Doação de Órgãos Fígado Ética e Deontologia para Fisioterapia
1.
2. Alessandra Frassato
Bárbara Beatriz de Moraes
Dirce Benito Borburema
Mayara R. Monteiro
Talita Caroline de Andrade
Tiago Trindade Ribeiro
5º Semestre – Fisioterapia
Ética e Deontologia
3. Transplante de Fígado O Fígado é uma glândula constituída por milhões de células – os hepatócitos, localizada no lado direito do abdômen, que produz substâncias essenciais para o equilíbrio do organismo. Embora tenha uma capacidade extraordinária de recuperação, certas doenças provocam insuficiência hepática aguda ou crônica grave que podem levar ao óbito. Nesses casos, o único recurso terapêutico é a substituição do fígado doente por um fígado sadio retirado de um doador compatível com morte cerebral ou de um doador vivo que aceite doar parte de seu órgão para ser transplantado.
4. Transplante de Fígado O transplante hepático leva em média de 5 a 8 horas. O fígado do doador é colocado na cavidade abdominal e os vasos sanguíneos (veias supra- hepáticas, veia porta e artéria hepática) são suturados às respectivas estruturas do receptor. Após a cirurgia, os pacientes passam um a dois dias em uma unidade de terapia intensiva. O tempo de internação hospitalar médio pós- transplante varia de uma semana a 14 dias.
6. Primeiro Transplante de Fígado no Mundo
A primeira tentativa de transplante de fígado em humanos foi realizada nos Estados Unidos, em Denver, Colorado, por Thomas Starzl, em 1963. Este autor tentou o transplante em uma criança de três anos de idade, portadora de atresia de vias biliares. A criança foi operada e, durante a cirurgia, apresentou alterações da coagulação sanguínea e acabou falecendo no intra-operatório por sangramento. A segunda tentativa foi feita pelo mesmo autor, no mesmo ano, poucos meses depois, em um homem. Este paciente faleceu cerca de 20 dias após, em decorrência de tromboembolismo pulmonar. O mesmo aconteceu com a terceira tentativa, no oitavo dia de pós-operatório, ainda em 1963, também por Starzl.
7. Primeiro Transplante de Fígado no Brasil Na América Latina, o primeiro transplante de fígado foi realizado com sucesso no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo pela equipe do Dr. Marcel Cerqueira César Machado, em 1968. Desde então, a técnica vem sendo desenvolvida e o número de transplantados aumenta a cada ano. Segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), a taxa de sobrevida nesses casos, que era de 30% nos anos 1970, passou a 90% no final da década de 1980.
8. Primeiro Transplante de Fígado no Paraná
O primeiro transplante de fígado do Paraná foi realizado no Hospital de Clínicas, Curitiba em setembro de 1991.
9. Modalidades de Doação de Fígado Com a nova técnica, duas pessoas podem doar parte do fígado, nesse caso basta que haja compatibilidade sanguínea com o doador :
10. Transplante de Fígado Intervivos O transplante de fígado intervivos foi realizado pela primeira vez pela Equipe Unidade de Fígado, no Hospital das Clínicas, em 1987. O doador vivo deve ter boas condições de saúde determinadas por avaliação médica. No transplante de fígado intervivos, existem critérios importantes na avaliação do doador, como grupo sanguíneo idêntico, exames de sangue normais, idade e peso compatíveis com a operação.
11. Tempo de Durabilidade do Órgão a ser Doado
Fígado Tempo Máximo para a retirado do Órgão é antes da parada cardíaca. Tempo máximo de preservação extracorpórea é de 12 a 24 horas.
12. Quem pode ser Doador? Todas as pessoas com idade entre 2 e 70 anos podem ser candidatas à doação de órgãos. A doação em si depende de uma série de fatores como as condições de saúde do doador. Cada órgão segue critérios específicos para doação. Alguns tipos de câncer e doenças infecto-contagiosas como HIV e hepatite tipo B e tipo C, por exemplo, impedem a doação A avaliação é feita através de exames médicos que consideram a história de saúde de vida inteira do possível doador.
13. Quem pode ser Receptor? O transplante de fígado é potencialmente aplicável para qualquer condição crônica ou aguda que resulte em disfunção hepática irreversível – uma vez que o paciente receptor não seja portador de outras condições que possam inviabilizar um transplante bem sucedido. Só as Centrais de Transplantes podem definir quem vai receber cada órgão doado, respeitando os critérios de compatibilidade entre doador e receptor e gravidade do estado de saúde do receptor.
14. Doenças que levam ao Transplante de Fígado em Adultos
Em adultos as doenças que comumente levam ao Transplante de Fígado são: Cirrose hepática; Câncer de fígado; Doenças biliares ou colestáticas; Doenças metabólicas; Insuficiência hepática
aguda (Hepatite Fulminante);
15. Doenças que levam ao Transplante de Fígado em Crianças
Em crianças as principais indicações ao Transplante de Fígado são: Doenças biliares ou colestáticas; Doenças metabólicas; Tumores malignos; Cirrose causada pelos vírus das hepatites C e B ou de causa desconhecida; Insuficiência hepática aguda (hepatite fulminante);
16. Sintomas de Doença Hepática O paciente com doença hepática pode apresentar uma maior facilidade em desenvolver equimoses (manchas roxas na pele) e sangramentos após traumas de pequena intensidade. Isto ocorre porque o fígado é responsável pela produção de proteínas que participam do sistema de coagulação do sangue. Pacientes com doença hepática podem ter deficiência da coagulação, apresentando sangramentos com maior facilidade.
18. Centros de Transplante de Fígado no Paraná
CAMPINA GRANDE DO SUL
Hospital Mat. Angelina Caron
Médico responsável:JOÃO EDUARDO NICOLUZZI
CURITIBA
Hospital São Vicente de Curitiba
Médico responsável:MARCIAL CARLOS RIBEIRO
Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
Médico responsável:JOÃO EDUARDO NICOLUZZI
Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná
Médico responsável:JULIO CEZAR UILI COELHO
Hospital Pequeno Príncipe
Médico responsável:JULIO CESAR WIEDERKEHR
19. Centrais de Captação do Órgão
Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos Regional Londrina
Rua Piauí, 75 – 3º piso – Londrina - PR
Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes da Região Norte do Paraná Irmandade da Santa Casa de Londrina Hospital da Providencia de Apucarana Hospital Evangélico de Londrina Hospital Regional João de Freitas de Arapongas Hospital São Francisco de Cambé Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná Santa Casa de Misericórdia de Cambé
20. Ética em Transplantes
Capítulo VI
DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS
É vedado ao médico: Art. 43. Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante. Art. 44. Deixar de esclarecer o doador, o receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes de órgãos. Art. 45. Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei. Art. 46. Participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos.
21. Sucesso no Transplante de Fígado Há doze anos Iracilda Rocha retirou um terço do fígado para doar à primeira filha, que tinha então oito meses. Ana Júlia nasceu com uma má-formação no fígado, aos três meses foi levada para São Paulo para fazer uma cirurgia, mas ela acabou não reagindo. A cirurgia de transplante durou cerca de 12 horas e por 40 dias Iracilda não pôde pegar a filha no colo. Após o transplante, Iracilda conta que a filha voltou ao hospital diversas vezes para lidar com as consequências da cirurgia e dos remédios.
22. Sucesso no Transplante de Fígado Ana Júlia já passou por várias fases, mas ela está ótima. “Ela tem a barriga toda cortadinha, mas é super bem resolvida”, diz a mãe. Iracilda afirma que o transplante foi o renascimento da filha. “Minha única vontade era vê-la viva. Quando você faz uma cirurgia dessas, você assina um termo de responsabilidade. Eu tinha 28 anos, meu tio não queria deixar. Mas eu disse: ‘se fosse a sua filha, você não faria? Porque eu vou fazer.’ E digo isso até hoje: pode doar. Com o doador, não acontece nada. Por outro lado, tem ali uma pessoa que depende disso para continuar.”
23. Fisioterapia no Pós-operatório de Transplante de Fígado O transplante hepático acarreta limitação da mecânica ventilatória, necessitando de intervenção fisioterapêutica no pós-operatório, todos pacientes necessitaram de fisioterapia respiratória no pós-operatório. Com o objetivo de expansão pulmonar e 50% com necessidade de realizar higiene brônquica, além disso, a deambulação precoce com ou sem auxiliares para marcha é uma realidade e previne complicações secundárias ao procedimento cirúrgico e tempo de internação.
30. Conclusão Podemos analisar o quanto é importante e difícil conseguir um transplante. Muitas vezes as pessoas morrem na fila a espera de um fígado. Contudo temos que lembrar o quanto um transplante é importante, isto é um ato de solidariedade para com o próximo, mas devemos sempre respeitar a religião e crenças de cada pessoa. Incentive a doação de órgãos!