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TREINAMENTO TÉCNICO EM
      POLÍMEROS

               Módulo I:
 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA
  DOS POLÍMEROS (ICP)




    Professor: Marcelo de Carvalho Reis
Plástico ou Polímero?
 PLÁSTICO: A palavra “plástico” deriva do grego
  “plastikus”, que em latim significa material que pode ser
  moldado com facilidade



 POLÍMERO: A palavra “polímero” também tem
  origem no idioma grego e significa muitas (poli) partes
  (mero)
  Refere-se a um material (na maioria das vezes)
  orgânico ou inorgânico, cuja molécula é composta pela
  união repetitiva de várias partes menores chamadas de
  “meros”
De onde vêm os polímeros?

 O primeiro plástico comercialmente disponível foi o
  nitrato de celulose, obtido a partir da celulose, que é
  uma fonte natural; surgiu no final do século XIX



 Outros plásticos surgiram no final do século XIX,
  obtidos a partir da caseína (proteína extraída do leite),
  milho, resina de breu, goma-laca
 Há muitas fontes possíveis de matérias-primas para
  obtenção dos plásticos (como álcool e óleos
  vegetais), mas o meio mais econômico ainda é
  através do petróleo
Petróleo (destilação fracionada)


       Gases liq. de petróleo (GLP) –
       Gases liq. de petróleo (GLP) – 2%
                      2%                   Hidrogênio ––
                                            Hidrogênio 1%
                                                1%
               Gasolina – 14%
                                           Metano – 16%

                 Nafta – 12%
                                           Etileno – 31%

              Querosene – 10%
                                            Etano – 8%

                 Diesel – 5%
                                             Propileno –
                                           Propileno – 24%
                                                24%
          Graxas parafínicas – 20%
                                           Propano – 3%

           Óleo lubrificante – 20%
                                           Butileno – 6%

                Asfalto – 17%
O negócio petroquímico
ÁTOMOS E MOLÉCULAS
 O plástico (polímero) é um produto químico.
Para entender como transformá-lo em produto acabado é
  preciso entender suas características; para isto,
  conceitos básicos de átomos, moléculas, ligações
  químicas, etc, são fundamentais


 Átomo é a unidade básica
   de toda substância. Na
   natureza, conhecem-se ao
   todo 109 átomos ou
   elementos químicos
   Ex.: oxigênio (O),
        Ferro (Fe),
        Hidrogênio (H),   etc
 Poucos átomos na natureza, aparecem isolados. Em
  sua grande maioria, os átomos são instáveis
  quando na forma isolada. Para alcançar a estabilidade,
  os átomos se combinam entre si ou com outros
  átomos, dando origem às substâncias
 Exemplos:
      Sal de cozinha → NaCl
      Água → H2O
      Eteno → C2H4

 A união entre átomos se dá através das ligações
  químicas.
 Dependendo dos átomos que se unem, as ligações
  químicas podem ser de três tipos:
LIGAÇÕES IÔNICAS: ocorrem entre íons positivos (cátions) e
                                             negativos (ânions)


É O ÚNICO TIPO DE LIGAÇÃO ENTRE ÁTOMOS EM QUE OCORRE
TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA DE ELÉTRONS
Exemplo: NaCl:
 LIGAÇÕES METÁLICAS : elétrons provenientes das
  camadas mais externas dos átomos não são atraídos por
  nenhum núcleo em particular. Assim, ficam livres para se
  moverem por todo o reticulo cristalino.

 As ligações metálicas caracterizam-se pelas forças de
  atração entre estes elétrons livres e os cátions,
  determinando a forma rígida dos metais
 LIGAÇÕES COVALENTES OU MOLECULARES :
  ocorrem entre átomos com tendência a receber elétrons, e
  não envolve transferência definitiva de elétrons de um
  átomo para outro

       OS ÁTOMOS ENVOLVIDOS APENAS
      COMPARTILHAM UM OU MAIS PARES DE
                 ELÉTRONS

 É a ligação química predominante nos vários tipos de
  plásticos
 Os pares eletrônicos que se formam são constituídos por
  um elétron de cada átomo, e pertencem
  simultaneamente a ambos os átomos ligados
Substâncias nas quais os átomos se juntam através de
  ligações covalentes são formadas por moléculas Portanto,
  molécula é a menor unidade possível que ainda mantém as
  características da substância
Exemplos:




 Quando falamos de átomos e moléculas, estamos tratando com
  coisas muito pequenas.
 Para se ter uma idéia, uma molécula de água tem o tamanho de
  dez bilionésimos de polegada
 Uma gota de água contém 1.500.000.000.000.000.000.000
  moléculas de água
 Na natureza existem substâncias cujas moléculas
  são incomparavelmente maiores que as
 moléculas de água, álcool, açúcar, etc.
 Estas moléculas gigantes são conhecidas como
 macromoléculas


Exemplos: proteínas
            madeira
           Plásticos e borrachas
 Polímeros são substâncias formadas por moléculas
  gigantes (macromoléculas)
 Porém, além de serem moléculas gigantes,
  apresentam a característica de serem formadas por
  unidades simples que se repetem por todo o
  comprimento da molécula


 Daí o termo Polímero:

      poli → muitos
  mero → unidade repetitiva
Exemplos de Polímeros
        PVC




        Polietileno
CH2OH          CH2OH             CH2OH                       CH2OH
                             O              O                 O                           O
 Celulose                 OH         O   OH        O       OH              O           OH          O

                                OH          OH                      OH                    OH



                       H              H             H   H       H       H       H   H     H     H

 Poliestireno              C    C                  C   C       C       C       C   C     C     C

                       H                            H           H            H            H

                           Monômero                                     Polímero



 Polipropileno
                   H       H                    H   H       H       H       H       H     H     H
                   C       C                    C   C       C       C       C       C     C     C

                   H       CH3                  H   CH3 H           CH3 H           CH3 H       CH3

                  Monômero                                      Polímero
Peso molecular
 Embora trabalhando com coisas muito pequenas, os
  átomos e as moléculas têm massa e, portanto, têm
  peso
           Mas, quanto pesa um átomo?
 É claro que as unidades de Kg ou gramas não são as
  mais indicadas para pesar os átomos. A unidade de
  medida de massa dos átomos é a U.M.A. (unidade de
  massa atômica)
 Assim:
      o átomo de carbono “pesa” 12 U.M.A.
      o átomo de hidrogênio “pesa” 1 U.M.A.
      o átomo de oxigênio “pesa” 16 U.M.A.
 O peso molecular é a soma dos pesos de cada um
                  dos átomos que formam a molécula
                 Ex.: H2O → O = 16; H = 1 → 16 + 2(1) = 18
                  U.M.A.
                      CO2 → O = 16; C = 12 → 12 + 2(16) =
                  48 U.M.A.
 Os polímeros, por serem formados por macromoléculas, apresentam
       peso molecular altíssimo, comparado às moléculas simples

                Polímero                 Peso molecular médio
Polietileno de alta densidade                    200.000
Polipropileno                                    50.000
Poliestireno                                    2000.000
Nylon 66 – poliamida 66                          40.000
Policarbonato                                    40.000
Poli(tereftalato de etileno)                     90.000
Forças intermoleculares e estado físico
 Os estados físicos da matéria são:
      Sólido / Líquido / Gasoso

 As moléculas que formam a substância atraem-se
  mutuamente. A intensidade com que se atraem
  determina o seu estado físico a uma dada temperatura e
  pressão

 As forças de atração entre as moléculas são conhecidas
  como ligações secundárias, e são do tipo:
     ponte de hidrogênio
     dipolo – dipolo
     dipolo induzido – dipolo induzido
 As mudanças de estado
                                 físico (sólido → líquido →
                                 gasoso) dependem da
                                 quebra destas ligações
                                 secundárias


 Quanto mais fortes forem as ligações secundárias, maior
  será o ponto de fusão e ponto de ebulição da substância

 Os compostos iônicos à temperatura ambiente são sólidos
  devido às fortes forças de atração entre os átomos

 Os compostos moleculares à temperatura ambiente
  encontram-se nos três estados físicos, devido à menor
  intensidade das interações entre suas moléculas
 Nos sólidos moleculares, as moléculas estão organizadas e
      com pequena liberdade de movimento

A liberdade de movimentos entre as moléculas está
diretamente relacionada à viscosidade dos líquidos, que
será estudada mais adiante

 No estado líquido, aumenta o grau de liberdade entre as
  moléculas

 No estado gasoso, a distância entre as moléculas é
  grande e a liberdade de movimento delas é máxima
Obtenção dos polímeros
                              sintéticos

 Os polímeros são obtidos a partir dos monômeros e
  através das reações de polimerização



                            RP
monômero → polímero
          
Funcionalidade
 O modo como o monômero junta-se à molécula em
  crescimento depende do tipo de monômero e da
  quantidade de pontos nos quais podem ser
  feitas as junções
 A quantidade de pontos reativos é chamada de
  funcionalidade
 Para ocorrer a polimerização, a funcionalidade deverá
  ser, no mínimo, igual a 2
 Exemplo: Polimerização do etileno
 Se o monômero permitir funcionalidade
  por três ou mais pontos, resultará em
  um polímero ramificado ou reticulado
 As reações de polimerização podem ser
  de dois tipos:
    poliadição
    policondensação
POLIADIÇÃO

Ocorre em monômeros contendo duplas ou
triplas ligações sem formação de sub-
produtos, e são reações em cadeia

POLICONDENSAÇÃO
Ocorre a formação de subprodutos, que
normalmente é uma molécula simples,
como: HCl, água, etc.
Copolímeros
 Polímero obtido a partir de dois ou mais monômeros,
  via reação de polimerização

 Esta definição diferencia os copolímeros das blendas
  poliméricas. As blendas poliméricas são obtidas a
  partir da mistura física de dois ou mais polímeros

 Exemplos de copolímeros:
      SBR (buna S)
      ABS
      EPDM
      SAN
      PSAI
      PP copolímero
Os copolímeros, em função do tipo de
polimerização podem ser:

 copolímeros aleatórios – quando os
 monômeros juntam-se ao acaso
 Ex.: ― AAABBAAAABBAAB ―

 copolímeros em bloco – quando os
 monômeros aparecem em blocos alternados
 Ex.: ― AAAABBBBAAAABBB ―
copolímeros alternados – quando os
monômeros alternam-se ao longo da cadeia
         Ex.: ―ABABABAB ―

copolímeros enxertados - quando os
monômeros aparecem como se fossem
ramificação na cadeia principal
           Ex.: ― AAAAAAAA ―
                      |
                      B
                      |
                      B
                      |
Peso molecular e distribuição de
                       peso molecular
 A formação de uma molécula
  polimérica é semelhante à
  construção de uma corrente de
  clips de papel, onde cada clipe
  pode ser entendido como um
  mero


 As reações de polimerização
  ocorrem ao acaso. Cada
  molécula pode ter um número
  diferente de “clipes”, o que
  significa que cada molécula
  terá um peso diferente
 Nas reações de polimerização, os monômeros também vão
      se ligando, não necessariamente de maneira igual.
      O resultado é que algumas moléculas serão muito maiores
      que as outras

Voltando ao exemplo dos clipes: Imagine que a quantidade e
tamanho das correntes seja igual à mostrada na tabela:

Tamanho das correntes (cm)   15                16            17         18             20         21            22             23            24

Quantidade                   1                 18            45         60             76         70            58             27            1

                                               80
                                                                                                 76
                                               70                                                          70
                                               60                                      60                            58
 Com os resultados               Qunatidade   50
                                                                             45
   da tabela, podemos                          40
                                               30
   montar um gráfico                           20                  18
                                                                                                                               27


   de distribuição                             10

   Estatística                                  0
                                                    15
                                                         1
                                                              16        17        18        20        21        22        23        24
                                                                                                                                         1


                                                                             Tamanho dos fios
Em uma amostra de material plástico, existem moléculas de
tamanhos diferentes.
Portanto, os polímeros apresenta um peso molecular médio e uma
distribuição de pesos moleculares
 PM e DPM relacionam-se com
  viscosidade:

       ↑ PM → ↑ viscosidade → ↓ fluxo

DPM estreita → ↑ quantidade de enroscos → ↓ fluxo


DPM larga → moléculas pequenas funcionam como
 plastificadores → melhor fluxo
 À medida que o peso molecular médio
     aumenta, as propriedades dos polímeros
     também variam.
Número de                              Aspecto
unidades de   Peso        Ponto de     característico
repetição     Molecular   Fusão (ºC)   do material a
                                       25 ºC
     1            28           -169          Gás
     6           168           -12          Líquido
     36          1000          37           Graxa
     71          2000          55             Cera
    143          4000          97          Cera Dura
    250          7000          102       Cera Sólida
    430         12000          107          Plástico
    750         21000          113          Plástico
    1360        38000          115          Plástico
 A degradação dos polímeros ocorre pela quebra
  das cadeias, e conseqüente diminuição do PM


 Existem várias técnicas para medir peso molecular:
      osmometria
      espalhamento de luz
      GPC
      viscosidade em solução diluida


 Dependendo da técnica usada, define-se o tipo de
  peso molecular:
Peso molecular número médio  M n 
                                                        Mn =
                                                                 ∑N M i       i
                                 
                                                               ∑N       i


                                                       ∑ Ni M i
                                                                  2

Peso molecular peso médio ( M w )               Mw =
                                                       ∑N M i     i

                                                                  ∑ Ni M i
                                                                                      (1+ a )

Peso molecular viscosimétrico médio ( M v )              Mv =
                                                                      ∑N M        i     i


                 onde : N = número de moléculas
                           M = peso da molécula
                           a →varia de 0,5 a 0,9

Sistemas monodispersos
Mw = M n
Mw
   → mede distribuição de peso molecular
Mn
                          Mw
quanto maior o valor de      , mais larga a distribuição de pesos moleculare s
                          Mn
Classificação dos polímeros

Quanto à estrutura química:
      Polímeros de cadeia carbônica → só átomos de
       carbono estão presentes na cadeia principal
      Polímeros de cadeia heterogênea → possuem átomos
       diferentes de carbono na cadeia principal

Quanto ao método de obtenção:
      Polímeros de adição
      Polímeros de condensação
Classificação quanto ao tipo de cadeia
 polimérica:

Polímeros de
cadeia
linear




Polímeros de
cadeia
ramificada




Polímeros com
ligações
cruzadas
Quanto ao processamento:

Polímeros termoplásticos → polímeros capazes
    de ser repetidamente amolecidos pelo aumento da
        temperatura, e endurecidos pela diminuição da
                                          temperatura

        Termoplásticos convencionais → commodities →
         polímeros de grande consumo
            Ex.: PE, PS, PP, PVC
        Termoplásticos de engenharia
            Ex.: PC, POM, nylon, PBT
        Termoplásticos especiais
            Ex.: PEEK, Poli éter imida, PPS
Polímeros termofixos →
quando curados, não podem ser
reamolecidos por aquecimento.

São polímeros com cadeias moleculares
contendo alta densidade de ligações
cruzadas
Vulcanização da borracha:
processo de geração de ligações
cruzadas, semelhante ao dos termofixos,
porém com menor densidade de
ocorrência
Estado físico dos polímeros


Mudança de estado envolve ceder energia para
as moléculas. O resultado é o afastamento ou
diminuição da força de atração entre elas.

Menor atração entre elas significa maior liberdade de
movimento e conseqüentemente fluxo
Quando uma substância passa do estado líquido para
     o sólido, duas situações distintas podem ocorrer:

1 - Os átomos ou moléculas agrupam-se de uma maneira
ordenada e repetitiva, caracterizando uma estrutura
cristalina

2 - Os átomos ou moléculas congelam de uma maneira
aleatória, sem nenhuma ordem. A esta estrutura dá-se o
nome de estrutura amorfa
Morfologia dos polímeros cristalinos

Estrutura cristalina dos polímeros é complexa e ainda pouco
   entendida

 Primeira teoria proposta foi
   a das miscelas franjadas)




 Teoria mais aceita
   atualmente é a de cadeias
   dobradas
Esferulitos

Regiões cristalinas (cristalitos),
  mais regiões amorfas,
  crescendo em todas as
  direções, formam as
  estruturas conhecidas como
  esferulitos
Tamanho dos esferulitos depende da velocidade de
resfriamento
       Resfriamento lento → esferulitos maiores
       Resfriamento rápido → esferulitos menores

Propriedades mecânicas, químicas, ópticas dos polímeros
semi-cristalinos dependem tanto da porcentagem total de
cristalinidade conseguida durante o resfriamento, como do
tamanho dos esferulitos
Polímero em temperatura suficientemente alta está no
estado amorfo (é um líquido de viscosidade
altíssima).

Diminuindo-se a temperatura, o polímero pode:
   Cristalizar: cadeias alinham-se (estado
   cristalizado);

   Vitrificar: cadeias congelam aleatoriamente (estado
   amorfo)
Polímeros: Transições Físicas
 Polímero semi-cristalino
 Polímero amorfo

 Propriedades:
determinadas pelas transições bem como
pelas temperaturas nas quais elas ocorrem.
Polímeros: Transições Físicas
Duas transições térmicas muitos importante
para os materiais poliméricos:

   Temperatura de transição vítrea (Tg)


   Temperatura de fusão (Tm)
Polímeros: Transições Físicas
     Temperatura de Transição Vítrea - Tg

Abaixo Tg: o polímero se encontra no seu estado vítreo ou quebradiço (frágil)



        Acima Tg: comportamento borrachoso.


    Mobilidade molecular                devido ao fornecimento de calor ou
                                        energia à molécula



  Tg: é um elemento essencial na seleção de materiais para determinadas
  aplicações.
Polímeros: Transições Físicas
Características da transição vítrea:
 Não envolve a transformação de fase (não há mudanças na ordem
estrutural



 Estado vítreo: estado supercongelado; sua estrutura depende da estrutura do
líquido e da taxa de resfriamento



 Diferença entre o estado vítreo e o líquido: mobilidade das moléculas.
 A temperatura onde cessam todos os movimentos
  moleculares é chamada de Temperatura de
  Transição Vítrea (Tg)


 Abaixo da Tg, o material comporta-se como um
  sólido, mas é na verdade um líquido “super
  resfriado”
Polímeros: Transições Físicas
 Polímeros amorfos: Comportamento físico
Polímeros: Transições Físicas
 Polímeros cristalinos: Comportamento físico
Polímeros: Transições Físicas
Fatores estruturais que influenciam a Tg
   Fatores que             Fatores que
   favorecem o             favorecem o
   aumento da Tg           decréscimo da Tg
   Rigidez da cadeia       Flexibilidade da cadeia
   principal               principal
   Aumento da polaridade   Aumento na simetria
   Aumento da massa        Adição de diluentes ou
   molar                   plastificantes
   Aumento da densidade    Aumento da taticidade
   de energia coesiva
   Aumento das ligações    Aumento das
   cruzadas                ramificações
Taticidade → posição ocupada por átomos
      ou grupos de átomos pendentes na cadeia
              Existem três estruturas possíveis:
Estudo da Conformação x
       Viscoelasticidade
Viscoelasticidade de um
    polímero pode produzir três
    efeitos:
    1 – Efeito Elástico – Quando a deformação sofrida
é recuperada como resultado da flexão das ligações
químicas e separação eletrostática das regiões da
microestrutura polimérica. Podemos exemplificar como
sendo uma mola, na qual a deformação é proporcional a
força aplicada e o trabalho é armazenado com energia
potencial.
2 – Efeito Elástico Retardado – Quando a
movimentação dos segmentos da cadeia ficam
retardados devido à dificuldade oferecida pelos
componentes viscosos a recuperação elástica total.

3 – Efeito viscoso – Quando a deformação é
irreversível (sem recuperação), devido ao escoamento
viscoso causado pelo deslocamento relativo entre
segmentos de cadeia. Podemos exemplificar como
sendo um amortecedor, no qual a velocidade de
deformação é proporcional a tensão aplicada e o
trabalho é dissipado na forma de calor.
Modelos para estudo da
     viscoelasticidade
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Introdução à ciência dos polímeros

  • 1. TREINAMENTO TÉCNICO EM POLÍMEROS Módulo I: INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS POLÍMEROS (ICP) Professor: Marcelo de Carvalho Reis
  • 2. Plástico ou Polímero?  PLÁSTICO: A palavra “plástico” deriva do grego “plastikus”, que em latim significa material que pode ser moldado com facilidade  POLÍMERO: A palavra “polímero” também tem origem no idioma grego e significa muitas (poli) partes (mero) Refere-se a um material (na maioria das vezes) orgânico ou inorgânico, cuja molécula é composta pela união repetitiva de várias partes menores chamadas de “meros”
  • 3. De onde vêm os polímeros?  O primeiro plástico comercialmente disponível foi o nitrato de celulose, obtido a partir da celulose, que é uma fonte natural; surgiu no final do século XIX  Outros plásticos surgiram no final do século XIX, obtidos a partir da caseína (proteína extraída do leite), milho, resina de breu, goma-laca
  • 4.  Há muitas fontes possíveis de matérias-primas para obtenção dos plásticos (como álcool e óleos vegetais), mas o meio mais econômico ainda é através do petróleo
  • 5. Petróleo (destilação fracionada) Gases liq. de petróleo (GLP) – Gases liq. de petróleo (GLP) – 2% 2% Hidrogênio –– Hidrogênio 1% 1% Gasolina – 14% Metano – 16% Nafta – 12% Etileno – 31% Querosene – 10% Etano – 8% Diesel – 5% Propileno – Propileno – 24% 24% Graxas parafínicas – 20% Propano – 3% Óleo lubrificante – 20% Butileno – 6% Asfalto – 17%
  • 7. ÁTOMOS E MOLÉCULAS  O plástico (polímero) é um produto químico. Para entender como transformá-lo em produto acabado é preciso entender suas características; para isto, conceitos básicos de átomos, moléculas, ligações químicas, etc, são fundamentais  Átomo é a unidade básica de toda substância. Na natureza, conhecem-se ao todo 109 átomos ou elementos químicos Ex.: oxigênio (O), Ferro (Fe), Hidrogênio (H), etc
  • 8.  Poucos átomos na natureza, aparecem isolados. Em sua grande maioria, os átomos são instáveis quando na forma isolada. Para alcançar a estabilidade, os átomos se combinam entre si ou com outros átomos, dando origem às substâncias  Exemplos: Sal de cozinha → NaCl Água → H2O Eteno → C2H4  A união entre átomos se dá através das ligações químicas.  Dependendo dos átomos que se unem, as ligações químicas podem ser de três tipos:
  • 9. LIGAÇÕES IÔNICAS: ocorrem entre íons positivos (cátions) e negativos (ânions) É O ÚNICO TIPO DE LIGAÇÃO ENTRE ÁTOMOS EM QUE OCORRE TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA DE ELÉTRONS Exemplo: NaCl:
  • 10.  LIGAÇÕES METÁLICAS : elétrons provenientes das camadas mais externas dos átomos não são atraídos por nenhum núcleo em particular. Assim, ficam livres para se moverem por todo o reticulo cristalino.  As ligações metálicas caracterizam-se pelas forças de atração entre estes elétrons livres e os cátions, determinando a forma rígida dos metais
  • 11.  LIGAÇÕES COVALENTES OU MOLECULARES : ocorrem entre átomos com tendência a receber elétrons, e não envolve transferência definitiva de elétrons de um átomo para outro OS ÁTOMOS ENVOLVIDOS APENAS COMPARTILHAM UM OU MAIS PARES DE ELÉTRONS  É a ligação química predominante nos vários tipos de plásticos  Os pares eletrônicos que se formam são constituídos por um elétron de cada átomo, e pertencem simultaneamente a ambos os átomos ligados
  • 12. Substâncias nas quais os átomos se juntam através de ligações covalentes são formadas por moléculas Portanto, molécula é a menor unidade possível que ainda mantém as características da substância Exemplos:  Quando falamos de átomos e moléculas, estamos tratando com coisas muito pequenas.  Para se ter uma idéia, uma molécula de água tem o tamanho de dez bilionésimos de polegada  Uma gota de água contém 1.500.000.000.000.000.000.000 moléculas de água
  • 13.  Na natureza existem substâncias cujas moléculas são incomparavelmente maiores que as moléculas de água, álcool, açúcar, etc.  Estas moléculas gigantes são conhecidas como macromoléculas Exemplos: proteínas madeira Plásticos e borrachas
  • 14.  Polímeros são substâncias formadas por moléculas gigantes (macromoléculas)
  • 15.  Porém, além de serem moléculas gigantes, apresentam a característica de serem formadas por unidades simples que se repetem por todo o comprimento da molécula  Daí o termo Polímero: poli → muitos mero → unidade repetitiva
  • 16. Exemplos de Polímeros  PVC  Polietileno
  • 17. CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH O O O O  Celulose OH O OH O OH O OH O OH OH OH OH H H H H H H H H H H  Poliestireno C C C C C C C C C C H H H H H Monômero Polímero  Polipropileno H H H H H H H H H H C C C C C C C C C C H CH3 H CH3 H CH3 H CH3 H CH3 Monômero Polímero
  • 18. Peso molecular  Embora trabalhando com coisas muito pequenas, os átomos e as moléculas têm massa e, portanto, têm peso Mas, quanto pesa um átomo?  É claro que as unidades de Kg ou gramas não são as mais indicadas para pesar os átomos. A unidade de medida de massa dos átomos é a U.M.A. (unidade de massa atômica)  Assim: o átomo de carbono “pesa” 12 U.M.A. o átomo de hidrogênio “pesa” 1 U.M.A. o átomo de oxigênio “pesa” 16 U.M.A.
  • 19.  O peso molecular é a soma dos pesos de cada um dos átomos que formam a molécula  Ex.: H2O → O = 16; H = 1 → 16 + 2(1) = 18 U.M.A. CO2 → O = 16; C = 12 → 12 + 2(16) = 48 U.M.A. Os polímeros, por serem formados por macromoléculas, apresentam peso molecular altíssimo, comparado às moléculas simples Polímero Peso molecular médio Polietileno de alta densidade 200.000 Polipropileno 50.000 Poliestireno 2000.000 Nylon 66 – poliamida 66 40.000 Policarbonato 40.000 Poli(tereftalato de etileno) 90.000
  • 20. Forças intermoleculares e estado físico  Os estados físicos da matéria são: Sólido / Líquido / Gasoso  As moléculas que formam a substância atraem-se mutuamente. A intensidade com que se atraem determina o seu estado físico a uma dada temperatura e pressão  As forças de atração entre as moléculas são conhecidas como ligações secundárias, e são do tipo: ponte de hidrogênio dipolo – dipolo dipolo induzido – dipolo induzido
  • 21.  As mudanças de estado físico (sólido → líquido → gasoso) dependem da quebra destas ligações secundárias  Quanto mais fortes forem as ligações secundárias, maior será o ponto de fusão e ponto de ebulição da substância  Os compostos iônicos à temperatura ambiente são sólidos devido às fortes forças de atração entre os átomos  Os compostos moleculares à temperatura ambiente encontram-se nos três estados físicos, devido à menor intensidade das interações entre suas moléculas
  • 22.  Nos sólidos moleculares, as moléculas estão organizadas e com pequena liberdade de movimento A liberdade de movimentos entre as moléculas está diretamente relacionada à viscosidade dos líquidos, que será estudada mais adiante  No estado líquido, aumenta o grau de liberdade entre as moléculas  No estado gasoso, a distância entre as moléculas é grande e a liberdade de movimento delas é máxima
  • 23. Obtenção dos polímeros sintéticos  Os polímeros são obtidos a partir dos monômeros e através das reações de polimerização RP monômero → polímero 
  • 24. Funcionalidade  O modo como o monômero junta-se à molécula em crescimento depende do tipo de monômero e da quantidade de pontos nos quais podem ser feitas as junções  A quantidade de pontos reativos é chamada de funcionalidade  Para ocorrer a polimerização, a funcionalidade deverá ser, no mínimo, igual a 2  Exemplo: Polimerização do etileno
  • 25.  Se o monômero permitir funcionalidade por três ou mais pontos, resultará em um polímero ramificado ou reticulado  As reações de polimerização podem ser de dois tipos: poliadição policondensação
  • 26. POLIADIÇÃO Ocorre em monômeros contendo duplas ou triplas ligações sem formação de sub- produtos, e são reações em cadeia POLICONDENSAÇÃO Ocorre a formação de subprodutos, que normalmente é uma molécula simples, como: HCl, água, etc.
  • 27. Copolímeros  Polímero obtido a partir de dois ou mais monômeros, via reação de polimerização  Esta definição diferencia os copolímeros das blendas poliméricas. As blendas poliméricas são obtidas a partir da mistura física de dois ou mais polímeros  Exemplos de copolímeros: SBR (buna S) ABS EPDM SAN PSAI PP copolímero
  • 28. Os copolímeros, em função do tipo de polimerização podem ser:  copolímeros aleatórios – quando os monômeros juntam-se ao acaso Ex.: ― AAABBAAAABBAAB ―  copolímeros em bloco – quando os monômeros aparecem em blocos alternados Ex.: ― AAAABBBBAAAABBB ―
  • 29. copolímeros alternados – quando os monômeros alternam-se ao longo da cadeia Ex.: ―ABABABAB ― copolímeros enxertados - quando os monômeros aparecem como se fossem ramificação na cadeia principal Ex.: ― AAAAAAAA ― | B | B |
  • 30. Peso molecular e distribuição de peso molecular  A formação de uma molécula polimérica é semelhante à construção de uma corrente de clips de papel, onde cada clipe pode ser entendido como um mero  As reações de polimerização ocorrem ao acaso. Cada molécula pode ter um número diferente de “clipes”, o que significa que cada molécula terá um peso diferente
  • 31.  Nas reações de polimerização, os monômeros também vão se ligando, não necessariamente de maneira igual. O resultado é que algumas moléculas serão muito maiores que as outras Voltando ao exemplo dos clipes: Imagine que a quantidade e tamanho das correntes seja igual à mostrada na tabela: Tamanho das correntes (cm) 15 16 17 18 20 21 22 23 24 Quantidade 1 18 45 60 76 70 58 27 1 80 76 70 70 60 60 58  Com os resultados Qunatidade 50 45 da tabela, podemos 40 30 montar um gráfico 20 18 27 de distribuição 10 Estatística 0 15 1 16 17 18 20 21 22 23 24 1 Tamanho dos fios
  • 32. Em uma amostra de material plástico, existem moléculas de tamanhos diferentes. Portanto, os polímeros apresenta um peso molecular médio e uma distribuição de pesos moleculares
  • 33.  PM e DPM relacionam-se com viscosidade: ↑ PM → ↑ viscosidade → ↓ fluxo DPM estreita → ↑ quantidade de enroscos → ↓ fluxo DPM larga → moléculas pequenas funcionam como plastificadores → melhor fluxo
  • 34.  À medida que o peso molecular médio aumenta, as propriedades dos polímeros também variam. Número de Aspecto unidades de Peso Ponto de característico repetição Molecular Fusão (ºC) do material a 25 ºC 1 28 -169 Gás 6 168 -12 Líquido 36 1000 37 Graxa 71 2000 55 Cera 143 4000 97 Cera Dura 250 7000 102 Cera Sólida 430 12000 107 Plástico 750 21000 113 Plástico 1360 38000 115 Plástico
  • 35.  A degradação dos polímeros ocorre pela quebra das cadeias, e conseqüente diminuição do PM  Existem várias técnicas para medir peso molecular: osmometria espalhamento de luz GPC viscosidade em solução diluida  Dependendo da técnica usada, define-se o tipo de peso molecular:
  • 36. Peso molecular número médio  M n    Mn = ∑N M i i     ∑N i ∑ Ni M i 2 Peso molecular peso médio ( M w ) Mw = ∑N M i i ∑ Ni M i (1+ a ) Peso molecular viscosimétrico médio ( M v ) Mv = ∑N M i i onde : N = número de moléculas M = peso da molécula a →varia de 0,5 a 0,9 Sistemas monodispersos Mw = M n Mw → mede distribuição de peso molecular Mn Mw quanto maior o valor de , mais larga a distribuição de pesos moleculare s Mn
  • 37. Classificação dos polímeros Quanto à estrutura química:  Polímeros de cadeia carbônica → só átomos de carbono estão presentes na cadeia principal  Polímeros de cadeia heterogênea → possuem átomos diferentes de carbono na cadeia principal Quanto ao método de obtenção:  Polímeros de adição  Polímeros de condensação
  • 38. Classificação quanto ao tipo de cadeia polimérica: Polímeros de cadeia linear Polímeros de cadeia ramificada Polímeros com ligações cruzadas
  • 39. Quanto ao processamento: Polímeros termoplásticos → polímeros capazes de ser repetidamente amolecidos pelo aumento da temperatura, e endurecidos pela diminuição da temperatura  Termoplásticos convencionais → commodities → polímeros de grande consumo  Ex.: PE, PS, PP, PVC  Termoplásticos de engenharia  Ex.: PC, POM, nylon, PBT  Termoplásticos especiais  Ex.: PEEK, Poli éter imida, PPS
  • 40. Polímeros termofixos → quando curados, não podem ser reamolecidos por aquecimento. São polímeros com cadeias moleculares contendo alta densidade de ligações cruzadas
  • 41.
  • 42. Vulcanização da borracha: processo de geração de ligações cruzadas, semelhante ao dos termofixos, porém com menor densidade de ocorrência
  • 43. Estado físico dos polímeros Mudança de estado envolve ceder energia para as moléculas. O resultado é o afastamento ou diminuição da força de atração entre elas. Menor atração entre elas significa maior liberdade de movimento e conseqüentemente fluxo
  • 44. Quando uma substância passa do estado líquido para o sólido, duas situações distintas podem ocorrer: 1 - Os átomos ou moléculas agrupam-se de uma maneira ordenada e repetitiva, caracterizando uma estrutura cristalina 2 - Os átomos ou moléculas congelam de uma maneira aleatória, sem nenhuma ordem. A esta estrutura dá-se o nome de estrutura amorfa
  • 45. Morfologia dos polímeros cristalinos Estrutura cristalina dos polímeros é complexa e ainda pouco entendida  Primeira teoria proposta foi a das miscelas franjadas)  Teoria mais aceita atualmente é a de cadeias dobradas
  • 46. Esferulitos Regiões cristalinas (cristalitos), mais regiões amorfas, crescendo em todas as direções, formam as estruturas conhecidas como esferulitos Tamanho dos esferulitos depende da velocidade de resfriamento Resfriamento lento → esferulitos maiores Resfriamento rápido → esferulitos menores Propriedades mecânicas, químicas, ópticas dos polímeros semi-cristalinos dependem tanto da porcentagem total de cristalinidade conseguida durante o resfriamento, como do tamanho dos esferulitos
  • 47. Polímero em temperatura suficientemente alta está no estado amorfo (é um líquido de viscosidade altíssima). Diminuindo-se a temperatura, o polímero pode: Cristalizar: cadeias alinham-se (estado cristalizado); Vitrificar: cadeias congelam aleatoriamente (estado amorfo)
  • 48. Polímeros: Transições Físicas  Polímero semi-cristalino  Polímero amorfo Propriedades: determinadas pelas transições bem como pelas temperaturas nas quais elas ocorrem.
  • 49. Polímeros: Transições Físicas Duas transições térmicas muitos importante para os materiais poliméricos:  Temperatura de transição vítrea (Tg)  Temperatura de fusão (Tm)
  • 50. Polímeros: Transições Físicas Temperatura de Transição Vítrea - Tg Abaixo Tg: o polímero se encontra no seu estado vítreo ou quebradiço (frágil) Acima Tg: comportamento borrachoso. Mobilidade molecular devido ao fornecimento de calor ou energia à molécula Tg: é um elemento essencial na seleção de materiais para determinadas aplicações.
  • 51. Polímeros: Transições Físicas Características da transição vítrea:  Não envolve a transformação de fase (não há mudanças na ordem estrutural  Estado vítreo: estado supercongelado; sua estrutura depende da estrutura do líquido e da taxa de resfriamento  Diferença entre o estado vítreo e o líquido: mobilidade das moléculas.
  • 52.  A temperatura onde cessam todos os movimentos moleculares é chamada de Temperatura de Transição Vítrea (Tg)  Abaixo da Tg, o material comporta-se como um sólido, mas é na verdade um líquido “super resfriado”
  • 53. Polímeros: Transições Físicas  Polímeros amorfos: Comportamento físico
  • 54. Polímeros: Transições Físicas  Polímeros cristalinos: Comportamento físico
  • 55. Polímeros: Transições Físicas Fatores estruturais que influenciam a Tg Fatores que Fatores que favorecem o favorecem o aumento da Tg decréscimo da Tg Rigidez da cadeia Flexibilidade da cadeia principal principal Aumento da polaridade Aumento na simetria Aumento da massa Adição de diluentes ou molar plastificantes Aumento da densidade Aumento da taticidade de energia coesiva Aumento das ligações Aumento das cruzadas ramificações
  • 56. Taticidade → posição ocupada por átomos ou grupos de átomos pendentes na cadeia Existem três estruturas possíveis:
  • 57. Estudo da Conformação x Viscoelasticidade
  • 58. Viscoelasticidade de um polímero pode produzir três efeitos: 1 – Efeito Elástico – Quando a deformação sofrida é recuperada como resultado da flexão das ligações químicas e separação eletrostática das regiões da microestrutura polimérica. Podemos exemplificar como sendo uma mola, na qual a deformação é proporcional a força aplicada e o trabalho é armazenado com energia potencial.
  • 59. 2 – Efeito Elástico Retardado – Quando a movimentação dos segmentos da cadeia ficam retardados devido à dificuldade oferecida pelos componentes viscosos a recuperação elástica total. 3 – Efeito viscoso – Quando a deformação é irreversível (sem recuperação), devido ao escoamento viscoso causado pelo deslocamento relativo entre segmentos de cadeia. Podemos exemplificar como sendo um amortecedor, no qual a velocidade de deformação é proporcional a tensão aplicada e o trabalho é dissipado na forma de calor.
  • 60. Modelos para estudo da viscoelasticidade