.  Nutrientes e o oxigênio vão do sangue materno para o sangue fetal, e  Os produtos de excreção e o dióxido de carbono do sangue fetal para o sangue materno, através da placenta.
  • 10. Proteção:  A placenta transporta anticorpos ao feto, esses anticorpos são responsáveis pela imunidade;  Formando uma barreira contra certas doenças e substâncias nocivas;  Existem substâncias que apresentam a capacidade de ultrapassar essa barreira: a nicotina e o alcatrão do cigarro, o álcool, as drogas, alguns medicamentos (antibióticos, antiinflamatórios e sedativos);  E determinados vírus e bactérias, como os causadores da rubéola, varíola, hepatite, toxoplasmose e HIV.
  • 11. Nutrição: Nutrientes vão do sangue materno para o sangue fetal, através das veias maternas e veias fetais por difusão simples e facilitada. Tal nutrição deve-se a síntese de glicogênio, colesterol, ácidos graxos e vitaminas.
  • 12. Excreção:  O feto precisa eliminar substâncias como o gás carbônico, ureia e acido úrico.  Essas substâncias são excretadas através da placenta, que mandará por difusão simples do sangue fetal para a circulação materna de onde serão eliminadas posteriormente.
  • 13. Produção de Hormônios: Os hormônios que serão produzidos durante o período de gestação são: Gonadotrofina Coriônica (HCG), hormônio lacto gênio placentário, hormônio melanotrófico, Androsterona, progesterona e estrogênio.
  • 14. Evitando o aborto Com a finalidade de evitar a dilatação do colo do útero e não permitir o nascimento prematuro ou mesmo o aborto, a placenta produz o hormônio Gonadotrofina Coriônica (ou HCG), o qual estimula o corpo lúteo dos ovários a produzir a Progesterona.
  • 15. A progesterona  Estimula a nutrição do endométrio, para que ele mantenha a fixação da placenta;  Por volta do quarto mês de gestação, a placenta diminui a produção do hormônio HCG e passa ela mesma a produzir a progesterona.  No final da gestação, diminui a produção da progesterona, o que ocasiona o início das contrações uterinas para o parto.
  • 17.
  • 18. Componente materna • Superfície rugosa, dividida por sulcos em 10-40, lóbulos ou cotilédones cobertos por decídua basal; • Restos de vasos uterinos alterados pela penetração trofoblástica; • Substância fibrinóide, restos celulares, coágulos sanguíneos. on
  • 19. Componente fetal Vilosidades coriais (Unidades funcionais) : • Terminações ramificadas dos vasos fetais; • Expostas ao sangue materno; • Maioria livre no espaço intervilositário; • Algumas vilosidades de fixação à decídua basal Face fetal da placenta: • Coberta por âmnios, membrana transparente e brilhante, através dos quais se vêm os vasos fetais ramificando-se antes de penetrarem no tecido placentário
  • 20.
  • 21. O cordão umbilical surge como um pedículo que une a bolsa amniótica ao saco vitelino. Durante a terceira semana surgem vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam o embrião. Duas artérias levam o sangue fetal para a mãe. Uma veia retorna com sangue para o embrião. O cordão umbilical é recoberto por tecido conjuntivo, chamado Geleia de Wharton.
  • 22. O cordão umbilical tem um cumprimento de aproximadamente 55cm e apresenta interiormente duas artérias e uma veia.
  • 23. Ao nível da placenta existem dois sistemas circulatórios: 1.Circulação uteroplacentária E constituída das artérias uterinos espiralados, que viraram uteroplacentários – elas trazem o sangue materno até os espaços Inter vilosos com uma pressão elevada (70-80 mm Hg) formando os “jatos de Borrel”. 2.Circulação feto placentária AS ARTÉRIAS umbilicais transportam o sangue do feto a mãe. A VEIA umbilical traz o sangue com O2 e nutrientes da mãe para o feto.
  • 24.
  • 25. A circulação fetal difere da extrauterina anatômica e funcionalmente. Ela é estruturada para suprir as necessidades de um organismo em crescimento rápido num ambiente de hipóxia relativa.
  • 26.
  • 27. Esse jato e dirigido na direção da placa corial, ele voltando ate os veios da placa basal, depois que banha o inteiro espaço Inter viloso. A volta do sangue carregado com CO2 e catabolitos fetais acontece pela sistema venoso, formado de veias achatadas, de grande lúmen, que abrem ao nível do espaço interviloso e do seio marginal
  • 28. Os fatores que favorecem a circulação do sangue no espaço intervilositario:  As ondas pulsáteis do cordão  As pulsações das vilosidades (sistolo-diastolicas)    A contração uterina (somente a contração uterina mais forte para o fluxo sanguíneo) Pressão arterial materna (a hipotensão materna causa baixa do fluxo nas artérias uterinas também). O decúbito – no decúbito dorsal o útero pressiona a aorta abdominal, causando baixo fluxo nas arteríolas uterinas e anoxia.
  • 29.   A diferença arteriovenosa, tanto de pressão quanto de concentração de O2 – a diferença de oxigenação; A diferença entre as artérias (90 mm Hg) e as veias uterinas (40 mm Hg)
  • 30. As trocas de substancias no nível da placenta acontecem por: o Difusão simples e osmose o Sistema de difusão favorecida pela molécula portadora, sem consumo energético o Transporte ativo, que precisa de energia, agindo pelas enzimas, fermentos, fagocitose o Passagem direto, pelos orifícios (porosidades)
  • 31. As trocas placentárias são causados pelos fatores físicos: o A superfície total de troca e muito perto daquela do intestino delgado – chega a 14 m2 o O cumprimento da rede capilar placentária e enorme, chegando a 50 km o A membrana placentária de troca diminui da 0,025 mm ao 0,002 mm no fim da gravidez
  • 32. Vilosidades coriais São as UNIDADES FUNCIONAIS da placenta Formadas, de dentro para fora, por: • Estroma mesenquimatoso com vasos • Camada de citotrofoblasto • Camada de sincíciotrofoblasto
  • 33. Os pulmões fetais estão cheios de líquido Alta resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar;  Baixa resistência ao fluxo sanguíneo sistêmico; Volume do sangue que este órgão pode conter é muito pequeno; Pulmões fetais retiram oxigênio do sangue em vez de provê-lo; Hipóxia é o principal fator determinante da vasoconstricção pulmonar fetal; Por isso a resistência vascular pulmonar é alta, e o fluxo sanguíneo pulmonar baixo.
  • 34. Enquanto que na vida extrauterina os ventrículos trabalham em série, com o débito cardíaco do ventrículo direito (VD) igualando aquele do esquerdo, no feto, através de quatro by-passes principais - o forâmen oval, o canal arterial, a placenta e o ducto venoso, os ventrículos trabalham em paralelo.
  • 35. SHUNT
  • 36.
  • 37. REDE CAPILAR FETAL Sangue venoso do feto é levado à placenta por duas artérias (ARTÉRIAS UMBELICAIS). No seu percurso pelo cório, emitem ramos (ARTÉRIAS COTILEDONÁRIAS), que são as que penetram no tronco viloso. Sofrem arborização e terminam em capilares.
  • 38. Cada uma das artérias umbilicais, dentro do tronco, são acompanhadas por rede capilar superficial e rede para vascular ou "em véu", que comunicam-se com a veia principal (ARRANJO EM SHUNT, QUE FACILITA A CIRCULAÇÃO VILOSA TERMINAL)
  • 39.
  • 40.
  • 41. A circulação feto placentária Diferente da circulação fisiológica normal, devido a falta de funcionamento dos pulmões fetais. Existem duas comunicações importantes entre a circulação direta e esquerda: 1. Inter atrial; 2. O sangue passa pelas duas vias principais – a veia cava inferior e a artéria aorta, entrando no corpo do feto pela uma veia umbilical e saindo para fazer as trocas pelas duas artérias umbilicais.
  • 42.
  • 43.  O sangue oxigenado da placenta volta ao feto através da veia umbilical esquerda. Ao atingir o fígado, a maior parte desse sangue é drenada por meio do ducto venoso à veia cava inferior, indo atingir o átrio direito.  O sangue que penetra no átrio direito pela veia cava inferior não é tão bem oxigenado como o sangue da veia umbilical, pois a veia cava inferior recebe também o sangue não-oxigenado proveniente dos mmiis, do abdome e da pelve.  No átrio direito chega o sangue trazido pela veia cava inferior, pela veia cava superior e a coronária.  O sangue que passa do átrio direito para o ventrículo direito sai do coração via tronco pulmonar.  Os pulmões fetais retiram oxigênio do sangue em vez de provê-lo.
  • 44.  No átrio esquerdo o sangue vindo do átrio direito é misturado relativamente com uma pequena quantidade de sangue não-oxigenado, advindo dos pulmões pelas veias pulmonares.  Essa mistura sanguínea sai do átrio esquerdo e atinge o ventrículo esquerdo, de onde parte pela aorta ascendente.  O encéfalo e a musculatura cardíaca são supridos de sangue com teor de oxigênio mais alto.  Deste sangue que passa pela aorta ascendente, cerca de 40 a 50% passa para as artérias umbilicais e retorna à placenta para novas trocas e o restante é distribuído às vísceras e à parte inferior do corpo do feto
  • 45. Curiosidades Forame Oval Patente 25% da população normal de adultos, ou seja, uma em cada quatro pessoas no mundo, persistem com o Forame Oval Patente (FOP) após o nascimento e o crescimento (veja: “O que é o Forame Oval Patente?”). Sua simples existência, portanto, não significa necessariamente que ele precisa ser fechado. Para que se indique seu tratamento, é necessário que a pessoa tenha algum sintoma ou problema em decorrência da existência do Forame Oval Patente.
  • 46.
  • 47.
  • 48. Eritroblastose fetal A eritroblastose fetal, também denominada doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido, surge quando uma mãe Rh- que já tenha gestado um filho Rh+ (ou que já tenha entrado em contato com sangue Rh+, durante uma transfusão sanguínea inadequada) dá à luz uma criança com sangue Rh+.
  • 49. Após o primeiro parto, ou da acidental transfusão, o sangue da mãe entra em contato com o sangue do concepto e produz anticorpos contra os antígenos existentes nas hemácias caracterizadas pelo Rh+. Posteriormente a segunda gestação, esses anticorpos podem transpor a placenta e causar hemólise do sangue do segundo filho.
  • 50. Patologias Placentárias Placenta Previa: É uma patologia onde a placenta implanta-se no colo do útero, isto é, no fundo do útero. Isso não é nada bom. É caracterizada por um sangramento vaginal indolor nas últimas 12 semanas de gestação, mas pode acontecer antes. O posicionamento inadequado da placenta provoca sangramentos, afetando a oxigenação do bebê, colocando-o em perigo.
  • 51. Mola Hidatiforme A mola hidatiforme é um tumor usualmente benigno invulgar que se desenvolve a partir de tecido placentário em fases precoces de uma gravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente. A mola hidatiforme, que se assemelha a um punhado de pequenos bagos de uva, é causada por uma degeneração das vilosidades coriónicas (projeções minúsculas, semelhantes a dedos, existentes na placenta). Desconhece-se a causa da degeneração.
  • 52. Coriocarcinoma É um câncer trofoblástico e agressivo, geralmente da placenta. É caracterizado por metástases precoces para os pulmões por via hematogênica. Ele pertence ao amplo espectro das doenças trofoblásticas gestacionais
  • 53. Deslocamento da placenta O descolamento de placenta é uma eventualidade grave. Pode ocorrer em qualquer época da gravidez acima da 20ª semana e necessita de intervenção urgente para salvar o concepto. Ocorre em aproximadamente 1% das gravidez, 6,5 para cada 1.000 partos. Existem causas traumáticas, acidentes por exemplo, e causas não traumáticas. Dentre estas está a hipertensão materna como a principal.
  • 54.
  • 56. 9ª a 12ª semanas  Cabeça ocupa metade do tamanho - ocorre a aceleração do crescimento do corpo.  Com nove semanas: Face arredondada e olhos muito separados, orelhas com implantação baixa e pálpebras fundidas.  Pernas curtas e coxas pequenas - Membros superiores quase no seu tamanho final relativo, membros inferiores um pouco menores que o tamanho final.
  • 57. 9ª a 12ª semanas
  • 58. 9ª a 12ª semanas  No início da 9 semana as genitálias ainda não estão definidas.  Até a décima semana as alças intestinais ainda são visíveis na extremidade do cordão umbilical - na 11ª semana o intestino já retornou para o abdome.  O fígado é o principal local que forma os glóbulos vermelhos do sangue - Essa atividade diminui no fígado e inicia-se no baço.
  • 59. 9ª a 12ª semanas  A formação da urina começa entre as nove e doze semanas, é lançada no fluído amniótico.  Centro de ossificação primária aparecem no esqueleto, especialmente no crânio e ossos longos.
  • 60. 13ª a 16ª Semanas  O crescimento é muito rápido  Os membros inferiores se alongam  Os movimentos dos membros tornam-se coordenados na 14ª semana.  Os ossos são claramente visíveis no ultrassom  Ocorrem movimentos lentos dos olhos  O padrão do couro cabeludo é determinado nesse período.
  • 61. 13ª a 16ª Semanas  Com 16 semanas os ovários já se diferenciam e contém folículos primordiais com oogônios.  A genitália externa pode ser reconhecida com 14 semanas.  Com 16 semanas os olhos ocupam uma posição anterior a face.
  • 62. 13ª a 16ª Semanas
  • 63. 17ª a 20ª semana  O crescimento se torna mais lento, mas o feto ainda aumenta de tamanho.  Os membros alcançam o tamanho relativo final e a mãe consegue perceber os chutes do feto.  A pele é coberta por vernix caseosa que protege contra abrasões, rachaduras e endurecimento pela exposição ao fluido amniótico.
  • 64. 17ª a 20ª semana  Com 20 semanas as sobrancelhas e os cabelos são visíveis.  O lanugo ajuda a manter a vernix caseosa na pele.  Ocorre a formação da gordura parda.  Nas meninas, o útero já está formado e inicia-se a canalização da vagina.  Nos meninos, os testículos começam a descer, mas ainda estão na parede abdominal.
  • 65. 17ª a 20ª semana
  • 66. 21ª a 25ª Semana  Ganho substancial de peso;  Com 21 semanas ocorrem os movimentos oculares rápidos. 22 ou 23 – respostas de piscar;  24 semanas as células epiteliais dos septos interalveolares do pulmão começam a secretar o surfactante que mantém os alvéolos abertos.  Unhas dos dedos das mãos.  Um feto de 22 a 25 semanas tem chances de sobreviver, mas pode morrer no início da infância.
  • 67.
  • 68. Da 26ª à 29ª Semana  Os pulmões são capazes de respirar-(troca gasosa);  O SNC amadurecido;  A cabeça e a lanugem são bem desenvolvidas;  A eritrocitopoese no ba- ço acaba por volta da 28ª semana;
  • 69. Da 30ª à 34ª Semana  O feto tem reflexo pupilar à luz;  Desenvolve-se o tecido celular subcutâneo;  Gordura de 7 a 8% do peso corporal;
  • 70. Da 35ª à 38ª Semana  O Sistema Nervoso está amadurecido;  Firmeza nas mãos;  Orientação espontânea para a luz;  Ganho de 14g de gordura por dia;
  • 71. Nascimento  266 dias ou 38 semanas após a fecundação, ou 280 dias ou 40 semanas após o início do UPM;
  • 73. Fatores que causam o retardamento no crescimento fetal  Má nutrição materna;  Fumo;  Gravidez múltipla;  Drogas usadas socialmente;  Fluxo Sanguíneo Placentário Danificado;  Fatores Genéticos e Aberrações Cromossômicas;
  • 74. Perinatologia  Ramo da medicina que se relaciona à saúde do feto e do recém-nascimento;  Período perinatal- 26 semanas após a fecundação até cerca 4 semanas após o nascimento.  Amniocentese  Culturas de células  Medidas da Fetoproteína  Ultrassonografia