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Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
Polímeros
Ciência dos Materiais
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Processamento, estrutura e propriedades
processamento
estrutura propriedades
Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
Materiais: estrutura e propriedades
Material Estrutura Propriedades
Ligação Cristali-
nidade
Estabilidade Conduti-
bilidade
Mecânica
Cerâmico Iônica,
covalente
Amorfa,
cristalina Alta Média Média
Metálico Metálica
Cristalina Média Alta Alta
Polimérico Covalente,
van der Waals
Amorfa,
semicristalina Baixa Baixa Baixa
[VanVlack,1984]
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Estabilidade térmica e química
Suscetível a corrosão, oxidaçãoMetal
Resistente a corrosão, oxidação,
altas temperaturas
Cerâmica
Degrada com solventes
(orgânicos), altas temperaturas
Polímero
CaracterísticaMaterial
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Condutividade elétrica
[Callister,2000]
10-8 a 10-7Metal
10-6 a 1018Cerâmica
108 a 1017Polímero
Resistividade elétrica (ohm-m)Material
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Condutividade térmica
[Callister,2000]
10 a 400Metal
1 a 500Cerâmica
0,01 a 0,5Polímero
Condutividade térmica (W/m.K)Material
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Módulos de elasticidade
10 a 400Metal
10 a 1200Cerâmica
0,002 a 5Polímero
Módulo de elasticidade (GPa)Material
[Callister,2000]
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Resistência mecânica
100 a 2400Metal
10 a 1500Cerâmica
10 a 90Polímero
Resistência sob tensão (MPa)Material
[Callister,2000]
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Deformação
1 a 60Metal
-Cerâmica
1 a 1400Polímero
Deformação (%)Material
[Callister,2000]
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Tenacidade à fratura
20 a 90Metal
0,3 a 12Cerâmica
0,5 a 6Polímero
Tenacidade a fratura (MPa.m-1/2)Material
[Callister,2000]
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TIPO DE
MATERIAL
CARACTERÍSTICAS CONSTITUINTES
METÁLICO Média - alta resistência mecânica
Alta ductilidade
Bom condutor térmico e elétrico
baixa - alta temperatura de fusão
Baixa - alta dureza
Elementos metálicos
e não-metálicos
POLIMÉRICO Bom isolante térmico e elétrico
Alta ductilidade
Baixa resistência mecânica
Baixa dureza
Baixa estabilidade térmica
Cadeias moleculares
orgânicas
CERÂMICO Alta resistência mecânica
Alta fragilidade
Bom isolante térmico e elétrico
Alta temperatura de fusão
Alta dureza
Óxidos
silicatos
nitretos
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Um conceito
Plástico (comportamento) refere-se a
materiais que se deformam plasticamente,
ou seja, não retornam a forma original
após moldados.
Este material, conhecido tecnicamente como
polímero, são moléculas muito grandes
compostas por micropartes que se repetem
unidas ao longo da cadeia molecular.
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Polímeros
• MONÔMEROS
• MACROMOLÉCULAS
• Monômeros com:
• Ligações são simples - saturada
• CnH2n+2 são denominadas parafinas
– Etano: C2H6
• Ligações duplas ou triplas – insaturadas
– p.ex.:
• Etileno (eteno): C2H4
• Acetileno (etino): C2H2
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•Etano
•Etileno
Eteno
•Acetileno
Etino
saturada
insaturada
insaturada
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CnH2n+2
CnH2n
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• Polímeros – macromoléculas orgânicas,
sintéticas ou naturais;
• Naturais – couro, seda, chifre, algodão, lã,
madeira, borracha, etc;
• Baseados em átomos de carbono,
hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor e
outros não metálicos;
• Ligação química entre átomos da cadeia é
covalente
• Ligação entre as cadeias é fraca, geralmente
dipolar (van der Waals).
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Bicho-da-seda e casulo
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Borracha natural - látex
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CARACTERÍSTICAS POLÍMEROS
• São geralmente leves, isolantes elétricos e
térmicos, flexíveis e apresentam boa resistência a
corrosão e baixa resistência ao calor;
• Os desenvolvimento dos plásticos modernos
ocorreu principalmente após 1930, depois que a
química orgânica foi criada.
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Tipos de Macromoléculas
• Macromoléculas sintéticas orgânicas: polietileno,
policloreto de vinila, náilon e outros;
• Macromoléculas naturais orgânicas: couro, seda, chifre,
algodão, lã, madeira, borracha natural, cabelo, unha;
• Macromoléculas naturais inorgânicas: diamante, grafite,
sílica e asbesto;
• Macromoléculas sintéticas inorgânicas: ácido
polifosfórico e policloreto de fosfonitrila.
• Compostos orgânicos são os compostos do elemento carbono com
propriedades características. Além do carbono, os principais elementos que
compõem a grande maioria das substâncias orgânicas são: hidrogênio (H),
oxigênio (O), nitrogênio (N), enxofre (S) e halogênios (Cl, Br e I).
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Fontes de polímeros sintéticos
• Petróleo e Gás natural.
• Destilação do petróleo  nafta
• Álcool de cana de açúcar
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Classificação:
Termoplásticos:
Geralmente de cadeias lineares, podem ser
amolecidos sob ação de calor, deformados sob
ação de tensões e após o resfriamento,
recuperam a natureza sólida.
Este processo pode ser repetido. Podem ser
conformados novamente. Reciclagem de peças
e aparas de processo. Muitos são parcialmente
cristalinos e outros totalmente amorfos. Ex.:
polietileno, PVC, PP, PS.
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Termorrígidos / Termofixos:
Cadeias mais complexas são conformáveis
plasticamente em apenas um estágio intermediário
de sua fabricação. O produto final é duro e não
amolece mais com aplicação de calor. Não são
atualmente recicláveis. Os termorrígidos são
totalmente amorfos. Ex.: baquelite, resinas epoxi,
poliésteres, PU, etc.
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Elastômeros:
São materiais conformáveis plasticamente, que se
alongam elasticamente de maneira acentuada até a
temperatura de decomposição e mantém estas
características em baixas temperaturas.
Os elastômeros são estruturalmente similares aos
termoplásticos, são parcialmente cristalinos. Ex.:
borracha natural, neopreno, borracha de estireno,
de butila, de nitrila.
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Do gás ao Plástico
3 Geração
Injeção / Sopro / Extrusão
Indústrias Transformadoras
2 Geração
Polimerização
OPP / Bayer /DOW
1 Geração
Refino da Nafta
Copesul
Refinaria
Petrobrás
Extração da Nafta
Nafta
Etileno
Propileno
PP PEBD
PEAD PS
Utilidades Domésticas
Peças de Automóveis
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Polimerização
• adição – Iniciação, Propagação e Término
• condensação - reação de duas ou mais
substâncias diferentes com a eliminação de
água e HCl, geralmente.
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Polimerização
Gás-monômero
Pressão
Temperatura
Catalisadores
Reator
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Polimerização por adição
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Polimerização
por adição
A molécula de peróxido
de hidrogênio (H2O2)
fornece dois radicais de
hidroxila, OH, que
servem para iniciar e
finalizar a polimerização
do eteno em polietileno.
iniciação
propagação
terminação
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Polimerização por adição
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Diagrama esquemático do processo de polimerização por adição
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Polimerização por condensação
fenol
formaldeído
Um único primeiro estágio na formação de fenol-
formaldeído por um processo de crescimento em
estágios (polimerização por condensação). Uma
molécula de água é o produto da condensação.
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Diagrama esquemático do processo de polimerização por condensação:
(a) cadeias lineares e (b) cadeias não-lineares
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Polimerização por condensação
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Dimetil Tereftalato Etileno Glicol
Poli Tereftalato de Etila Álcool Metílico
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Estrutura dos Molecular
• Cadeias:
• lineares são formadas por monômeros bifuncionais,
possuem alta plasticidade a quente.
• ramificadas são obtidos quando cadeias lineares
formam ligações paralelas no corpo do monômero, o
que limita o seu movimento.
• ligações cruzadas são formados quando uma ligação
ocorre entre duas cadeias lineares, típico das
borrachas.
• em rede são formados por monômeros com 3 ou mais
ligações covalentes, ou por muitas ligações cruzadas.
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Arranjo tridimensional da baquelite (em rede).
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Estrutura dos Polímeros
Polímeros
Natural Sintético
Proteínas
Polinucleotídios
Elastômeros Termoplásticos
Polisacarídios Termofixos
Gomas e Resinas
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Estrutura dos Polímeros
 Polímeros sintéticos
 Devido ao grande número de polímeros cobrindo
uma faixa ampla de propriedades, estes podem ser
divididos em 3 classes principais:
 Plásticos
 Fibras
 Elastômeros
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Classificação do ponto de vista tecnológico
(Curvas de tensão-deformação)
 Plásticos rígidos e Fibras:
 Alta resistência a deformação.
 Alto módulo a baixos percentuais de alongamento.
 Elastômeros:
 Baixa resistência a deformação.
 Grandes deformações reversíveis sob baixas tensões e alta
elasticidade.
 Plásticos Flexíveis:
 Comportamento intermediário entre os acima.
• A linha de divisão entre as três classes não é muito clara.
• Plástico pode ser usado como tal ou sob forma de fibra.
• Plástico acima da sua Tg (Temperatura de Transição Vítrea) com
ligações cruzadas = elastômero
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Características dos polímeros
Termoplásticos
 Amolece quando aquecido acima da temperatura de fusão (Tm),
moldável a quente e endurece quando resfriado. Este processo pode
ser feito repetidamente.
 Alta estabilidade térmica = esterilização - PP
 Transparência = qualidade ótica - PMMA, PS, PC
 Resistência química e baixo coeficiente de fricção - PTFE
 Resistência ao impacto e Flexibilidade - PE
 Flexibilidade, estabilidade - PVC plastificado
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Características dos polímeros
Termofixos (termorrígido)
 Abrasão e estabilidade dimensional superior as dos termoplásticos
com melhor módulo de flexão e resistência ao impacto;
 Mudam irreversivelmente com o aquecimento: Produtos solúveis
 resinas com alto teor de ramificações cruzadas;
 Não moldáveis por fluxo;
 Artefatos devem ser fabricados durante o processo de cruzamento
de ligação “crosslinking”.
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Morfologia dos Polímeros
• O termo técnico que designa o arranjo das macromoléculas
que definem o grau de cristalinidade é morfologia.
• Morfologias esquemáticas dos materiais poliméricos.
a) termoplástico amorfo,
b) termoplástico parcialmente cristalino,
c) elastômero e
d) termorrígido.
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Amorfos
• As ligações químicas no interior da cadeia são geralmente
ligações covalentes muito fortes, por sua vez, as ligações
entre as cadeias são ligações secundárias fracas. Além
disso, as ligações covalentes são direcionais.
Arranjo tridimensional da baquelite
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Grau de Cristalinidade
Tipos de arranjos especiais dos radicais méricos na
macromolécula (grau de taticidade).
Grau de cristalinidade
3
1
2
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• Os polímeros isotáticos e sindiotáticos cristalizam
muito mais facilmente, pois a regularidade da
geometria dos grupos laterais facilita o processo
de encaixe das cadeias adjacentes;
• Nos copolímeros, como regra geral, quanto mais
irregulares e quanto maior for a aleatoriedade dos
arranjos das unidades mero, maior será a tendência
para o desenvolvimento de um material não-
cristalino, i.e., amorfo.
Grau de Cristalinidade
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• Homopolímero - quando a macromolécula
do polímero é constituída de um único tipo
de mero.
• Copolímero - quando o polímero é uma
combinação de mais de um mero.
Homopolímeros e Copolímeros
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(a) monômeros alternados, (b) monômeros randômicos, (c)
copolímeros em bloco, e (d) copolímero grafitizados.
Copolímeros
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Blendas
• As blendas poliméricas são misturas físicas
de homopolímeros ou copolímeros,
combinando propriedades de diferentes
componentes e resultando em materiais com
propriedades especiais. A morfologia das
blendas depende de diversos fatores, como:
miscibilidade dos componentes e suas
propriedades reológicas, composição da
mistura e condições de processamento.
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Uma blenda de polietileno e policloreto de vinila é
semelhante a uma liga metálica com solubilidade sólida
limitada.
Não apresentam ligação covalente entre elas.
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Índice de Fluidez
O que é?
• Indicativo de quanto material flui num
determinado tempo, temperatura e pressão,
padrão, para servir como comparação entre os
polímeros (ASTM 1238);
• Fornece uma relação direta da facilidade de
processamento, do peso molecular, das
características do material e do tipo de processo
adequado;
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Facilidade de Processamento
• Quanto mais alto o IF (Índice de Fluidez),
menos viscoso é o material fundido, logo,
o esforço realizado pela máquina é menor;
“ Mais fácil de processar ”
• O inverso é verdadeiro;
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Peso Molecular
• O peso molecular é dado pela média dos
comprimentos das cadeias que formam o
polímero, tendo em vista que o crescimento
das cadeias ocorre aleatoriamente dentro do
reator.
Média moléculas curtas=PM pequeno=IF alto
Média moléculas compridas=PM grande=IF baixo
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Peso Molecular
• Baixo peso – 100g/mol = líquido / gás;
• Médio peso – 1.000g/mol = pastoso / ceras;
• Alto peso – >10.000g/mol = sólido.
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Características do Material
Propriedades IF
Resistência Tração
Rigidez
Dureza
Alongamento
Resistência Impacto
Contração
Temp. Amolecimento
Material
menos
viscoso
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Tipo de Processo Adequado
Processo Exigência
Processo
Exigência
Aplicação
Característica
Material
Injeção Alta Fluidez Resist.Impacto PM Baixo
Baixa contração Rigidez DPM Estreita
Parede Grossa DensidadeMaior
Sopro Resist. Fundido Resistência
Empilhamento
PM Médio / Alto
Boa Produtiv. Resist.
Tensofissuramento
DPM Média
Parede Fina Densidade Maior ou
Menor
Filme Resist. Fundido Rigidez PM Alto
Boa Produtividade Resist. Perfuração DPM Larga
Parede Muito Fina Resist. Prop. Rasgo Densidade Maior ou
Menor
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Densidade
• É o maior ou menor grau de “organização ” das moléculas
do polímero;
• As variações na disposição das moléculas dentro do
plástico conferem alterações nas propriedades como, por
exemplo, transparência, flexibilidade, dureza ...
- organizadas = + amorfo = - densidade
+ organizadas = +cristalino = +densidade
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Densidade x Propriedades
Propriedades Densidade
(cristalinidade)
Resistência Tração
Elasticidade
Dureza
Resist. Química
Impermeabilidade Gás
Resist. Impacto
Transparência
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Distribuição do Peso Molecular
DPM
O polímero é composto por moléculas de diferentes
tamanhos que se agrupadas concentram-se
próximo a um tamanho ou se dispersam da média.
Estreita Larga
Moléculas diferentes tamanhosMoléculas tamanhos próximos
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DPM x Processamento
• A DPM exerce influência direta nas propriedades do
polímero no estado fundido, no que se refere a viscosidade,
pois as moléculas de tamanho menor servem como
lubrificantes para as maiores, nos casos onde a distribuição
é larga;
• Com relação ao ponto de fusão, o plástico com DPM
estreita terá o ponto mais definido que o material com
DPM maior;
• O processo de injeção necessita de uma DPM mais estreita
enquanto os demais processos uma DPM mais larga
(Processos onde ocorram estiramento).
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Peso Molecular Médio e Distribuições
(DPM)
• Uma das características mais importante que distingue os
polímeros sintéticos de uma simples molécula orgânica é a
inabilidade deste em apresentar uma massa molecular
exata;
• Determinado por eventos puramente estatísticos;
• Comprimento da cadeia  depende do tempo de
crescimento da molécula antes de ser terminada
(aleatório).
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Efeito da temperatura de resfriamento na estrutura e
comportamento dos termoplásticos
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Resumo das Propriedades
Propriedades Alta Cristalinidade Alto PM Estreita DPM
Viscosidade à fusão aumenta aumenta aumenta levemente
Temp. amolecimento aumenta muito aumenta levemente aumenta levemente
Tensão a deformação aumenta muito aumenta levemente -
Tensão a ruptura diminui levemente aumenta aumenta levemente
Alongamento a ruptura diminui diminui aumenta
Flexibilidade diminui - -
Dureza aumenta muito aumenta levemente -
Resistência a abrasão aumenta aumenta levemente -
Contração maior maior -
Empenamento levemente maior maior maior
Resistência impacto diminui aumenta -
Fragilidade baixa temp. diminui aumenta aumenta
Impermeabilidade gás / liq. aumenta muito aumenta levemente -
Resist. graxas e óleos aumenta aumenta levemente -
Transparência diminui diminui -
Brilho aumenta diminui -
Estiramento aumenta levemente diminui muito diminui
Constante dielétrica levemente maior - -
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Propriedades Físicas e Mecânicas
Plástico Aspecto
Visual
Temperatura
de Fusão (C)
Outras
Propriedades
Aplicações Principais Comportamento
Quanto à
Inflamabilidade
PEAD incolor,
opaco
130-135 alta rigidez e
resistência
tampas, vasilhames
frascos em geral
queima lenta, chama
amarela, com odor de
vela
PEBD incolor,
translúcido
a opaco
109-125 alta flexibilidade
e boa resistência
mecânica
utensílios domésticos
sacos, frascos flexíveis
queima lenta, chama
amarela, com odor de
vela
PP incolor,
opaco
160-170 boa resistência a
choques alta
resistência
química
pára-choques de carro
garrafas, pacotes
queima lenta, chama
amarela, com odor de
vela
PS incolor,
transparente
235 grande rigidez;
baixa resistência
a choques ou
riscos;
transparência
utensílios domésticos
rígidos, brinquedos,
industria eletrônica
queima rápida, chama
amarela/laranja, com
odor de estireno
PVC incolor,
transparente
273 flexibilidade com
adição de
modificadores;
alta resistência à
chama
tubos rígidos
água/esgoto tubos
flexíveis, cortinas
queima difícil, com
carbonização e chama
amarelada com toques
verdes
PET incolor,
transparente
opaco
250-270 alta resistência
mecânica e
química,
transparência e
brilho
fibras têxteis, frascos
de refrigerante, mantas
de impermeabilização
queima razoavelmente
rápida, com chama
amarela fuliginosa
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Modificação das Propriedades dos Polímeros
 Misturas de polímeros
(blendas)
- Maior resistência ao impacto e a
deformação permanente
 Compósitos
(compostos - polímeros
com cargas)
- Aumento do módulo de elasticidade e
resistência mecânica e ao calor
 Copolimerização
(modificação do
polímero “in situ”)
- Melhoria de diversas propriedades
químicas, físicas e mecânicas
 Modificação química de polímeros - Melhoria de diversas propriedades
químicas, físicas e mecânicas
ex: hidrólise de acetato de celulose, cloração
de borracha,etc..
 Envelhecimento e despolimerização - Redução de peso molecular (modificação
involuntária sob efeito de vários agentes
como O2, O3, UV, calor, ácidos, etc.).
 Degradação - Modificação de peso molecular e
distribuição de pesos moleculares
(peróxidos, calor, etc.).
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Sistema de identificação adotado no Brasil
1. PET (poli tereftalato de etila) – garrafas de refrigerante,
fibras sintéticas, etc.;
2. PEAD (polietileno de alta densidade) – engradado de
bebidas, baldes, garrafa de álcool e produtos químicos
domésticos, bombonas, tambores, tubos para líquidos e
gases, tubo para água quente, tanque de combustível,
etc.;
3. PVC (policloreto de vinila) – tubos e conexões,
cobertura de fio elétrico, garrafa de óleo comestível,
calçados, forros, portas, janelas e casas, etc.;
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4. PEBD (polietileno de baixa densidade) – embalagens de
alimentos, sacolas, sacos para lixo, lona agrícola e filmes,
etc.;
5. PP (polipropileno) – embalagem para massas e biscoitos,
potes de margarina, seringas, utilidades domésticas,
autopeças, etc.;
6. PS (poliestireno) – eletrodomésticos, copos descartáveis,
componentes internos de refrigerador, etc.;
7. OUTROS – plásticos de engenharia e outras resinas.
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Polietileno pode ser dividido em:
PEBD - 0,910 a 0,925 g/cm3
PEMD - 0,926 a 0,940 g/cm3
PEAD - 0,941 a 0,965 g/cm3
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Processos de fabricação
Injeção
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Extrusão de balão
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Moldagem por Sopro
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Vulcanização dos Elastômeros
• É o processo de formação de ligações cruzadas
(reticulação) entre as cadeias dos átomos de
enxofre com as cadeias principais do polímero
aquecido.
• Trata-se de uma reação química irreversível,
tornando o elastômero um termofixo.
• Usa-se de 1 a 5 partes (em peso) de enxofre
para 100 partes de borracha. Excesso de
enxofre produz endurecimento da borracha e
reduz sua capacidade de se estender.
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Técnicas de Modelação de Fibras
• O processo segundo o qual as fibras são
modeladas é chamado de FIAÇÃO.
• Na maioria das vezes, as fibras são
submetidas à fiação a partir de seu estado
fundido.
• O material é aquecido e, em seguida, o
líquido é bombeado através de uma placa
conhecida como FIADORA com numerosos
orifícios redondos e pequenos.
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O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
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O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
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O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
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NOVOS MATERIAIS POLIMÉRICOS
• Biodegradáveis;
• Condutores de eletricidade;
• Plástico verde (polietileno a partir do etanol
de cana-de-açúcar).
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Polímero
que auto
se
regenera

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  • 1. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polímeros Ciência dos Materiais
  • 2. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 3. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Processamento, estrutura e propriedades processamento estrutura propriedades
  • 4. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Materiais: estrutura e propriedades Material Estrutura Propriedades Ligação Cristali- nidade Estabilidade Conduti- bilidade Mecânica Cerâmico Iônica, covalente Amorfa, cristalina Alta Média Média Metálico Metálica Cristalina Média Alta Alta Polimérico Covalente, van der Waals Amorfa, semicristalina Baixa Baixa Baixa [VanVlack,1984]
  • 5. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Estabilidade térmica e química Suscetível a corrosão, oxidaçãoMetal Resistente a corrosão, oxidação, altas temperaturas Cerâmica Degrada com solventes (orgânicos), altas temperaturas Polímero CaracterísticaMaterial
  • 6. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Condutividade elétrica [Callister,2000] 10-8 a 10-7Metal 10-6 a 1018Cerâmica 108 a 1017Polímero Resistividade elétrica (ohm-m)Material
  • 7. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Condutividade térmica [Callister,2000] 10 a 400Metal 1 a 500Cerâmica 0,01 a 0,5Polímero Condutividade térmica (W/m.K)Material
  • 8. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Módulos de elasticidade 10 a 400Metal 10 a 1200Cerâmica 0,002 a 5Polímero Módulo de elasticidade (GPa)Material [Callister,2000]
  • 9. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Resistência mecânica 100 a 2400Metal 10 a 1500Cerâmica 10 a 90Polímero Resistência sob tensão (MPa)Material [Callister,2000]
  • 10. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Deformação 1 a 60Metal -Cerâmica 1 a 1400Polímero Deformação (%)Material [Callister,2000]
  • 11. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Tenacidade à fratura 20 a 90Metal 0,3 a 12Cerâmica 0,5 a 6Polímero Tenacidade a fratura (MPa.m-1/2)Material [Callister,2000]
  • 12. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado TIPO DE MATERIAL CARACTERÍSTICAS CONSTITUINTES METÁLICO Média - alta resistência mecânica Alta ductilidade Bom condutor térmico e elétrico baixa - alta temperatura de fusão Baixa - alta dureza Elementos metálicos e não-metálicos POLIMÉRICO Bom isolante térmico e elétrico Alta ductilidade Baixa resistência mecânica Baixa dureza Baixa estabilidade térmica Cadeias moleculares orgânicas CERÂMICO Alta resistência mecânica Alta fragilidade Bom isolante térmico e elétrico Alta temperatura de fusão Alta dureza Óxidos silicatos nitretos
  • 13. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Um conceito Plástico (comportamento) refere-se a materiais que se deformam plasticamente, ou seja, não retornam a forma original após moldados. Este material, conhecido tecnicamente como polímero, são moléculas muito grandes compostas por micropartes que se repetem unidas ao longo da cadeia molecular.
  • 14. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polímeros • MONÔMEROS • MACROMOLÉCULAS • Monômeros com: • Ligações são simples - saturada • CnH2n+2 são denominadas parafinas – Etano: C2H6 • Ligações duplas ou triplas – insaturadas – p.ex.: • Etileno (eteno): C2H4 • Acetileno (etino): C2H2
  • 15. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado •Etano •Etileno Eteno •Acetileno Etino saturada insaturada insaturada
  • 16. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado CnH2n+2 CnH2n
  • 17. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado • Polímeros – macromoléculas orgânicas, sintéticas ou naturais; • Naturais – couro, seda, chifre, algodão, lã, madeira, borracha, etc; • Baseados em átomos de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor e outros não metálicos; • Ligação química entre átomos da cadeia é covalente • Ligação entre as cadeias é fraca, geralmente dipolar (van der Waals).
  • 18. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Bicho-da-seda e casulo
  • 19. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Borracha natural - látex
  • 20. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado CARACTERÍSTICAS POLÍMEROS • São geralmente leves, isolantes elétricos e térmicos, flexíveis e apresentam boa resistência a corrosão e baixa resistência ao calor; • Os desenvolvimento dos plásticos modernos ocorreu principalmente após 1930, depois que a química orgânica foi criada.
  • 21. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Tipos de Macromoléculas • Macromoléculas sintéticas orgânicas: polietileno, policloreto de vinila, náilon e outros; • Macromoléculas naturais orgânicas: couro, seda, chifre, algodão, lã, madeira, borracha natural, cabelo, unha; • Macromoléculas naturais inorgânicas: diamante, grafite, sílica e asbesto; • Macromoléculas sintéticas inorgânicas: ácido polifosfórico e policloreto de fosfonitrila. • Compostos orgânicos são os compostos do elemento carbono com propriedades características. Além do carbono, os principais elementos que compõem a grande maioria das substâncias orgânicas são: hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), enxofre (S) e halogênios (Cl, Br e I).
  • 22. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Fontes de polímeros sintéticos • Petróleo e Gás natural. • Destilação do petróleo  nafta • Álcool de cana de açúcar
  • 23. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 24. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Classificação: Termoplásticos: Geralmente de cadeias lineares, podem ser amolecidos sob ação de calor, deformados sob ação de tensões e após o resfriamento, recuperam a natureza sólida. Este processo pode ser repetido. Podem ser conformados novamente. Reciclagem de peças e aparas de processo. Muitos são parcialmente cristalinos e outros totalmente amorfos. Ex.: polietileno, PVC, PP, PS.
  • 25. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Termorrígidos / Termofixos: Cadeias mais complexas são conformáveis plasticamente em apenas um estágio intermediário de sua fabricação. O produto final é duro e não amolece mais com aplicação de calor. Não são atualmente recicláveis. Os termorrígidos são totalmente amorfos. Ex.: baquelite, resinas epoxi, poliésteres, PU, etc.
  • 26. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Elastômeros: São materiais conformáveis plasticamente, que se alongam elasticamente de maneira acentuada até a temperatura de decomposição e mantém estas características em baixas temperaturas. Os elastômeros são estruturalmente similares aos termoplásticos, são parcialmente cristalinos. Ex.: borracha natural, neopreno, borracha de estireno, de butila, de nitrila.
  • 27. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Do gás ao Plástico 3 Geração Injeção / Sopro / Extrusão Indústrias Transformadoras 2 Geração Polimerização OPP / Bayer /DOW 1 Geração Refino da Nafta Copesul Refinaria Petrobrás Extração da Nafta Nafta Etileno Propileno PP PEBD PEAD PS Utilidades Domésticas Peças de Automóveis
  • 28. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização • adição – Iniciação, Propagação e Término • condensação - reação de duas ou mais substâncias diferentes com a eliminação de água e HCl, geralmente.
  • 29. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização Gás-monômero Pressão Temperatura Catalisadores Reator
  • 30. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização por adição
  • 31. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização por adição A molécula de peróxido de hidrogênio (H2O2) fornece dois radicais de hidroxila, OH, que servem para iniciar e finalizar a polimerização do eteno em polietileno. iniciação propagação terminação
  • 32. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização por adição
  • 33. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Diagrama esquemático do processo de polimerização por adição
  • 34. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização por condensação fenol formaldeído Um único primeiro estágio na formação de fenol- formaldeído por um processo de crescimento em estágios (polimerização por condensação). Uma molécula de água é o produto da condensação.
  • 35. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Diagrama esquemático do processo de polimerização por condensação: (a) cadeias lineares e (b) cadeias não-lineares
  • 36. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polimerização por condensação ©2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license. Dimetil Tereftalato Etileno Glicol Poli Tereftalato de Etila Álcool Metílico
  • 37. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Estrutura dos Molecular • Cadeias: • lineares são formadas por monômeros bifuncionais, possuem alta plasticidade a quente. • ramificadas são obtidos quando cadeias lineares formam ligações paralelas no corpo do monômero, o que limita o seu movimento. • ligações cruzadas são formados quando uma ligação ocorre entre duas cadeias lineares, típico das borrachas. • em rede são formados por monômeros com 3 ou mais ligações covalentes, ou por muitas ligações cruzadas.
  • 38. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 39. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Arranjo tridimensional da baquelite (em rede).
  • 40. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 41. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Estrutura dos Polímeros Polímeros Natural Sintético Proteínas Polinucleotídios Elastômeros Termoplásticos Polisacarídios Termofixos Gomas e Resinas
  • 42. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Estrutura dos Polímeros  Polímeros sintéticos  Devido ao grande número de polímeros cobrindo uma faixa ampla de propriedades, estes podem ser divididos em 3 classes principais:  Plásticos  Fibras  Elastômeros
  • 43. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Classificação do ponto de vista tecnológico (Curvas de tensão-deformação)  Plásticos rígidos e Fibras:  Alta resistência a deformação.  Alto módulo a baixos percentuais de alongamento.  Elastômeros:  Baixa resistência a deformação.  Grandes deformações reversíveis sob baixas tensões e alta elasticidade.  Plásticos Flexíveis:  Comportamento intermediário entre os acima. • A linha de divisão entre as três classes não é muito clara. • Plástico pode ser usado como tal ou sob forma de fibra. • Plástico acima da sua Tg (Temperatura de Transição Vítrea) com ligações cruzadas = elastômero
  • 44. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Características dos polímeros Termoplásticos  Amolece quando aquecido acima da temperatura de fusão (Tm), moldável a quente e endurece quando resfriado. Este processo pode ser feito repetidamente.  Alta estabilidade térmica = esterilização - PP  Transparência = qualidade ótica - PMMA, PS, PC  Resistência química e baixo coeficiente de fricção - PTFE  Resistência ao impacto e Flexibilidade - PE  Flexibilidade, estabilidade - PVC plastificado
  • 45. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Características dos polímeros Termofixos (termorrígido)  Abrasão e estabilidade dimensional superior as dos termoplásticos com melhor módulo de flexão e resistência ao impacto;  Mudam irreversivelmente com o aquecimento: Produtos solúveis  resinas com alto teor de ramificações cruzadas;  Não moldáveis por fluxo;  Artefatos devem ser fabricados durante o processo de cruzamento de ligação “crosslinking”.
  • 46. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Morfologia dos Polímeros • O termo técnico que designa o arranjo das macromoléculas que definem o grau de cristalinidade é morfologia. • Morfologias esquemáticas dos materiais poliméricos. a) termoplástico amorfo, b) termoplástico parcialmente cristalino, c) elastômero e d) termorrígido.
  • 47. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Amorfos • As ligações químicas no interior da cadeia são geralmente ligações covalentes muito fortes, por sua vez, as ligações entre as cadeias são ligações secundárias fracas. Além disso, as ligações covalentes são direcionais. Arranjo tridimensional da baquelite
  • 48. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Grau de Cristalinidade Tipos de arranjos especiais dos radicais méricos na macromolécula (grau de taticidade). Grau de cristalinidade 3 1 2
  • 49. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado • Os polímeros isotáticos e sindiotáticos cristalizam muito mais facilmente, pois a regularidade da geometria dos grupos laterais facilita o processo de encaixe das cadeias adjacentes; • Nos copolímeros, como regra geral, quanto mais irregulares e quanto maior for a aleatoriedade dos arranjos das unidades mero, maior será a tendência para o desenvolvimento de um material não- cristalino, i.e., amorfo. Grau de Cristalinidade
  • 50. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 51. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado • Homopolímero - quando a macromolécula do polímero é constituída de um único tipo de mero. • Copolímero - quando o polímero é uma combinação de mais de um mero. Homopolímeros e Copolímeros
  • 52. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado (a) monômeros alternados, (b) monômeros randômicos, (c) copolímeros em bloco, e (d) copolímero grafitizados. Copolímeros
  • 53. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Blendas • As blendas poliméricas são misturas físicas de homopolímeros ou copolímeros, combinando propriedades de diferentes componentes e resultando em materiais com propriedades especiais. A morfologia das blendas depende de diversos fatores, como: miscibilidade dos componentes e suas propriedades reológicas, composição da mistura e condições de processamento.
  • 54. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Uma blenda de polietileno e policloreto de vinila é semelhante a uma liga metálica com solubilidade sólida limitada. Não apresentam ligação covalente entre elas.
  • 55. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Índice de Fluidez O que é? • Indicativo de quanto material flui num determinado tempo, temperatura e pressão, padrão, para servir como comparação entre os polímeros (ASTM 1238); • Fornece uma relação direta da facilidade de processamento, do peso molecular, das características do material e do tipo de processo adequado;
  • 56. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Facilidade de Processamento • Quanto mais alto o IF (Índice de Fluidez), menos viscoso é o material fundido, logo, o esforço realizado pela máquina é menor; “ Mais fácil de processar ” • O inverso é verdadeiro;
  • 57. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Peso Molecular • O peso molecular é dado pela média dos comprimentos das cadeias que formam o polímero, tendo em vista que o crescimento das cadeias ocorre aleatoriamente dentro do reator. Média moléculas curtas=PM pequeno=IF alto Média moléculas compridas=PM grande=IF baixo
  • 58. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Peso Molecular • Baixo peso – 100g/mol = líquido / gás; • Médio peso – 1.000g/mol = pastoso / ceras; • Alto peso – >10.000g/mol = sólido.
  • 59. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Características do Material Propriedades IF Resistência Tração Rigidez Dureza Alongamento Resistência Impacto Contração Temp. Amolecimento Material menos viscoso
  • 60. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Tipo de Processo Adequado Processo Exigência Processo Exigência Aplicação Característica Material Injeção Alta Fluidez Resist.Impacto PM Baixo Baixa contração Rigidez DPM Estreita Parede Grossa DensidadeMaior Sopro Resist. Fundido Resistência Empilhamento PM Médio / Alto Boa Produtiv. Resist. Tensofissuramento DPM Média Parede Fina Densidade Maior ou Menor Filme Resist. Fundido Rigidez PM Alto Boa Produtividade Resist. Perfuração DPM Larga Parede Muito Fina Resist. Prop. Rasgo Densidade Maior ou Menor
  • 61. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Densidade • É o maior ou menor grau de “organização ” das moléculas do polímero; • As variações na disposição das moléculas dentro do plástico conferem alterações nas propriedades como, por exemplo, transparência, flexibilidade, dureza ... - organizadas = + amorfo = - densidade + organizadas = +cristalino = +densidade
  • 62. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Densidade x Propriedades Propriedades Densidade (cristalinidade) Resistência Tração Elasticidade Dureza Resist. Química Impermeabilidade Gás Resist. Impacto Transparência
  • 63. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Distribuição do Peso Molecular DPM O polímero é composto por moléculas de diferentes tamanhos que se agrupadas concentram-se próximo a um tamanho ou se dispersam da média. Estreita Larga Moléculas diferentes tamanhosMoléculas tamanhos próximos
  • 64. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado DPM x Processamento • A DPM exerce influência direta nas propriedades do polímero no estado fundido, no que se refere a viscosidade, pois as moléculas de tamanho menor servem como lubrificantes para as maiores, nos casos onde a distribuição é larga; • Com relação ao ponto de fusão, o plástico com DPM estreita terá o ponto mais definido que o material com DPM maior; • O processo de injeção necessita de uma DPM mais estreita enquanto os demais processos uma DPM mais larga (Processos onde ocorram estiramento).
  • 65. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Peso Molecular Médio e Distribuições (DPM) • Uma das características mais importante que distingue os polímeros sintéticos de uma simples molécula orgânica é a inabilidade deste em apresentar uma massa molecular exata; • Determinado por eventos puramente estatísticos; • Comprimento da cadeia  depende do tempo de crescimento da molécula antes de ser terminada (aleatório).
  • 66. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado ©2003Brooks/Cole,adivisionofThomsonLearning,Inc.ThomsonLearning™isatrademarkusedhereinunderlicense. Efeito da temperatura de resfriamento na estrutura e comportamento dos termoplásticos
  • 67. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Resumo das Propriedades Propriedades Alta Cristalinidade Alto PM Estreita DPM Viscosidade à fusão aumenta aumenta aumenta levemente Temp. amolecimento aumenta muito aumenta levemente aumenta levemente Tensão a deformação aumenta muito aumenta levemente - Tensão a ruptura diminui levemente aumenta aumenta levemente Alongamento a ruptura diminui diminui aumenta Flexibilidade diminui - - Dureza aumenta muito aumenta levemente - Resistência a abrasão aumenta aumenta levemente - Contração maior maior - Empenamento levemente maior maior maior Resistência impacto diminui aumenta - Fragilidade baixa temp. diminui aumenta aumenta Impermeabilidade gás / liq. aumenta muito aumenta levemente - Resist. graxas e óleos aumenta aumenta levemente - Transparência diminui diminui - Brilho aumenta diminui - Estiramento aumenta levemente diminui muito diminui Constante dielétrica levemente maior - -
  • 68. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Propriedades Físicas e Mecânicas Plástico Aspecto Visual Temperatura de Fusão (C) Outras Propriedades Aplicações Principais Comportamento Quanto à Inflamabilidade PEAD incolor, opaco 130-135 alta rigidez e resistência tampas, vasilhames frascos em geral queima lenta, chama amarela, com odor de vela PEBD incolor, translúcido a opaco 109-125 alta flexibilidade e boa resistência mecânica utensílios domésticos sacos, frascos flexíveis queima lenta, chama amarela, com odor de vela PP incolor, opaco 160-170 boa resistência a choques alta resistência química pára-choques de carro garrafas, pacotes queima lenta, chama amarela, com odor de vela PS incolor, transparente 235 grande rigidez; baixa resistência a choques ou riscos; transparência utensílios domésticos rígidos, brinquedos, industria eletrônica queima rápida, chama amarela/laranja, com odor de estireno PVC incolor, transparente 273 flexibilidade com adição de modificadores; alta resistência à chama tubos rígidos água/esgoto tubos flexíveis, cortinas queima difícil, com carbonização e chama amarelada com toques verdes PET incolor, transparente opaco 250-270 alta resistência mecânica e química, transparência e brilho fibras têxteis, frascos de refrigerante, mantas de impermeabilização queima razoavelmente rápida, com chama amarela fuliginosa
  • 69. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Modificação das Propriedades dos Polímeros  Misturas de polímeros (blendas) - Maior resistência ao impacto e a deformação permanente  Compósitos (compostos - polímeros com cargas) - Aumento do módulo de elasticidade e resistência mecânica e ao calor  Copolimerização (modificação do polímero “in situ”) - Melhoria de diversas propriedades químicas, físicas e mecânicas  Modificação química de polímeros - Melhoria de diversas propriedades químicas, físicas e mecânicas ex: hidrólise de acetato de celulose, cloração de borracha,etc..  Envelhecimento e despolimerização - Redução de peso molecular (modificação involuntária sob efeito de vários agentes como O2, O3, UV, calor, ácidos, etc.).  Degradação - Modificação de peso molecular e distribuição de pesos moleculares (peróxidos, calor, etc.).
  • 70. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Sistema de identificação adotado no Brasil 1. PET (poli tereftalato de etila) – garrafas de refrigerante, fibras sintéticas, etc.; 2. PEAD (polietileno de alta densidade) – engradado de bebidas, baldes, garrafa de álcool e produtos químicos domésticos, bombonas, tambores, tubos para líquidos e gases, tubo para água quente, tanque de combustível, etc.; 3. PVC (policloreto de vinila) – tubos e conexões, cobertura de fio elétrico, garrafa de óleo comestível, calçados, forros, portas, janelas e casas, etc.;
  • 71. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado 4. PEBD (polietileno de baixa densidade) – embalagens de alimentos, sacolas, sacos para lixo, lona agrícola e filmes, etc.; 5. PP (polipropileno) – embalagem para massas e biscoitos, potes de margarina, seringas, utilidades domésticas, autopeças, etc.; 6. PS (poliestireno) – eletrodomésticos, copos descartáveis, componentes internos de refrigerador, etc.; 7. OUTROS – plásticos de engenharia e outras resinas.
  • 72. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polietileno pode ser dividido em: PEBD - 0,910 a 0,925 g/cm3 PEMD - 0,926 a 0,940 g/cm3 PEAD - 0,941 a 0,965 g/cm3
  • 73. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Processos de fabricação Injeção
  • 74. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado
  • 75. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Extrusão de balão
  • 76. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado ©2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license.
  • 77. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Moldagem por Sopro
  • 78. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado ©2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning™ is a trademark used herein under license.
  • 79. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Vulcanização dos Elastômeros • É o processo de formação de ligações cruzadas (reticulação) entre as cadeias dos átomos de enxofre com as cadeias principais do polímero aquecido. • Trata-se de uma reação química irreversível, tornando o elastômero um termofixo. • Usa-se de 1 a 5 partes (em peso) de enxofre para 100 partes de borracha. Excesso de enxofre produz endurecimento da borracha e reduz sua capacidade de se estender.
  • 80. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Técnicas de Modelação de Fibras • O processo segundo o qual as fibras são modeladas é chamado de FIAÇÃO. • Na maioria das vezes, as fibras são submetidas à fiação a partir de seu estado fundido. • O material é aquecido e, em seguida, o líquido é bombeado através de uma placa conhecida como FIADORA com numerosos orifícios redondos e pequenos.
  • 81. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
  • 82. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
  • 83. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado O PROCESSO DE METALIZAÇÃO
  • 84. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado NOVOS MATERIAIS POLIMÉRICOS • Biodegradáveis; • Condutores de eletricidade; • Plástico verde (polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar).
  • 85. Ciências dos Materiais – Aula 10 Prof. Felipe D. Machado Polímero que auto se regenera