O documento descreve os processos de digestão e absorção de nutrientes no sistema digestivo humano. Ele aborda a estrutura anatômica do sistema digestivo, as etapas da digestão de carboidratos, proteínas e gorduras, e o metabolismo dos nutrientes absorvidos, incluindo a produção e regeneração de ATP.
3. O trato digestório e seus
órgãos e glândulas
anexas compõem o
SISTEMA DIGESTÓRIO.
O trato digestório é um
tubo oco que se estende
da cavidade bucal ao
ânus, sendo também
chamado de canal
alimentar ou trato
gastrointestinal.
As estruturas do trato
digestório incluem: Boca,
Faringe, Esôfago,
Estômago, Intestino
delgado, Intestino
grosso, Reto e Ânus.
5. Mastigação: Processo mecânico e químico que
consiste na destruição parcial dos alimentos;
Deglutição: Condução dos alimentos da faringe
para o esôfago;
Ingestão: Chegada do alimento no estômago;
Digestão: Transformação dos alimentos em
moléculas menores;
Absorção: Processo feito pelos intestinos;
Defecação: Forma que o organismo libera o que
não é digerido pelo trato intestinal.
Etapas do processo digestivo
6. NUTRIÇÃO: Retirada de substâncias alimentares úteis
para o funcionamento do organismo.
TRANSFORMAÇÃO MECÂNICA E QUÍMICA DAS
MOLÉCULAS: De modo a reduzir ao formato e
tamanho adequado para a absorção.
TRANSPORTE DE ALIMENTOS INGERIDOS: Chegada
dos nutrientes nos capilares sanguíneos da mucosa
dos intestinos.
ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS ALIMENTARES: As fezes
contêm os restos do alimento que não foram
absorvidos, células do trato gastrointestinal e
secreções contidas na luz do tubo digestivo.
FUNÇÕES
8. O MÚSCULO LISO
GASTROINTESTINAL
CADA CAMADA
MUSCULAR FUNCIONA
COMO UM SINCÍCIO
(BIOMASSA
MULTINUCLEADA).
O POTENCIAL DE
AÇÃO SE PROPAGA EM
TODAS AS DIREÇÕES.
13. A MAIORIA DOS ALIMENTOS
SÃO MOLÉCULAS
CONDENSADAS (-OH e - H+)
CARBOIDRATOS : MONOSSACARÍDEOS
LIGADOS = DISSACARÍDEOS OU
POLISSACARÍDEOS.
LIPÍDEOS : TRIGLICERÍDEOS = 3
ÁCIDOS GRAXOS = GLICEROL.
PROTEÍNAS : MÚLTIPLOS
AMINOÁCIDOS → LIGAÇÕES
PEPTÍDICAS.
14. POLÍMEROS?
POLÍMEROS = Ligações subsequentes
de monômeros. Micromoléculas que
ligam-se umas às outras e formam
Macromoléculas.
Tipos : homopolímeros (glicogênio) e
heteropolímeros (ác. Nucléico).
16. DIGESTÃO DOS
CARBOIDRATOS
BOCA E ESTÔMAGO: AMILASE
SALIVAR E ÁCIDO GÁSTRICO.
(DISSACARÍDEOS MALTOSE,
GALACTOSE, SACAROSE E
POLÍMEROS DE GLICOSE).
INTESTINO DELGADO: AMILASE
PANCREÁTICA, LACTASE, SACARASE,
MALTASE. (MONOSSACARÍDEOS
CONSTITUINTES).
17.
18. ABSORÇÃO:
FRUTOSE → DIFUSÃO FACILITADA
ATRAVÉS DO EPITÉLIO INTESTINAL.
OUTROS MONOSSACARÍDEOS →
TRANSPORTE ATIVO (COTRANSPORTE
DE SÓDIO).
DIGESTÃO DOS
CARBOIDRATOS
23. DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS
ESTÔMAGO: PEPSINA (COLÁGENO,
CONSTITUINTE CONJUNTIVO DAS
CARNES, PRECISA SER DIGERIDO
PRIMEIRO).
INTESTINO DELGADO: SECREÇÕES
PANCREÁTICAS CONTÉM TRIPSINA;
PEPTIDASES DOS ENTERÓCITOS
(GRANDE PARTE DAS PROTEÍNAS)
26. DIGESTÃO DAS GORDURAS
ESTÔMAGO: LIPASE LINGUAL (MENOS
DE 10% DOS TRIGLICERÍDEOS).
INTESTINO DELGADO:
EMULSIFICAÇÃO DA GORDURA =
QUEBRA FÍSICA EM GLÓBULOS DE
GORDURA MENORES. (SAIS BILIARES).
RÁPIDA ATUAÇÃO DA LIPASE
PANCREÁTICA SOBRE OS
TRIGLICERÍDEOS DA SUPERFÍCIE DOS
GLÓBULOS.
28. METABOLISMO
Os processos metabólicos que garantem a
manutenção da vida correspondem a todo o
conjunto de reações químicas que ocorrem
no interior das células, chamado de
metabolismo. Ele se divide em catabolismo
e anabolismo.
29.
30. ANABOLISMO X CATABOLISMO
O catabolismo corresponde às reações de
degradação de moléculas, com liberação de
matéria-prima e energia. Neste caso, os
alimentos são digeridos, fragmentados e
oxidados até CO2 e H2O, fornecendo
energia (seria o caso das reações que, em
seu conjunto, correspondem à respiração
celular, processo que ocorre em várias
etapas, sendo seu estudo detalhado
bastante amplo).
31. ANABOLISMO X CATABOLISMO
O anabolismo corresponde às reações de
síntese de materiais indispensáveis às
atividades fisiológicas, crescimento e
reprodução, entre as quais a produção de
moléculas de reservas nutritivas, como
glicogênio e gorduras, e estes processos
gastam energia. De maneira bem
simplificada, o catabolismo seria
responsável por desmontar moléculas,
enquanto o anabolismo faria a montagem ou
síntese de novas moléculas.
32.
33. BALANÇO METABÓLICO
A diferença entre a quantidade total de
anabolismo e a de catabolismo em um período de
tempo determina o balanço metabólico:
a) Caso a quantidade de anabolismo tenha sido
maior do que o de catabolismo terá um balanço
metabólico positivo.
b) Caso a quantidade de catabolismo tenha sido
maior do que o de anabolismo terá um balanço
metabólico negativo.
c) Caso a quantidade de anabolismo tenha sido
igual à de catabolismo, teremos um balanço
metabólico nulo.
34. TAXA METABÓLICA
A Taxa de Metabolismo Basal é a quantidade
mínima de energia (calorias) necessária para
manter as funções vitais do organismo em
repouso (McARDLE e col., 1992 ). Essa taxa pode
variar de acordo com o sexo, peso, altura, idade e
nível de atividade física.
37. Bioenergética: Produção de ATP
●
O ATP consiste na adenosina (uma
molécula de adenina unida a uma
molécula de ribose) combinada a 3
grupos fosfato-inorgânico (Pi).
●
Quando a enzima ATPase atua sobre
o ATP ocorre a separação do último
grupo fosfato, liberando energia.
●
ATP = ADP + Pi.
39. Mais como o ATP foi formado?
●
O processo de armazenamento de
energia através da formação de ATP
a partir de outras fontes químicas é
denominado fosforilação.
●
Através de várias reações químicas
um grupo de fosfato é adicionado
ao ADP.
●
Essas reações podem ou não usar
o oxigênio.
40. Como o ATP é fornecido a cada
célula muscular?
A MOLÉCULA DE ATP EM SI É FORMADA
POR UMA BASE NITROGENADA
PROVAVELMENTE PROVENIENTE DE
AMINÁCIDOS INGERIDOS; UM AÇÚCAR
(RIBOSE) PROVENIENTE DE CHO
INGERIDOS E ÍONS FOSFATO.
Existe uma quantidade limitada de ATP em
cada célula muscular.
O ATP está sendo utilizado e regenerado
constantemente.
41.
42. Fontes de Energia
●
Anaeróbio Alático – ATP CP
●
10 a 12 segundos
●
Anaeróbio Lático – Glicólise Anaeróbia
●
30 segundos a 3 minutos
●
Aeróbio – Glicólise Aeróbia (oxidativo)
●
Mais de 3 minutos
OBS: Não existe a utilização de uma
fonte energética específica – todas
atuam em conjunto.
44. SISTEMA FOSFAGÊNICO ou ATP CP
ou ANAERÓBIO ALÁTICO
A fosfocreatina é
armazenada nas
células musculares.
Ela é semelhante ao
ATP por também
possuir uma ligação
de alta energia no
grupo fosfato.
45. SISTEMA FOSFAGÊNICO ou ATP CP
ou ANAERÓBIO ALÁTICO
A quantidade de ATP disponível a partir do
sistema fosfagênio equivale a uma
quantidade entre 5,7 e 6,9 kcal, não
representando muita energia para ser
utilizada durante o exercícios de longa
duração.
Ex.: As reservas de fosfagênio nos músculos
ativos serão esgotadas provavelmente após
apenas 10 segundos de exercício
extenuante, como ao dar um pique de 80
metros.
46. RECREATING ATP WITH PCr
A ATP pode ser recriada através da ligação de um
fosfato inorgânico (Pi) a adenosina difosfato (ADP
ou adenosina mais dois fosfatos) com a energia
derivada da creatina fosfato.
50. SISTEMA FOSFAGÊNICO ou ATP CP
ou ANAERÓBIO ALÁTICO
O sistema do fosfagênio representa a fonte
de energia disponível mais rápida do ATP
para ser usado pelo músculo:
1) não depende de uma longa série de reações
químicas;
2) não depende do transporte do oxigênio que
respiramos para os músculos que estão realizando
trabalho;
3) tanto o ATP quanto CP estão armazenados
diretamente dentro dos mecanismos contráteis
51. SISTEMA GLICOLÍTICO ou
ANAERÓBIO LÁTICO
A glicólise anaeróbia envolve a
desintegração incompleta de uma das
substâncias alimentares, o carboidrato
(GLICOSE), em ácido lático.
55. SISTEMA GLICOLÍTICO ou
ANAERÓBIO LÁTICO
A glicólise anaeróbia é mais complexa do
que o sistema do fosfagênio (12 reações).
O acúmulo mais rápido e os níveis mais altos
de ácido lático são alcançados durante um
exercício que pode ser sustentado por 60 a
180 segundos.
56. SISTEMA GLICOLÍTICO ou
ANAERÓBIO LÁTICO
O ácido lático ou lactato é uma molécula
propícia a liberar íons H+ tornando o meio
intracelular mais ácido (pH abaixo de 7,4).
O pH alterado influencia na atividade
enzimática e todo o maquinário metabólico,
necessitando de um “tamponamento” para o
lactato.
57. Sistemas de tamponamento do
lactato
INTRACELULAR:
- Proteínas celulares (adquirem o H+)
- Sistema fosfato (converte ác. Forte em
fraco)
- Sitema Bicarbonato (reage com H+ → ác.
Carbônico → água e gás carbônico.
EXTRACELULAR (MCT4):
- Bicarbonato com compensação
respiratória.
- Proteínas plasmáticas.
- hemoglobina (mais lento, porém recebe
mais H+)
61. METABOLISMO OXIDATIVO
OCORRE NA MITOCÔNDRIA;
A SÍNTESE DE ATP POR ESTA VIA METABÓLICA
É DEPENDENTE DA PRESENÇA DE OXIGÊNIO
DENTRO DA CÉLULA.
NO METABOLISMO OXIDATIVO OS
MAQUINÁRIOS CENTRAIS SÃO O CICLO DE
KREBS E A CADEIA RESPIRATÓRIA.
62. CICLO DE KREBS OU CICLO DO
ÁCIDO CÍTRICO
OCORRE NA MITOCÔNDRIA;
SUA PRINCIPAL FUNÇÃO É A FORMAÇÃO DE
NADH E FADH;
FORMA-SE UMA MOLÉCULA DE ATP NESTE
CICLO.
65. DINÂMICA DO METABOLISMO
LIPÍDICO
OS LIPÍDEOS QUE SERÃO UTILIZADOS PARA
OBTENÇÃO DE ENERGIA METABÓLICA SÃO
ARMAZENADOS NO CORPO HUMANO NOS
ADIPÓCITOS (CÉLULAS GORDUROSAS) EM
FORMA DE TRIGLICERÍDEOS (TAG).
ESSES TAGs SÃO DEGRADADOS EM GLICEROL
E 3 ÁCIDOS GRAXOS (AG)
OS AGs UMA VEZ NO CITOPLASMA CELULAR
ADENTRAM A MITOCÔNDRIA POR MEIO DA L-
CARNITINA PARA QUE SE INICIE A BETA
OXIDAÇÃO.
66. BETA OXIDAÇÃO
É O CICLO DE REAÇÕES METABÓLICAS ONDE
SÃO FORMADOS NADH ATTRAVÉS DA
OXIDAÇÃO DE MOLÉCULAS DE ÁCIDOS
GRAXOS CONVERTIDOS A ACIL CoA.
68. DINÂMICA DO METABOLISMO
PROTEICO
PRINCIPAL: AA PARA VÁRIOS PROCESSOS
ANABÓLICOS.
OCASIONALMENTE: CATABOLISMO PARA
OBTENÇÃO DE ENERGIA (2% a 5% da demanda
energética.
1) Proteína degradada em seus componentes
aminoácidos;
2) Desaminação no fígado (perde o nitrogênio) e
esse nitrogênio é excretado em forma de uréia;
69. DINÂMICA DO METABOLISMO
PROTEICO
3) O “esqueleto de carbono” restante pode seguir
uma das três vias:
Síntese de um novo AA;
Transformado em carboidrato ou gordura;
Catabolizado direto para energia.
70.
71. CADEIA TRANSPORTADORA DE
ELÉTRONS OU CADEIA
RESPIRATÓRIA
● OCORRE NA MITOCÔNDRIA;
● OS NADH E FADH FORMADOS DURANTE TODO
O PROCESSO DE CLICÓLISE ANAERÓBIA, NO
CICLO DE KREBS E NA BETA OXIDAÇÃO DOAM
SEUS ELÉTRONS PARA ESSE MAQUINÁRIO
PROTEICO PARA FORMAÇÃO DE ATP.
72.
73. METABOLISMO OXIDATIVO
PREDOMINÂNCIA EM ATIVIDADES FÍSICAS DE
LONGA DURAÇÃO E INTENSIDADE MODERADA
(CORRIDAS DE FUNDO, NATAÇÃO EM ÁGUAS
ABERTAS, CAMINHADAS DE LONGA DISTÂNCIA,
ATIVIDADES CÍCLICAS COM INTENSIDADE
MODERADA).
78. ESTRUTURA MUSCULAR FINA
A CÉLULA MUSCULAR (MIÓCITO) = Fibras
musculares
MIOFIBRILAS = Miofilamentos contráteis de
actina e miosina
Membranas:
Epimísio, Perimísio, Endomísio e Sarcolema
Estas membranas estão constituídas por tecido
conectivo que facilitam o processo da contração
muscular.
81. PROTEÍNAS ENVOLVIDAS NA
CONTRAÇÃO MUSCULAR
1)Miosina – longa cadeia de peptídeos;
2)Actina – dupla cadeia helicoidal
globular;
3)Troponina – tem função reguladora,
estrutura globular e vai estar situada em
partes específicas da actina;
4)Tropomiosina – tem função reguladora e
possui caracteristica fibrosa;
84. CONTRAÇÃO MUSCULAR
1)Sinapse na Junção Neuromuscular;
2)Neurotransmissores (Ach) estimulam seus
receptores nicotínicos no sarcolema;
3)Gera-se um potencial de ação que
percorre todo o sarcolema;
4)Os túbulos T levam o potencial de ação
para o interior da fibra muscular
estimulando o retículo sarcoplasmático a
liberar Ca++;
85. CONTRAÇÃO MUSCULAR
5) Os Ca++ se ligam à troponina fazendo o complexo
troponina-tropomiosina “girar” expondo os sítios
ativos da actina.
*Uma molécula de ATP liga-se à cabeça da miosina
(esta etapa ocorre parelela independente das
anteriores).
*Quebra de ATP em ADP + Pi estimulada pela ligação
de Mg+ na cabeça da miosina fazendo-a acumular
energia (esta etapa ocorre parelela independente das
anteriores).
86. CONTRAÇÃO MUSCULAR
6) A cabeça da miosina se liga ao sítio ativo
da actina. A liberação do Pi faz com que a
miosina exerça um movimento de “catraca”
fazendo o filamento fino se deslizar
longitudinalmente em relação ao filamento
grosso.
7) A ligação de outra de molécula de ATP na
cabeça da miosina desfaz a ligação miosina-
actina.
102. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
MACRONUTRIENTE
CARBOIDRATO
103. NATUREZA DOS
CARBOIDRATOS
● TODAS AS CÉLULAS VIVAS CONTÊM
CARBOIDRATOS;
● AS PLANTAS REPRESENTAM A
PRINCIPAL FONTE DE
CARBOIDRATOS NA DIETA HUMANA
(EXCETO LACTOSE E GLICOGÊNIO);
104. NATUREZA DOS
CARBOIDRATOS
● A PRINCIPAL
FUNÇÃO DOS
CARBOIDRATOS
NO CORPO
HUMANO É A DE
SERVIR COMO
SUBSTRATO
ENERGÉTICO.
105. MONOSSACARÍDEOS
● A MOLÉCULA DE
MONOSSACARÍDEO
REPRESENTA A UNIDADE
BÁSICA DOS CARBOIDRATOS.
● TRIOSES, TETROSES,
PENTOSES, HEXOSES E
HEPTOSES.
● MAIS IMPORTANTES
NUTRICIONALMENTE:
HEXOSES = GLICOSE;
FRUTOSE; GALACTOSE.
106. MONOSSACARÍDEOS
● GLICOSE = DEXTROSE OU AÇÚCAR DO
SANGUE.
● A DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS MAIS
COMPLEXOS PRODUZ GLICOSE.
● PRODUZIMOS GLICOSE PELA
GLICONEOGÊNESE NO FÍGADO (ESQUELETOS
DE CARBONO, AMINOÁCIDOS ESPECÍFICOS,
GLICEROL, PIRUVATO E LACTATO).
107. MONOSSACARÍDEOS
● O INTESTINO DELGADO ABSORVE A GLICOSE A
QUAL PODERÁ SER:
1) UTILIZADA DIRETAMENTE PELAS CÉLULAS
PARA OBTENÇÃO DE ENERGIA;
2) ARMAZENADA COMO GLICOGÊNIO NO
MÚSCULO E NO FÍGADO PARA UTILIZAÇÃO
SUBSEQUENTE;
3)TRANSFORMADA EM GORDURA E
ARMAZENADA PARA UTILIZAÇÃO
SUBSEQUENTE COMO ENERGIA.
108. DISSACARÍDEOS
● A COMBINAÇÃO DE DUAS MOLÉCULAS DE
MONOSSACARÍDEOS FORMA UM
DISSACARÍDEO.
● CADA DISSACARÍDEO INCLUI A GLICOSE COMO
COMPONENTE PRINCIPAL.
110. POLISSACARÍDEOS
● REFERE-SE À ASSOCIAÇÃO DE 10 A MILHARES
DE RESÍDUOS DE MONOSSACARÍDEOS POR
LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS.
● SÃO CLASSIFICADOS NAS CATEGORIAS
ANIMAL E VEGETAL.
● AS CÉLULAS SINTETIZAM OS
POLISSACARÍDEOS PARA A FUNÇÃO DE
RESERVA ENERGÉTICA OU ESTRUTURAL.
113. FIBRAS??
● É UM POLISSACARÍDEO ESTRUTURAL,
GERALMENTE CELULOSE.
114. INGESTÃO RECOMENDADA DE
CARBOIDRATOS
● PARA PESSOAS QUE PARTICIPAM DE UMA
ATIVIDADE FÍSICA REGULAR, OS
CARBOIDRATOS DEVEM FORNECER CERCA DE
60% (400-600g) DAS CALORIAS DIÁRIAS TOTAIS.
● DURANTE UM TREINAMENTO INTENSO, A
INGESTÃO DE CARBOIDRATOS DEVE
AUMENTAR PARA 70% DAS CALORIAS TOTAIS
CONSUMIDAS.
115. ÍNDICE GLICÊMICO (IG)
É UMA CLASSIFICAÇÃO DAS TROCAS DE
CARBOIDRATO NOS ALIMENTOS DE ACORDO
COM O IMPACTO IMEDIATO NOS NÍVEIS DE
GLICOSE NO SANGUE.
● ALIMENTOS QUE CONTÊM CARBOIDRATOS
QUE SÃO ABSORVIDOS RAPIDAMENTE APÓS
SUA INGESTÃO TÊM O ÍNDICE GLICÊMICO MAIS
ALTO. POR OUTRO LADO, ALIMENTOS QUE
CONTÊM CARBOIDRATOS QUE SE
DECOMPÕEM LENTAMENTE POSSUEM UM
BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO.
116. ÍNDICE GLICÊMICO (IG)
● PARA A MAIOR PARTE DAS PESSOAS QUE
NECESSITAM PERDER GORDURA CORPORAL,
OS ALIMENTOS COM BAIXO IG APRESENTAM
VANTAGENS COM RELAÇÃO AOS DE ALTO IG.
● ALGUNS ATLETAS PODEM SE BENEFICIAR COM
O USO DE ALIMENTOS DE ALTO IG, DURANTE E
APÓS AS COMPETIÇÕES, PARA RECUPERAÇÃO
ADEQUADA DE GLICOGÊNIO MUSCULAR.
117. SUPLEMENTAÇÃO DE
CARBOIDRATOS
PRÉ-ATIVIDADE
PODE SER FEITO DE 3 A 4 HORAS ANTES DO
INÍCIO DA SESSÃO DE EXERCÍCIOS PARA
AUMENTO DAS RESERVAS DE GLICOGÊNIO.
EM CASOS QUE A REFEIÇÃO PRÉ-ATIVIDADE E O
INÍCIO DO EXERCÍCIO É MUITO CURTO (60 A 30
MIN), O USO DE SUPLEMENTOS PODE SER ÚTIL.
RECOMENDA-SE A UTILIZAÇÃO DE
CARBOIDRATOS DE BAIXO IG.
MANIPULAÇÃO DO ÍNDICE GLICÊMICO.
118. SUPLEMENTAÇÃO DE
CARBOIDRATOS
DURANTE A ATIVIDADE
A ATIVIDADE FÍSICA PROLONGADA (COM 1H OU
MAIS DE DURAÇÃO) OU EXECUTADA EM ALTA
INTENSIDADE PROVOCAM REDUÇÃO
ACENTUADA DO GLICOGÊNIO MUSCULAR.
O CONSUMO DE CARBOIDRATOS DE ALTO IG
DURANTE ESSAS ATIVIDADES PODE PROVOCAR
A MELHORA DO DESEMPENHO, UMA VEZ QUE O
AUMENTO DA GLICEMIA DÁ MAIS APORTE
NUTRITIVO PARA O MÚSCULO EXERCITADO.
119. SUPLEMENTAÇÃO DE
CARBOIDRATOS
APÓS A ATIVIDADE
FACILITAR A SÍNTESE DE GLICOGÊNIO QUE FOI
GASTO DURANTE A ATIVIDADE PROLONGADA
DE INTENSIDADE MODERADA A ALTA.
A MAIOR TAXA DE SÍNTESE DE GLICOGÊNIO
MUSCULAR É REPORTADA QUANDO OCORRE O
CONSUMO DE 1,0–1,85 g/kg DE CARBOIDRATOS
LOGO APÓS O EXERCÍCIO EM INTERVALOS DE
15-60 MIN EM ATÉ 5H APÓS A ATIVIDADE.
120. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
MACRONUTRIENTE
LIPÍDEO
124. LIPÍDEOS
● CERCA DE 98% DOS LIPÍDEOS DIETÉTICOS
EXISTEM COMO TRIACILGLICERÓIS
(TRIACILGLICERÍDEOS OU TRIGLICERÍDEOS).
● 90% DA GORDURA CORPORAL TOTAL RESIDE
NOS DEPÓSITOS DE TECIDO ADIPOSO DOS
TECIDOS SUBCUTÂNEOS (TRIGLICERÍDEOS
DOS ADIPÓCITOS).
127. ÁCIDOS GRAXOS
SATURADOS:
- CARNES;
- GEMA DE OVO;
- GORDURAS
LÁCTEAS
- ÓLEO DE COCO E
DE PALMA;
- GORDURA
VEGETAL;
- MARGARINA;
- BOLOS, DOCES;
INSATURADOS:
- ÓLEO DE OLIVA,
DE CANOLA, DE
AMENDOIM,
AMÊNDOAS;
ABACATE
MONOINSATURADO.
- ÓLEO DE
GIRASSOL, DE
SOJA, DE MILHO
(POLI-
INSATURADOS).
129. ● ÁCIDO GRAXO INSATURADO CIS = ↑ HDL;
● ÁCIDO GRAXO INSATURADO TRANS = ↑LDL
↓HDL (ÓLEOS DE ORIGEM VEGETAL
AQUECIDOS, PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS);
● ÁCIDO GRAXO SATURADO = ↑ LDL
ÁCIDO GRAXO (CIS E TRANS)
130. ● ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS (3
CARBONOS COM DUPLA LIGAÇÃO CIS).
● CARNE DE PEIXE E MAMÍFEROS MARINHOS;
FOLHAS COM COLORAÇÃO VERDE-ESCURA.
● FUNÇÃO CARDIOPROTETORA (AUMENTO DO
HDL, AUMENTO DA COMPLACÊNCIA ARTERIAL,
EFEITO ANTIARRÍTMICO SOBRE O TECIDO
MIOCÁRDICO).
FAMÍLIA ÔMEGA-3
132. TRIGLICERÍDEO
● SUA SÍNTESE SE AUMENTA APÓS AS
REFEIÇÕES PELAS SEGUINTES RAZÕES:
1) MAIORES CONCENTRAÇÕES SANGUÍNEAS DE
ÁCIDOS GRAXOS E DE GLICOSE EM VIRTUDE
DA ABSORÇÃO DO ALIMENTO;
2) UMA ALTA INSULINEMIA, QUE ESTIMULA A
SÍNTESE DE TRIGLICERÍDEO.
134. COLESTEROL
A maior parte do colesterol presente no
corpo é sintetizada pelo próprio organismo,
sendo apenas uma pequena parte adquirida
pela dieta.
O colesterol tem um papel central em
muitos processos bioquímicos, mas é mais
conhecido pela associação existente entre
doenças cardiovasculares e as diversas
lipoproteínas que o transportam, e os altos
níveis de colesterol no sangue
(hipercolesterolemia).
136. INGESTÃO RECOMENDADA DE
LIPÍDEOS
A AMERICAN HEART ASSOCIATION NÃO
DIFERENCIA A INGESTÃO RECOMENDADA
DE PESSOAS FISICAMENTE ATIVAS E
PESSOAS SEDENTÁRIAS; INGESTÃO
DIÁRIA DE COLESTEROL NUNCA
SUPERIOR A 300g, IDEAL 150g.
A CANCER SOCIETY RECOMENDA QUE A
DIETA DEVE CONTER APENAS 20% DE
CALORIAS PROVENIENTES DE LIPÍDEOS.
137. SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA
Os ácidos graxos são o principal substrato
energético utilizado pelas fibras musculares
durante a realização de um exercício de
intensidade submáxima e longa duração.
O gasto energético de uma prova de ultra-
resistência pode variar de 5.000 a 18.000kcal
por dia.
138. SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA
A adoção da suplementação lipídica visa
maximizar a utilização deste tipo de
substrato em detrimento aos estoques de
carboidrato, promovendo assim, o efeito
poupador de glicogênio (“sparing effect”).
139. SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA
A suplementação lipídicapara atividades de
“endurance” pode ser classificada em duas
principais estratégias:
a) elevação aguda dos ácidos graxos no
plasma.
os TCM são rapidamente absorvidos e
transportados pelo organismo. Além disso,
os TCM possuem velocidade de oxidação
comparável à dos CBO, mas, por serem
lipídios, fornecem uma quantidade de
energia maior quando são oxidados.
140. SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA
b) administração de dietas hiperlipídicas.
Existe, contudo, muita controvérsia em
relação aos possíveis efeitos benéficos ou
deletérios deste tipo de suplementação para
atletas.
141. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
MACRONUTRIENTE
PROTEÍNA
142. NATUREZA DAS PROTEÍNAS
● UM CORPO DE UM ADULTO DE TAMANHO
MÉDIO CONTÉM ENTRE 10 E 12 Kg DE
PROTEÍNA, LOCALIZADA PRINCIPALMENTE
DENTRO DA MASSA DOS MÚSCULOS
ESQUELÉTICOS.
● AS MOLÉCULAS DE PROTEÍNAS CONTÊM
TAMBÉM CERCA DE 16% DE NITROGÊNIO E
TAMBÉM ENXOFRE, OCASIONALMENTE
FÓSFORO, COBALTO E FERRO.
143. NATUREZA DAS PROTEÍNAS
● São polímeros de AMINO ÁCIDOS, unidos por
ligações peptídicas.
● DOIS AAs UNIDOS PRODUZEM UM DIPEPTÍDIO,
A UNIÃO DE 3 PRODUZ UM TRIPEPTÍDIO E
ASSIM POR DIANTE. UMA CONFIGURAÇÃO
LINEAR DE ATÉ 100 AAs PRODUZ UM
POLIPEPTÍDIO E UMA COMBINAÇÃO DE MAIS
DE 100 Aas FORMA UMA PROTEÍNA.
150. ENZIMAS
● São moléculas protéicas com propriedade de
acelerar as reações químicas (síntese ou
degradação).
● As sínteses enzimáticas apresentam alto
rendimento gerando apenas os produtos
desejados e úteis às células.
● São produzidas sob o controle do DNA.
● Centro – ativo: locais da enzima onde o substrato
encaixa
151. ENZIMAS
● Especificidade : é variável (pode atuar
especificamente sobre um determinado
substrato ou atuar sobre vários compostos com
alguma característica comum)
● Nomenclatura : nome do substrato + sufixo ASE.
Ex.: lípase, maltase, ribonuclease.
● Ao desnaturar-se (perdendo a conformação da
molécula), a enzima perde sua função.
153. TIPOS DE PROTEÍNAS
● A SÍNTESE DE UMA PROTEÍNA ESPECÍFICA
DEPENDE DA DISPONIBILIDADE DE AAs
APROPRIADOS.
● Proteínas Completas(alta qualidade): provêm de
alimentos com todos os AAs essenciais na
quantidade e relação correta que lhes possibilite
manter o equilíbrio nitrogenado e permitir o
crescimento e reparo dos tecidos.
154. TIPOS DE PROTEÍNAS
● Proteínas Incompletas(baixa qualidade): carece
de um ou mais AAs essenciais.
156. Classificação das proteínas
quanto à composição
● SIMPLES : formadas exclusivamente por
aminoácidos.
Ex.: Albuminas, Globulinas, Histonas, Proteínas
fibrosas
● CONJUGADA : proteína simples combinada com
alguma substância de natureza não-protéica. O
grupo não protéico é chamado "grupo
prostético".
Ex: Nucleoproteínas, Glicoproteínas,
Lipoproteínas, Fosfoproteínas, Hemeproteínas,
Flavoproteínas, Metaloproteínas.
157. QUANTIDADE DIETÉTICA
RECOMENDADA (QDR)
● EM MÉDIA 0,83g DE PROTEÍNA POR Kg de
MASSA CORPORAL DIARIAMENTE.
● EM GERAL, A QDR PARA PROTEÍNA (E A
QUANTIDADE DE AAs ESSENCIAIS
NECESSÁRIOS) DIMINUI COM O AVANÇAR DA
IDADE.
● LACTENTES E CRIANÇAS EM CRESCIMENTO =
2,0g A 4,0g POR Kg DE MASSA CORPORAL.
● A GRAVIDEZ EXIGE QUE A INGESTÃO DE
PROTEÍNAS SEJA AUMENTADA EM 20g.
159. INGESTÃO DIETÉTICA
RECOMENDADA
● NENHUM BENEFÍCIO ADICIONAL SERÁ
CONSEGUIDO AO INGERIR QUANTIDADES
EXCESSIVAS DE PROTEÍNA
● PARA OS ATLETAS, A MASSA MUSCULAR NÃO
AUMENTA SIMPLESMENTE POR INGERIR
ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS OU
MISTURAS ESPECIAIS DE AA.
● QUANDO A INGESTÃO DIETÉTICA DE PROTEÍNA
ULTRAPASSA DE MANEIRA SIGNIFICATIVA OS
VALORES RECOMENDADOS HÁ UMA
SOBRECARGA NAS FUNÇÕES HEPÁTICAS E
RENAIS.
160. PESSOAS FISICAMENTE
ATIVAS?
● É FATO QUE O CATABOLISMO PROTEICO ACIMA
DO NÍVEL DE REPOUSO OCORRE EM
DECORRÊNCIA DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS E
RESISTIDOS.
● ESSE CATABOLISMO AUMENTA QUANDO SE
EXERCITA COM BAIXAS RESERVAS DE
CARBOIDRATOS E/OU BAIXAS INGESTAS
ENERGÉTICAS.
● ATLETAS QUE TREINAM EXTENSAMENTE
DEVERIAM CONSUMIR ENTRE 1,2g E 1,8g DE
PROTEÍNA POR Kg DE MASSA CORPORAL
DIARIAMENTE.
161. DINÂMICA DO METABOLISMO
PROTEICO
● PRINCIPAL: AA PARA VÁRIOS PROCESSOS
ANABÓLICOS.
● OCASIONALMENTE: CATABOLISMO PARA
OBTENÇÃO DE ENERGIA (2% a 5% da demanda
energética.
1) Proteína degradada em seus componentes
aminoácidos;
2) Desaminação no fígado (perde o nitrogênio);
162. DINÂMICA DO METABOLISMO
PROTEICO
● PRINCIPAL: AA PARA VÁRIOS PROCESSOS
ANABÓLICOS.
● OCASIONALMENTE: CATABOLISMO PARA
OBTENÇÃO DE ENERGIA (2% a 5% da demanda
energética.
1) Proteína degradada em seus componentes
aminoácidos;
2) Desaminação no fígado (perde o nitrogênio) e
esse nitrogênio é excretado em forma de uréia;
163. DINÂMICA DO METABOLISMO
PROTEICO
3) O “esqueleto de carbono” restante pode seguir
uma das três vias:
● Síntese de um novo AA;
● Transformado em carboidrato ou gordura;
● Catabolizado direto para energia.
166. EQUILÍBRIO NITROGENADO
● EXISTE EQUILÍBRIO NITROGENADO QUANDO A
INGESTÃO DE NITROGÊNIO (PROTEÍNA) É
IGUAL A EXCREÇÃO DE NITROGÊNIO (URÉIA).
● O CATABOLISMO PROTEICO EXCESSIVO
PROMOVE PERDA DE LÍQUIDOS, POIS A URÉIA
TERÁ QUE SER DISSOLVIDA EM ÁGUA PARA
SER EXCRETADA.
167. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
MICRONUTRIENTES:
VITAMINAS
168. VITAMINAS
● São moléculas orgânicas formadas por carbono,
oxigênio e hidrogênio.
● As vitaminas desempenham diversas funções no
desenvolvimento e no metabolismo orgânico. No
entanto, não são usadas nem como energia, nem
como material de reposição celular. Também não
contribuem de maneira substancial para a massa
corporal.
● O corpo humano necessita de quantidades
mínimas de vitaminas. Esse grupo de moléculas
tem um efeito protetor contra algumas patologias
169. VITAMINAS
● Com exceção da Vitamina D, o corpo não
consegue sintetizar vitaminas; assim sendo, elas
terão que ser fornecidas através da dieta.
● Vitaminas lipossolúveis: A, D, E, K; BETA
CAROTENO (PRECURSOR DA VITAMINA A).
● Vitaminas hidrossolúveis: C; COMPLEXO B (B1,
B2, B5, B6, B9, B12); NIACINA; ÁCIDO
PANTOTÊNICO; FOLATO; BIOTINA.
170.
171. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
● AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS SE DISSOLVEM
E SE ACUMULAM NOS TECIDOS ADIPOSOS DO
CORPO SEM A NECESSIDADE DE SEREM
CONSUMIDAS DIARIAMENTE.
● PODERÃO TRANSCORRER VÁRIOS ANOS
ANTES DE SURGIREM OS SINTOMAS DE
INSUFICIÊNCIA DE UMA VITAMINA
LIPOSSOLÚVEL.
● ALGUMAS DOENÇAS TAMBÉM PODEM SURGIR
POR EXCESSO DESSAS VITAMINAS.
172. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
● AS VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS AGEM
ESSENCIALMENTE COMO COENZIMAS –
PEQUENAS MOLÉCULAS COMBINADAS COM
UM COMPOSTO PROTEICO MAIOR
(APOENZIMA) PARA FORMAR UMA ENZIMA
ATIVA QUE ACELERA A INTERCONVERSÃO DOS
COMPOSTOS QUÍMICOS.
● ELAS DISPERSAM-SE PRONTAMENTE NOS
LÍQUIDOS CORPORAIS SEM SEREM
ARMAZENADAS NOS TECIDOS EM QUALQUER
GRAU APRECIÁVEL.
174. PAPEL ANTIOXIDANTE
● SABE-SE QUE O METABOLISMO AERÓBICO
CELULAR GERA UMA CERTA QUANTIDADE DE
RADICAIS LIVRES (SUPERÓXIDO O2-;
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO H2O2; RADICAIS
HIDROXILA OH-). ESSAS MOLÉCULAS SÃO
RESPONSÁVEIS PELO AUMENTO DO DANO
CELULAR (ESTRESSE OXIDATIVO).
● AS VITAMINAS A, C, E e o BETA CAROTENO
REAGEM COM ESSAS MOLÉCULAS
SUPRIMINDO REAÇÃO EM CADEIA
PREJUDICIAL.
176. INGESTÃO DIFERENCIADA
AS VITAMINAS PARTICIPAM REPETIDAMENTE DE
REAÇÕES METABÓLICAS; ASSIM SENDO,
PROVAVELMENTE AS NECESSIDADES DIÁRIAS
VITAMÍNICAS DAS PESSOAS FISICAMENTE
ATIVAS NÃO ULTRAPASSAM AQUELAS DE SEUS
CONGÊNERES SEDENTÁRIOS.
177.
178. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
MICRONUTRIENTES:
MINERAIS
179. OS MINERAIS
● CERCA DE 4% DA MASSA CORPORAL É
COMPOSTA POR UM GRUPO DE 21 ELEMENTOS
PRINCIPALMENTE METÁLICOS, OS MINERAIS.
180. OS MINERAIS
● 7 MINERAIS PRINCIPAIS: CÁLCIO, FÓSFORO,
POTÁSIO, ENXOFRE, SÓDIO, CLORO E
MAGNÉSIO. (necessários em quantidades >
100mg/dia).
● 14 MINERAIS SECUNDÁRIOS OU
OLIGOMINERAIS: FERRO, FLÚOR, ZINCO,
COBRE, SELÊNIO, IODO, CROMO, COBALTO,
MANGANÊS, MOLIBDÊNIO, CARBONO,
HIDROGÊNIO, OXIGÊNIO E NITROGÊNIO.
(necessários em quantidades < 100mg/dia).
Representam 0,02 % da massa corporal.
181. OS MINERAIS NO CORPO
HUMANO
● FUNCIONAM COMO COMPONENTES DAS
ENZIMAS, DOS HORMÔNIOS E DAS VITAMINAS.
● COMBINAM-SE COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS (EX.: FOSFATO DE CÁLCIO NO OSSO,
FERRO NO GRUPO HEME DA HEMOGLOBINA.
● PODEM EXISTIR ISOLADAMENTE (CÁLCIO
LIVRE NOS LÍQUIDOS CORPORAIS).
182. PAPEL DOS MINERAIS NO CORPO
● PROPORCIONAM ESTRUTURA PARA A
FORMAÇÃO DOS OSSOS E DENTES;
● EM TERMOS DE FUNÇÃO, AJUDAM A MANTER O
RITMO CARDÍACO NORMAL, A
CONTRATILIDADE MUSCULAR, A
CONDUTIVIDADE NEURAL E O EQUILÍBRIO
ACIDOBÁSICO;
● REGULAM O METABOLISMO POR SE
TRANSFORMAREM EM COMPONENTES DAS
ENZIMAS E DOS HORMÔNIOS QUE MODULAM A
ATIVIDADE CELULAR.
183.
184.
185. A FALTA DE MINERAIS
ESSENCIAIS ROMPE O
DELICADO EQUILIBRIO ENTRE
CATABOLISMO E ANABOLISMO.
186. INGESTÃO DEMASIADA?
COMO ACONTECE COM O EXCESSO DE
VITAMINAS, OS MINERAIS EM EXCESSO NÃO
DESEMPENHAM FUNÇÕES FISIOLÓGICAS ÚTEIS
E PODEM PRODUZIR EFEITOS TÓXICOS.
187. SUPLEMENTAÇÃO?
OS SUPLEMENTOS MINERAIS, COMO OS
SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS, EM GERAL
CONFEREM POUCO BENEFÍCIO, POIS OS
MINERAIS NECESSÁRIOS OCORREM
PRONTAMENTE NO ALIMENTO E NA ÁGUA.
CONTUDO, SE EM CERTA LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA O APORTE DE ALGUM MINERAL É
ESCASSO POR CONTA DA ÁGUA OU ALIMENTO,
NECESSITA-SE SUPLEMENTÁ-LO DE ALGUMA
FORMA, COMO OCORRE COM O IODO NO SAL →
(T3 E T4)
188.
189. DISPONIBILIDADE DE MINERAIS
O CORPO VARIA CONSIDERAVELMENTE EM SUA
CAPACIDADE DE ABSORVER E UTILIZAR OS
MINERAIS EXISTENTES NO ALIMENTO. POR
EXEMPLO:
● O ESPINAFRE CONTÉM MUITO CÁLCIO, PORÉM
APENAS CERCA DE 5% DESSE CÁLCIO É
ABSORVIDO.
● O FERRO DIETÉTICO É ABSORVIDO PELO
INTESTINO DELGADO COM UMA EFICIÊNCIA
MÉDIA DE 5 a 10 %.
190. FATORES QUE AFETAM A
BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
1) TIPO DE ALIMENTO: O INTESTINO DELGADO
ABSORVE PRONTAMENTE OS MINERAIS
EXISTENTES NOS PRODUTOS ANIMAIS, POIS
NÃO EXISTEM FIXADORES DE VEGETAIS E
FIBRAS DIETÉTICAS QUE DIFICULTAM A
DIGESTÃO E A ABSORÇÃO. ALÉM DISSO, OS
ALIMENTOS PROVENIENTES DO REINO ANIMAL
EM GERAL CONTÊM ALTAS CONCENTRAÇÕES
DE MINERAIS ( COM EXCEÇÃO DO MAGNÉSIO,
QUE ESTÁ EM MAIOR CONCENTRAÇÃO NOS
VEGETAIS).
191. FATORES QUE AFETAM A
BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
2) INTERAÇÃO MINERAL-MINERAL: MUITOS
MINERAIS POSSUEM O MESMO PESO
MOLECULAR E, PORTANTO, COMPETEM PELA
ABSORÇÃO INTESTINAL.
3) INTERAÇÃO VITAMINA-MINERAL: VÁRIAS
VITAMINAS INTERAGEM COM OS MINERAIS DE
MODO QUE AFETA A BIODISPONIBILIDADE DOS
MINERAIS. DE UMA MANEIRA POSITIVA, A
VITAMINA D FACILITA A ABSORÇÃO DE CÁLCIO E
A VITAMINA C APRIMORA A ABSORÇÃO DE
FERRO.
192. FATORES QUE AFETAM A
BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS
4) INTERAÇÃO FIBRA-MINERAL: UMA ALTA
INGESTÃO DE FIBRAS REDUZ A ABSORÇÃO DE
ALGUNS MINERAIS (CÁLCIO, FERRO, MAGNÉSIO
E FÓSFORO) POR SE UNIREM A ELES
PASSANDO PELO TRATO DIGESTIVO SEM
SEREM ABSORVIDOS.
193.
194.
195. CÁLCIO E OSTEOPOROSE
● ADOLESCENTES NECESSITAM DE 1300mg/dia E
ADULTOS 1000mg/dia E >50ANOS 1200mg/dia.
● O CÁLCIO É O MINERAL MAIS ABUNDANTE DO
CORPO E COMBINA-SE COM O FÓSFORO PARA
FORMAR OS OSSOS E DENTES.
● A DISPONIBILIDADE DE CÁLCIO COMBINADA
COM A ATIVIDADE FÍSICA REGULAR AFETA A
DINÂMICA DA REMODELAGEM ÓSSEA.
196. CÁLCIO E OSTEOPOROSE
● OSTEOPENIA: ENFRAQUECIMENTO ÓSSEO,
GERALMENTE NATURAL, QUE OCORRE COM O
AVANÇAR DA IDADE IDOSA.
● OSTEOPOROSE: QUE SIGNIFICA “OSSOS
POROSOS”, COM A DENSIDADE MINERAL
ÓSSEA MAIS DE 2,5 DESVIOS PADRÕES ABAIXO
DO NORMAL PARA IDADE E SEXO
(INFLUENCIADA PRINCIPALMENTE PELA
DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO ÓSSEO).
197.
198. CÁLCIO E OSTEOPOROSE
A OSTEOPOROSE É UMA PATOLOGIA MAIS
COMUM EM MULHERES IDOSAS, POIS COM O
ADVENTO DA MENOPAUSA A PRODUÇÃO DE
ESTROGÊNIO FICA PREJUDICADA E O
ESTROGÊNIO TÊM 3 IMPORTANTES PAPÉIS NA
SAÚDE DOS OSSOS:
● AUMENTA A ABSORÇÃO INTESTINAL DE
CÁLCIO.
● REDUZ A EXCREÇÃO INTESTINAL DE CÁLCIO.
● FACILITA A RETENÇÃO DE CÁLCIO PELO OSSO.
199. CÁLCIO E OSTEOPOROSE
AS FORÇAS MUSCULARES INTERMITENTES QUE
ATUAM SOBRE OS OSSOS DURANTE UMA
ATIVIDADE FÍSICA MODIFICAM O METABOLISMO
DOS OSSOS, FACILITANDO SUA CALCIFICAÇÃO.
202. ÁGUA (H2O)
Morfologicamente assimétrica
POLAR = positivo (2 hidrogênios) /
negativo (oxigênio)
Por sua natureza DIPOLAR = SOLVENTE
(tendência a combinar com íons + ou -)
Grau de afinidade pela água tem
relevante papel nas propriedades
biológicas das macromoléculas
204. ÁGUA (H2O)
POLARES - tem afinidade (solúveis em
água).
Hidrofílicas : carboidratos, proteínas e
ác. Nucléicos.
APOLARES – não tem afinidade
(insolúveis em água).
Hidrofóbicas : lipídios, óleos e parafinas
206. ÁGUA (H2O)
PROPRIEDADES :
● Solvente universal e meio de
suspensão e de reações químicas do
corpo;
● Participa de reações químicas no
organismo;
● Manutenção da temperatura corporal
(homeostase) - absorve e libera calor
lentamente;
● Requer grande quantidade de calor
para mudar de estado físico.
207. Os compartimentos líquidos do
corpo humano
A ÁGUA NO CORPO HUMANO ESTÁ
DISTRIBUÍDA DA SEGUINTE FORMA: 62%
INTRACELULAR E 38% EXTRACELULAR.
2/3 INTRA
1/3 EXTRA
208. EQUILÍBRIO HÍDRICO: ingestão
versus excreção (DÉBITO)
O conteúdo hídrico do corpo se mantém
relativamente estável através do tempo.
Apesar de ocorrer um gasto considerável de
água nos indivíduos mais ativos, uma
ingestão apropriada de líquido restaura
habitualmente qualquer desequilíbrio no
nível dos líquidos corporais.
209. INGESTÃO DE ÁGUA
Um adulto sedentário em um ambiente
termoneutro necessita de aproximadamente
2,5 L de água por dia. Para uma pessoa ativa
em um ambiente quente, a demanda de água
aumenta com frequência para entre 5 a 10 L
diários. Três fontes proporcionam essa
água: (1) líquidos, (2) alimentos e (3)
processos metabólicos.
210. ÁGUA DOS LÍQUIDOS
O indivíduo normal consome normalmente
1,2L de água por dia. O exercício e o
estresse térmico conseguem aumentar a
ingestão de líquidos em cinco ou seis vezes
acima do normal.
211. ÁGUA NOS ALIMENTOS
Frutas e vegetais contêm uma quantidade
considerável de água; em contrapartida, a
manteiga, os ovos, as carnes secas e os
chocolates, os biscoitos possuem um
conteúdo hídrico relativamente baixo.
212.
213. ÁGUA METABÓLICA
O dióxido de carbono e a água são formados
quando as moléculas dos alimentos são
catabolizadas para a obtenção de energia.
Sendo denominada água metabólica, esse
líquido proporciona cerca de 14% da
demanda diária de água de uma pessoa
sedentária. O fracionamento de completo de
100g de carboidratos, proteínas e lipídeos
produz 55, 100 e 107g de água metabólica,
respectivamente.
214. EXCREÇÃO (DÉBITO, GASTO) DE
ÁGUA
A perda de água pelo corpo se processa por
uma de quatro maneiras: (1) na urina, (2)
através da pele, (3) como vapor de água no
ar expirado e (4) nas fezes.
215. PERDA DE ÁGUA NA URINA
Em condições normais, os
rins reabsorvem cerca de 99%
dos 140 a 160L de filtrado
formado a cada dia;
consequentemente, o volume
de urina excretado
diariamente pelos rins oscila
entre 1L a 1,5L.
Parte da água na urina torna-
se obrigatória para livrar o
corpo dos coprodutos
metabólicos como a uréia.
216. PERDA DE ÁGUA ATRAVÉS DA
PELE
Uma pequena quantidade de água, talvez de
350 ml, denominada transpiração insensível,
vaza continuamente dos tecidos mais
profundos através da pele até a superfície
corporal.
Em condições normais a taxa de suor varia
entre 500 ml a 700ml.
A pessoa bem aclimatada pode produzir até
12L de suor durante um exercício
prolongado.
217. PERDA DE ÁGUA COMO VAPOR DE
ÁGUA
A perda insensível de água através de
pequenas gotículas no ar expirado chega a
perfazer 250 a 350 ml por dia. O
umedecimento completo de todo o ar
inspirado à medida que desce e passa pelas
vias pulmonares é responsável por esse tipo
de perda também.
218. PERDA DE ÁGUA NAS FEZES
A eliminação intestinal produz entre 100 ml e
200 ml de perda de água, pois a água
constitui cerca de 70% da matéria fecal.
Com diarreia ou vômitos, a perda de água
sobe para entre 1,5L e 5L.
219.
220.
221. ATIVIDADE FÍSICA E FATORES
AMBIENTAIS
A intensidade da atividade física (mesmo em
ambiente aquático), a temperatura ambiente
e a umidade determinam a quantidade de
perda de água através da transpiração.
222. ATIVIDADE FÍSICA E FATORES
AMBIENTAIS
A umidade relativa (conteúdo hídrico no ar
ambiente) afeta a eficiência do mecanismo
de transpiração na regulação da
temperatura.
O volume plasmático diminui quando a
transpiração acarreta perda de líquido igual a
2 a 3% da massa corporal, o que afeta a
função circulatória, a capacidade de realizar
exercícios e a termorregulação.
223. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
RECURSOS
ERGOGÊNICOS
(parte 1)
224. O QUE SÃO SUPLEMENTOS
NUTRICIONAIS?
Suplementos Nutricionais são definidos
como substâncias adicionadas à dieta
principalmente: vitaminas, minerais, ervas e
botânicos, aminoácidos, metabólicos,
constituintes, extratos ou combinações de
qualquer desses ingredientes; que podem
estar faltando ou não podem ser consumidos
em quantidade suficiente na dieta de uma
pessoa (Willians, 2004).
226. SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
É consenso, na comunidade científica, que a
dieta pode fornecer todos os nutrientes
necessários a uma vida saudável. Sendo
assim, a suplementação da dieta é
recomendada apenas em situações
específicas (Santos e Barros, 2002).
227. SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Muitas das vezes os suplementos dietéticos
são comercializados como recursos
ergogênicos. Eles são apresentados aos
consumidores, como uma forma de se
alcançar os resultados desejados, da
atividade física, em menor tempo. Entretanto,
a recomendação de suplementos para
melhorar o desempenho físico é
contraditória.
228. AMINOÁCIDOS DE CADEIA
RAMIFICADA (BCAAs)
Dentre os suplementos utilizados, as
proteínas e aminoácidos estão entre os mais
populares, pois as proteínas fornecem a
base estrutural de tecidos e órgãos.
229. AMINOÁCIDOS DE CADEIA
RAMIFICADA (bcaa)
A suplementação de aminoácidos de cadeia
ramificada (mais conhecida como BCAA),
leucina, isoleucina e valina surgiram com a
hipótese da fadiga central.
Este tipo de fadiga seria causado por um
declínio da concentração plasmática de
BCAA permitindo então, um maior influxo de
triptofano livre no cérebro, que por sua vez é
precursor do neurotransmissor serotonina,
relacionada ao estado de letargia, cansaço e
sono.
230. AMINOÁCIDOS DE CADEIA
RAMIFICADA (bcaa)
Dentre os BCAA, a leucina é de extrema
importância para estimular a síntese proteica
durante o período de recuperação muscular
pós-exercício.
231. CREATINA
A creatina monoidratada (Crm) é amplamente
utilizada, sobretudo, por atletas e indivíduos
fisicamente ativos, devido aos seus
possíveis efeitos ergogênicos sobre a massa
muscular e o desempenho físico anaeróbio.
232.
233. CREATINA
A grande limitação dos estudos que
concluíram que a suplementação de creatina
não promove hipertrofia é que a maioria
deles empregou protocolos de curto prazo
e/ou sem treinamento de força.
234. 1) testes de 1RM e de repetições máximas no
leg press 45 (3 séries de RMs a 80% de 1RM)
2) período de suplementação ou placebo: 1º
– 5 dias (20g/ dia) + 2º – 7 dias (3g/ dia).
3) 20min de corrida para a máxima distância
seguidos dos re-testes.
235.
236.
237. A creatina como recurso terapêutico
Os consistentes dados presentes na
literatura acerca do efeito ergogênico da
creatina em atletas começaram,
recentemente, a incentivar o uso terapêutico
dessa substância em doenças caracterizadas
por acometimentos musculares. De fato,
alguns trabalhos já têm demonstrado
melhoras clínicas e fisiológicas decorrentes
desse suplemento em pacientes com
miopatias inflamatórias e distrofias
musculares.
238. L-CARNITINA
A carnitina (3-hidroxi-4-N-trimetilamino-
butirato) é uma amina quaternária com
função fundamental na geração de energia
pela célula, pois age nas reações
transferidoras de ácidos graxos livres de
cadeia longa do citosol para mitocôndrias,
facilitando sua oxidação e geração de
adenosina trifosfato (ATP).
239. L-CARNITINA
É sintetizada no organismo a partir de dois
aminoácidos essenciais, lisina e metionina,
exigindo para sua síntese a presença de
ferro, ácido ascórbico, niacina e vitamina B6.
240. L-CARNITINA (suplementação)
O aumento do fluxo de substratos através
do Ciclo de Krebs poderia resultar em
produção e utilização mais efetivas do
oxigênio, além da melhora na capacidade de
realizar tarefas físicas.
241. L-CARNITINA e Emagrecimento
Por, comumente no organismo humano, se
situar na membrana da mitocôndria a
carnitina também tem sido frequentemente
utilizada como coadjuvante no tratamento de
dislipidemias, uma vez que atua como um
importante co-fator na oxidação de ácidos
graxos de cadeia longa, aumentando a
utilização de triglicerídeos para o
fornecimento de energia.
242. L-CARNITINA e Emagrecimento
Além disso, por ser uma substância
produzida no organismo em condições
normais e com boa tolerabilidade, a
suplementação de L-carnitina tem sido
estudada em função de possíveis efeitos
antioxidantes, tanto em indivíduos saudáveis
quanto naqueles com necessidades
especiais.
243. L-CARNITINA e benefício
cardiovascular
Pelo papel energético no mecanismo
contrátil das células musculares cardíacas e
regulador da concentração de ésteres de
acil-CoA no miocárdio, a carnitina tem sido
um importante coadjuvante no tratamento de
afecções cardiovasculares.
244. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
RECURSOS
ERGOGÊNICOS
(parte 2)
245. GLUTAMINA
●
É UM AMINOÁCIDO NÃO
ESSENCIAL E É TAMBÉM, O
AMINOÁCIDO MAIS
ABUNDANTE NO PLASMA E
NO MÚSCULO
ESQUELÉTICO.
●
REPRESENTA MAIS DE
METADE DO
RESERVATÓRIO DE
AMINOÁCIDOS LIVRES NOS
MÚSCULOS.
246. GLUTAMINA
●
A glutamina proporciona um efeito
anticatabólico e acelera a síntese de
proteínas.
●
É utilizada como combustível metabólico
pelas células do sistema imunológico.
247. SUPLEMENTAÇÃO DE GLUTAMINA
●
Dados indicam que uma maior
disponibilidade de glutamina proporcionada
pela suplementação modula a homeostasia
(o equilíbrio de utilização) da glicose
durante e após o exercício, podendo
facilitar a recuperação pós exercício.
248. SUPLEMENTAÇÃO DE GLUTAMINA
●
Os possíveis efeitos anticatabólicos e
estimulantes da síntese de glicogênio da
glutamina exógena promoveram a
especulação de que a suplementação de
glutamina poderia beneficiar as respostas
ao treinamento de força.
●
Porém, Candow et al. (2001) verificaram que
a suplementação de glutamina (0,9g por kg
de massa tecidual magra) durante 6
semanas de TF em adultos jovens não
afetou o desempenho muscular, a
degradação de proteínas musculares e CC.
249. GLUTAMINA e SISTEMA IMUNE
●
AS INFORMAÇÕES NA LITERATURA
SOBRE UM POSSÍVEL EFEITO BENÉFICO
NO SISTEMA IMUNOLÓGICO COM A
SUPLEMENTAÇÃO DE GLUTAMINA AINDA
SÃO INCONSISTENTES.
●
NENHUM ESTUDO DEMONSTRA ALGUM
EFEITO SOBRE A ATIVIDADE DESSAS
CÉLULAS IMUNOLÓGICAS COM O
AUMENTO DA INGESTA DE GLUTAMINA.
250. USO TERAPÊUTICO DE GLUTAMINA
●
Em diversas doenças (câncer, alergias,
inflamações) onde no tratamento são
utilizados glicocorticóides, tem-se uma
atrofia muscular como efeito do uso
crônico de tal medicamento.
●
A suplementação de glutamina nesses tipos
de casos parece contrabalancear
efetivamente o declínio da síntese proteica
e o desgaste muscular promovido pelo uso
repetido de glicocorticóides.
251. CAFEÍNA
●
A cafeína (1,3,7 - trimetilxantina) pertence a
um grupo de compostos lipossolúveis
denominados purinas. É encontrada
naturalmente em 63 tipos de plantas, nas
suas folhas, sementes ou frutas.
●
A maior parte da ingestão de cafeína no
Brasil é oriunda do café.
●
Dependendo do tipo de preparo, uma xícara
de café fermentado (100ml) contém 60 a
150mg de cafeína.
252. CAFEÍNA
●
O trato gastrointestinal absorve
rapidamente a cafeína, com as
concentrações plasmáticas máximas sendo
alcançadas dentro de 1h.
●
A cafeína é eliminada pelo corpo com
bastante rapidez, sendo necessárias cerca
de 3 a 6 horas para que as concentrações
de cafeína sejam reduzidas pela metade.
253. SUPLEMENTAÇÃO DE CAFEÍNA
●
A ingestão de 2,5 xícaras de café coado 1
hora antes de exercitar-se prolonga a
resistência no exercício aeróbico vigoroso
em condições de laboratório e de campo, o
mesmo ocorrendo no esforço máximo de
menor duração e nas sessões repetidas de
exercícios típicas dos esportes de equipe
de alta intensidade.
254. SUPLEMENTAÇÃO DE CAFEÍNA
●
Gallagher et al. (2000) verificaram que
fundistas de elite que consumiam 10mg de
cafeína por kilo de peso corporal
imediatamente antes de uma corrida na
esteira rolante até a exaustão prolongavam
o tempo de desempenho em 1,9%, em
comparação com o placebo ou às
condições controle.
255. SUPLEMENTAÇÃO DE CAFEÍNA
●
Bell e McLellan (2003) analisaram que os
efeitos ergogênicos durante o exercício
executado a 80% do VO2máx que
acompanha uma dose de cafeína de 5mg/kg
são mantidos no transcorrer das 5 horas
subsequentes durante o desafio
representado pelo exercício.
256. ARGININA
●
Arginina (ácido 2-amino-5-guanidino-
pentanoico) é um aminoácido básico.
●
Principal carreadora de nitrogênio em
humanos e animais, a arginina faz parte da
síntese de moléculas importantes como
agmatina, creatina, ornitina, óxido nítrico,
poliaminas, prolina, dentre outras.
257. ARGININA
●
A Arginina é classificada como não
essencial em seres humanos, pois pode ser
sintetizada endogenamente numa
quantidade suficiente para atender as
necessidades, não sendo necessária na
dieta de adultos saudáveis. Apresenta
importância na manutenção da resposta
imunológica e cicatrização de feridas.
258. FONTES ALIMENTARES DE
ARGININA
●
Leite, iogurte, bacon, presunto, gelatina,
frango, lagosta, atum, camarão, salmão,
amendoim, noz, avelã, castanha, aveia,
granola, gérmen de trigo, semente de
girassol, entre outras.
259. SUPLEMENTAÇÃO DE ARGININA
●
Como a administração prolongada de
arginina aumenta a produção de óxido
nítrico, sua suplementação tem sido
relacionada à melhora da função contráctil
do músculo esquelético.
260. SUPLEMENTAÇÃO DE ARGININA
●
A administração oral de arginina tem sido
relacionada com a melhora do desempenho
físico por provável diminuição da fadiga
muscular. Esse efeito seria associado à
vasodilatação promovida pelo óxido nítrico,
resultando no aumento da perfusão
muscular, e pela diminuição do consumo de
glicose pelos músculos esqueléticos em
atividade.
261. SUPLEMENTAÇÃO DE ARGININA
●
A suplementação de arginina pode também
estar associada à melhora da força
contráctil através de uma maior síntese de
proteínas musculares em períodos de
administração mais prolongados quando
realizada concomitantemente a um
programa de exercícios resistidos.
262. SUPLEMENTAÇÃO DE ARGININA
●
A arginina é precursora da creatina,
importante substrato do metabolismo
energético. A arginina também está
presente na síntese de ureia, auxiliando a
remoção de amônia do organismo, e
também pode desempenhar importante
papel no crescimento e diferenciação
celular através da síntese de ornitina.
263. USO TERAPÊUTICO DE ARGININA
●
A suplementação de Arginina estimula o
timo e provoca a produção de linfócitos
nessa glândula.
●
Existem várias evidências de que a Arginina
inibe o crescimento de variados tumores.
●
Estimulando a secreção do hormónio do
crescimento, a Arginina acelera o processo
de cicatrização de ferimentos, e inibe a
perda de massa muscular após cirurgias ou
ferimentos.
264. USO TERAPÊUTICO DE ARGININA
●
A importância da Arginina na produção de
espermatozóides está bem definida. Vários
estudos mostram a relação entre a baixa
contagem de espermatozóides e dietas
deficientes em Arginina.
●
Sendo um componente do colágeno, e
ajudando a construção de novas células
dos ossos e tendões, a L-Arginina pode
apresentar resultados benéficos no
tratamento da artrite e de desordens do
tecido conjuntivo.
265. Prof. Msc. Vitor Tajra
Nutrição Aplicada ao
Esporte
Controle do Peso e
Comportamentos com
Distúrbios Alimentares
266. ANOREXIA NERVOSA
●
A anorexia é um distúrbio alimentar que
provoca uma perda de peso acima do que é
considerado saudável para a idade e altura.
Pessoas com anorexia podem ter um medo
intenso de ganhar peso, mesmo quando
estão abaixo do peso normal. Elas podem
abusar de dietas ou exercícios, ou usar
outros métodos para emagrecer.
267. ANOREXIA NERVOSA
●
A anorexia nervosa é uma doença
complexa, envolvendo componentes
psicológicos, fisiológicos e sociais. A
anorexia nervosa afeta primariamente
adolescentes, sendo cerca de 90% do sexo
feminino, sendo cerca de 40% dos casos
entre adolescentes. Cerca de 1 em cada 300
habitantes de países desenvolvidos já
foram diagnosticados com anorexia.
269. CAUSAS DA ANOREXIA NERVOSA
●
A anorexia é um distúrbio de imagem, no
qual o paciente não consegue aceitar seu
corpo da forma como ele é, ou tem a
impressão de que está acima do peso em
níveis acima da realidade. Isso pode levar a
um quadro de ansiedade, que faz a pessoa
buscar maneiras bruscas de perder peso
rapidamente.
270. CAUSAS DA ANOREXIA NERVOSA
●
A causa exata da anorexia ainda é
desconhecida, mas acredita-se que fatores
biológicos, psicológicos e ambientais
estejam envolvidas nas causas possíveis
para a doença.
●
Os genes e os hormônios podem
desempenhar um papel no seu
desenvolvimento. Atitudes sociais que
promovem tipos de corpos muito magros
também podem estar envolvidas.
271.
272. SINTOMAS DA ANOREXIA NERVOSA
●
Sentir medo enorme de engordar ou ficar
acima do peso ideal, mesmo quando a
pessoa está abaixo do peso normal
●
Recusar-se a manter o peso que é
considerado normal ou aceitável para sua
idade e altura (geralmente, pessoas com
anorexia estão no mínimo 15% abaixo do
peso normal)
273. SINTOMAS DA ANOREXIA NERVOSA
●
Ter uma imagem corporal muito distorcida,
ser muito focada no peso ou na forma
corporal e se recusar a admitir a gravidade
da perda de peso.
●
Não menstruar por três ou mais ciclos.
●
BULIMIA!
274. SINTOMAS DA ANOREXIA NERVOSA
●
Ir ao banheiro imediatamente após as
refeições
●
Recusar-se a comer perto de outras
pessoas
●
Usar comprimidos para urinar (diuréticos),
evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir o
apetite (comprimidos para perda de peso).
275. EXAMES PARA DIAGNÓSTICO DA
ANOREXIA NERVOSA
●
Albumina
●
Exame de densidade óssea para verificar se
há ossos finos (osteoporose)
●
Hemograma completo
●
Eletrocardiograma (ECG)
●
Eletrólitos
●
Testes de funcionamento dos rins
●
Testes da função hepática
●
Proteína total
●
Testes de funcionamento da tireoide
●
Urinálise
276. VIGOREXIA
●
Vigorexia, bigorexia ou transtorno
dismórfico muscular, ocorre quando há uma
doença psicológica caracterizada por uma
insatisfação constante com o corpo, que
afeta principalmente os homens, levando-os
à prática exaustiva de exercícios físicos.
Pode estar associada a uma distorção da
autoimagem e a um transtorno psicológico
similar à anorexia.
277. VIGOREXIA (divisão)
Pode-se dividir a vigorexia em dois grupos
de acordo com seus principais sintomas:
●
Treinamento excessivo (Overtraining) e
anabolizantes;
●
Obsessão pela aparência e insatisfação
persistente;
Assim como outras atividades prazerosas, a musculação
pode também se tornar uma adicção similar ao abuso de
drogas, assim como é comum incluir o abuso de
anabolizantes e drogas similares.
278. VIGOREXIA (característica)
Indivíduos acometidos desta síndrome são
pessoas que, mesmo fortes fisicamente, ao
visualizarem a sua imagem em espelhos,
por exemplo, vêem-se como fracos, de
maneira similar aos acometidos de anorexia
que, ao se visualizarem, sempre se
consideram gordos.
279. VIGOREXIA (SINTOMAS)
●
Insatisfeito persistente com sua própria imagem;
●
Uso de diversos suplementos alimentares e inclusive esteroides e
anabolizantes;
●
Seguir uma dieta rica em proteínas por longo período;
●
Ansiedade elevada;
●
Sintomas depressivos;
●
Irritabilidade;
●
Cansaço e fadiga;
●
Dor muscular em todo o corpo;
●
Lesões musculares e articulares por excesso de exercício;
●
Problemas de sono.
280. VIGOREXIA (complicações)
A prática exagerada de exercícios (sobrecarga de treino ou
overtraining) podem causar:
●
Dores musculares persistentes
●
Fadiga persistente
●
Ritmo cardíaco elevado, em estado de repouso
●
Maior susceptibilidade a infecções
●
Maior incidência de lesões
●
Irritabilidade
●
Depressão
●
Perda de motivação
●
Insônias
●
Perda de apetite
●
Perda de peso
●
Menor desempenho sexual
281. ANABOLIZANTES
O consumo crescente de esteroides
anabolizantes com fins puramente estéticos
é associado a esta síndrome, o que levou
países europeus a tratarem seu comércio
com os mesmos critérios legais e penais do
consumo de drogas psicotrópicas.
Correlatamente, proprietários de academias
e instrutores da área sem escrúpulos
aproveitam-se de tal mercado possível e
constroem estruturas de contrabando e
tráfico deste tipo de medicamentos.
282. ANABOLIZANTES
Os sintomas psicológicos do abuso de anabolizantes
incluem :
●
Agressividade e raiva incontroláveis;
●
Impulsividade;
●
Ciúme patológico;
●
Episódio maníaco;
●
Delírios (geralmente de superioridade ou inferioridade);
●
Confusão mental;
●
Dificuldade de concentração;
●
Problemas sexuais;
283. OBSESSÃO POR DEFINIÇÃO
MUSCULAR
Determinados indivíduos, ao serem acometidos
de vigorexia, podem desenvolver uma obsessão
não apenas pelo volume muscular, mas também
pela aparência deste, e seu volume de gordura
subcutânea que os revela. A esta característica,
chama-se definição muscular. Este fator é
importante entre os fisiculturistas competidores,
e até importante nos atletas de diversos
desportos, no teor de gordura corporal, sem
considerar diretamente factores estéticos.