1. Módulo 3- Cultura do Mosteiro
Arquitetura Românica
HCA 10º Ano Prof. Carla Freitas
2. Termo Românico só foi aplicado no século XIX (manual pág 136)
Resulta da mistura de várias influências:
Arte da antiguidade clássica pagã
Arte paleocristã
Arte bizantina
Arte germânica
Arte islâmica
Surge com:
Desenvolvimento económico e social a partir do século XI
Fervor religioso relacionado com o fatalismo do ano mil (milenarismo)
• Novas construções
• Peregrinações
• Cruzadas
Ao serviço de:
Poder religioso (clero regular e secular)
Poder político (reis e senhores locais)
3. Expansão da arte românica:
Expansão das ordens religiosas
Reforma da ordem de Cluny (séc.
X)
Romarias e peregrinações:
• Itinerários : igrejas ao longo
dos caminhos
• Igrejas de peregrinação,
diferentes das monásticas
Cruzadas
elementos comuns (internacionalismo)
diversidades regionais (regionalismo)
Catedral de Santiago de Compostela, interior
4. Vias de peregrinação para Santiago de Compostela e as principais igrejas das escolas
arquitectónicas mais importantes
5. Mosteiro
Riqueza adquirida permitia encomendas de
grandes obras
Mosteiro iniciaram difusão do novo estilo
Complexidade arquitetónica:
Tipologia estabelecida pela Regra da Ordem
Dependências necessárias: oração; vida
comunitária
Disposição aquitetónica em redor do Claustro:
Ala Nascente, junto à cabeceira da Igreja
(sacristia, sala do capítulo, casa do abade, o
dormitório, e o scriptorium )
Ala Sul (refeitório, cozinhas, despensas, adegas)
Ala Poente (enfermaria e hospedaria)
Ala Norte, junto à igreja (parlatorium e
mandatum)
Mosteiro Fleury-Sur-Loire
Mosteiro Montecassino
6. Igrejas
Igrejas:
capelas rurais
de peregrinação;
Catedrais (cidades);
monacais;
Problema técnico: cobertura com abóbada de
pedra (madeira sujeita a incêndios)
arco romano
• Abóbada de berço ou de meio canhão
• Abóbada de arestas
Problema estético: articulação de um edifício
maciço
Arquiteto: geómetra, mecânico, escultor e
pintor
Notre-Dame-La-Grande
(Poitiers, França)
7. Plantas
Tipologias:
Centrada (circular,
cruz grega,
octogonal)
• Influência
bizantina e
carolíngia
• Pouco usada
Igreja de Saint-Front de Périgueux, França
10. Plantas
Tipologias:
Basilical ou cruz latina: a
mais usada
• Significado:
Geometria
Cristo crucificado
Cristo Homem
• Orientação para oriente
• Relação entre planta e
volumetria
Comprimento da igreja,
múltiplo da largura da
nave central
Largura das naves
laterais submúltiplo da
largura da nave central
12. Elementos da planta basilical
3 a 5 naves; a central é mais alta e
determina as medidas da catedral
Transepto
• Cruzeiro, encimado por torre lanterna
(zimbório)
• absidíolos
Cabeceira
• Ábside ou capela mor
• Deambulatório
• Coro
• Capelas radiantes
Cripta
Nartex e/ou átrio
Torres Cabeceira; cruzeiro
13. Coberturas e suportes
pressão exercida pelas abóbadas
de pedra define a concepção do
edifício:
Redução da altura
Redução das aberturas e da
iluminação
Grossos pilares:
• Grossos
• Compostos
• Cruciformes
• Colunelos adossados
Grossos muros
Contrafortes en chanfro
Iglesia San Pedro de Arrojo - Quirós (Asturias)
16. Coberturas e
suportes
Tipos de cobertura:
Abóbadas de berço
Abóbadas de arestas
(inicialmente apenas
nas naves laterais)
Cúpulas (influência
oriental)
• Sobre trompas
• Sobre pendentes
21. Coberturas e suportes
Composição das abóbadas:
Divisão em tramos:
• Unidades da abóbada +
suporte
• arcos toreiros, formeiros
e cruzeiros
• Ritmo horizontal do
espaço
• Em nº simbólico
23. Coberturas e suportes
Apoios da estrutura:
No interior:
• Sob os arcos - pilares
(cruciformes, com colunelos ou
pilastras adossadas) e colunas
• Sob as naves laterais - paredes
exteriores
No exterior:
• Paredes com contrafortes
adossados
• Topo: as absidíolas
• fachada
24. Alçado interno da nave principal:
Na horizontal: organização em tramos:
• Horizontalidade
• Sentido de ritmo
Na vertical: níveis bem definidos:
• Arcada principal
• Tribuna (abobadada)
• Trifório (corredor estreito acima da
nave lateral ou apenas arcada
decorativa)
• Clerestório (zona com janelas no
topo das laterais da nave central)
27. Iluminação do edifício
Pouco iluminada
• Paredes compactas devido ao
sistema de construção
Consoante as regiões
Fontes de iluminação:
• Clerestório
• Janelas e frestas chanfradas
• Torre lanterna
• Rosáceas (Itália) e janelões
(Normandia) na fachada
Luz focal e rasante, difusa que convida
à oração e recolhimento misticismo
29. O Exterior
Volumetria exterior: reflecte a
distribuição interior do espaço
Harmonia na distribuição de
volumes
Aspecto robusto e sólido
Fachada:
Corpo central, rectangular,
terminando em triângulo
Dois corpos laterais
• À altura das naves laterais
• Mais alto: torres sineiras Igreja de San Martín de Tours
31. Decoração
Esculpida em relevo (interior e exterior):
Função:
Ornamental
Didáctica, espiritual
Locais no exterior:
Cornijas, cachorradas e gárgulas
Rosácea / janelões e portal
Portal:
Simples ou encaixado num pórtico saliente
Porta simples ou dupla, com ou sem
mainel. Por cima, a arquitrave ou lintel,
decorada
Tímpano: espaço semicircular rodeado de
arquivoltas e decorado
46. Separação física das várias
actividades religiosas
Sem deambulatório. Sem
transepto (às vezes)
Pórtico sobre colunas
Ornamentação exterior em
mármores policromados
(Toscânia)
As diferenças regionais são
mais decorativas que
estruturais
Lombardia
Toscânia
61. Seguimento arte carolíngia e
otaniana : construções ao
longo do Reno e do Danúbio
Igrejas basilicais com dupla
ábside
Articulação complicada dos
volumes
Ausência de decoração
Catedral de Speyer; Renânia
66. Habitação do senhor ou do nobre
séc. XI-XII - pedra
Aspecto fortificado, austero
Forma rectangular
Contrafortes exteriores, salientes
Planta simples: 2-3 divisões, sem espaços
ligação
C. de 3 pisos
Acesso: escada amovível de madeira, no
exterior
Evoluem para os castelos
Torre medieval: organização do
espaço interno, enquanto morada
de nobres e cavaleiros
67. Planta e corte do castelo de Hedingham Castelo de Hedingham
68. Torre de Dona Urraca, Covarrubias, Espanha, séc. X Torre medieval, Houdon França, séc. XII
69. Evolução das torres ← influência do
Oriente (Cruzadas)
Dupla muralha, terminada em merlões e
ameias, circundada pelo caminho de
ronda (adarve), com baluartes com
seteiras nas guaritas
Fosso
Torre de menagem = poder senhorial
Cisterna, pátio, capela, cavalariças,
armazéns…
Castelo de Harlech, País de Gales,
séc. XII
75. Pontes Românicas
Estrutura muito semelhante às pontes romanas (são muitas vezes
confundidas)
Utilização de contrafortes de suporte
76. 1. Relacionar a arquitetura românica com a importância da
Igreja no mundo medieval.
2. Justificar a expansão do românico.
3. Justificar o aspeto robusto e sólido dos edifícios românicos
4. Identificar os diferentes elementos arquitetónicos na planta
basilical e no alçado interno.
5. Caracterizar a arquitetura românica quanto às plantas,
coberturas e suporte, iluminação e volumetria
6. Caracterizar a decoração românica
7. Identificar elementos decorativos
8. Comparar os estilos regionais
9. Caracterizar a arquitetura civil e militar