SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Nascida em Roma, nos finais do séc. XVI, rapidamente se espalhou pelo resto
do mundo.
A partir do Concílio de Trento, a Igreja apercebeu-se de que era necessário
cativar os fiéis. Assim, nasceu a necessidade de decorar as igrejas com imagens
dramáticas e muito expressivas que despertassem a piedade e a admiração dos
crentes.
A ARTE BARROCA
Este estilo apresenta, assim, uma dupla função:
• Fascinar os fiéis pelos sentidos, despertando a sensação em vez da
razão.
• Passar uma mensagem ideológica: religiosa e política.
Reencontro do corpo de S. marcos – as figuras não
estão dispostas de maneira clara, apresentam
algum mistério.
Expande-se rapidamente para os países da dominados pelo movimento da
Contrarreforma e mesmo para a Europa do Norte, países dominados pela
Reforma Protestante. É ainda visível nas zonas coloniais como o Brasil e o
México.
Em Portugal o exemplo mais conseguido ocorre no tempo de D. João V, com
o esplendor do Real Edifício de Mafra – Caso Prático (pág. 38).
A ARQUITETURA BARROCA
Mantém-se o uso das ordens
clássicas (dórica, jónica, coríntia,
compósita, às quais se adicionou a
coluna torsa.
A gramática formal destas
construções passa pelo uso das
colunas, dos entablamentos e dos
frontões.
Como regras construtivas
segue-se a máxima das proporções
à “medida do Homem”.
Igreja de San Borromeo, em Noto, Sicília.
• Com o Barroco, verifica-se o
fim da estática e da simetria
renascentistas.
• Há uma verdadeira busca
pelo movimento e pela
fantasia.
• A arquitetura alia-se à
pintura, a escultura, à
construção e decoração dos
jardins…
A nova linguagem decorativa
A ARQUITETURA RELIGIOSA
• Conceção do edifício como um todo.
• Criam-se efeitos ilusórios de espaço e movimento
com a conjugação da pintura, escultura, jogos de
água ou jardins.
• Possui um forte efeito cénico, possibilitado pela
combinação de linhas opostas umas às outras ou
pelo uso jogos de claro-escuro (através da
construção de massas salientes).
Principais artistas:
Borromini
Bernini
Nicolau Nasoni
Ludovice (Mafra)
André Soares
• As igrejas são adaptadas à necessidade de corresponder às novas liturgias.
• Sendo a igreja a imagem de Deus na terra, deverá ser luxuosa e imponente:
exemplo, a Basílica de São Pedro em Roma.
• Destaca-se aqui a preocupação com a ornamentação do espaço: nas
fachadas os elementos estruturais são usados como decoração. Ex., as
colunas torsas.
• A planta destes espaços é variada, podendo ser oval, curva, elíptica…, mas
sempre com nave única de duas tipologias: retangular alongada ou elíptica
(transversal ou longitudinal).
• Interiores sempre muito decorados, com
linhas, formas onduladas e curvas.
• Paredes ondulantes, côncavas e
convexas, cobertas por estuques, pinturas
e retábulos.
• A decoração interior é feita para aumentar
a noção de movimento e espaço.
• A luz celestial é conseguida através do
uso de janelões e cúpulas com lanternim.
• Cobrem-se de pinturas serpenteadas; em
trompe l’oil; uso da talha dourada,
esculturas (ex., querubins, anjos…)…
Retábulo de Nossa Senhora do Rosário, Igreja
de S. Domingos, Viana do Castelo.
Cúpula da Igreja de Sant’Andrea della Valle, em Roma de Giovani Lanfranco.
Apoteose de Santo Inácio, Andrea del Pozzo
• As fachadas seguem o esquema renascentista e maneirista, com o corpo
central rematado por um frontão, o que garante a verticalidade do edifício.
• Habitualmente, as igrejas são construídas de forma irregular, em dois
andares sobrepostos, com formas onduladas.
• Os exteriores possuem nichos com conchas e grinaldas e sempre com
formas onduladas.
•O portal principal tem também um grande ênfase, graças à sua
ornamentação.
• As torres sineiras reforçam o aspeto vertical dos edifícios.
• As igrejas têm como cobertura as cúpulas colossais e abobadas
estruturadas, sustentadas por contrafortes decorados com volutas.
Igreja de Santo André do Quirinal,
Bernini
A ARQUITETURA CIVIL
• Restringe-se à construção de palácios
e villae, expressando um poder
absolutista e já capitalista.
• A planta é em U ou mesmo duplo U
articulado com o meio envolvente e
enquadrado em praças ou rodeado de
jardins.
• A fachada era a parte mais importante
do palácio: pilastras ligavam o rés do
chão aos restantes andares.
Oratório dos Filipinos, Borromini
• A porta e o corpo central do
edifício eram ricamente decoradas.
• No interior, a zona nobre (primeiro
andar) possuía um grande salão e
estava ligada às outras zonas por
grandes galerias ou escadarias.
Pág. 21/22
Palácio Barberini
A famosa escadaria helicoidal do palácio, da autoria de Borromini
• As villae seguiam a ligação com a natureza e os jardins tornam-se mais
estruturados: bosques, grutas artificiais, labirintos…
• A arquitetura era geometrizada, organizada seguindo um eixo que partia do
edifício principal.
Villa Doria Pamphili
A ESCULTURA BARROCA
• Foi a arte mais difundida e praticada nesta época.
• Utilizada quer nos interiores, quer nos exteriores dos edifícios, permitia a
execução dos grandes objetivos desta arte: a função simbólica e
simultaneamente didática.
Principais artistas:
Bernini
Machado de Castro
Pietá – escultura castelhana
A escultura permite:
• aos Reis:
• manifestar publicamente o seu poder;
• divulgar a ideologia da época;
• à Igreja:
• transmitir aos fiéis a os dogmas e princípios de fé;
• reforçar a mensagem espiritual da eucaristia.
• às grandes famílias, manifestar a sua riqueza e o bom gosto, no fundo, o
seu individualismo.
• Grande atividade, expressividade e
movimento,
• Modelação de volumes, o que lhe dava
um realismo inigualável.
• Recurso a novos materiais como, por
ex. mármores, estuque e gesso,
• Uso de cores quentes nas coloração
das suas obras,
• Permanece como tema principal a figura
humana.
Bernini, David, pormenor
• Rigor na execução técnica;
• Realismo formal: naturalismo, perfeição
das formas. Usam-se os cânones do
Renascimento, mas com novas
proporções.
• Há uma rutura da composição em bloco
único. As composições juntam pelas
obtidas a partir de diferentes blocos.
Bernini, O rapto de Perséfone
• Maior expressividade e dramatismo das peças, principalmente ao nível do
rosto.
• Forte sentido cénico nas obras, conseguido pela teatralidade dos gestos e
pela preocupação no enquadramento das obras.
Obras de Bernini
• As peças são feitas em variados materiais:
• Pedra (mármore);
• Bronze;
• Ouro;
• Prata;
• Marfim;
• Estuques;
• Madeiras;
• Cartão…
trono de S. Pedro – Caso prático (pág. 39).
• A escultura ornamental procura decorar e completar a arquitetura. Assim, tem
como objetivos:
Rematar as
construções
Esconder ligações
Preencher espaços
vazios
Interligar os espaços
Reforçar o aspeto
estético
Decorar
• Subdivide-se em:
Relevos
Função decorativa
(gramática formal
típica). Decoração
exuberante.
Função descritiva
(cenas de conteúdo
narrativo).
Esculturas de
vulto redondo
Nos nichos, consolas,
nas fachadas dos
edifícios
Filas horizontais sobre
os edifícios,
escadarias…
Estátuas colunas e
monumentos
escultóricos
(retábulos,
baldaquinos
• A escultura independente possui um caráter honorífico, comemorativo.
• Tem uma função urbanística.
• Pode ser de vários tipos:
• Monumentos comemorativos;
• Figuras alegóricas;
• Retratos;
• Túmulos;
• Fontes…
VERTENTES DA ESCULTURA INDEPENDENTE BARROCA
VERTENTES DA ESCULTURA INDEPENDENTE BARROCA
A PINTURA BARROCA
• Nasce em Itália e tem como expoente
máximo Caravaggio.
• Tem como objetivo o deslumbramento, a
surpresa, a encenação e a luz de forma a
possibilitar um espetáculo total.
• Conjugam-se, nos mesmos espaços, a
arquitetura com a pintura e a escultura.
Principais artistas:
Caravaggio
Bernini
Rubens
Velasquez
El Greco
Vieira Lusitano
O Enterro de Cristo, Caravaggio
• Uso de cores quentes, na busca da emoção e da exuberância.
• Jogos de luz e sombra, para obter a ideia de contraste.
• Movimento e sentimentos fortes.
• Novas técnicas como o desenho de figuras desproporcionais e
intencionalmente assimétricos (técnica herdada do maneirismo).
Judite e Holofernes
• É uma pintura realista, que abrange todas as camadas sociais.
• A escolha de cenas respeita o momento de maior intensidade dramática.
• A luz aparece projetada para guiar o olhar do observador até o
acontecimento principal da obra (é comum o uso de velas na obra).
• A linha do horizonte está desenhada abaixo do normal, para destacar as
figuras representadas.
Rubens
Georges La Tour
• A composição é elaborada de dentro para fora, sobrepondo as imagens para
assim obter a sensação de profundidade e unidade do espaço.
• As formas são dinâmicas e sinuosas.
• Combinam-se com formas geométricas como os círculos ou estruturas
poligonais (ex. quadrado).
Rubens, Rapto das filhas de Leucipo
Assunção da virgem, Carracci
• Caravaggio é um dos expoentes da pintura barroca: procurou a realidade
concreta, escolhendo os homens comuns como modelos para a sua arte.
• Cultivou o realismo, sem se preocupar em mostrar a fealdade.
• Utilizou uma luz rasante e descontínua, típica do Barroco, iluminando com
alguns pormenores ou personagens importantes na cena e deixando o resto
da composição em semipenumbra. Esta técnica, denominada de
chiaroscuro, é designada de tenebrismo.
A Ceia de Emaús
• A pintura mural foi também fundamental nesta época:
• Técnica de tromple ´oil;
• Soto in su (vista de baixo para cima, nas paredes e tetos);
• Quadri riportati (representação na parede e tetos dos quados de tela e
cavalete).
A MÚSICA BARROCA
• Tendência para a imponência e para o decorativo;
• Surge o estilo concertante: diálogo entre o vocal e o instrumental.
• Já no séc. XVIII estabelece-se um estilo clássico;
• Típica desta corrente é a Ópera.
Principais artistas:
Bach
Handel
Monteverdi
Carlos Seixas
Haendel
Bach
Arte barroca
Arte barroca
Arte barroca
Arte barroca

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugalAna Barreiros
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoAna Barreiros
 
Arquitetura renascentista
Arquitetura renascentistaArquitetura renascentista
Arquitetura renascentistaAna Barreiros
 
Neoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalNeoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalAna Barreiros
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaCarlos Pinheiro
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoHca Faro
 
A Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXA Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXJorge Almeida
 
Arte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaArte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaCarlos Vieira
 
As grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAs grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAna Barreiros
 
Naturalismo e Realismo na Pintura
Naturalismo e Realismo na PinturaNaturalismo e Realismo na Pintura
Naturalismo e Realismo na PinturaCarlos Pinheiro
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentistacindy1977
 
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIXMódulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIXCarla Freitas
 

Mais procurados (20)

Pintura barroca
Pintura barrocaPintura barroca
Pintura barroca
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugal
 
31 - Arte barroca
31  - Arte barroca31  - Arte barroca
31 - Arte barroca
 
A Arte Rococó
A Arte RococóA Arte Rococó
A Arte Rococó
 
A cultura da gare
A cultura da gareA cultura da gare
A cultura da gare
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismo
 
Arquitetura renascentista
Arquitetura renascentistaArquitetura renascentista
Arquitetura renascentista
 
Neoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugalNeoclassicismo em portugal
Neoclassicismo em portugal
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pintura
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso prático
 
A Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXA Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIX
 
Arte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - PinturaArte do Renascimento - Pintura
Arte do Renascimento - Pintura
 
Cultura da catedral
Cultura da catedralCultura da catedral
Cultura da catedral
 
Rococó
RococóRococó
Rococó
 
As grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xxAs grandes ruturas no início do seculo xx
As grandes ruturas no início do seculo xx
 
Naturalismo e Realismo na Pintura
Naturalismo e Realismo na PinturaNaturalismo e Realismo na Pintura
Naturalismo e Realismo na Pintura
 
Arte renascentista
Arte renascentistaArte renascentista
Arte renascentista
 
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIXMódulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
 
Pintura renascentista
Pintura renascentistaPintura renascentista
Pintura renascentista
 
A Arte Neoclássica
A Arte NeoclássicaA Arte Neoclássica
A Arte Neoclássica
 

Destaque

Destaque (20)

O barroco
O barrocoO barroco
O barroco
 
Arte Barroca
Arte BarrocaArte Barroca
Arte Barroca
 
O Barroco
O BarrocoO Barroco
O Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
A Arte Barroca
A Arte BarrocaA Arte Barroca
A Arte Barroca
 
Real Edificio De Mafra
Real Edificio De MafraReal Edificio De Mafra
Real Edificio De Mafra
 
Luís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o AbsolutismoLuís XIV e o Absolutismo
Luís XIV e o Absolutismo
 
Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33Arte barroca slides 33
Arte barroca slides 33
 
Convento de Mafra
Convento de MafraConvento de Mafra
Convento de Mafra
 
BARROCO
 BARROCO BARROCO
BARROCO
 
Kiosk 12 h
Kiosk 12 hKiosk 12 h
Kiosk 12 h
 
Natália opj
Natália opjNatália opj
Natália opj
 
INOVA! – Jovens Criativos Empreendedores para o Século XXI 2015
INOVA! – Jovens Criativos Empreendedores para o Século XXI 2015INOVA! – Jovens Criativos Empreendedores para o Século XXI 2015
INOVA! – Jovens Criativos Empreendedores para o Século XXI 2015
 
O Barroco
O BarrocoO Barroco
O Barroco
 
Tenebrismo
TenebrismoTenebrismo
Tenebrismo
 
Ética & Estética: a arte como criadora de âmbitos
Ética & Estética: a arte como criadora de âmbitosÉtica & Estética: a arte como criadora de âmbitos
Ética & Estética: a arte como criadora de âmbitos
 
Barroco Em Braga
Barroco Em BragaBarroco Em Braga
Barroco Em Braga
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 
O Convento De Mafra
O Convento De MafraO Convento De Mafra
O Convento De Mafra
 
Cultura do Palco - Escultura Barroca
Cultura do Palco - Escultura BarrocaCultura do Palco - Escultura Barroca
Cultura do Palco - Escultura Barroca
 

Semelhante a Arte barroca

Barroco Europeu
Barroco EuropeuBarroco Europeu
Barroco Europeumatheuslw
 
História da Arte - Barroco
História da Arte - BarrocoHistória da Arte - Barroco
História da Arte - BarrocoMaiara Giordani
 
A cultura da catedral escultura e pintura
A cultura da catedral   escultura e pinturaA cultura da catedral   escultura e pintura
A cultura da catedral escultura e pinturacattonia
 
Arte idade média 8º ano
Arte  idade média 8º anoArte  idade média 8º ano
Arte idade média 8º anojosivaldopassos
 
11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8a11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8aFelipe18b
 
5. a cultura do palácio a arte
5. a cultura do palácio   a arte5. a cultura do palácio   a arte
5. a cultura do palácio a artecattonia
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismocattonia
 
imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)professoramariaraquel
 
Maneirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococoManeirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococovictorosa
 
A cultura do palco ficha 2
A cultura do palco  ficha 2A cultura do palco  ficha 2
A cultura do palco ficha 2Carla Teixeira
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica Filipa Silva
 
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptA ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptssuserdf2b55
 
Barroco
BarrocoBarroco
BarrocoISJ
 

Semelhante a Arte barroca (20)

Barroco Europeu
Barroco EuropeuBarroco Europeu
Barroco Europeu
 
História da Arte - Barroco
História da Arte - BarrocoHistória da Arte - Barroco
História da Arte - Barroco
 
A cultura da catedral escultura e pintura
A cultura da catedral   escultura e pinturaA cultura da catedral   escultura e pintura
A cultura da catedral escultura e pintura
 
Arte idade média 8º ano
Arte  idade média 8º anoArte  idade média 8º ano
Arte idade média 8º ano
 
11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8a11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8a
 
5. a cultura do palácio a arte
5. a cultura do palácio   a arte5. a cultura do palácio   a arte
5. a cultura do palácio a arte
 
Arte Gótica 1.1
Arte Gótica 1.1 Arte Gótica 1.1
Arte Gótica 1.1
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 
Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 
imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)imagens arte românica e gótica (7º ano)
imagens arte românica e gótica (7º ano)
 
Maneirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococoManeirismo, barroco e rococo
Maneirismo, barroco e rococo
 
Barroco 2020
Barroco 2020Barroco 2020
Barroco 2020
 
A cultura do palco ficha 2
A cultura do palco  ficha 2A cultura do palco  ficha 2
A cultura do palco ficha 2
 
Rococó, HCA 11º
Rococó, HCA 11ºRococó, HCA 11º
Rococó, HCA 11º
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica
 
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptA ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 

Mais de cattonia

Deseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptxDeseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptxcattonia
 
arte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsxarte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsxcattonia
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxcattonia
 
A produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptxA produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptxcattonia
 
Era digital
Era digitalEra digital
Era digitalcattonia
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesacattonia
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundocattonia
 
2. o espaço português
2. o espaço português2. o espaço português
2. o espaço portuguêscattonia
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo portuguêscattonia
 
O quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xivO quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xivcattonia
 
3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimentocattonia
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europacattonia
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalizaçãocattonia
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesacattonia
 
1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmoscattonia
 
Constr do social ii
Constr do social iiConstr do social ii
Constr do social iicattonia
 
A constr do social
A constr do socialA constr do social
A constr do socialcattonia
 

Mais de cattonia (20)

Deseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptxDeseq regionais.pptx
Deseq regionais.pptx
 
arte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsxarte portuguesa.ppsx
arte portuguesa.ppsx
 
A reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsxA reinvenção das formas.ppsx
A reinvenção das formas.ppsx
 
A produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptxA produção cultural renascentista.pptx
A produção cultural renascentista.pptx
 
Era digital
Era digitalEra digital
Era digital
 
Família
FamíliaFamília
Família
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
O alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundoO alargamento do conhec do mundo
O alargamento do conhec do mundo
 
2. o espaço português
2. o espaço português2. o espaço português
2. o espaço português
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo português
 
O quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xivO quadro económico e demográfico xii xiv
O quadro económico e demográfico xii xiv
 
3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento3. hesitações do crescimento
3. hesitações do crescimento
 
1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa1. a identidade civilizacional da europa
1. a identidade civilizacional da europa
 
Globalização
GlobalizaçãoGlobalização
Globalização
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesa
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos1. uma europa a dois ritmos
1. uma europa a dois ritmos
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Constr do social ii
Constr do social iiConstr do social ii
Constr do social ii
 
A constr do social
A constr do socialA constr do social
A constr do social
 

Último

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Arte barroca

  • 1.
  • 2. Nascida em Roma, nos finais do séc. XVI, rapidamente se espalhou pelo resto do mundo. A partir do Concílio de Trento, a Igreja apercebeu-se de que era necessário cativar os fiéis. Assim, nasceu a necessidade de decorar as igrejas com imagens dramáticas e muito expressivas que despertassem a piedade e a admiração dos crentes. A ARTE BARROCA
  • 3. Este estilo apresenta, assim, uma dupla função: • Fascinar os fiéis pelos sentidos, despertando a sensação em vez da razão. • Passar uma mensagem ideológica: religiosa e política. Reencontro do corpo de S. marcos – as figuras não estão dispostas de maneira clara, apresentam algum mistério.
  • 4. Expande-se rapidamente para os países da dominados pelo movimento da Contrarreforma e mesmo para a Europa do Norte, países dominados pela Reforma Protestante. É ainda visível nas zonas coloniais como o Brasil e o México. Em Portugal o exemplo mais conseguido ocorre no tempo de D. João V, com o esplendor do Real Edifício de Mafra – Caso Prático (pág. 38). A ARQUITETURA BARROCA
  • 5. Mantém-se o uso das ordens clássicas (dórica, jónica, coríntia, compósita, às quais se adicionou a coluna torsa. A gramática formal destas construções passa pelo uso das colunas, dos entablamentos e dos frontões. Como regras construtivas segue-se a máxima das proporções à “medida do Homem”. Igreja de San Borromeo, em Noto, Sicília.
  • 6. • Com o Barroco, verifica-se o fim da estática e da simetria renascentistas. • Há uma verdadeira busca pelo movimento e pela fantasia. • A arquitetura alia-se à pintura, a escultura, à construção e decoração dos jardins… A nova linguagem decorativa
  • 7. A ARQUITETURA RELIGIOSA • Conceção do edifício como um todo. • Criam-se efeitos ilusórios de espaço e movimento com a conjugação da pintura, escultura, jogos de água ou jardins. • Possui um forte efeito cénico, possibilitado pela combinação de linhas opostas umas às outras ou pelo uso jogos de claro-escuro (através da construção de massas salientes). Principais artistas: Borromini Bernini Nicolau Nasoni Ludovice (Mafra) André Soares
  • 8. • As igrejas são adaptadas à necessidade de corresponder às novas liturgias. • Sendo a igreja a imagem de Deus na terra, deverá ser luxuosa e imponente: exemplo, a Basílica de São Pedro em Roma. • Destaca-se aqui a preocupação com a ornamentação do espaço: nas fachadas os elementos estruturais são usados como decoração. Ex., as colunas torsas.
  • 9. • A planta destes espaços é variada, podendo ser oval, curva, elíptica…, mas sempre com nave única de duas tipologias: retangular alongada ou elíptica (transversal ou longitudinal).
  • 10.
  • 11. • Interiores sempre muito decorados, com linhas, formas onduladas e curvas. • Paredes ondulantes, côncavas e convexas, cobertas por estuques, pinturas e retábulos. • A decoração interior é feita para aumentar a noção de movimento e espaço. • A luz celestial é conseguida através do uso de janelões e cúpulas com lanternim. • Cobrem-se de pinturas serpenteadas; em trompe l’oil; uso da talha dourada, esculturas (ex., querubins, anjos…)… Retábulo de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de S. Domingos, Viana do Castelo.
  • 12. Cúpula da Igreja de Sant’Andrea della Valle, em Roma de Giovani Lanfranco.
  • 13. Apoteose de Santo Inácio, Andrea del Pozzo
  • 14. • As fachadas seguem o esquema renascentista e maneirista, com o corpo central rematado por um frontão, o que garante a verticalidade do edifício. • Habitualmente, as igrejas são construídas de forma irregular, em dois andares sobrepostos, com formas onduladas. • Os exteriores possuem nichos com conchas e grinaldas e sempre com formas onduladas. •O portal principal tem também um grande ênfase, graças à sua ornamentação. • As torres sineiras reforçam o aspeto vertical dos edifícios. • As igrejas têm como cobertura as cúpulas colossais e abobadas estruturadas, sustentadas por contrafortes decorados com volutas. Igreja de Santo André do Quirinal, Bernini
  • 15. A ARQUITETURA CIVIL • Restringe-se à construção de palácios e villae, expressando um poder absolutista e já capitalista. • A planta é em U ou mesmo duplo U articulado com o meio envolvente e enquadrado em praças ou rodeado de jardins. • A fachada era a parte mais importante do palácio: pilastras ligavam o rés do chão aos restantes andares. Oratório dos Filipinos, Borromini
  • 16. • A porta e o corpo central do edifício eram ricamente decoradas. • No interior, a zona nobre (primeiro andar) possuía um grande salão e estava ligada às outras zonas por grandes galerias ou escadarias. Pág. 21/22 Palácio Barberini
  • 17. A famosa escadaria helicoidal do palácio, da autoria de Borromini
  • 18. • As villae seguiam a ligação com a natureza e os jardins tornam-se mais estruturados: bosques, grutas artificiais, labirintos… • A arquitetura era geometrizada, organizada seguindo um eixo que partia do edifício principal. Villa Doria Pamphili
  • 19. A ESCULTURA BARROCA • Foi a arte mais difundida e praticada nesta época. • Utilizada quer nos interiores, quer nos exteriores dos edifícios, permitia a execução dos grandes objetivos desta arte: a função simbólica e simultaneamente didática. Principais artistas: Bernini Machado de Castro Pietá – escultura castelhana
  • 20. A escultura permite: • aos Reis: • manifestar publicamente o seu poder; • divulgar a ideologia da época; • à Igreja: • transmitir aos fiéis a os dogmas e princípios de fé; • reforçar a mensagem espiritual da eucaristia. • às grandes famílias, manifestar a sua riqueza e o bom gosto, no fundo, o seu individualismo.
  • 21. • Grande atividade, expressividade e movimento, • Modelação de volumes, o que lhe dava um realismo inigualável. • Recurso a novos materiais como, por ex. mármores, estuque e gesso, • Uso de cores quentes nas coloração das suas obras, • Permanece como tema principal a figura humana. Bernini, David, pormenor
  • 22. • Rigor na execução técnica; • Realismo formal: naturalismo, perfeição das formas. Usam-se os cânones do Renascimento, mas com novas proporções. • Há uma rutura da composição em bloco único. As composições juntam pelas obtidas a partir de diferentes blocos. Bernini, O rapto de Perséfone
  • 23. • Maior expressividade e dramatismo das peças, principalmente ao nível do rosto. • Forte sentido cénico nas obras, conseguido pela teatralidade dos gestos e pela preocupação no enquadramento das obras. Obras de Bernini
  • 24. • As peças são feitas em variados materiais: • Pedra (mármore); • Bronze; • Ouro; • Prata; • Marfim; • Estuques; • Madeiras; • Cartão… trono de S. Pedro – Caso prático (pág. 39).
  • 25. • A escultura ornamental procura decorar e completar a arquitetura. Assim, tem como objetivos: Rematar as construções Esconder ligações Preencher espaços vazios Interligar os espaços Reforçar o aspeto estético Decorar
  • 26. • Subdivide-se em: Relevos Função decorativa (gramática formal típica). Decoração exuberante. Função descritiva (cenas de conteúdo narrativo). Esculturas de vulto redondo Nos nichos, consolas, nas fachadas dos edifícios Filas horizontais sobre os edifícios, escadarias… Estátuas colunas e monumentos escultóricos (retábulos, baldaquinos
  • 27. • A escultura independente possui um caráter honorífico, comemorativo. • Tem uma função urbanística. • Pode ser de vários tipos: • Monumentos comemorativos; • Figuras alegóricas; • Retratos; • Túmulos; • Fontes…
  • 28. VERTENTES DA ESCULTURA INDEPENDENTE BARROCA
  • 29. VERTENTES DA ESCULTURA INDEPENDENTE BARROCA
  • 30. A PINTURA BARROCA • Nasce em Itália e tem como expoente máximo Caravaggio. • Tem como objetivo o deslumbramento, a surpresa, a encenação e a luz de forma a possibilitar um espetáculo total. • Conjugam-se, nos mesmos espaços, a arquitetura com a pintura e a escultura. Principais artistas: Caravaggio Bernini Rubens Velasquez El Greco Vieira Lusitano O Enterro de Cristo, Caravaggio
  • 31. • Uso de cores quentes, na busca da emoção e da exuberância. • Jogos de luz e sombra, para obter a ideia de contraste. • Movimento e sentimentos fortes. • Novas técnicas como o desenho de figuras desproporcionais e intencionalmente assimétricos (técnica herdada do maneirismo). Judite e Holofernes
  • 32. • É uma pintura realista, que abrange todas as camadas sociais. • A escolha de cenas respeita o momento de maior intensidade dramática. • A luz aparece projetada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da obra (é comum o uso de velas na obra). • A linha do horizonte está desenhada abaixo do normal, para destacar as figuras representadas. Rubens Georges La Tour
  • 33. • A composição é elaborada de dentro para fora, sobrepondo as imagens para assim obter a sensação de profundidade e unidade do espaço. • As formas são dinâmicas e sinuosas. • Combinam-se com formas geométricas como os círculos ou estruturas poligonais (ex. quadrado). Rubens, Rapto das filhas de Leucipo Assunção da virgem, Carracci
  • 34. • Caravaggio é um dos expoentes da pintura barroca: procurou a realidade concreta, escolhendo os homens comuns como modelos para a sua arte. • Cultivou o realismo, sem se preocupar em mostrar a fealdade. • Utilizou uma luz rasante e descontínua, típica do Barroco, iluminando com alguns pormenores ou personagens importantes na cena e deixando o resto da composição em semipenumbra. Esta técnica, denominada de chiaroscuro, é designada de tenebrismo. A Ceia de Emaús
  • 35.
  • 36. • A pintura mural foi também fundamental nesta época: • Técnica de tromple ´oil; • Soto in su (vista de baixo para cima, nas paredes e tetos); • Quadri riportati (representação na parede e tetos dos quados de tela e cavalete).
  • 37. A MÚSICA BARROCA • Tendência para a imponência e para o decorativo; • Surge o estilo concertante: diálogo entre o vocal e o instrumental. • Já no séc. XVIII estabelece-se um estilo clássico; • Típica desta corrente é a Ópera. Principais artistas: Bach Handel Monteverdi Carlos Seixas Haendel Bach