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Polímeros são macromoléculas resultantes da união de
moléculas menores
Se preferir, vá direto ao ponto Exibir
Polímeros são macromoléculas originadas a partir da união de várias unidades de moléculas
menores, chamadas de monômeros. A palavra deriva do grego poli, que significa muitas, e meros,
partes. Os monômeros se unem por meio de ligações covalentes em uma reação química conhecida
como polimerização. O polietileno, por exemplo, é um polímero sintético formado a partir de
ligações cruzadas de diversas moléculas de etileno.
Para o que serve
Em uma reação de polimerização, a molécula inicial (monômero) vai sucessivamente se unindo a
outras, dando origem ao dímero, trímero, tetrâmero, até chegar ao polímero. Aparentemente, as
reações de polimerização poderiam prosseguir, sem parar, até produzir uma molécula de tamanho
“infinito”, mas fatores práticos limitam a continuação da reação.
Os polímeros não são novos – eles têm sido utilizados desde a Antiguidade. Naquela época, no
entanto, só eram usados os naturais, como couro, lã e borracha. A síntese artificial dessas
moléculas é um processo que requer alta tecnologia, já que envolve reações de química orgânica,
ciência que passou a ser dominada somente a partir do século XIX. Nesse cenário, eles podem ser
classificados em naturais e artificiais, ou sintéticos.
Além da natureza, eles podem ser classificados de diversas outras maneiras, como quantidade de
monômeros, comportamento mecânico e método de obtenção.
Classificação
Como dito anteriormente, os polímeros podem ser classificados de várias maneiras. Saiba mais
sobre cada uma dessas classificações:
Quantidade de monômeros
De acordo com a quantidade de monômeros, podem ser classificados em homopolímero e
copolímero:
Homopolímero: formados por apenas um tipo de monômero;
Copolímero: formados por dois ou mais tipos de monômeros.
Natureza do polímero
Além disso, conforme a natureza, os polímeros podem ser naturais ou sintéticos:
Naturais: encontrados na natureza. Borracha, couro, lã, amido, celulose e proteína são exemplos
de polímeros naturais;
Sintéticos: produzidos em laboratório, geralmente a partir de petróleo. Polietileno, polipropileno
(PP), policloreto de vinila (PVC) e polimetacrilato de metila são exemplos.
Vale ressaltar que os polímeros sintéticos podem ser utilizados como matéria prima de inúmeros
objetos. Alguns exemplos são sacolas plásticas, panelas antiaderentes, para-choques de
automóveis, canos para água, mantas, colas, tintas e chicletes.
Método de obtenção
De acordo com o método de obtenção, eles podem ser classificados em polímeros de adição, de
condensação e de rearranjo:
Adição: obtidos por meio da adição constante de um mesmo monômero;
Rearranjo: obtidos por meio de rearranjos em suas cadeias poliméricas e estruturas poliméricas;
Condensação: é chamado de polímero de condensação aquele que é obtido por meio da adição de dois
monômeros diferentes, com eliminação de uma substância mais simples, como água.
Comportamento mecânico
Imagem de Imthaz Ahamed no Unsplash
Ainda, conforme o comportamento mecânico, os polímeros podem ser classificados em
borrachas, plásticos e fibras sintéticas:
Plásticos: produzidos a partir do petróleo. Os plásticos podem ser termoplásticos ou termofixos;
Fibras: produzidos a partir de elementos naturais ou artificiais. Enquanto a fibra natural utiliza folhas,
frutos e algodão em sua produção, a artificial é feita em laboratórios por meio da união de dois monômeros
diferentes.
Borrachas: produzidos a partir de elementos naturais ou artificiais. Enquanto a borracha natural é feita
com látex, a artificial é feita em laboratórios por meio da união de dois monômeros diferentes.
Estrutura dos polímeros
Os polímeros podem ter estrutura linear ou tridimensional:
Polímeros lineares
Nos lineares, as macromoléculas são encadeamentos lineares (normais ou ramificados) de átomos.
Nesse caso, eles formam fios que se mantêm isolados uns dos outros. Os polímeros lineares são
termoplásticos, isto é, podem ser amolecidos pelo calor e endurecidos pelo resfriamento, repetidas
vezes, sem perder suas propriedades. Um exemplo desse tipo é o polietileno de baixa densidade.
Polímeros tridimensionais
Os polímeros tridimensionais têm macromoléculas que formam ligações em todas as direções do
espaço. Nesse caso, eles possuem um trançado tridimensional e bastante rígido. Eles são
termofixos, isto é, uma vez preparados, eles não podem ser amolecidos pelo calor e remoldados,
sob pena de se decomporem. Um exemplo desse tipo de polímero é a resina formol-formaldeído.
Polímeros biodegradáveis
Os polímeros biodegradáveis ou biopolímeros são compostos químicos produzidos a partir da
ação de seres vivos ou fontes de energia renováveis, como cana-de-açúcar, milho e fécula de
mandioca. Enquanto as fósseis podem levar milhares de anos para se formar,
as renováveis apresentam ciclos de vida significativamente menores.
A criação de objetos e materiais a base de biopolímeros oferece diversas alternativas para
a sustentabilidade. Fatores econômicos e socioambientais também colaboram para o crescimento
do seu uso. A grande parte dos polímeros sintéticos não sofrem biodegradação, levando milhares
de anos para se decompor na natureza. Outra desvantagem diz respeito ao processo de produção
desses materiais, que gera grande impacto ambiental.
Por isso, a fabricação de polímeros biodegradáveis é muito importante. Como exemplo, pode-se
citar os polissacarídeos, formados pela união de vários monossacarídeos e os peptídeos,
constituídos pela junção de inúmeros aminoácidos.

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  • 1. Polímeros são macromoléculas resultantes da união de moléculas menores Se preferir, vá direto ao ponto Exibir Polímeros são macromoléculas originadas a partir da união de várias unidades de moléculas menores, chamadas de monômeros. A palavra deriva do grego poli, que significa muitas, e meros, partes. Os monômeros se unem por meio de ligações covalentes em uma reação química conhecida como polimerização. O polietileno, por exemplo, é um polímero sintético formado a partir de ligações cruzadas de diversas moléculas de etileno. Para o que serve Em uma reação de polimerização, a molécula inicial (monômero) vai sucessivamente se unindo a outras, dando origem ao dímero, trímero, tetrâmero, até chegar ao polímero. Aparentemente, as reações de polimerização poderiam prosseguir, sem parar, até produzir uma molécula de tamanho “infinito”, mas fatores práticos limitam a continuação da reação. Os polímeros não são novos – eles têm sido utilizados desde a Antiguidade. Naquela época, no entanto, só eram usados os naturais, como couro, lã e borracha. A síntese artificial dessas moléculas é um processo que requer alta tecnologia, já que envolve reações de química orgânica,
  • 2. ciência que passou a ser dominada somente a partir do século XIX. Nesse cenário, eles podem ser classificados em naturais e artificiais, ou sintéticos. Além da natureza, eles podem ser classificados de diversas outras maneiras, como quantidade de monômeros, comportamento mecânico e método de obtenção. Classificação Como dito anteriormente, os polímeros podem ser classificados de várias maneiras. Saiba mais sobre cada uma dessas classificações: Quantidade de monômeros De acordo com a quantidade de monômeros, podem ser classificados em homopolímero e copolímero: Homopolímero: formados por apenas um tipo de monômero; Copolímero: formados por dois ou mais tipos de monômeros. Natureza do polímero
  • 3. Além disso, conforme a natureza, os polímeros podem ser naturais ou sintéticos: Naturais: encontrados na natureza. Borracha, couro, lã, amido, celulose e proteína são exemplos de polímeros naturais; Sintéticos: produzidos em laboratório, geralmente a partir de petróleo. Polietileno, polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC) e polimetacrilato de metila são exemplos. Vale ressaltar que os polímeros sintéticos podem ser utilizados como matéria prima de inúmeros objetos. Alguns exemplos são sacolas plásticas, panelas antiaderentes, para-choques de automóveis, canos para água, mantas, colas, tintas e chicletes. Método de obtenção De acordo com o método de obtenção, eles podem ser classificados em polímeros de adição, de condensação e de rearranjo: Adição: obtidos por meio da adição constante de um mesmo monômero; Rearranjo: obtidos por meio de rearranjos em suas cadeias poliméricas e estruturas poliméricas; Condensação: é chamado de polímero de condensação aquele que é obtido por meio da adição de dois monômeros diferentes, com eliminação de uma substância mais simples, como água.
  • 4. Comportamento mecânico Imagem de Imthaz Ahamed no Unsplash Ainda, conforme o comportamento mecânico, os polímeros podem ser classificados em borrachas, plásticos e fibras sintéticas: Plásticos: produzidos a partir do petróleo. Os plásticos podem ser termoplásticos ou termofixos; Fibras: produzidos a partir de elementos naturais ou artificiais. Enquanto a fibra natural utiliza folhas, frutos e algodão em sua produção, a artificial é feita em laboratórios por meio da união de dois monômeros
  • 5. diferentes. Borrachas: produzidos a partir de elementos naturais ou artificiais. Enquanto a borracha natural é feita com látex, a artificial é feita em laboratórios por meio da união de dois monômeros diferentes. Estrutura dos polímeros Os polímeros podem ter estrutura linear ou tridimensional: Polímeros lineares Nos lineares, as macromoléculas são encadeamentos lineares (normais ou ramificados) de átomos. Nesse caso, eles formam fios que se mantêm isolados uns dos outros. Os polímeros lineares são termoplásticos, isto é, podem ser amolecidos pelo calor e endurecidos pelo resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas propriedades. Um exemplo desse tipo é o polietileno de baixa densidade. Polímeros tridimensionais Os polímeros tridimensionais têm macromoléculas que formam ligações em todas as direções do espaço. Nesse caso, eles possuem um trançado tridimensional e bastante rígido. Eles são termofixos, isto é, uma vez preparados, eles não podem ser amolecidos pelo calor e remoldados, sob pena de se decomporem. Um exemplo desse tipo de polímero é a resina formol-formaldeído.
  • 6. Polímeros biodegradáveis Os polímeros biodegradáveis ou biopolímeros são compostos químicos produzidos a partir da ação de seres vivos ou fontes de energia renováveis, como cana-de-açúcar, milho e fécula de mandioca. Enquanto as fósseis podem levar milhares de anos para se formar, as renováveis apresentam ciclos de vida significativamente menores. A criação de objetos e materiais a base de biopolímeros oferece diversas alternativas para a sustentabilidade. Fatores econômicos e socioambientais também colaboram para o crescimento do seu uso. A grande parte dos polímeros sintéticos não sofrem biodegradação, levando milhares de anos para se decompor na natureza. Outra desvantagem diz respeito ao processo de produção desses materiais, que gera grande impacto ambiental. Por isso, a fabricação de polímeros biodegradáveis é muito importante. Como exemplo, pode-se citar os polissacarídeos, formados pela união de vários monossacarídeos e os peptídeos, constituídos pela junção de inúmeros aminoácidos.