3. O Tempo
O tempo que vai de
1618-1715 é designado
de Antigo Regime.
Foi o período do
Barroco e do
absolutismo
monárquico.
4. O Tempo
• Conflitos armados por motivos religiosos,
económicos e políticos,. Ex. Guerra dos
Trinta Anos.
• Dissidências religiosas na Europa e no
interior dos próprios estados (resultantes da
Reforma e da Contrarreforma).
• Os Países Baixos conquistam a
independência em relação à Espanha e
tornam-se importantes repúblicas marítimas
e comerciais.
• Instauração do Absolutismo Régio
(Espanha, Portugal, Rússia e França, a
par do triunfo do Parlamentarismo
(Inglaterra).
Contudo, alguns historiadores consideram-no uma época de crise generalizada a
vários domínios:
7. O Tempo
D. João V Pedro, o Grande Catarina II da Rússia Luís XIV
8. O Tempo
• Mercantilismo
• Sociedade de ordens – estratificada e hierarquizada.
• A convivência de opostos, entre a liberdade e a proibição na produção
cultural, artística, cientifica e técnica e na vida da corte versus misticismo.
Economia
Sociedade
Cultura
9. Retrato de Luís XIV Jean François de TROY, Um almoço de caça, 1737
10. Antoine le Nain, Família de camponeses, óleo sobre tela,113 x 159 cm (1640)
11. Loius le Nain, A carroça, óleo sobre tela. 56 x 72 cm (1641)
16. O Espaço
Corte – círculo de pessoas que rodeavam um grande
senhor: príncipe, bispo, aristocrata (também designa a
casa/palácio)
Era habitada pela família do dignitário e sua
criadagem.
No caso dos reis e príncipes a corte era frequentada
por outros nobres, diplomatas, embaixadores, artistas
e literatos.
Os habitantes ou frequentadores da corte eram os
cortesãos.
17. O Espaço
A corte – o modelo de Versalhes
Corte-Estado de Luís XIV:
• Tinha por finalidade regulamentar as dependências sociais da
aristocracia através de um código de comportamentos e
etiqueta que orientavam os cortesãos para a obediência e
culto à pessoa do Rei.
• Tudo isto através de cerimónias e rituais específicos.
A corte de Luís XIV, símbolo do poder real exibiu luxo e
pompa, um ambiente requintado de aparência sedutora
que alimentava uma nobreza acrítica, fútil e sem profissão,
ocupada por uma vertigem de diversões: festas e bailes
galantes, sessões de leitura, representações teatrais com
ballet de cour, cerimónias e jogos esplendorosos, paradas,
caçadas e torneios.
18. Charles Le Brun, Chancellor Séguier at the Entry of Louis XIV into Paris,1655-1661, óleo
sobre tela, 295 cm x 351 cm.
19. Claude Guy Hallé, Réparation faite à Louis XIV par le doge de Gênes
Francesco Maria Lercari Imperiale, 15 mai 1685, óleo sobre tela,1715
20. O Espaço
A corte – o modelo de Versalhes
Palácio de Versalhes – cenário do modelo do modelo
político e social de Luís XIV
Em 1744, albergava 10 mil habitantes.
21. O Espaço
A corte – o modelo de Versalhes
Palácio de Versalhes
O Palácio passou de 700
habitantes em 1664, para
10.000 em 1744.
Representou a monarquia
absoluta de 1682 a 1789.
Embora dentro do espírito
barroco, nas fachadas,
nos jardins e espelhos de
água, é também um
exemplo do classicismo
pela simetria, harmonia e
regularidade.
Versalhes é um
espetáculo posto num
palco onde tudo converge
para a glória do Rei:
arquitetura, pintura,
escultura, ornamentação,
mobiliário e jardins.
29. O Espaço
Outros Palcos
A igreja:
Palco da luta contra o Protestantismo e a favor da Contrarreforma;
Igreja empenhada em seduzir os crentes, tinha as artes ao seu serviço;
Utilização da imagem plástica, visual e auditiva como meio de
propaganda e de doutrinação.
30. O Espaço
Outros Palcos
A Academia:
Sociedades de escritores, artistas e cientistas formadas com o objetivo
de aprofundar as suas áreas do saber (Ex. Academia Francesa, criada
em 1634, Academia Real da Pintura e Escultura, 1648, Academia Real
da Dança, 1661)
O teatro e a ópera:
O teatro e mais tarde a ópera foram usados como meios de
exaltação do Rei e da ocupação da corte;
As representações ocupavam, nos palácios locais ao ar livre ou salas
próprias;
As salas foram evoluindo ao estilo do teatro italiano.
32. O século XVII foi um tempo de revolução científica e de
racionalismo.
• A ciência tornou-se uma atividade profissional.
• Rompeu com misticismos e justificações teológicas e mágicas,
sem pôr em causa a existência de Deus.
• A física, a astronomia, a biologia e a química
demarcaram-se da metafísica do conhecimento empírico,
tornaram-se ciências autónomas.
A revolução científica
33. Bases do método experimental
Confirmação da teoria heliocêntrica
Lei da Gravitação Universal
Para-Raios
Pilha elétrica
Química moderna
Sistema de circulação do sangue
Bacon e Galileu
Galileu
Newton
Benjamin Franklin
Volta e Galvani
Lavoisier
Harvey
Passarola Voadora P. Bartolomeu de Gusmão
Balões de ar aquecido
Máquina a vapor
Microscópio
Exploração do oceano Ártico
Navegação pelo círculo polar antártico
Exploração das ilhas do
oceano Pacífico
35. O espírito do Barroco correspondeu a um tempo em que os
homens e mulheres, movendo-se como atores, representaram
a sua própria vida no palco que era o mundo.
Sendo mais que um estilo, o Barroco traduziu as convulsões do
seu tempo, um mundo abalado por conflitos sociais e
religiosos e todo o tipo de guerras.
Todas as formas de arte tinham uma dupla função – fascinar
os sentidos e transmitir uma forte mensagem ideológica.
Nas cerimónias religiosas, à pompa e ao esplendor
contrapôs-se um profundo sentido de fé e crença religiosa, e
ao prazer dos sentidos a consciência objetiva da morte.
Arte e retórica – a arquitetura
36. Equilíbrio, medida,
sobriedade, racionalismo
e lógica.
Sereno, comedido
Apela à razão
Movimento, ânsia de
novidade, amor pelo
infinito, pelos contrastes
e pela misturas de
todas as artes.
Dramático, teatral,
exuberante;
Apela ao instinto, aos
sentidos, à fantasia
Renascimento Barroco
Barroco
37. A arte barroca destina-se a persuadir, a estimular as
emoções pelo movimento curvilíneo, real ou aparente, pelos
jogos de luz e sombra, pela busca do infinito, do teatral, do
fantástico e do cenográfico.
Mais do que antes, consolida-se a associação entre a
Arte e o Poder.
Barroco
38.
39. Arquitetura Barroca
Arquitetura religiosa
O barroco arquitetónico nasceu da fantástica reconstrução que os papas da
Contrarreforma executaram em Roma, seguindo as diretrizes saídas do
Concílio de Trento.
40. Arquitetura Barroca
Arquitetura religiosa
Características:
Plantas de múltiplas formas: curvas,
elípticas, trapezoidais e até estreladas.
Nave única retangular alongada ou elíptica.
Planta da Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza Planta da Basílica de S. Pedro, 1656-57, Roma
41. Arquitetura Barroca
Arquitetura religiosa
Características:
Paredes ondulantes, cobertas de estuques, pinturas
ou talha dourada (em Portugal também de azulejos)
Coberturas: cúpulas e abóbadas de tamanho colossal
sustentadas, no exterior, por contrafortes decorados
e disfarçados por volutas ou orelhões.
Basílica de S. Pedro, 1656-57, Roma
Interior e cúpula
42. Arquitetura Barroca
Arquitetura religiosa
Características:
Fachada principal com uma acumulação de
decoração vertical (esculturas, cartelas,
frontões, colunas)
Linhas curvas, não só nos elementos
decorativos como também nas fachadas dos
edifícios (cujas formas são, por vezes,
onduladas), introduzindo-se, assim, contraste
e movimento na sua estrutura;
Igreja de Santa Maria da Saúde, 1631, Veneza
43. Arquitetura Barroca
Arquitetura religiosa
Características (interior):
A decoração no interior da igreja era feita para dilatar o espaço e
aumentar a noção de movimento.
1. As paredes cobrem-se de pinturas a fresco segundo linhas ondulantes,
com figuras voadoras e anjos que ascendem ao infinito, rodeados por uma
luz celestial na procura de Deus.
2. Pintadas em trompe-l’oeil, são valorizadas pela luz vinda dos janelões.
3. As composições reescrevem a história da religião, mostram o virtuosismo
dos pintores do Barroco.
44. Apoteose de Santo Inácio, Igreja de Santo Inácio de Loyola-Roma, Andrea Pozzo O trompe-l’oeil
63. Arquitetura civil
Características:
1. Expressão de um poder absolutista e capitalista: só os nobres, pontífices, alta
burguesia e reis construíam os seus palácios e villas.
2. Planta em U ou duplo U: permite uma maior articulação com o exterior, praças ou
jardins.
3. Fachada era a parte mais importante do palácio.
a) Pilastras colossais ligavam o rés-do-chão aos outros pisos (1º andar ou piano
nobile).
b) O corpo central e a porta eram as superfícies com mais decoração.
4. Interiormente o piano nobile tinha ao centro um grande salão de festas.
5. A ligar os diferentes andares existiam escadas com dois lanços simétricos.
6. A arte do jardim foi aqui desenvolvida e enriquecida com bosques, grutas,
labirintos:
a) Eram organizados segundo um eixo que seguia o eixo central do palácio.
b) Este eixo era dividido segundo um esquema de linhas transversais e radiais.
c) Este esquema criado em França passou a ser conhecido por Jardim à
Francesa.
Arquitetura Barroca
83. Principais características
• Aparece muitas vezes associada à
arquitetura
• Gestos teatrais, repletos de dramatismo.
• Preferência por cenas ou posições em
movimento, de equilíbrio instável e por
formas serpentinadas de sentido
ascendente.
• Faces expressivas e roupas esvoaçantes,
criando efeitos de luz e movimento.
• Exuberância das formas.
• Realismo.
Principais escultores
Bernini Bernini, Apolo e Dafne (1622-1624)
84. Materiais usados
Mármore, bronze, ouro, prata, marfim, estuques, madeira policromada.
Temas:
Vidas de santos e mártires, temas marianos (os que dizem respeito à Sagrada
Família e à Imaculada Conceição), temas ligados à vida de Cristo (a Paixão e
o Calvário), à eucaristia, às virtudes cristãs e à figura papal. Os temas
tratados tinham funções didáticas e de autoafirmação da Fé e do poder da
Igreja Católica
Bernini, Ludovica,1674