O documento descreve as principais características da arquitetura barroca, incluindo sua origem, função, estilo e exemplos marcantes de arquitetura religiosa, civil e urbanismo. Destaca projetos de Borromini, Bernini, Versalhes e praças italianas projetadas para impressionar e entreter o público.
3. Origem do vocábulo “barroco”
Garcia da Orta “Colóquio dos Simples e Drogas
da Índia”, 1563 : pérola deformada e irregular
Expressão artística que se desvia da perfeição,
da harmonia, do equilíbrio
4. Reflecte a sua época:
As contradições (poder/impotência,
pompa/despojamento)
As convulsões (conflitos sociais
religiosos e políticos)
A vida como um palco: teatro
mundi” (arte como efeito cénico
Retrato de Luis XIV, Henry
Testelin, 1668
S. Jerónimo que escreve,
Caravaggio,c. 1605
5. FUNÇÃO DA ARTE
Veicula uma mensagem ideológica
Política (poder e ostentação)
Religiosa (Pompa/Fé e Prazer/Mortalidade)
Destina-se a fascinar os
espetadores/população:
Persuadi-los
Estimular as emoções (dramatismo)
Aprisionar pelos sentidos (visual, auditivo e
olfactivo)
Recorre a :
Linhas curvas; jogos de luz; busca do infinito, dramatismo,
efeito cenográfico, recurso ao fantástico.
Triunfo do sagrado nome de
Jesus, Igreja de Jesus,
Giovanni Battista Gaulli, 1674-
1679
6. ARTE BARROCA
Associação arte e poder
Gosto/estilo resultante de influências clássicas com uma nova
linguagem decorativa
Expansão rápida pelos paises católicos após a contrareforma
Expansão do estilo barroca nos territórios coloniais (India, Brasil e México)
Influenciou paises protestantes (Alemanha, Holanda, Inglaterra)
O que é regular no Barroco??
8. ARQUITETURA BARROCA
Rápida difusão devido a programas de
construção/reconstrução:
Papas em Roma
Influência da Contrarreforma e Concílio de Trento
Absolutismo e encenação do poder real
Influências da Antiguidade Clássica e Renascimento
Elementos estruturais clássicos (colunas, frontões,
cúpulas, abóbadas)
Nova linguagem decorativa
Movimento, assimetria, fantasia
Jogo entre arquitectura/escultura/pintura/jardinagem/jogos de
água
Jogos de luz e sombra
Perspectiva e ilusão (plantas, tectos e cúpulas)
Efeito cénico
Fachada da Basílica della
Collegiata,
Stefano Ittar e Antonio Amato,
Século XVIII
9. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Adapta-se à nova liturgia (inclui a pregação, as músicas no orgão, a pompa)
A Igreja torna-se procura ser a imagem do Céu na Terra
sumptuosidade;
importância do exterior, atração de fiéis
Orgão da Igreja Beneditina de Ochsenhausen, Joseph
Gabler, 1729-33
Púlpito da Igreja Beneditina da Abadia de Melk
15. IGREJA DE IL GÉSU
Igreja de Il Gésu, Roma
(fachada de Giacomo della Porta,
1575)
Planta da Igreja de Il Gésu, Roma
Arquiteto Giocomo Vignola,
1568)
16. IGREJA DE IL GÉSU
Interior da Igreja de Il Gésu, Roma
17. IGREJA DE IL GÉSU
Interior da Igreja de Il Gésu, Roma
19. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Paredes ondulantes:
Côncavas ou convexas
Cobertas por:
• Estuques
• Pinturas
• retábulos em talha dourada
Borromini, Ig. De S. Carlos
das 4 Fontes, Roma, 1667
St. Peter e Paul Igreja de
Abadia de Melk
Fresco da capela lateral na
igreja de St Michael, Viena
Retábulo,Igreja N. Srª
dos Remédios, Lamego
20. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Coberturas (simbolizam o céu)
Cúpulas colossais
Abóbadas - sustentadas no exterior por contrafortes
decorados com volutas ou orelhões
Cúpula da catedral de S. Paulo , en Londres,
Christopher Wren en 1676.
Abóbada da igreja em Ouro
Preto - Minas Gerais
Igreja de Sta Maria da Saúde,
Veneza, B. Longhena, 1631
21. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Cúpula, Sant’Ivo alla Sapienza,
Projeto de Borromini, Roma
Cúpula da catedral de S. Paulo , en Londres,
Christopher Wren en 1676.
catedral de Tudela
22. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Fachadas:
Portal ganha importância em
detrimento das laterais
→ decoração vertical
→acumulação de ornamentos:
esculturas, cartelas, frontões,
colunas
Torres sineiras: reforçam a
verticalidade
Bernini, Sto André do Quirinal, 1658-
78, Roma
23. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Igreja e Oratórios de Nossa
Senhora da Consolação,
Guimarães
Entrada da Basilica di Santa Croce, em Lecce
24. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Decoração interior:
Em paredes, abóbadas e cúpulas
Pinturas a fresco
• Linhas ondulantes
• Profusão de elementos
• Trompe l’oeil
• Valorizadas pelas luz das janelas e da cúpula
• Temáticas religiosas
• Virtuosismo técnico dos pintores
• Prolongam elementos arquitectónicos
Mármores policromados, Talha dourada, Escultura, Retábulos, Telas, órgãos
Decoração exterior: Esconde as estruturas arquitectónicas fundamentais
Pormenor tecto M. Barroco
Setúbal. Autor(a) Fernando Pinho
26. ARQUITECTURA RELIGIOSA
Pietro Da Cortona (1596-1669)
Triunfo da Divina Providência,
Fresco, 1633-1639
Allegoria aos Jesuitas Missionarios,
(Sant'Ignazio, Rome)
47. ARQUITETURA CIVIL
Palácios
Integração na paisagem
Planta: em U ou duplo U
Fachada: a parte mais importante
3 andares, ligados por pilastras colossais
decoração abundante sobretudo no corpo central e na porta
escadaria monumental (exterior e interior)
2 lanços simétricos ou escadaria em elipse
decoração cenográfica
Estrutura interior:
Salão de festas no centro do primeiro andar (piano nobile)
Acesso por escadarias monumentais
48. ARQUITETURA CIVIL - PALÁCIOS
Planta em duplo u, Palácio de Versalhes
Palácio Barberini, Planta em U
58. ARQUITETURA CIVIL
Villas
Integração na paisagem
Importância dos jardins.
Importância dos jardins
Bosques, grutas, lagos, labirintos, pavilhões, estátuas
Organização geométrica e simétrica
Segundo o eixo que prolonga o eixo central do palácio
= jardim à francesa
Ligam escadarias, terraços, loggias
Espaços lúdicos e de ostentação
Espaços cenográficos
59. ARQUITETURA CIVIL - VILLAS
Villa Doria Pamphili, Alessandro Algardi, c. 1650, Roma
60. ARQUITETURA CIVIL - VILLAS
Villa Doria Pamphili, Alessandro Algardi, c. 1650, Roma
61. ARQUITETURA CIVIL - PALÁCIOS
Jardins do Palácio de Versalhes – Gruta articifial
66. ARQUITETURA CIVIL
Urbanismo
Avenidas rectas
Grandes praças circulares ou rectangulares
Fontes extravagantes
Jardins luxuriantes
Arte Urbana
Reflete a sociedade festiva
A pompa e circunstância das celebrações
67. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Traçado das ruas de Paris a partir do arco do Triunfo
71. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Churriguera, Plaza Mayor, Salamanca, Séc. XVIII
72. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Fontana di Trevi, de Nicola Salvi e Pietro Bracci, 1732-62, Roma
73. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Piazza Navona, Roma, Fontana dei Quattro Fiumi – Bernini, 1651
74. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Piazza Navona, Roma, Fontana del Moro– Giacomo della Porta, 1576
75. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Piazza Navona, Roma, Fontana di Nettuno– Giacomo della Porta, 1574
76. ARQUITETURA CIVIL - URBANISMO
Praça de Espanha (fonte Gian Lorenzo Bernini -1627/1629; escadaria de Alessandro
Specchi e Francesco de Sanctis – 1723/1726)
78. Objetivos
Caracterizar em linhas gerais a arte barroca
Caracterizar a arquitetura religiosa
Caracterizar a arquitetura civil
Caracterizar o Urbanismo barroco
Identificar diferentes elementos arquitectónicos nos
documentos
Identificar os principais arquitetos
Identificar a cidade que serviu de modelo ao
desenvolvimento do barroco