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INTRODUÇÃO
A Doença Renal Crônica (DRC) é definida por diagnóstico sindrômico com perda
progressiva e irreversível da filtração glomerular e/ou lesões no parênquima renal em
período de três ou mais meses, o manejo desta patologia se baseia em terapia
farmacológica, nutrição equilibrada, diálise e, quando possível, o transplante renal. A
escolha da terapia de substituição renal depende da doença de base, estágio, velocidade
de progressão e comorbidades, É indicado para doentes renais crônicos em estágio
cinco, mas em algumas situações o transplante preemptivo pode ser considerado,
significa a realização do procedimento antes do início da terapia dialítica. Pode ser feito a
partir de um órgão sadio proveniente de um doador vivo ou falecido, Pela complexidade
do procedimento cirúrgico de médio porte, em que ocorre ablação de um órgão de uma
pessoa e implantação em outra, o paciente pós-transplante renal necessita de suporte
emocional e psicoterápico para adaptação e preparo para reestruturação da vida sócio
familiar e sócio laborativa, demandas sociais para adaptação ao novo cotidiano após alta
hospitalar e econômicas para arcar com as novas despesas inerentes ao tratamento. No
momento pós-operatório o paciente também precisa de uma assistência à saúde direta e
contínua com monitorização dos parâmetros das funções hepática, renal, hematológica,
bioquímica do sangue, o rastreamento de sinais flogísticos, o uso contínuo de
medicamentos e os ajustes da prescrição imunossupressora.
O que é o transplante renal?
O transplante renal é uma cirurgia na qual um rim saudável (do doador vivo ou falecido) é
implantado no corpo do paciente na fase avançada de doença renal (o receptor).
Quando é necessário o transplante renal?
Quando o paciente está na fase avançada de doença renal.
Quando o transplante não é necessário em caso de deficiência renal?
O transplante não é necessário em casos de deficiência renal aguda (temporária) e em
caso de falência de um dos rins, estando o outro funcionando normalmente.
Quais as vantagens do transplante renal?
- Os maiores benefícios de o transplante renal são:
• Recuperação completa e melhor qualidade de vida. O paciente leva uma vida quase
normal, tem um padrão de vida ativo com mais energia, força física e produtividade.
• O paciente fica livre da diálise, livre da dor, do tempo que fica em diálise e das
complicações dela decorrentes.
• Prolonga a vida. Pacientes submetidos ao transplante bem sucedido vivem mais tempo
do que os que dependem de diálise.
• Menos restrições de dieta e consumo de líquidos.
• Menos complicações com transplante. O risco é maior em terapia de diálise.
• O custo vale o investimento. O custo inicial é alto, mas nos dois ou três anos seguintes,
o custo da terapia se reduz, pois, em geral, é menor que a manutenção do tratamento de
diálise , este sim alto.
• Melhoria na vida sexual em homens e maior possibilidade de engravidar em mulheres.
Quais as desvantagens do transplante renal?
O transplante renal oferece muitas vantagens e poucas desvantagens, que são:
• Risco de cirurgia de grande porte. O transplante renal implica cirurgia sob anestesia
geral, com riscos potenciais durante e após a cirurgia.
• Risco de rejeição. Não existe cem por cento de garantia que o corpo vai aceitar o rim
transplantado. Porém, com a disponibilidade de novas e melhores drogas
imunossupressoras, as rejeições são menos frequentes do que no passado.
• Medicação regular. É necessário tomar remédios de forma regular e meticulosa,
diariamente, enquanto o rim está funcionando. A descontinuação, a não ingestão de
doses ou o não consumo da dose integral de imunossupressores pode resultar em
falência do rim devido à rejeição.
• Alto risco de infecção, efeitos colaterais das drogas e malignidade.
• Stress: Espera do doador antes do transplante, insucesso do transplante (o rim
transplantado pode não funcionar) e receio de que o rim transplatado perca sua função
resulta em muito stress.
• Custo inicial muito alto.
Informações Antes do Transplante:
• Informação antes do transplante
• Cirurgia
• Cuidados após o transplante
• O transplante renal de doador falecido (cadáver).
O primeiro transplante renal a alcançar sucesso a longo prazo foi realizado em
Boston, Estados Unidos, no ano de 1954, entre irmãos gêmeos idênticos. Este caso
mostrou que os pacientes com insuficiência renal avançada possuem um potencial de
recuperação, contudo o transplante somente seria possível em casos altamente seletos e
com o uso de órgãos oriundos de doadores vivos.
Cuidados da Enfermagem
O enfermeiro pode oferecer uma assistência integral fundamentada no processo de
enfermagem através do conhecimento técnico-científico para a tomada de decisão, que
constitui instrumento e ferramenta norteadora da sistematização da assistência de
enfermagem (SAE) e segue uma teoria de enfermagem, pois desse modo confere mais
segurança e qualidade na atuação, além de contribuir para a redução do risco de rejeição
e para atingir os objetivos terapêuticos. Este profissional necessita de conhecimento
especializado para reduzir, prevenir e antecipar as intercorrências e complicações, além
de intervir de imediato para intensificar as chances de sucesso do enxerto em longo
prazo, bem como fornecer atenção de qualidade durante todo o processo de internação.
O enfermeiro está em contato direto com o paciente e, por isso, pode contribuir
significativamente para a manutenção da saúde e sucesso do transplante. Para isso é
fundamental ampliar os conhecimentos para atuar em todo o processo, desde o
diagnóstico de morte encefálica do doador, cuidados e viabilidade de seus órgãos na
captação, correta abordagem familiar, bem como prover a assistência de alto nível tanto
aos candidatos e receptores, quanto aos cuidadores e familiares, de modo a permitir a
continuidade da assistência até o trans e pós-trasplante.
O desenvolvimento da comunicação terapêutica como estratégia educativa entre
equipe e paciente tem sido reconhecida como ferramenta para proporcionar o cuidado
integral. É fundamental que o enfermeiro, junto ao paciente, família e equipe
multidisciplinar, precisa estar sempre alerta aos fatores de risco e relacionados no
contexto dos processos infecciosos para planejar e implementar intervenções
direcionadas avaliando sempre a evolução de cada caso.
Em nível hospitalar, o enfermeiro e sua equipe acolhem e acompanham os pacientes
da admissão à alta da unidade, cabendo aqui ressaltar a necessidade de cuidados
especiais dentro de uma visão holística. Para tanto, o enfermeiro deve implementar a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e adotar Procedimentos
Operacionais Padrão (POP’s), visando não apenas a uniformizar as ações dos
profissionais, mas também contribuir para a qualidade assistencial e a segurança do
paciente. Além do cuidado direto ao paciente transplantado, o enfermeiro deve, ainda,
desempenhar atividades gerenciais, como a previsão de recursos humanos e materiais.
Assim, conclui-se que, além de conhecimento científico e habilidades técnicas, o
enfermeiro e sua equipe precisam estar aptos a lidar com os sentimentos dos pacientes
transplantados e de seus familiares, estabelecendo e fortalecendo vínculos de confiança
por meio da comunicação terapêutica, o que trará respaldo e reconhecimento ao trabalho
do enfermeiro em transplante renal.

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Cuidados de Enfermagem no Transplante Renal

  • 1.
  • 2. INTRODUÇÃO A Doença Renal Crônica (DRC) é definida por diagnóstico sindrômico com perda progressiva e irreversível da filtração glomerular e/ou lesões no parênquima renal em período de três ou mais meses, o manejo desta patologia se baseia em terapia farmacológica, nutrição equilibrada, diálise e, quando possível, o transplante renal. A escolha da terapia de substituição renal depende da doença de base, estágio, velocidade de progressão e comorbidades, É indicado para doentes renais crônicos em estágio cinco, mas em algumas situações o transplante preemptivo pode ser considerado, significa a realização do procedimento antes do início da terapia dialítica. Pode ser feito a partir de um órgão sadio proveniente de um doador vivo ou falecido, Pela complexidade do procedimento cirúrgico de médio porte, em que ocorre ablação de um órgão de uma pessoa e implantação em outra, o paciente pós-transplante renal necessita de suporte emocional e psicoterápico para adaptação e preparo para reestruturação da vida sócio familiar e sócio laborativa, demandas sociais para adaptação ao novo cotidiano após alta hospitalar e econômicas para arcar com as novas despesas inerentes ao tratamento. No momento pós-operatório o paciente também precisa de uma assistência à saúde direta e contínua com monitorização dos parâmetros das funções hepática, renal, hematológica, bioquímica do sangue, o rastreamento de sinais flogísticos, o uso contínuo de medicamentos e os ajustes da prescrição imunossupressora. O que é o transplante renal? O transplante renal é uma cirurgia na qual um rim saudável (do doador vivo ou falecido) é implantado no corpo do paciente na fase avançada de doença renal (o receptor). Quando é necessário o transplante renal? Quando o paciente está na fase avançada de doença renal. Quando o transplante não é necessário em caso de deficiência renal? O transplante não é necessário em casos de deficiência renal aguda (temporária) e em caso de falência de um dos rins, estando o outro funcionando normalmente. Quais as vantagens do transplante renal? - Os maiores benefícios de o transplante renal são: • Recuperação completa e melhor qualidade de vida. O paciente leva uma vida quase normal, tem um padrão de vida ativo com mais energia, força física e produtividade. • O paciente fica livre da diálise, livre da dor, do tempo que fica em diálise e das complicações dela decorrentes. • Prolonga a vida. Pacientes submetidos ao transplante bem sucedido vivem mais tempo do que os que dependem de diálise.
  • 3. • Menos restrições de dieta e consumo de líquidos. • Menos complicações com transplante. O risco é maior em terapia de diálise. • O custo vale o investimento. O custo inicial é alto, mas nos dois ou três anos seguintes, o custo da terapia se reduz, pois, em geral, é menor que a manutenção do tratamento de diálise , este sim alto. • Melhoria na vida sexual em homens e maior possibilidade de engravidar em mulheres. Quais as desvantagens do transplante renal? O transplante renal oferece muitas vantagens e poucas desvantagens, que são: • Risco de cirurgia de grande porte. O transplante renal implica cirurgia sob anestesia geral, com riscos potenciais durante e após a cirurgia. • Risco de rejeição. Não existe cem por cento de garantia que o corpo vai aceitar o rim transplantado. Porém, com a disponibilidade de novas e melhores drogas imunossupressoras, as rejeições são menos frequentes do que no passado. • Medicação regular. É necessário tomar remédios de forma regular e meticulosa, diariamente, enquanto o rim está funcionando. A descontinuação, a não ingestão de doses ou o não consumo da dose integral de imunossupressores pode resultar em falência do rim devido à rejeição. • Alto risco de infecção, efeitos colaterais das drogas e malignidade. • Stress: Espera do doador antes do transplante, insucesso do transplante (o rim transplantado pode não funcionar) e receio de que o rim transplatado perca sua função resulta em muito stress. • Custo inicial muito alto. Informações Antes do Transplante: • Informação antes do transplante • Cirurgia • Cuidados após o transplante • O transplante renal de doador falecido (cadáver). O primeiro transplante renal a alcançar sucesso a longo prazo foi realizado em Boston, Estados Unidos, no ano de 1954, entre irmãos gêmeos idênticos. Este caso mostrou que os pacientes com insuficiência renal avançada possuem um potencial de recuperação, contudo o transplante somente seria possível em casos altamente seletos e com o uso de órgãos oriundos de doadores vivos.
  • 4. Cuidados da Enfermagem O enfermeiro pode oferecer uma assistência integral fundamentada no processo de enfermagem através do conhecimento técnico-científico para a tomada de decisão, que constitui instrumento e ferramenta norteadora da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e segue uma teoria de enfermagem, pois desse modo confere mais segurança e qualidade na atuação, além de contribuir para a redução do risco de rejeição e para atingir os objetivos terapêuticos. Este profissional necessita de conhecimento especializado para reduzir, prevenir e antecipar as intercorrências e complicações, além de intervir de imediato para intensificar as chances de sucesso do enxerto em longo prazo, bem como fornecer atenção de qualidade durante todo o processo de internação. O enfermeiro está em contato direto com o paciente e, por isso, pode contribuir significativamente para a manutenção da saúde e sucesso do transplante. Para isso é fundamental ampliar os conhecimentos para atuar em todo o processo, desde o diagnóstico de morte encefálica do doador, cuidados e viabilidade de seus órgãos na captação, correta abordagem familiar, bem como prover a assistência de alto nível tanto aos candidatos e receptores, quanto aos cuidadores e familiares, de modo a permitir a continuidade da assistência até o trans e pós-trasplante. O desenvolvimento da comunicação terapêutica como estratégia educativa entre equipe e paciente tem sido reconhecida como ferramenta para proporcionar o cuidado integral. É fundamental que o enfermeiro, junto ao paciente, família e equipe multidisciplinar, precisa estar sempre alerta aos fatores de risco e relacionados no contexto dos processos infecciosos para planejar e implementar intervenções direcionadas avaliando sempre a evolução de cada caso. Em nível hospitalar, o enfermeiro e sua equipe acolhem e acompanham os pacientes
  • 5. da admissão à alta da unidade, cabendo aqui ressaltar a necessidade de cuidados especiais dentro de uma visão holística. Para tanto, o enfermeiro deve implementar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e adotar Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s), visando não apenas a uniformizar as ações dos profissionais, mas também contribuir para a qualidade assistencial e a segurança do paciente. Além do cuidado direto ao paciente transplantado, o enfermeiro deve, ainda, desempenhar atividades gerenciais, como a previsão de recursos humanos e materiais. Assim, conclui-se que, além de conhecimento científico e habilidades técnicas, o enfermeiro e sua equipe precisam estar aptos a lidar com os sentimentos dos pacientes transplantados e de seus familiares, estabelecendo e fortalecendo vínculos de confiança por meio da comunicação terapêutica, o que trará respaldo e reconhecimento ao trabalho do enfermeiro em transplante renal.