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PSICOMOTRICIDADE/
BRINQUEDOS E JOGOS
PEDAGÓGICOS
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03
A PSICOMOTRICIDADE: DEFINIÇÃO 04
O PSICOMOTRICISTA 16
A IMPORTANCIA DA PSICOMOTRICIDADE 17
ATIVIDADES PROPOSTAS 19
A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004) 20
ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008) 25
ETAPAS DO ESQUEMA CORPORAL 30
ATIVIDADES PROPOSTAS 32
ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004) 33
ATIVIDADES PROPOSTAS 50
CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A IDADE (SANTOS 2008) 51
CRESCIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR DEPOIS DOS DOIS ANOS. 63
ATIVIDADES PROPOSTAS 72
O DESENVOLVER DO ESQUEMA CORPORAL (SANTOS, 2004) 73
ATIVIDADES PROPOSTAS 75
A EDUCAÇÃO PSICOMOTORA SEGUNDO BARBOSA (2008) 76
ATIVIDADES PROPOSTAS 86
PSICOMOTRICIDADE NA ESCOLA 87
PSICOMOTRICIDADE E O JOGO 89
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA COMO PARTE INTEGRANTE DE TODA A
ATUAÇÃOPEDAGÓGICA SEGUNDO SANTOS (2004)
92
ATIVIDADES PROPOSTAS 127
AÇÃO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA INFANTIL 128
O USO DE BRINQUEDOS, JOGOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS 136
ATIVIDADES PROPOSTAS 150
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 155
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Apresentação
Criada em 2010 por executivos, consultores e professores com ampla bagagem no
meio educacional e empresarial, o Sistema Empresarial Cezar - SEC traz uma gama
de cursos antenados com a tendência do mercado na qual ressaltamos nosso
compromisso com uma educação de qualidade e comprometida com a formação
continuada do ser humano, afixando assim sua marca no cenário mineiro
Por que estudar no SEC? O aluno terá um investimento com retorno de qualidade,
sustentabilidade, qualificação com 100% de aproveitamento, inovações tecnológicas,
maior acessibilidade, ferramentas garantidoras de inserção e permanência no
mercado de trabalho
Nossa Visão: Ser referência na área educacional mineira
Nossa Missão: Oferecer cursos profissionalizantes, programas lato sensu e stricto
sensu de qualidade a preços acessíveis, visando à formação continuada do ser
humano
Nossos Valores: Comprometimento, Ética, Responsabilidade, Respeito e
Transparência
Professora Especialista
Celeste Pimentel
Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Associadas Soares de Barretos – São
Pulo Pós-Graduada em Psicopedagogia, Supervisão e Inspeção Escolar, Educação
Inclusiva e Especial, e Pedagogia Social.
Experiência Profissional
Escolas Estaduais – Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais
Período: Desde 01/03/1992
Cargos: Professor Apoio aluno incluído – Regente de turma Educação Especial
Atividades Desenvolvidas: Docência na Educação Especial: - Reeducação pedagógica
(sala de recursos) Entre outras
A Diretoria do SEC da às Boas Vindas a seus alunos!
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A PSICOMOTRICIDADE
Definição
Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através
do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como
suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo
mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A psicomotricidade destaca então, a
relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade (Sociedade Brasileira de
Psicomotricidade,1999).
É um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e
integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de
sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.
“A Educação psicomotora deve ser considerada como uma educação básica
para a escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e
escolares: estas não podem ser conduzidas a bom termo se a criança não tiver
conseguido tomar consciência de seu corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço,
dominar o tempo; se não tiver adquirido habilidade suficiente e coordenação de
seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve constituir privilégio
desde a mais tenra infância; conduzida com perseverança, permite prevenir
ceras inadaptações sempre difíceis de melhorar quando já estruturadas...”
(BARBOSA, 2008).
Em 1982 a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, atual Sociedade
Brasileira de Psicomotricidade, propôs uma definição bastante abrangente do que vem
a ser Psicomotricidade: “Psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo
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do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno
e externo”.
Assim vem a ser a área que se ocupa do corpo em movimento. Mas não
podemos esquecer que o corpo é um dos instrumentos mais poderosos que o sujeito
tem para expressar conhecimentos, idéias, sentimentos e emoções. É ele que une o
indivíduo com o mundo que lhe dá as marcas necessárias para que se constitua como
sujeito (BARBOSA, (2008).
Nos seus primórdios, a Psicomotricidade, compreendia o corpo nos seus
aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e
sincronizando-se no espaço e no tempo, para emitir e receber significados. Hoje, a
Psicomotricidade é o relacionar-se através da ação, como um meio de tomada de
consciência que une o ser
corpo, o ser mente o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade.
E assim está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo
utiliza seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores
passa a apresentar problemas de expressão. Conquistando uma expressão
significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o pensamento
e a atividade motora.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a Psicomotricidade é atualmente
concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação
inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a
consciência se forma e se materializa.
Segundo Núñes e Vidal (1994): a Psicomotricidade é a técnica ou grupo de
técnicas que tendem a interferir no ato intencional significativo, para estimular ou
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modifica-lo, usando como mediadores a atividade corporal e sua expressão simbólica.
O objetivo, por conseguinte, é aumentar a capacidade de interação do sujeito com o
ambiente.
Trata-se de um foco da intervenção educacional ou terapia cujo objetivo é o
desenvolvimento da capacidade motriz, expressivas e criativas a partir do corpo, o que
o leva centrar sua atividade e se interessar pelo movimento e o ato, que é derivado da:
disfunções, patologias, excitação (estímulos), aprendizagem, etc.
Para Muniáin (1997, citado por Pantiga, 2002) : a Psicomotricidade é uma
disciplina educativa / reeducativa / terapêutica. Concebeu como diálogo que considera
o ser humano como uma unidade psicossomática e que atua sobre a sua totalidade
por meio do corpo e do movimento no ambiente, por meio de métodos ativos de
mediação principalmente corporal, com o propósito de contribuir para o seu
desenvolvimento integrante.
A psicomotricidade destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e
a afetividade e procura facilitar a abordagem global da criança por meio de uma
técnica.
Nesse sentido, De Meur e Staes (1989) referem que a psicomotricidade foi
evoluindo.Começou por estudar o desenvolvimento motor, depois a relação entre o
atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança, mais tarde o
desenvolvimento da habilidade manual e aptidões em função da idade, para
atualmente, estudar também as ligações com a lateralidade, com a estruturação
espacial e a orientação temporal e as
relações das dificuldades de aprendizagem escolares de crianças de inteligência
normal. Os autores alertam também para a tomada de consciência das relações
existentes entre o gesto e a afetividade, como por exemplo, o fato de uma criança
segura de si caminhar de forma muito diferente de uma criança tímida.
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Assim, a psicomotricidade como ciência da educação procura educar o
movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. Portanto, o
intelecto se constrói a partir do exercício físico, que tem uma importância fundamental
no desenvolvimento não só do corpo, mas também da mente e da emotividade. Sem o
suporte psicomotor, o pensamento não poderá ter acesso aos símbolos e à abstração.
De acordo com Santos (2004) portanto trata-se da ciência que estuda o homem
através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo e
de suas possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetos e
consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem
das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja
consciência dos movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo
movimento, o que proporciona ao ser uma consciência de indivíduo integral.
Breve histórico da Psicomotricidade
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Para Santos (2004), o primeiro corte epistemológico procura superar o
dualismo cartesiano, utilizando práticas reeducativas determinadas pelo conceito de
correspondência entre paralelismo mentalmotor.
Nessa etapa a influência da neuropsiquiatria é determinante numa clínica
centrada no aspecto motor e num corpo instrumental, servindo como ferramenta de
trabalho para o reeducador que se propõe a concertá-lo.
Nesse segundo corte, tem grande valor as contribuições do âmbito psicológico,
especialmente da psicologia genética, passando a considerar a passagem do motor
para corpo, aonde este corpo passa a ser um instrumento de construção da
inteligência humana.
Aqui o olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo em movimento,
um corpo produtor de sua ação da vida intelectiva. Já não se trata mais de uma
reeducação, mas de uma terapia psicomotora que opera num corpo, que se desloca,
que constrói a realidade, que conhece que sente, que se emociona e cuja emoção
manifesta-se tonicamente.
O tônus muscular, as posturas, os gestos e a emoção como representante de
ordem psíquica do corpo, seriam produções do corpo a serem abordadas num
enfoque terapêutico. Este enfoque global do corpo da pessoa: uma dimensão
funcional, uma dimensão cognitiva e outra dimensão tônica-emocional.
Com a contribuição da teoria psicanalítica, surge uma virada conceitual que já
não centra seu olhar num corpo em movimento mas num sujeito com seu corpo em
movimento. Já não se trata mais de um sujeito visto como uma “globalidade”, mas de
um sujeito dividido contendo um corpo real, imaginário e simbólico.
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Esse corte vem fundar uma clínica psicomotora centrada no corpo de um
sujeito desejante, não mais numa terapêutica fundamentada em objetivos e técnicas.
A inclusão do inconsciente no âmbito psicomotor traz conseqüências teórico-clínicas.
Ao longo da história do âmbito psicomotor observamos diferentes transições:
do motor ao corpo, deste ao sujeito com um corpo em movimento. É da concepção
que se postule acerca do sujeito que irá depender a prática clínica que se leve a
termo. Atualmente encontramos a reeducação psicomotora, a terapia psicomotora e a
clínica psicomotora.
A psicomotricidade está associada ao processo de evolução do corpo, que é o
objeto e sujeito de estudo dessa ciência.
As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a
um enfoque eminentemente neurológico. Somente em 1907, Ernest Dupré, a partir de
seus estudos clínicos na observação de pacientes com debilidade mental e debilidade
motora, dá partida à psicomotricidade.
De 1907 a 1947, a psicomotricidade ainda muito superficial, ia integrando os
trabalhos de Freud (1913), de Wallon (1934) e de Piaget (1936). Em contrapartida
recebeu a influência de pedagogos, como Montessori (1936), Descendres, Decloy e
outros.
Entre 1947 e 1959 fica clara a passagem da Psicomotricidade do campo
exclusivo da neurologia e da pedagogia para uma aliança com a psiquiatria, e a
utilização do movimento humano com fins reeducativos e terapêuticos foi
conquistando numerosos adeptos. Logo após, na França, em 1963, se institui o
primeiro curso universitário de Psicomotricidade.
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No Brasil, a história da psicomotricidade vem acontecendo de maneira
semelhante à história mundial. Os primeiros documentos registram seu nascimento na
década de 50.
Em 1980 surgiu a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora que mais tarde
muda seu nome para Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP).
Em termos de matriz teórica, a psicomotricidade compreende, em síntese, um
ramo interdisciplinar de conhecimentos, no qual se cruzam várias contribuições
científicas. Contém conceitos teóricos e aplicações práticas de várias ciências como a
Psicologia, a Psicanálise, a Psiconeurologia, a Pedagogia, a Psiquiatria, entre outras,
que convergem os seus interesses no estudo do movimento, com o objetivo de dar
qualidade de vida ao ser humano. Vários autores deram uma importante contribuição
para as bases teóricas da Psicomotricidade, analisando as relações complexas entre o
movimento e o pensamento, e entre o corpo e o cérebro como: Dupré, Wallon, Piaget,
Ajuriaguerra, Paillard, Bernshtein, Luria, Sperry, Eccles, Gardner, Damásio, Fonseca,
entre muitos outros.
Barbosa (2008) declara que É principalmente por meio do seu desenvolvimento motor
que a criança deixa de ser a criatura frágil da primeira infância e se transforma numa
pessoa livre e independente do auxílio alheio. As atividades motoras desempenham
também um papel importantíssimo em muitas das suas primeiras iniciativas
intelectuais, enquanto explora o mundo que a rodeia, com os olhos e com as mãos,
fornecendo-lhe também os meios pelos quais fará grande parte dos seus contactos
sociais com outras crianças.Durante a vida inteira, a visão de uma pessoa tem de si
mesma é influenciada pela sua percepção do próprio corpo e suas propriedades, da
própria força e liberdade no desempenho de atividades físicas (JERSILD,1902,P.108).
Características do Desenvolvimento motor
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Quando a criança já adquiriu a capacidade de andar sozinha, o progresso de
suas habilidades motoras específicas depende, mais do que antes, de oportunidades
especiais.
Entretanto, dentro de amplos limites, as crianças educadas em ambientes
semelhantes apresentam bastante uniformidade na passagem de um nível de
desempenho a outro na aquisição de novas habilidades para seu repertório. Estudos
demonstram que as crianças que não tiveram a oportunidade de adquirir determinada
habilidade tenderão a passar por etapas semelhantes às atravessadas pelas crianças
que adquiriram mais cedo a mesma habilidade. Entretanto, quando a criança mais
velha tem oportunidade para isso,é provável que atravesse mais rapidamente as
etapas preliminares.
Andar, correr e saltar resume o progresso das crianças em certas habilidades
locomotoras, após ter aprendido a andar.
A Psicomotricidade é uma ciência que possui uma importância cada vez maior
no desenvolvimento global do indivíduo em todas suas fases, principalmente por estar
articulada com outros campos científicos como a Neurologia, a Psicologia e
Pedagogia. Isso acontece porque a Psicomotricidade, se preocupando com a relação
entre o homem e o seu corpo, considera não só aspectos psicomotores, mas os
aspectos cognitivos e sócio-afetivos que constituem o sujeito.
O desenvolvimento psicomotor
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Compreende-se o desenvolvimento psicomotor como a interação existente entre o
pensamento, consciente ou não, e o movimento efetuado pelos músculos, com ajuda
do sistema nervoso (Conceição, 1984).
O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se
entender a psicomotricidade. O esclarecimento do desenvolvimento dos processos
mentais teve a contribuição de numerosos autores como: Freud, Gallahue e Ozmun,
Piaget, Vigotsky e Wallon.
O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todo o
corpo e suas partes. Geralmente este desenvolvimento está dividido em vários fatores
psicomotores. Segundo Fonseca (1995), apresenta 7 fatores, os quais são a
tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal, a estruturação espácio-
temporal e praxias fina e global.
A tonicidade, que indica o tônus muscular, tem um papel fundamental no
desenvolvimento motor, é ela que garante as atitudes, a postura, as mímicas, as
emoções, de onde emergem todas as atividades motoras humanas.
O equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e
dinâmicas (com movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das
aquisições de locomoção. O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio
conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa
postura sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em
movimento, determinando sucessivas alterações da base de sustentação.
A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão,
olho e pé, do mesmo lado do corpo. Ela se refere ao espaço interno do indivíduo,
capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço, e, surge no fim do
primeiro ano de vida, mas só se estabelece fisicamente por volta dos 4-5 anos.
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A formação do "eu", compreende o desenvolvimento da noção ou esquema
corporal, este, constitui um elemento básico indispensável para a formação da
personalidade da criança. “É a representação relativa global, científica e diferenciada
que a criança tem de seu próprio corpo” Wallon H. (1969). Através da noção ou
esquema corporal que a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades
de expressar-se por seu intermédio.
A estruturação espácio-temporal decorre como organização funcional da
lateralidade e da noção corporal, uma vez que é necessário desenvolver a
conscientização espacial interna do corpo antes de projetar o referencial
somatognósico no espaço exterior (Fonseca, 1995).
Este fator emerge da motricidade, da relação com os objetivos localizados no
espaço, da posição relativa que ocupa o corpo, enfim das múltiplas relações
integradas da tonicidade, do equilíbrio, da lateralidade e do esquema corporal. A
estruturação espacial leva a tomada de consciência pela criança, da situação de seu
próprio corpo em um determinado meio ambiente, permitindo-lhe conscientizar-se do
lugar e da orientação no espaço que pode ter em relação às pessoas e coisas.
A estruturação temporal é a capacidade de situar-se em função:
 Da sucessão dos acontecimentos: antes, após, durante;
 Da duração dos intervalos: noções de tempo longo, de tempo curto (uma hora, um
minuto); noções de ritmo regular, de ritmo irregular (aceleração, freada); noções de
cadência rápida , de cadência lenta (diferença entre a corrida e o andar);
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 Da renovação cíclica de certos períodos: os dias da semana, os meses, as
estações;
 Do caráter irreversível do tempo: “já passou...não se pode mais revive-lo”, “você
tem cinco anos...vai indo para os seis anos...quatros anos, já passaram”!, noção
de envelhecimento (plantas, pessoas).
A praxia tem por definição a capacidade de realizar a movimentação voluntária
pré-estabelecida como forma de alcançar um objetivo. A praxia global esta relacionada
com a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se
desenrolam num determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários
grupos musculares. Já a praxia fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde
associa a função de coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da
atenção, e durante a fixação da atenção e manipulação de objetos que exigem
controle visual, além de abranger as funções de programação, regulação e verificação
das atividades preensivas e manipulativas mais finas e complexas.
De acordo com Santos (2004) o desenvolvimento motor vem a ser o resultado da
maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do
sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos.
São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente
desde que a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses
comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença.
Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus
berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar,
andar na época adequada e, que futuramente poderão apresentar problemas de
coordenação e motricidade.
Uns desenvolvimentos satisfatórios das principais funções psicomotoras
proporcionam uma boa estruturação do esquema e da imagem corporal, que levará
ao reconhecimento do próprio corpo, assim como uma boa evolução da preensão, da
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coordenação óculo-manual, do desenvolvimento da função tônica, da postura em pé e
reflexos da estruturação espaço-temporal e outros.
Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo não ocorre mecanicamente, são
aprendidos e vivenciados inicialmente junto a família, onde a criança aprende a formar
a base da noção de seu “eu corporal”.
Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na
fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal
estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de
coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações
negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão
simples, mas poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados
através do comportamento.
Dentre as várias classificações existentes sobre o desenvolvimento humano
iremos citar o de Gesell, que partindo de uma observação descritiva, dedicou-se a
determinar mudanças produzidas na evolução, relacionando-as com as idades
cronológicas.
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O Psicomotricista
O Psicomotricista é um profissional habilitado com curso superior da área da
saúde e da educação que previne, avalia, trata e estuda o indivíduo na aquisição e no
desenvolvimento de transtornos psicomotores. Atua na Educação, Clínica
(Reeducação, Terapia), Consultoria, Supervisão e Pesquisa, atendendo a: crianças
em fase de desenvolvimento, bebês de alto risco, crianças com dificuldades/atrasos no
desenvolvimento global, pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências
sensoriais, motoras, mentais e psíquicas, família e a 3ª idade.
São competências do psicomotricista: avaliação do perfil e do desenvolvimento
psicomotor; domínio de modelos e técnicas de habilitação e reabilitação psicomotora
em populações especiais ou de risco; prescrição, planejamento, avaliação,
implementação e reavaliação de programas de Psicomotricidade; formação,
supervisão e orientação de outros técnicos; consultoria e organização de serviços
vocacionados para a Psicomotricidade; proposta de adaptações envolvimentais
(familiares e escolares) susceptíveis de maximizarem as respostas reeducativas ou
terapêuticas decorrentes da intervenção direta.
O mercado de trabalho deste profissional estende-se a creches, escolas,
escolas especiais, clínicas multidisciplinares, consultórios, clínicas geriátricas, postos
de saúde, hospitais, empresas.
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A importância da Psicomotricidade
A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e
estruturação do esquema corporal, o que facilitará a orientação espacial. A educação
física e sua relação com a Psicomotricidade estão baseadas nas necessidades das
crianças. Com a educação psicomotora, a educação física passa a ter como objetivo
principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma
criança.
O Desenvolvimento Psicomotor, faz-se necessário compreender a ação da Pré-
Escola na estimulação do desenvolvimento psicomotor da criança, não como um
trabalho estanque no currículo pré-escolar, mas sim com um cuidado especial da
professora em oferecer através das atividades livres e criadoras do dia-a-dia da Pré-
Escola, estímulos ao desenvolvimento das percepções e dos movimentos, não se
perdendo de vista o se como um todo, único e essencialmente psicológico e social.
Isto é, as atividades planejadas para propiciar o desenvolvimento psicomotor não
podem ignorar o fato de que no momento em que são realizadas, a criança está viva,
em estado de alerta e susceptível de incorporar atitudes positivas ou negativas em
relação a elas e formar pontos de vista a respeito do seu desempenho.
Ou seja, se a atividade realizada for de sua escolha e permitir a livre
expressão, ela estará desenvolvendo atitudes de iniciativa, responsabilidade, direção
da própria atividade e criatividade, mas se o trabalho proposto se resumir a fazer a
criança seguir linhas, cobrir pontinhos ou áreas pré-determinadas, a criança estará
aprendendo a executar tarefas sem considerar se os motivos que as originam sejam
verdadeiros como provenientes de necessidades sua, ou não; estará limitando-se a
riscar uma linha qualquer,numa direção determinada, em vez de estar fazendo
desenhos,com várias diferentes linhas, em muitas direções, comandadas pelo seu
próprio pensamento e com a finalidade de lazer e registro de idéias; estará
possivelmente, comparando os padrões do desenho do adulto com o seu e formando
uma barreira de defesa que não a permitirá mais arriscar-se em suas garatujas com
medo de sentir-se ridicularizada;estará desperdiçando tempo de crescimento para o
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desabrochamento de sua personalidade integral; estará se transformando num
autômato inconsciente que executa risquinhos, cobre e recorta pedacinhos de papel
obedecendo ordens de tarefas iguais para toda a turma.
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ATIVIDADES PROPOSTAS
1. COM SUAS PALAVRAS FORMULE UMA DEFINIÇÃO DE
PSICOMOTRICIDADE.
2. QUAL O OBJETIVO DA PSICOMOTRICIDADE COMO CIÊNCIA?
3. QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA PSICANALÍTICA NO
DESENVOLVIMENTO DA PSICOMOTRICIDADE?
4. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO
MOTOR?
5. O QUE É O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR?
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A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004)
Vayer & Toulouse (1985), citado por Bueno (1998), afirmam que não existe
ação que não seja corporal.
A corporeidade é a vivência do corpo na relação com o outro e com o mundo,
condição básica para a qualidade de vida do indivíduo. É um dos canais mais
importantes para facilitar essa relação.
Para se construir a noção de corporeidade, a melhor forma para desenvolvê-la
é por meio dos movimentos. E essa construção se dá pela estruturação da imagem
corporal. A construção da imagem corporal do bebê vai construindo-se não apenas na
sua história individual, mas também em suas relações com as pessoas que o cercam.
Por meio do interesse demonstrado pelo outro em seu corpo, por ações, ou palavras e
atitudes, vai-se fortalecendo pouco a pouco sua própria imagem corporal.
A estruturação da imagem corporal também está diretamente relacionada ao
objeto de amor ali investido, ou seja, a imagem da criança depende da qualidade do
afeto que ela recebe. A psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo
comportamento tônico subentende, quanto de diminuição do tônus trará a
descontração muscular. As manifestações emocionais pertencem a uma ordem de
preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e qualquer emoção tem sua
origem no domínio postural, por exemplo: para uma criança de 6 anos receber um
grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento da tensão, por conseguinte
desencadeará reações emocionais que são traduzidas como mal-estar ou com sentir-
se meio mole, sem coordenação nas pernas, ou extremamente enrigecido
muscularmente ocasionando até dores e contraturas musculares.
A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez
que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do
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corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim
graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem dizer
alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e traduzir.
Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois variadas
formas desde o conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e
funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e
partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo.
Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é
a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A
lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade
desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo
do desenvolvimento da experiência.
Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o
outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não
distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois
braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam
"direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um
pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança
tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares,
apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas,
mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e
esquerda de seu corpo. As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa
noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos
objetos, às pessoas e aos sinais gráficos.
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O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR INFANTIL BASEADO EM BARBOSA (2008)
Capacidades físico-motoras O desenvolvimento motor na 1ª infância é bastante
acelerado. Através de estímulos biológicos e do meio em que vive a criança passa de
uma situação de dependência total, na realização de suas ações, a um estágio em que
consegue movimentar seu corpo por si só; a postura ereta e a locomoção de suas
ações, a um estágio em que consegue movimentar seu corpo por si só; a postura
ereta e a locomoção são aquisições fundamentais dessa fase da vida. Durante a idade
escolar, o crescimento físico é mais lento do que em fases anteriores,mas o
desenvolvimento motor é de natureza seqüencial: pode variar de acordo com as
diferenças individuais de cada criança, porém a ordem é constante para todos os
indivíduos.
Para entendermos melhor o Desenvolvimento Motor, baseamo-nos no modelo
apresentado por Gallahue (1998), para quem a aprendizagem de uma destreza motora
é independente da idade. A criança da 1ª Infância caminha de um estágio inicial para o
estágio maduro na aquisição de habilidades fundamentais por meio da estimulação
motora. Ao explicarmos as quatro fases a seguir,daremos mais enfoque à terceira,pois
é nela que se encontram as crianças da Educação Infantil.
A 1ª fase é a do Movimento Reflexo e, como o próprio nome diz,é
caracterizada pelos movimentos reflexos e involuntários do bebê, desde o seu
desenvolvimento no útero até os 4 meses de vida aproximadamente. Possui dois
estágios: o da Informação Codificada, que é responsável por respostas involuntárias
para suprir às suas necessidades de nutrição e proteção; e o da informação
Decodificada, que inicia o controle dos movimentos trocando as atividades sensório-
motoras pelo comportamento perceptivo-motor.
A 2ª fase é a do Movimento Rudimentar, que se caracteriza pelos primeiros
movimentos voluntários; eles são mutuamente determinados e possuem uma
característica seqüencial altamente previsível no seu aparecimento. Fatores
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biológicos e do meio ambiente é que determinam a variação do desenvolvimento de
criança para criança. Também possui dois estágios:o de inibição do Reflexo, que está
interligado ao último estágio da fase anterior, pois vai desde o nascimento até por volta
de 1 ano de vida e se desenvolve à medida que os movimentos vão ficando mais
elaborados, embora ainda se apresentem pobremente diferenciados e integrados e o
estágio do Pré-Controle,aumenta o grau de precisão e controle dos movimentos de
Manipulação, Locomoção e Estabilização.
A 3ª fase é a do Movimento Fundamental, quando meninos e meninas
começam a desenvolver um crescimento das habilidades motoras básicas. Nesta faixa
etária, de 2 a 7 anos, as crianças estão na época das descobertas, na busca de como
executar uma variedade de movimentos com maior fluidez e controle. Essa fase
possui três estágios:
• Estágio inicial representa a primeira tentativa de meta orientada da criança. Durante
esse estágio, a orientação espacial e temporal do movimento é pobre, marcada pelo
uso restrito ou exagerada do corpo com pouca coordenação e ritmo.
• Estágio Elementar envolve um maior controle e coordenação rítmica dos
movimentos fundamentais e melhor orientação temporal e espacial.
• Estágio Maduro é caracterizado pela eficiência mecânica, coordenação e execuções
controladas dos movimentos fundamentais.
A 4ª fase é a do Movimento Especializado, em que os movimentos, em vez de serem
identificados como aprendizagem, passa a ser uma ferramenta que pode ser aplicada
a uma variedade de habilidades, agora progressivamente refinadas, combinadas e
elaboradas.
Inicia-se por volta dos sete anos de idade e se aprimora pelo resto da vida.
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ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008)
Esquema Corporal
A educação psicomotora é sobretudo educar a criança através de seu próprio
corpo e seu movimento.Visualizamos a criança como um ser total com potenciais a
serem trabalhados e de acordo com os interesses da idade.
De uma fase para outra a mudança é gradativa e imperceptível. A
Psicobiológico da criança, na medida em que amadurece o sistema nervoso através
da mielinização (amadurecimento das células nervosas).
A base é preparar e capacitar a criança ao aprendizado de todas as matérias
melhorando a atenção e concentração e coordenação motora.
Qualquer que seja a atividade, a Psicomotricidade estará presente, cabendo ao
educador explorar a situação, ajudando a criança a conseguir a consciência de si
mesma, sua realidade corporal: suas relações entre espaço, tempo, forma, objetos.
Nesta perspectiva pedagógica não é possível separar a função motora,
psicomotora das funções cognitivas. O intelecto se constrói a partir do ex. físico, com
importância fundamental no corpo , mente, emotividade.
O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A criança percebe-se e
percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Isto significa que,
conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para sentir diferenças. Ela
passa a distingui-lo em relação aos objetos circundantes, observando-os, manejando-
os.
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O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo
com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde
estabelece ligações afetivas e emocionais.
O corpo deve ser estendido não somente como algo biológico e orgânico que
possibilita a visão, a audição, o movimento, mas é também um lugar que permite
expressar emoções e estados interiores. A este Vayer (1984, p.30) afirma: todas as
experiências da criança (o prazer e a dor, o sucesso ou o fracasso) são sempre
vividas corporalmente.
Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos, psicomotores,
emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo “organizado”. Esta organização
de si mesma é o ponto de partida para que descubra suas diversas possibilidades de
ação e, portanto, precisa levar em consideração os aspectos neurofisiológicos,
mecânicos, anatômicos, locomotores.
A expressão esquema corporal nasceu em 1911 com o neurologista Henry
Head, tendo um cunho essencialmente neurológico. Segundo ele (Head, in Quiros e
Della Cella, 1973), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações
e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e de imagens motrizes, o que
facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e de
suas posturas. Head ainda afirma que o esquema corporal armazena não só as
impressões presentes como também as passadas.
Já Schilder ( 1958, p.15) parte da idéias de Head para desenvolver as suas.
Após Head e Schilder, as idéias sobre esquema e imagem corporal foram
evoluindo. Vayer (1984, p.73) reconhece que são noções muito complexas, e que são
compostas de dados biológicos, interacionais, inter-relacionais, sociais... ´´
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Tanto Morais (1986) quanto Santos (1987) explicam, de maneira
esclarecedora, para nós, os conceitos de imagem, e conceito de corpo. Definem
imagem do corpo como uma impressão que se te de si mesmo, subjetivamente,
baseada em percepções internas e externas (exemplo: altura, peso, força muscular) e
no confronto com outras pessoas do próprio meio social. O conceito de corpo envolve
um conhecimento intelectual e consciente do corpo e também da função de seus
órgãos.
A criança aprende os conceitos e as palavras correspondentes aos diferentes
segmentos e as diferentes regiões do corpo bem com suas funções. A este respeito,
Vayer (1982, p.31) afirma: estes conceitos não fazem parte da experiência
propriamente dita, são entidades abstratas mais do que processo perceptivo ou
afetivo. Mas a existência de tais conceitos influencia, certamente, a experiência
corporal.
A nominação das partes do corpo, como diz Ajuriaguerra (1980, p.343),
confirma o que é percebido, reafirma o que é conhecido e permite verbalizar (por um
mecanismo de redução) aquilo que é vivenciado.
Na realidade, a criança tem uma representação gráfica da imagem de si.
Podemos inferir esta imagem através de seu desenho da figura humana. Por esta
razão, quando queremos conhecer a visão da criança sobre si mesmo, pedimos que
ela realize um desenho da figura
humana.
Morais e Santos também conceituam o esquema corporal dizendo que resulta
das experiências que possuímos provenientes do corpo e das sensações que
experimentamos.
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Por exemplo: andar, sentar-se, segurar o lápis ou a caneta de modo correto,
com equilíbrio e com movimentos coordenados, depende de uma noção adequada do
esquema corporal. O esquema corporal, portanto, regula a postura e o equilíbrio.
Defontaine (1980, vol.3) compara a imagem corporal a um conhecimento que
uma criança possa ter. Através da interiorização, a criança torna-se capaz de se situar.
O esquema corporal, para ele, é um conhecimento imediato do corpo estático ou em
movimento, e suas relações com as partes do corpo para apreender os elementos do
corpo, com o espaço e com os objetivos circundantes.
Uma grande preocupação para todos aqueles que lidam com crianças deveria
ser ajudá-las a usar seu corpo para apreender os elementos do mundo que as envolve
e estabelecer relações entre eles, isto é, auxiliar a desenvolver a inteligência.
É necessário, também, que o educador auxilie seus alunos no sentido de fazê-
lo centrarem sua atenção sobre si mesma para uma maior interiorização do corpo. A
interiorização é um fator muito importante para que a criança possa tomar consciência
de seu esquema corporal.
Pela interiorização, a criança volta-se para si mesma, possibilitando uma
automatização das primeiras aquisições motoras. A criança que não consegue
interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano gnosiológico, como no
práxico.
Le Boulch (1984) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação
de movimentos que permite um maior controle das praxias. No plano gnosiológico,
percebemos que a interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos
objetos e do mundo em que vive.
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Esta representação mental é responsável pelo aparecimento do membro
fantasma. O membro fantasma é a ilusão de que um membro amputado ainda está
presente com suas sensações de presença, de volume, de movimento. No lugar do
membro, a pessoa sente
dor, frio, enfim, sente sua ligação como resto do corpo.
Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se sentir
bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em
que o conhece bem, em que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder cognitivo.
Ela deve ter o domínio do gesto e do instrumento que implica em equilíbrio entre as
forças musculares, domínio de coordenação global, boa coordenação óculo-manual.
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Etapas do Esquema Corporal
1ª etapa: Corpo Vivido (até 3 anos).
Corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Jean Piaget. A criança a partir
do amadurecimento do seu sistema nervoso passa pouco a pouco, a se diferenciar de
seu meio
ambiente. Esta etapa, é dominada pela experiência vivida. Ela precisa ter suas
próprias experiências, pois é pela sua prática pessoal, pela sua exploração, que se
ajusta, descobre e compreende o meio. Este ajuste significa que a criança, mesmo
sem utilizar a reflexão de seus atos, adequa suas ações a situações novas, isto é
desenvolve a “função de ajustamento”. A eficácia dos ajustamentos posteriores é
resultado
da memória e imagem do corpo no final desta etapa.
2ª etapa: Corpo Percebido ou Descoberto (3 a 7 anos).
Nesta etapa, ocorre a organização do esquema corporal, devido a maturação da
função de interiorização, que auxilia a criança a desenvolver a percepção centrada em
seu próprio corpo. Segundo Le Boulch (1984), a possibilidade de deslocar a atenção
do meio ambiente
para o seu corpo, leva à tomada de consciência. A função de interiorização permite um
ajustamento controlado, que propicia maior domínio do corpo e maior dissociação dos
movimentos voluntários, o que faz com que a criança passe a aperfeiçoar e refinar
seus movimentos. O seu corpo então passa a ser ponto de referência, para se situar e
situar os objetos em seu espaço e tempo. Inicia nesta etapa, a estruturação espaço-
temporal. No final desta fase, o nível de comportamento motor e intelectual pode ser
caracterizado como pré-operatório.
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3ª etapa: Corpo Representado (7 a 12 anos)
Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal. Até este momento, a
criança já adquiriu as noções do todo e das partes do seu corpo (percebido através da
verbalização e do desenho da figura humana), já possui maior controle e domínio
corporal. A partir daí, amplia e organiza seu esquema corporal.
No início desta fase, a representação mental da imagem do corpo, consiste numa
imagem reprodutora: é uma imagem do corpo estática. E a partir de 10 a 12 anos a
criança então dispõe da imagem do corpo em movimento, significando que atingiu
uma “representação mental de uma sucessão motora”, com a introdução do fator
temporal (Le Boulch,1984.p.20).
Sua imagem do corpo, passa a ser antecipatória, devido a evolução das funções
cognitivas correspondentes ao estágio das operações concretas. A imagem de corpo
operatório, permite efetuar e programar mentalmente suas ações em pensamento. Os
pontos de referência, não estão mais centrados no próprio corpo, mas são exteriores
ao sujeito.
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ATIVIDADES PROPOSTAS
1. QUAL NOÇÃO QUE O TEXTO APRESENTA DE CORPOREIDADE E QUAL
SUA ASSOCIAÇÃO COM A PSICOMOTRICIDADE?
2. NA CONCEPÇÃO DE BARBOSA (2008), QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO
DESENVOLVIMENTO MOTOR NA 1ª INFÂNCIA?
3. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ETAPAS DOS ESQUEMAS
APRESENTADOS POR BARBOSA (2008)?
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ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004)
Imagem Corporal
É a correspondência afetiva de como imagino que eu sou. Diferente do
esquema corporal que aponta o que eu tenho, a imagem corporal me aponta como
sou, o que nem sempre corresponde a realidade. Na minha imagem corporal estão
envolvidas questões imaginárias ligadas ao meu aspecto psíquico e emocional,
decorrente de como foram vivenciadas minhas questões afetivas em relacionamentos
sociais conflitivos.
O ser humano é o único que consegue desenvolver uma imagem especular. A
medida que o homem tem a capacidade de simbolizar seu próprio corpo, de
interiorizar a sua própria imagem. É a partir da junção da imagem e do esquema
corporal, que serão desenvolvidas todas as outras funções psicomotoras.
A criança pequena ao brincar na frente do espelho não tem plena consciência
que aquela imagem é a sua. Esta imagem corporal é muito forte e pode ser notada
através da dor no membro fantasma, onde a imagem especular, a imagem simbólica,
está preservada apesar da amputação do membro. O coto ao ser estimulado ativa a
imagem corporal anterior, que estava preservada.
A imagem corporal tem a ver com o afeto. Quando pedimos a uma criança para
desenhar a sua própria figura humana, podemos verificar seu conhecimento de
esquema e de imagem corporal. Nomear o corpo nem sempre é sinônimo de um bom
esquema corporal. Ter o esquema corporal introjetado é também ter a imagem
memorizada. Quando a criança nasce, executa movimentos involuntários,
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desorganizados e sem significados, são significantes vazios. Com o passar do tempo
vai atribuindo um significado.
Tonicidade
É a quantidade adequada de tensão muscular para executar determinado
gesto. Para a realização de qualquer ação corporal precisamos que determinados
músculos atinjam um grau de tensão e que outros relaxem. Então, para executarmos
um movimento precisamos ter controle do nosso tônus muscular. Em diversas
ocasiões se faz necessário uma diminuição da tensão muscular para que a criança
possa sentir ser corpo livre e aprimorar seu comportamento tônicoemocional.
Os exercícios mais indicados são aqueles que proporcionem ao corpo da
criança o máximo de sensações de contração e relaxamento.
Em uma concepção ampla, o tônus não é apenas um aspecto da ação física ou
muscular, mas possui um significado psicológico e humano pois está intimamente
relacionado às flutuações emocionais do indivíduo constituindo um verdadeiro
indicador da personalidade humana.
Para realizar qualquer movimento ou ação corporal é necessário que alguns
músculos alcancem um determinado grau de tensão assim como outros se inibam ou
relaxem. A execução de um ato motor de tipo voluntário implica no controle do tônus
dos músculos, controle que tem sua base nas primeiras experiências sensório-
motoras da criança.
Este estado de tensão não se manifesta somente em estado de contração, mas
acompanha toda a atividade postural. A regulação tônica é que forma a base das
atividades motoras e posturais preparando o corpo para a execução do movimento.
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Tudo isto está regulado pelo Sistema Nervoso e, exceto para os movimentos tipo
reflexo, será necessário um aprendizado psicomotor para que o movimento esteja
adaptado a seu objeto. Sem esta adaptação, nossa atividade sobre o mundo externo
será inviável.
Por outro lado, o tônus muscular, pelas sensações proprioceptivas que
provoca, é um dos elementos fundamentais que compõe o esquema corporal. A
consciência do nosso corpo e a sua possibilidade de utilização, dependem de um
correto funcionamento da tonicidade.
O tônus está muito relacionado com o campo das emoções e da personalidade
e com a característica de reação de cada indivíduo. Existe uma regulação recíproca no
campo tônicoemocional
e afetivo-situacional. As tensões psíquicas se expressam em tensões musculares.
Para desenvolver o controle da tonicidade, utilizaremos exercícios que tendem
a proporcionar à criança o máximo de sensações possíveis de seu próprio corpo em
diversas posições: de pé, sentado, deitado, etc., em atitudes estáticas e em
movimento, todos com diferentes graus de dificuldade exigindo da criança uma
regulação de sua tensão muscular para cada movimento corporal. O controle tônico e
postural estão intimamente ligados e ambos devem ser trabalhados paralelamente.
Ainda dentro do desenvolvimento tônico, merece uma atenção especial o uso
de diferentes exercícios de relaxamento.
Estas formas de relaxamento devem ser usadas depois de uma série de
exercícios físicos que possam ter provocado fadiga. O relaxamento tem duas objetivos
essenciais:
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 busca de conhecimento do esquema corporal;
 como técnica de relaxamento psíquico, de eliminação da fadiga mental e do
equilíbrio emocional.
Na realização de qualquer tipo de movimento ou ação corporal é necessário
que alguns músculos alcancem um determinado grau de tensão, assim como que
outros se inibam ou relaxem. A execução de um projeto motor voluntário implica no
controle tônico da musculatura envolvida, controle esse que tem sua origem nas
experiências sensório-motoras vivenciadas pela criança.
Lateralidade
É uma especialização dos hemisférios cerebrais, que permite ao homem a
realização de ações complexas, motoras, práxicas, psíquicas e o desenvolvimento da
linguagem.
É a partir da lateralidade que será determinado o tônus muscular de cada
parte do corpo. O lado que mais se exercita apresentará uma tonicidade mais
desenvolvida.
Segundo Zsngwill (1975), a lateralização é basicamente inata e governada por
fatores genéticos, embora admita que a treinabilidade e os fatores de pressão social
possam influenciála. A lateralidade relaciona-se com a preferência manual e a
especialização hemisférica. Para a lateralidade é de suma importância a noção de
Linha Média do Corpo.
Essa noção depende da integração bilateral, é uma aquisição básica para a
orientação no espaço. A dominância lateral corresponde a dados neurológicos e é
influenciada por dados sociais. O lado dominante normalmente é mais forte e mais ágil
que o outro lado. O reconhecimento do lado direito e esquerdo é possível
aproximadamente aos 5 ou 6 anos de idade. A reversibilidade (reconhecer o lado
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direito e esquerdo em outra pessoa), só é possível após os 6 ou 6 anos e meio de
idade.
A lateralidade pode ser, manual, pedal, ocular ou auditiva. Observa-se na
literatura uma tendência dos autores em fazer uma diferenciação entre lateralidade
inata e a lateralidade socializada. A primeira refere-se à dominância de ordem
biológica e, a segunda, a adquirida em função de aspectos sociais, escolares,
familiares, etc.
Equilíbrio
É uma resposta motora de adequação corporal frente a constante ação da
gravidade, é automática e involuntária. Para o desenvolvimento da equilibração é
necessário que já tenha sido desenvolvido um certo tônus muscular, o que permite ao
corpo se reajustar a diferentes posturas, jogando com o peso corporal. Outro fator
importante no desenvolvimento do equilíbrio é possuir a noção de eixo corporal.
É o peso corporal e a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao
amadurecimento da equilibração.
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio estático requer que a
criança mantenha uma postura fixa, como equilibrar-se em uma bicicleta parada. É
necessário uma certa calma, uma respiração tranqüila e fixar um ponto. Já o equilíbrio
dinâmico deve ser observado em locomoção, como andar, correr, saltar, diminuir a
base, mudar de posição, este exige uma reorganização muscular quase constante.
Uma equibibração corporal má desenvolvida afeta o equilíbrio emocional. Um
equilíbrio (corporal) favorece o outro (emocional).
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A psicanálise não pensa no aspecto neurológico interferindo no emocional. Sua
ênfase é dada ao aspecto inconsciente dos comportamentos. A prática da relação
equilíbrio corpo e mente estão presentes nas praticas corporais como: yoga, kung fu e
outros.
Para desenvolver a equilibração é preciso que já tenha desenvolvido um certo
tônus, para proporcionar o corpo se reajustar a diferentes posturas. É necessário a
noção de eixo corporal e a noção de peso corporal. É a noção de peso corporal
juntamente com a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao
amadurecimento da equilibração. A falta de domínio do equilíbrio gera labilidade
afetiva.
Possuimos dois tipos de equilibração:
1 – Equilibração Dinâmica, que se dá em locomoção ou quando é necessário mudar
de posição como: andar, correr, saltar, equitação etc. Exige uma reorganização
muscular quase constante.
2 – Equilibração Estática, se dá quando precisamos manter uma postura parada,
como por exemplo parar estando sentado em cima da bicicleta. Esta é bem mais difícil
do que a dinâmica. Exige uma respiração tranqüila e concentração em um ponto.
Um equilíbrio correto é a base de toda a coordenação dinâmica geral. Quanto
mais defeituoso é o equilíbrio, mais energia e atenção escapa em detrimento de outras
atividades. Um equilíbrio correto constitui a base fundamental de toda ação
diferenciada dos membros superiores de tal forma que quando a criança se sente
desequilibrada não pode liberar seus braços nem suas mãos dos quais precisa para
todo tipo de aprendizagem.
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Quase todas as crianças que apresentam dificuldades em seu equilíbrio, são
crianças tímidas, retraídas e excessivamente dependentes; talvez pelos inúmeros
fracassos vividos em ocasiões que necessitou correr, saltar, subir, etc.
Coordenação Motora ou Praxia Global
São uma série de funções que se unem para a representação de atividades
globais e mais amplas. É a atuação conjunta, harmônica e econômica do sistema
nervoso central dos músculos, nervos e sentidos, na execução de um movimento.
A expressão corporal é uma manifestação natural e espontânea, onde a
criatividade tem significado especial.
A coordenação motora, como era denominada inicialmente, recebe hoje a
denominação de Praxia Global. O motivo é que observou-se que a praxia não é
somente a execução de um ato motor, é muito mais do que apenas isto, é uma série
de funções que se únem para a representação de atividades mais globais e mais
amplas. Como exemplo podemos citar a atividade motora do animal como sendo
diferente do fazer práxico do homem.
O fazer práxico do homem é uma ação carregada de relações culturais,
afetivas, simbólicas, psicológicas etc. Tanto o animal quanto o ser humano constróem
sua casa, porém, enquanto o animal o faz pelo instinto de sobrevivência, o homem dá
um significado a esta casa.
Existem diferentes tipos de funções práxicas, ou seja, as ações podem ser:
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1 – Global é a ação que podemos observar nas crianças pequenas, é o brincar
simplesmente para atender o caráter lúdico. A criança pequena executa movimentos
para explorar o mundo, sem ter consciência desses movimentos. Aproximadamente
até os 6 anos de idade atende às ações solicitadas pelo meio.
2 – Analítica é quando a criança começa a analisar e interpretar os movimentos que
faz espontaneamente ou atendendo a comandos simples. Se dá aproximadamente
aos 7 ou 8 anos de idade.
3 – Sintética é quando a criança já consegue coordenar um conjunto global dos
movimentos.
Aproximadamente aos 10 anos de idade.
Segundo Vitor da Fonseca (1995), a Praxia Global é composta por quatro subfatores:
1º Coordenação oculomanual – são movimentos manuais associados com a visão.
Neste tipo de coordenação requer noção de distância e precisão do lançamento.
Como exemplo podemos pedir que a criança jogue uma bola ao cesto.
2º Coordenação oculopedal – diz respeito a coordenação dos pés com a visão.
Podemos pedir a criança que chute uma bola num lugar preciso.
3º Dismetria – é a inadaptação visoespacial e visocinestésica dos movimentos frente
a uma determinada distância para atingir um alvo. Observando as duas subtarefas
anteriores podemos detectar se a criança tem dismetria, em caso afirmativo ela não
conseguirá atingir os alvos propostos.
4º Dissociação – refere-se a independência motora de vários segmentos corporais
em função de um fim. É a independência bilateral dos membros inferiores e
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superiores, ou ainda das quatro extremidades em relação ao tronco. Ou seja, é a
capacidade de movimentar diferentes partes do corpo de formas diferentes, o que gera
a capacidade de planificar e generalizar motoramente. Por exemplo, num jogo de
basquete o atleta precisa usar uma das mãos para bater a bola de uma forma, as
pernas para se deslocar no espaço e em determinado momento fazer outro tipo de
movimento para arremessar a bola ao cesto. Todos esses movimentos precisam ser
feitos simultaneamente, se o indivíduo não tiver a capacidade de dissociar não
conseguirá executar os movimentos necessários para jogar basquete com sucesso.
O professor de educação física é muito importante nessa fase do
desenvolvimento devendo estar atento às demandas da criança. Ao propor atividades
de coordenação psicomotora, ele deve estar atento a alguns pontos:
1 - Propiciar à criança objetivos precisos e sem dúvidas;
2 - Demonstrar o exercício para que a criança possa ter uma visão geral da tarefa;
3 - Elevar gradativamente os critérios de desempenho;
4 - Dar explicações claras antes da criança iniciar a prática;
5 - No início da aprendizagem dar orientações breves para minimizar as possíveis
falhas;
6 - Elogiar sempre o que a criança tentar executar.
Praxia Fina
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A mão humana é a anatomicamente e encefalicamente o órgão da praxia fina.
Dois quartos do córtex cerebrel é relativo à mão. Na perda de suas funções o
organismo se estrutura para buscar a praxia fina em outro órgão.
A mão possui uma enorme potencialidade motora, a de preensibilidade, de
oponibilidade, de convergência, de divergência etc.
Segundo Vitor da Fonseca (1995), são subfatores da Praxia Fina:
1º Coordenação dinâmica manual, é a responsável pela destralidade bimanual e
agilidade digital, como exemplo podemos citar o fazer pulseiras com clips ou com
contas etc.
2º Tamborilar, é realizado através de uma dissociação digital seqüencial que envolve
a localização tátil-cinestésica dos dedos e sua motricidade independente e
harmoniosa.
3º Localizar os objetos no espaço
A praxia Fina é fundamental no processo de alfabetização, onde a mão assume papel
fundamental.
Toda informação relacionada a espaço, para a criança, tem que ser
interpretada através do seu próprio corpo. Este é o seu referencial.
Os exercícios de coordenação óculo-manual têm como finalidade o domínio do
campo visual, associada a motricidade fina das mãos.
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Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, na
medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a preensão
inadequada que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma
experiência aversiva a criança.
Orientação Espaço Temporal
A noção espaço temporal se estrutura envolvendo a integração do sistema
visual com o sistema auditivo.
Podemos entender a orientação espaço-temporal como a capacidade de situar-
se e orientar-se a si próprio, localizar outros e objetos num determinado espaço. É ter
noção dos conceitos de direção (acima, abaixo, frente, trás, direita, esquerda),
distância (longe, perto). É a capacidade de organização das relações no espaço e no
tempo.
A orientação e organização espaço-temporal ocupa um lugar de destaque na
adaptação do indivíduo ao ambiente físico e social, na medida em que o corpo ocupa
um lugar nesse espaço. As ações da criança no meio ambiente são realizadas tendo
seu eixo corporal como referência fundamental e se realizam organizando o meio em
relação ao seu corpo. Nessa organização, a consciência, a memória(afetiva), e as
experiências vivenciadas pela criança ao longo de sua vida ocupam um lugar de
destaque.
A noção de espaço é, a princípio, a diferenciação do EU corporal com respeito
ao mundo exterior e, posteriormente, o estabelecimento de um esquema corporal cada
vez mais diferenciado.
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Essa diferenciação pode ser feita a partir do movimento, já que um segmento
não pode individualizar-se se não há uma percepção de sua mobilidade própria que
lhe permita diferenciá-lo dos segmentos vizinhos.
A partir da percepção do próprio corpo é que se pode perceber o espaço
exterior. Este espaço exterior é explorado por uma dupla e simultânea percepção: uma
exteroceptiva, por exemplo, a visão de um objeto; e outra proprioceptiva, o gesto que
terei que fazer para apanhar o objeto. Portanto, o esforço externo é primeiro percebido
como uma distância do EU (para alcançar o objetivo, o gesto é mais ou menos amplo)
e em segundo, como direção a respeito do EU (gesto para cima, para baixo, do lado,
na frente, etc.).
A partir dessa percepção dinâmica do espaço vivido, a noção de espaço
proprioceptiva (espaço visual - espaço estático) se faz uma abstração, um processo
mental que se apoia na memória de vivências anteriores. Se sou capaz de perceber
esse objetivo situado à distância e em tal direção, é porque minhas experiências
anteriores me permitiram colocar em concordância as percepções visuais que tenho,
com as percepções proprioceptivas que acompanham o movimento e me permite tocar
o objeto. Daí vem as noções de distância e orientação de um objeto com relação a
outro de uma parte com relação à outra e a criança começa a transpor essas noções
gerais a um plano mais reduzido, mais abstrato chegando posteriormente, ao
grafismo. Aqui também se orienta as funções de direita e esquerda pela participação
do EU corporal e se repete a transformação anterior.
Orientação Espacial
A noção espacial se desenvolve a partir do corpo da própria criança. Toda a
nossa percepção de mundo é uma percepção espacial, e o corpo é a nossa referência.
Que espaço meu corpo ocupa no mundo externo. A noção espacial inicia do concreto
para o abstrato; do objetivo para o subjetivo; do corporal para o externo.
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A noção de espaço se desenvolve a partir do sistema visual. Primeiro a criança
localiza a si própria, em seguida localiza a posição que seu corpo ocupa no espaço e
finalmente passa a localizar os objetos. Toda a informação relacionada a espaço
precisa ser interpretada através do corpo. É olhando o tamanho de si mesmo e dos
objetos e pessoas que o cerca que a criança vai adquirindo a noção de espaço.
A noção de espaço se forma na criança a partir do sistema visual, da
seguinte maneira:
1ª Parte do Concreto para o Abstrato, localiza a si próprio no espaço;
2ª Parte do objetivo para o subjetivo, identifica a posição que ocupa seu próprio corpo
no espaço;
3ª Parte do seu próprio corpo para o externo, localiza os objetos no espaço.
Toda a informação relacionada a espaço, para a criança, tem que ser interpretada
através
do seu próprio corpo. Este é o seu referencial.
Noção Temporal
A noção de tempo se desenvolve a partir da audição. É mais difícil apreendê-la
do que a noção de espaço. Temos o tempo rítmico, que é aquele que demarca o
compasso de tudo que fazemos e é individual, como o rítmo do nosso batimento
cardíaco, de nossa respiração, dos nossos passos ao caminhar... Temos também a
noção de tempo cronológico que diz respeito às idéias temporais como ontem, hoje,
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amanhã... E ainda a noção de tempo subjetivo que está diretamente ligado à questão
afetiva quando dependendo do grau de ansiedade e motivação que colocamos nos
fatos eles parecem durar mais ou menos tempo.
Possuímos pelo menos quatro tipos de tempo:
1º Tempo Rítmico, está contido em tudo aquilo que fazemos. Por exemplo, o nosso
caminhar possui um ritmo, nossos batimentos cardíacos possuem outro ritmo, nossa
respiração outro e assim por diante
2º Tempo Cronológico, está relacionado à idéias temporais, que são mais difíceis da
criança entender, por serem completamente abstratos. Ë a noção de ontem, hoje,
amanhã etc.
3º Tempo Subjetivo, é aquele que está ligado ao nosso grau de ansiedade e
motivação. Algo muito agradável parece passar rápido demais e algo desgradável
parece durar uma eternidade.
Como exemplo podemos citar um passeio, onde sempre a ida é muito mais
demorada que a volta em função das expectativas que nutrimos em relação a
chegada.
4º Tempo Dinâmico, a quantidade de esforço requer um movimento mais lento ou
mais rápido.
A Estruturação Temporal
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A estruturação temporal será desenvolvida através das atividades
fundamentalmente rítmicas, cujo valor educativo é de extrema importância.
Ritmo é harmonia e equilíbrio. O movimento rítmico é econômico e harmônico.
O nosso movimento corporal para ser harmonioso e para obedecer adequadamente à
necessidade do ritmo, nossos movimentos devem ser harmoniosos, em ciclos
sucessivos de deslocamentos espacialmente lógicos.
A organização e a estruturação temporal é o mediador que trabalha com
noções importantes para o aprendizado da escrita e particularmente da leitura,
favorecem o desenvolvimento da atuação da memória. A estruturação temporal
fornecerá as possibilidades de alfabetizar-se.
Respiração
A respiração é fundamental para a execução das atividades físicas. A
respiração é constituída de dois momentos inspiração e expiração. Quanto mais
calmos estivermos mais lenta e regular será nossa respiração, quanto mais agitado ou
ansioso mais rápida será.
No ato de respirar enviamos oxigênio para nosso organismo. O ideal seria
mantermos uma respiração num ritmo regular e tranqüilo. Ao inspirarmos devemos
enviar o ar para o abdômen retê-lo por alguns segundos e expirar lentamente
expelindo maior quantidade de ar do que o ingerido e emitindo som, para setirmo-nos
mais leves e desprovido de tensões internas.
O controle respiratório é adquirido através de uma respiração abdominal. O
tempo de inspiração deve ser sempre menor do que o de expiração. A respiração atua
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diretamente sobre o mecanismo da dor e das emoções. Uma respiração correta é
capaz de aliviar a tensão, eliminar sensações como o medo, a angústia e a dor.
A consciência e o controle da respiração são um aspecto da consciência e do
controle de si mesmo.
A respiração se adapta de uma maneira automática às necessidades de cada
momento.
É importante respeitar e não forçar a criança nos exercícios respiratórios para
não provocar tonturas, enjôos e fadiga.
Dada a influência da respiração sobre os processos psicológicos tão
importantes, torna-se sua educação na pré-escola de suma importância. O controle
das emoções através da respiração é resultado de um processo de aprendizagem que
vai fazendo-se paulatinamente e não um processo puramente automático, que já se
dispõe desde o nascimento. Para chegar ao objetivo do controle respiratório devem
ser usados vários exercícios de inspiração e expiração tanto bucais quanto nasais e
também de retenção da inspiração e expiração em diferentes estados de repouso e
esforço. Trata-se pois de fazer com que a criança chegue a um controle consciente de
respiração.
Relaxamento
É um método de condicionamento psicofisiológico, que leva a alterações físicas
e emocionais, levando a criança a vivenciar uma sensação de calma, redução de
fadiga, levando o funcionamento do organismo a um equilíbrio onde a agitação
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desapareça. Exige a capacidade de controle do tônus muscular que deve ser capaz de
contrair e principalmente relaxar.
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ATIVIDADES PROPOSTAS
1. QUAIS OS ELEMENTOS DE PSICOMOTRICIDADE APRESENTADOS POR
SANTOS (2004)?
2. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS DA
PSICOMOTRICIDADE DE SANTOS (2004)?
3. DEFINA OS TIPOS DE EQUILIBRAÇÃO.
4. QUAIS OS TIPOS DE FUNÇÕES PRÁXICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS?
5. QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRAXIA FINA E PRAXIA GLOBAL?
6. COMO SE DESENVOLVE A NOÇÃO DE ESPAÇO?
7. QUAIS OS TIPOS DE ELEMENTOS DE TEMPORALIDADE?
8. QUAL A IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE?
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CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A IDADE (SANTOS 2008)
Características principais na primeira infância:
1 ano
• Conhecimento do próprio corpo;
• Distinção entre figuras familiares e estranhas;
• Início do andar;
• Início do jogo manipulativo;
•“idade desarrumadora”- desabrochar da mobilidade.
2 a 3 anos
• noção de sua identidade (nome, imagem no espelho, fotos);
• fase de oposição;
• desenvolvimento considerável da linguagem;
• início da socialização;
• disciplina esfincteriana.
4 anos
• fase contraditória e de interesse pelos outros.
5 a 6 anos
• cooperação e disciplinas sociais.
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7 a 8 anos
• plena integração do corpo;
• aperfeiçoamento das habilidades adquiridas anteriormente;
• reconhecimento da lateralização no outro;
• instalação forte da conduta ética e da importância de valores e normas;
• procura contatos fora de casa.
9 a 10 anos
• automatização dos movimentos habituais até se tornarem ágeis;
• mais relaxados na postura;
• levanta alternativas para solucionar problemas;
• relaciona-se cooperativamente com a comunidade;
• explica conceitos abstratos;
• valoriza grupo de amigos.
11 a 12 anos
• combina movimentos e equilibra habilidade e força muscular;
• reflexivo e espontâneo;
• movimentos expressivos tanto faciais quanto corporais;
• início da adolescência.
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O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR BASEADO EM CESAR COLL
Coll enfatiza que a psicomotricidade estas ligadas às implicações psicológicas
do movimento e da atividade corporal, existem alguns comportamentos maturativos e
alguns comportamentos relacionais, que estão ligados ao fato de que, por meio de seu
movimento e de suas ações, a criança entra em contato com pessoas e objetos com
os quais se relaciona de maneira construtiva, é uma fonte de expressão e dos
conhecimentos, é um nó que prende psiquismo e movimento. A meta é o controle do
próprio corpo até ser capaz de tirar dele todas as possibilidades de ação e expressão
possíveis. Envolve um componente externo, mas também interno.
Qualquer ser vivo tem uma organização biológica, e um tempo determinada
para o seu desenvolvimento, desta forma as interações sociais não interferem no
interior de um organismo. Coll relata que o crescimento físico é organizado e ocorre
em uma seqüência de tempo pré-determinado e pode ser influenciado pelo meio
externo, onde ocorre de maneira continua e paliativa. O nosso calendário maturativo já
é determinado pelos genes, e seus controles são devido aos processos neurológicos e
hormonais.
E assim também é importante considerar a influência de fatores externos no
desenvolvimento: como por exemplo, má nutrição, tem uma capacidade de influência
importante e incontestável.
No cérebro se encontra o suporte de todos os processos psíquicos. Quando
feto, o cérebro cresce mais rápido que os outros órgãos e o córtex cerebral é a parte
que se desenvolve mais nos humanos. Encarrega-se de por em ordem nossa
percepção de mundo, nossa ação e nossos processos psicológicos.
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A psicomotricidade não é somente movimento, mas também é relação, não é
uma mera soma de habilidades isoladas, mas que forma um sistema integrado e
dinâmico.
Desenvolvimento pré natal
No zigoto contém todo material genético trazido pelo óvulo e pelo
espermatozóide. Após os primeiros dias à fecundação começa a primeira das duas
fases em que costuma se dividir a vida pré natal: a etapa embrionária, e no final de
alguns meses depois da fecundação, terá inicio a etapa fetal.
Os movimentos da criança de algumas poucas semanas são incontrolados,
funcionam como sacudidas, não controla o corpo. No final da primeira infância os
movimentos são voluntários e coordenados a criança é capaz de andar e correr.
A ossificação das primeiras cartilagens marcará a transição para a etapa fetal,
no final do terceiro mês, o feto suga, engole e tem movimentos respiratórios básicos;
no quinto mês, mexe-se, estica-se e bate as pernas, como a grávida já pode sentir; em
torno do final do sétimo mês, a atividade elétrica do cérebro começa a se parecer com
a do recém-nascido. A partir do sexto mês é possível registrar padrões que indicam
períodos de sono e vigília; o feto é sensível à estimulação tátil, olfativa, gustativa e
auditiva.
A anorexia neonatal refere a uma dificuldade respiratória no momento da
passagem para a respiração aérea independente por parte da criança, pode estar
relacionada com algum problema com o cordão umbilical ou com a existência de
obstruções nas vias respiratórias.
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Em alguns casos, as anorexias são mais graves e podem deixar seqüelas na
forma de atrasos no amadurecimento, lentidão no desenvolvimento e psicomotor, etc.
O diagnostico precoce, a intervenção rápida e uma boa e contínua estimulação, junto
à intervenção médica, quando necessário, podem produzir ótimos resultados
evolutivos.
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DESENVOLVIMENTO DURANTE OS DOIS PRIMEIROS ANOS
De acordo com o texto Piaget mostrou que os bebês como ativos exploradores
da realidade, e como incansáveis construtores de sua própria inteligência em interação
com os objetos de seu entorno. Começaram a ser exploradas as capacidades
perceptivas das crianças, nas décadas de 1980, e em 1990 houve um grande avanço
na analise as capacidades cognitivas dos pequenos, que eram muito mais
competentes do que Piaget havia previsto e desde antes do que ele havia imaginado.
Inteligência
O autor explica que devemos a Piaget a primeira descrição do
desenvolvimento da inteligência nos bebês, a qual ele chamou de estágio sensório-
motor para destacar o fato de que era um tipo de inteligência baseada na percepção
da realidade e na ação motora sobre ela, que foi baseada na observação de condutas
de seus próprios filhos tanto em situações naturais quanto em situações de pequenos
problemas.
Na descrição de Piaget, o bebê começa seu percurso com uma bagagem
simples, alguns poucos reflexos inatos e uma decidida vocação também inata pela
adaptação e pelo equilíbrio crescente em seus intercâmbios com o meio.
O autor relata que os dois primeiros subestágios que gira em torno do exercício
dos reflexos inatos de sua repetição, de sua combinação e de sua diversificação. O
subestágio 3 marca o inicio do que poderíamos denominar de extroversão cognitiva do
bebê, a superação do egocentrismo inicial, começa a perceber que suas ações
provocam conseqüências interessantes e procura repeti-las. Piaget acredita que essas
condutas ainda dão intencionais, o bebê imita condutas dos adultos sempre e quando
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essas condutas pertençam a seu repertorio comportamental. Um objeto que lhe chama
a atenção procura consegui-lo quando alguém o esconde, mas com a condição de que
parte do objeto esteja visível e de que já tenha iniciado a ação motora de pegá-lo.
Durante o subestágio 4 a conduta é intencional: propõe-se fins sensórios-motores, e
põe em ação esquemas para consegui-lo. Um objeto é escondido repetidamente sob
uma almofada vermelha e se após essas repetições o objeto é escondido sob uma
almofada verde, surpreende-se então de não encontrá-lo ali, a essa fato dá-se o nome
de erro no subestágio 4. No subestágio 5 ocorre a diferenciação dos esquemas
secundários o bebe grava bem as limitações e se dedica a modificá-los e a variá-los.
No subestágio 6 não há somente esquemas novos; a partir de agora, seus esquemas
são diferentes, mentais, simbólicos. Com essa ferramenta recém estreada, a
conservação do objeto já é coisa feita, ele não só pode imitar o que vê, como
reproduzir o que viu e chamou sua atenção alguns dias antes e ele também poderá
recriar de forma criativa, situações vistas ou vividas.
Para o autor no momento do nascimento, a maturação tanto dos órgãos dos
sentidos quanto das vias e estruturas cerebrais correspondentes tem ainda um longo
caminho a percorrer ate chegar aos níveis característicos dos adultos, o sistema
perceptivo funciona como um a bem-desenhada plataforma de lançamento da qual
poderão depois sair muitos outros aspectos do desenvolvimento, sendo, por isso,
importante sua maturação precoce.
Audição
De acordo com o texto a estimulação auditiva somente irá sentir-se inclinado a
imitar os sons da voz humana, desde o principio, então a percepção tem algo de
seletivo, algo que nos orienta para alguns traços do ambiente mais do que outros,
depois de alguns meses, no entanto, parte dos processos de atenção do bebê
começará a depender cada vez mais de suas experiências prévias. Desde muito cedo
os bebês não se limitam a olhar passivamente os objetos em seu entorno, mas
também os analisam e os exploram com as habilidades visuais de que dispõe. Entre o
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primeiro e o segundo trimestre os bebês já mostram sua preferência pela informação
visual organizada em relação à desorganizada.
O autor explica que em relação à sensibilidade auditiva, os recém-nascidos
não só ouvem, como também são capazes de fazer várias discriminações auditivas
com certa precisão. Preferem a voz humana frente qualquer outro estímulo auditivo,
são capazes de distinguir desde muito cedo sons semelhantes, os bebês de alguns
poucos dias mostrarão preferências pelas características prosódicas de sua própria
linguagem ou de outra similar, desde os primeiros anos de vida, os bebês viram os
olhos e a cabeça em direção à fonte de algum som, alguns meses depois utilizam o
som como uma fonte de informação sobre a distância em que se encontra um objeto
que o produz, desde aproximadamente três meses se mostram capazes de distinguir o
tom emocional das expressões que são dirigidas a eles.
Tato
O tato é importante por se um útil instrumento de exploração dos objetos do
entorno que podem ser manipulados pelo bebê. De acordo com o texto com relação à
sensibilidade tátil, está bastante desenvolvida no momento do nascimento, embora
deva aperfeiçoar-se nos meses seguintes. Desde nascimento, os bebês são sensíveis
à dor produzida por batidas, espetadas, etc. Outra sensibilidade tátil está ligada à
capacidade de perceber mudanças na temperatura.
Olfato
Segundo o autor a sensibilidade Olfativa também se desenvolve durante a vida
fetal. Inicia seu desenvolvimento ao logo nos primeiros dias de vida dando lugar a uma
crescente preferência pelo cheiro do corpo de sua mãe.
Paladar
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Relata o autor que no paladar, as papilas gustativas da língua amadurecem
antes do nascimento, os bebês já nascem conseguindo distinguir sabores diferentes
mostrando agrado diante de uns e desagrado diante de outros.
Coordenação Intersensorial
A coordenação intersensorial também chamada de percepção intermodal, entre
diferentes modalidades sensoriais, está presente desde o nascimento. Nos meses
seguintes estas habilidades vão melhorando, e aos quatro meses os bebês mostram
capacidade para olhar preferencialmente para a imagem que se corresponde ao som
que nesse momento sai pelo auto-falante, é como se à medida que as capacidades de
cada um dos sentidos se tornam mais precisas, a coordenação intersensorial presente
desde o nascimento de um incipiente também fosse se desenvolvendo e se tornando
mais complexa. É de se esperar que os bebês se sintam mais atraídos por pessoas
com que eles se relacionam habitualmente, que lhe cuidam e os alimentem, eles
trazem um complexo equipamento que predispõe para a interação social, primeiro de
caráter social, mas depois cada vez cada vez mais orientados para as pessoas que os
acariciam, os alimentam, os limpam, falam e gostam deles.
Atenção
Para o autor os bebês nascem com certas preferências para atenção, uma
predisposição maior para prestar atenção em alguns estímulos frente à outros,
preferem olhar estímulos em cor viva mais que estímulos branco e cinza, preferem
estimulo da voz humana frente a outros sons, etc. Preferem estímulos novos que
apresentam uma certa discrepância em relação ao já conhecido.
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Relata o texto que em suas primeiras semanas de vida, fala-se em atenção
cativa, fato em que o bebê se sente irremediavelmente atraído pelos estímulos que
contem os traços que mais chamam sua atenção, aos poucos vai se transformando
em atenção voluntária como conseqüência da experiência e das aprendizagens.
Representação
O texto relata a respeito de pesquisas das ultimas décadas puderam concluir
que, no que concerne às representações, não existe descontinuidade proposta por
Piaget entre uma época definida pela ausência de representação e outra com a
representação como ponto central, a análise piagetiana da conservação de objetos
implicava habilidades motoras suficientes para levantar um obstáculo , o que falta ao
bebê do subestágio 4 não é o conceito de objeto permanente, mas a maturidade
cerebral da região do córtex responsável pela inibição de respostas motoras.
Explica o autor que o cérebro humano tem algumas capacidades, algumas
predisposições e algumas ferramentas que tornam possíveis os desenvolvimentos
precoces da complexidade, os bebês também são sensório-motores, são sobretudo
seres sociais orientados para a interação como outros seres humanos.
Memória
O autor explica que os bebês têm memória e fazem uso dela desde os
primeiros dias de sua vida pouco a pouco vai se definindo um sentimento de eficácia
pessoal entendido como a capacidade para produzir respostas contingentes ao
ambiente, no contexto dos avanços e um pouco antes de seu primeiro ano, os bebês
começam a mostrar sinais de auto reconhecimento, a ser conscientes de seus traços
físicos refletidos nas imagens, em torno de 18 meses, as crianças estão longe do
magma de simbiose do qual pouco a pouco seu eu foi se diferenciando, para dar lugar
ao modelo interno de relações interpessoais assentaram suas bases para a formação
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  • 1. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 1 PSICOMOTRICIDADE/ BRINQUEDOS E JOGOS PEDAGÓGICOS
  • 2. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 03 A PSICOMOTRICIDADE: DEFINIÇÃO 04 O PSICOMOTRICISTA 16 A IMPORTANCIA DA PSICOMOTRICIDADE 17 ATIVIDADES PROPOSTAS 19 A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004) 20 ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008) 25 ETAPAS DO ESQUEMA CORPORAL 30 ATIVIDADES PROPOSTAS 32 ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004) 33 ATIVIDADES PROPOSTAS 50 CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A IDADE (SANTOS 2008) 51 CRESCIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR DEPOIS DOS DOIS ANOS. 63 ATIVIDADES PROPOSTAS 72 O DESENVOLVER DO ESQUEMA CORPORAL (SANTOS, 2004) 73 ATIVIDADES PROPOSTAS 75 A EDUCAÇÃO PSICOMOTORA SEGUNDO BARBOSA (2008) 76 ATIVIDADES PROPOSTAS 86 PSICOMOTRICIDADE NA ESCOLA 87 PSICOMOTRICIDADE E O JOGO 89 EDUCAÇÃO PSICOMOTORA COMO PARTE INTEGRANTE DE TODA A ATUAÇÃOPEDAGÓGICA SEGUNDO SANTOS (2004) 92 ATIVIDADES PROPOSTAS 127 AÇÃO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA INFANTIL 128 O USO DE BRINQUEDOS, JOGOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS 136 ATIVIDADES PROPOSTAS 150 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 155
  • 3. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 3 Apresentação Criada em 2010 por executivos, consultores e professores com ampla bagagem no meio educacional e empresarial, o Sistema Empresarial Cezar - SEC traz uma gama de cursos antenados com a tendência do mercado na qual ressaltamos nosso compromisso com uma educação de qualidade e comprometida com a formação continuada do ser humano, afixando assim sua marca no cenário mineiro Por que estudar no SEC? O aluno terá um investimento com retorno de qualidade, sustentabilidade, qualificação com 100% de aproveitamento, inovações tecnológicas, maior acessibilidade, ferramentas garantidoras de inserção e permanência no mercado de trabalho Nossa Visão: Ser referência na área educacional mineira Nossa Missão: Oferecer cursos profissionalizantes, programas lato sensu e stricto sensu de qualidade a preços acessíveis, visando à formação continuada do ser humano Nossos Valores: Comprometimento, Ética, Responsabilidade, Respeito e Transparência Professora Especialista Celeste Pimentel Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Associadas Soares de Barretos – São Pulo Pós-Graduada em Psicopedagogia, Supervisão e Inspeção Escolar, Educação Inclusiva e Especial, e Pedagogia Social. Experiência Profissional Escolas Estaduais – Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais Período: Desde 01/03/1992 Cargos: Professor Apoio aluno incluído – Regente de turma Educação Especial Atividades Desenvolvidas: Docência na Educação Especial: - Reeducação pedagógica (sala de recursos) Entre outras A Diretoria do SEC da às Boas Vindas a seus alunos!
  • 4. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 4 A PSICOMOTRICIDADE Definição Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A psicomotricidade destaca então, a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade,1999). É um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. “A Educação psicomotora deve ser considerada como uma educação básica para a escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e escolares: estas não podem ser conduzidas a bom termo se a criança não tiver conseguido tomar consciência de seu corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço, dominar o tempo; se não tiver adquirido habilidade suficiente e coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve constituir privilégio desde a mais tenra infância; conduzida com perseverança, permite prevenir ceras inadaptações sempre difíceis de melhorar quando já estruturadas...” (BARBOSA, 2008). Em 1982 a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora, atual Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, propôs uma definição bastante abrangente do que vem a ser Psicomotricidade: “Psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo
  • 5. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 5 do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno e externo”. Assim vem a ser a área que se ocupa do corpo em movimento. Mas não podemos esquecer que o corpo é um dos instrumentos mais poderosos que o sujeito tem para expressar conhecimentos, idéias, sentimentos e emoções. É ele que une o indivíduo com o mundo que lhe dá as marcas necessárias para que se constitua como sujeito (BARBOSA, (2008). Nos seus primórdios, a Psicomotricidade, compreendia o corpo nos seus aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no espaço e no tempo, para emitir e receber significados. Hoje, a Psicomotricidade é o relacionar-se através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. E assim está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores passa a apresentar problemas de expressão. Conquistando uma expressão significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o pensamento e a atividade motora. Vitor da Fonseca (1988) comenta que a Psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e se materializa. Segundo Núñes e Vidal (1994): a Psicomotricidade é a técnica ou grupo de técnicas que tendem a interferir no ato intencional significativo, para estimular ou
  • 6. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 6 modifica-lo, usando como mediadores a atividade corporal e sua expressão simbólica. O objetivo, por conseguinte, é aumentar a capacidade de interação do sujeito com o ambiente. Trata-se de um foco da intervenção educacional ou terapia cujo objetivo é o desenvolvimento da capacidade motriz, expressivas e criativas a partir do corpo, o que o leva centrar sua atividade e se interessar pelo movimento e o ato, que é derivado da: disfunções, patologias, excitação (estímulos), aprendizagem, etc. Para Muniáin (1997, citado por Pantiga, 2002) : a Psicomotricidade é uma disciplina educativa / reeducativa / terapêutica. Concebeu como diálogo que considera o ser humano como uma unidade psicossomática e que atua sobre a sua totalidade por meio do corpo e do movimento no ambiente, por meio de métodos ativos de mediação principalmente corporal, com o propósito de contribuir para o seu desenvolvimento integrante. A psicomotricidade destaca a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e procura facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica. Nesse sentido, De Meur e Staes (1989) referem que a psicomotricidade foi evoluindo.Começou por estudar o desenvolvimento motor, depois a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança, mais tarde o desenvolvimento da habilidade manual e aptidões em função da idade, para atualmente, estudar também as ligações com a lateralidade, com a estruturação espacial e a orientação temporal e as relações das dificuldades de aprendizagem escolares de crianças de inteligência normal. Os autores alertam também para a tomada de consciência das relações existentes entre o gesto e a afetividade, como por exemplo, o fato de uma criança segura de si caminhar de forma muito diferente de uma criança tímida.
  • 7. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 7 Assim, a psicomotricidade como ciência da educação procura educar o movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. Portanto, o intelecto se constrói a partir do exercício físico, que tem uma importância fundamental no desenvolvimento não só do corpo, mas também da mente e da emotividade. Sem o suporte psicomotor, o pensamento não poderá ter acesso aos símbolos e à abstração. De acordo com Santos (2004) portanto trata-se da ciência que estuda o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo e de suas possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja consciência dos movimentos corporais integrados com a emoção e expressados pelo movimento, o que proporciona ao ser uma consciência de indivíduo integral. Breve histórico da Psicomotricidade
  • 8. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 8 Para Santos (2004), o primeiro corte epistemológico procura superar o dualismo cartesiano, utilizando práticas reeducativas determinadas pelo conceito de correspondência entre paralelismo mentalmotor. Nessa etapa a influência da neuropsiquiatria é determinante numa clínica centrada no aspecto motor e num corpo instrumental, servindo como ferramenta de trabalho para o reeducador que se propõe a concertá-lo. Nesse segundo corte, tem grande valor as contribuições do âmbito psicológico, especialmente da psicologia genética, passando a considerar a passagem do motor para corpo, aonde este corpo passa a ser um instrumento de construção da inteligência humana. Aqui o olhar já não está mais situado no motor, mas num corpo em movimento, um corpo produtor de sua ação da vida intelectiva. Já não se trata mais de uma reeducação, mas de uma terapia psicomotora que opera num corpo, que se desloca, que constrói a realidade, que conhece que sente, que se emociona e cuja emoção manifesta-se tonicamente. O tônus muscular, as posturas, os gestos e a emoção como representante de ordem psíquica do corpo, seriam produções do corpo a serem abordadas num enfoque terapêutico. Este enfoque global do corpo da pessoa: uma dimensão funcional, uma dimensão cognitiva e outra dimensão tônica-emocional. Com a contribuição da teoria psicanalítica, surge uma virada conceitual que já não centra seu olhar num corpo em movimento mas num sujeito com seu corpo em movimento. Já não se trata mais de um sujeito visto como uma “globalidade”, mas de um sujeito dividido contendo um corpo real, imaginário e simbólico.
  • 9. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 9 Esse corte vem fundar uma clínica psicomotora centrada no corpo de um sujeito desejante, não mais numa terapêutica fundamentada em objetivos e técnicas. A inclusão do inconsciente no âmbito psicomotor traz conseqüências teórico-clínicas. Ao longo da história do âmbito psicomotor observamos diferentes transições: do motor ao corpo, deste ao sujeito com um corpo em movimento. É da concepção que se postule acerca do sujeito que irá depender a prática clínica que se leve a termo. Atualmente encontramos a reeducação psicomotora, a terapia psicomotora e a clínica psicomotora. A psicomotricidade está associada ao processo de evolução do corpo, que é o objeto e sujeito de estudo dessa ciência. As primeiras pesquisas que dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque eminentemente neurológico. Somente em 1907, Ernest Dupré, a partir de seus estudos clínicos na observação de pacientes com debilidade mental e debilidade motora, dá partida à psicomotricidade. De 1907 a 1947, a psicomotricidade ainda muito superficial, ia integrando os trabalhos de Freud (1913), de Wallon (1934) e de Piaget (1936). Em contrapartida recebeu a influência de pedagogos, como Montessori (1936), Descendres, Decloy e outros. Entre 1947 e 1959 fica clara a passagem da Psicomotricidade do campo exclusivo da neurologia e da pedagogia para uma aliança com a psiquiatria, e a utilização do movimento humano com fins reeducativos e terapêuticos foi conquistando numerosos adeptos. Logo após, na França, em 1963, se institui o primeiro curso universitário de Psicomotricidade.
  • 10. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 10 No Brasil, a história da psicomotricidade vem acontecendo de maneira semelhante à história mundial. Os primeiros documentos registram seu nascimento na década de 50. Em 1980 surgiu a Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora que mais tarde muda seu nome para Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP). Em termos de matriz teórica, a psicomotricidade compreende, em síntese, um ramo interdisciplinar de conhecimentos, no qual se cruzam várias contribuições científicas. Contém conceitos teóricos e aplicações práticas de várias ciências como a Psicologia, a Psicanálise, a Psiconeurologia, a Pedagogia, a Psiquiatria, entre outras, que convergem os seus interesses no estudo do movimento, com o objetivo de dar qualidade de vida ao ser humano. Vários autores deram uma importante contribuição para as bases teóricas da Psicomotricidade, analisando as relações complexas entre o movimento e o pensamento, e entre o corpo e o cérebro como: Dupré, Wallon, Piaget, Ajuriaguerra, Paillard, Bernshtein, Luria, Sperry, Eccles, Gardner, Damásio, Fonseca, entre muitos outros. Barbosa (2008) declara que É principalmente por meio do seu desenvolvimento motor que a criança deixa de ser a criatura frágil da primeira infância e se transforma numa pessoa livre e independente do auxílio alheio. As atividades motoras desempenham também um papel importantíssimo em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais, enquanto explora o mundo que a rodeia, com os olhos e com as mãos, fornecendo-lhe também os meios pelos quais fará grande parte dos seus contactos sociais com outras crianças.Durante a vida inteira, a visão de uma pessoa tem de si mesma é influenciada pela sua percepção do próprio corpo e suas propriedades, da própria força e liberdade no desempenho de atividades físicas (JERSILD,1902,P.108). Características do Desenvolvimento motor
  • 11. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 11 Quando a criança já adquiriu a capacidade de andar sozinha, o progresso de suas habilidades motoras específicas depende, mais do que antes, de oportunidades especiais. Entretanto, dentro de amplos limites, as crianças educadas em ambientes semelhantes apresentam bastante uniformidade na passagem de um nível de desempenho a outro na aquisição de novas habilidades para seu repertório. Estudos demonstram que as crianças que não tiveram a oportunidade de adquirir determinada habilidade tenderão a passar por etapas semelhantes às atravessadas pelas crianças que adquiriram mais cedo a mesma habilidade. Entretanto, quando a criança mais velha tem oportunidade para isso,é provável que atravesse mais rapidamente as etapas preliminares. Andar, correr e saltar resume o progresso das crianças em certas habilidades locomotoras, após ter aprendido a andar. A Psicomotricidade é uma ciência que possui uma importância cada vez maior no desenvolvimento global do indivíduo em todas suas fases, principalmente por estar articulada com outros campos científicos como a Neurologia, a Psicologia e Pedagogia. Isso acontece porque a Psicomotricidade, se preocupando com a relação entre o homem e o seu corpo, considera não só aspectos psicomotores, mas os aspectos cognitivos e sócio-afetivos que constituem o sujeito. O desenvolvimento psicomotor
  • 12. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 12 Compreende-se o desenvolvimento psicomotor como a interação existente entre o pensamento, consciente ou não, e o movimento efetuado pelos músculos, com ajuda do sistema nervoso (Conceição, 1984). O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se entender a psicomotricidade. O esclarecimento do desenvolvimento dos processos mentais teve a contribuição de numerosos autores como: Freud, Gallahue e Ozmun, Piaget, Vigotsky e Wallon. O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todo o corpo e suas partes. Geralmente este desenvolvimento está dividido em vários fatores psicomotores. Segundo Fonseca (1995), apresenta 7 fatores, os quais são a tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal, a estruturação espácio- temporal e praxias fina e global. A tonicidade, que indica o tônus muscular, tem um papel fundamental no desenvolvimento motor, é ela que garante as atitudes, a postura, as mímicas, as emoções, de onde emergem todas as atividades motoras humanas. O equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com movimento), abrangendo o controle postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção. O equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de equilíbrio conseguido em determinada posição, ou de apresentar a capacidade de manter certa postura sobre uma base. O equilíbrio dinâmico é aquele conseguido com o corpo em movimento, determinando sucessivas alterações da base de sustentação. A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão, olho e pé, do mesmo lado do corpo. Ela se refere ao espaço interno do indivíduo, capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço, e, surge no fim do primeiro ano de vida, mas só se estabelece fisicamente por volta dos 4-5 anos.
  • 13. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 13 A formação do "eu", compreende o desenvolvimento da noção ou esquema corporal, este, constitui um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança. “É a representação relativa global, científica e diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo” Wallon H. (1969). Através da noção ou esquema corporal que a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades de expressar-se por seu intermédio. A estruturação espácio-temporal decorre como organização funcional da lateralidade e da noção corporal, uma vez que é necessário desenvolver a conscientização espacial interna do corpo antes de projetar o referencial somatognósico no espaço exterior (Fonseca, 1995). Este fator emerge da motricidade, da relação com os objetivos localizados no espaço, da posição relativa que ocupa o corpo, enfim das múltiplas relações integradas da tonicidade, do equilíbrio, da lateralidade e do esquema corporal. A estruturação espacial leva a tomada de consciência pela criança, da situação de seu próprio corpo em um determinado meio ambiente, permitindo-lhe conscientizar-se do lugar e da orientação no espaço que pode ter em relação às pessoas e coisas. A estruturação temporal é a capacidade de situar-se em função:  Da sucessão dos acontecimentos: antes, após, durante;  Da duração dos intervalos: noções de tempo longo, de tempo curto (uma hora, um minuto); noções de ritmo regular, de ritmo irregular (aceleração, freada); noções de cadência rápida , de cadência lenta (diferença entre a corrida e o andar);
  • 14. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 14  Da renovação cíclica de certos períodos: os dias da semana, os meses, as estações;  Do caráter irreversível do tempo: “já passou...não se pode mais revive-lo”, “você tem cinco anos...vai indo para os seis anos...quatros anos, já passaram”!, noção de envelhecimento (plantas, pessoas). A praxia tem por definição a capacidade de realizar a movimentação voluntária pré-estabelecida como forma de alcançar um objetivo. A praxia global esta relacionada com a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se desenrolam num determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. Já a praxia fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde associa a função de coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção, e durante a fixação da atenção e manipulação de objetos que exigem controle visual, além de abranger as funções de programação, regulação e verificação das atividades preensivas e manipulativas mais finas e complexas. De acordo com Santos (2004) o desenvolvimento motor vem a ser o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do sistema nervoso central, crescimento dos ossos e músculos. São portanto comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente desde que a criança tenha condições adequadas para exercitar-se. Esses comportamentos não se desenvolverão caso haja algum tipo de distúrbio ou doença. Podemos notar que crianças que vivem em creches e que ficam presas em seus berços sem qualquer estimulação não desenvolverão o comportamento de sentar, andar na época adequada e, que futuramente poderão apresentar problemas de coordenação e motricidade. Uns desenvolvimentos satisfatórios das principais funções psicomotoras proporcionam uma boa estruturação do esquema e da imagem corporal, que levará ao reconhecimento do próprio corpo, assim como uma boa evolução da preensão, da
  • 15. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 15 coordenação óculo-manual, do desenvolvimento da função tônica, da postura em pé e reflexos da estruturação espaço-temporal e outros. Um perfeito desenvolvimento de nosso corpo não ocorre mecanicamente, são aprendidos e vivenciados inicialmente junto a família, onde a criança aprende a formar a base da noção de seu “eu corporal”. Não podemos esquecer de citar a importância dos sentimentos da criança na fase do conhecimento de seu próprio corpo, pois um esquema corporal mal estruturado pode determinar na criança um certo desajeitamento e falta de coordenação, se sentindo insegura e isso poderá desencadear uma série de reações negativas como: agressividade, mal humor, apatia que às vezes parece ser algo tão simples, mas poderá originar sérios problemas de motricidade que serão manifestados através do comportamento. Dentre as várias classificações existentes sobre o desenvolvimento humano iremos citar o de Gesell, que partindo de uma observação descritiva, dedicou-se a determinar mudanças produzidas na evolução, relacionando-as com as idades cronológicas.
  • 16. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 16 O Psicomotricista O Psicomotricista é um profissional habilitado com curso superior da área da saúde e da educação que previne, avalia, trata e estuda o indivíduo na aquisição e no desenvolvimento de transtornos psicomotores. Atua na Educação, Clínica (Reeducação, Terapia), Consultoria, Supervisão e Pesquisa, atendendo a: crianças em fase de desenvolvimento, bebês de alto risco, crianças com dificuldades/atrasos no desenvolvimento global, pessoas portadoras de necessidades especiais: deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas, família e a 3ª idade. São competências do psicomotricista: avaliação do perfil e do desenvolvimento psicomotor; domínio de modelos e técnicas de habilitação e reabilitação psicomotora em populações especiais ou de risco; prescrição, planejamento, avaliação, implementação e reavaliação de programas de Psicomotricidade; formação, supervisão e orientação de outros técnicos; consultoria e organização de serviços vocacionados para a Psicomotricidade; proposta de adaptações envolvimentais (familiares e escolares) susceptíveis de maximizarem as respostas reeducativas ou terapêuticas decorrentes da intervenção direta. O mercado de trabalho deste profissional estende-se a creches, escolas, escolas especiais, clínicas multidisciplinares, consultórios, clínicas geriátricas, postos de saúde, hospitais, empresas.
  • 17. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 17 A importância da Psicomotricidade A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal, o que facilitará a orientação espacial. A educação física e sua relação com a Psicomotricidade estão baseadas nas necessidades das crianças. Com a educação psicomotora, a educação física passa a ter como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. O Desenvolvimento Psicomotor, faz-se necessário compreender a ação da Pré- Escola na estimulação do desenvolvimento psicomotor da criança, não como um trabalho estanque no currículo pré-escolar, mas sim com um cuidado especial da professora em oferecer através das atividades livres e criadoras do dia-a-dia da Pré- Escola, estímulos ao desenvolvimento das percepções e dos movimentos, não se perdendo de vista o se como um todo, único e essencialmente psicológico e social. Isto é, as atividades planejadas para propiciar o desenvolvimento psicomotor não podem ignorar o fato de que no momento em que são realizadas, a criança está viva, em estado de alerta e susceptível de incorporar atitudes positivas ou negativas em relação a elas e formar pontos de vista a respeito do seu desempenho. Ou seja, se a atividade realizada for de sua escolha e permitir a livre expressão, ela estará desenvolvendo atitudes de iniciativa, responsabilidade, direção da própria atividade e criatividade, mas se o trabalho proposto se resumir a fazer a criança seguir linhas, cobrir pontinhos ou áreas pré-determinadas, a criança estará aprendendo a executar tarefas sem considerar se os motivos que as originam sejam verdadeiros como provenientes de necessidades sua, ou não; estará limitando-se a riscar uma linha qualquer,numa direção determinada, em vez de estar fazendo desenhos,com várias diferentes linhas, em muitas direções, comandadas pelo seu próprio pensamento e com a finalidade de lazer e registro de idéias; estará possivelmente, comparando os padrões do desenho do adulto com o seu e formando uma barreira de defesa que não a permitirá mais arriscar-se em suas garatujas com medo de sentir-se ridicularizada;estará desperdiçando tempo de crescimento para o
  • 18. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 18 desabrochamento de sua personalidade integral; estará se transformando num autômato inconsciente que executa risquinhos, cobre e recorta pedacinhos de papel obedecendo ordens de tarefas iguais para toda a turma.
  • 19. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 19 ATIVIDADES PROPOSTAS 1. COM SUAS PALAVRAS FORMULE UMA DEFINIÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE. 2. QUAL O OBJETIVO DA PSICOMOTRICIDADE COMO CIÊNCIA? 3. QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA PSICANALÍTICA NO DESENVOLVIMENTO DA PSICOMOTRICIDADE? 4. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR? 5. O QUE É O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR?
  • 20. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 20 A LINGUAGEM DO CORPO (SANTOS, 2004) Vayer & Toulouse (1985), citado por Bueno (1998), afirmam que não existe ação que não seja corporal. A corporeidade é a vivência do corpo na relação com o outro e com o mundo, condição básica para a qualidade de vida do indivíduo. É um dos canais mais importantes para facilitar essa relação. Para se construir a noção de corporeidade, a melhor forma para desenvolvê-la é por meio dos movimentos. E essa construção se dá pela estruturação da imagem corporal. A construção da imagem corporal do bebê vai construindo-se não apenas na sua história individual, mas também em suas relações com as pessoas que o cercam. Por meio do interesse demonstrado pelo outro em seu corpo, por ações, ou palavras e atitudes, vai-se fortalecendo pouco a pouco sua própria imagem corporal. A estruturação da imagem corporal também está diretamente relacionada ao objeto de amor ali investido, ou seja, a imagem da criança depende da qualidade do afeto que ela recebe. A psicomotricidade interessa-se pelo movimento que certo comportamento tônico subentende, quanto de diminuição do tônus trará a descontração muscular. As manifestações emocionais pertencem a uma ordem de preocupações muito antiga da Psicologia Clássica. Toda e qualquer emoção tem sua origem no domínio postural, por exemplo: para uma criança de 6 anos receber um grito de um adulto, fará com que ocorra um aumento da tensão, por conseguinte desencadeará reações emocionais que são traduzidas como mal-estar ou com sentir- se meio mole, sem coordenação nas pernas, ou extremamente enrigecido muscularmente ocasionando até dores e contraturas musculares. A comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora, uma vez que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do
  • 21. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 21 corpo, da gestualidade ela resiste a ser uma educação mecânica do corpo. Assim graças a língua, o homem vive num mundo de significações, os gestos querem dizer alguma coisa, o corpo tem um sentido que ele pode sempre interpretar e traduzir. Existem os comportamentos inatos que a criança manifesta, pois variadas formas desde o conceito corporal, que é o conhecimento intelectual sobre partes e funções; e o esquema corporal, que em nossa mente regula a posição dos músculos e partes do corpo. O esquema corporal é inconsciente e se modifica com o tempo. Quando tratamos de conhecimento corporal, inserimos a lateralidade, já que é a bússola de nosso corpo e assim possibilita nossa situação no ambiente. A lateralidade diz respeito à percepção dos lados direito e esquerdo e da atividade desigual de cada um desses lados visto que sua distinção será manifestada ao longo do desenvolvimento da experiência. Perceber que o corpo possui dois lados e que um é mais utilizado do que o outro é o início da discriminação entre a esquerda e direita. De início, a criança não distingue os dois lados do corpo; num segundo momento, ela compreende que os dois braços encontram-se um em cada lado de seu corpo, embora ignore que sejam "direito" e "esquerdo". Aos cinco anos, aprende a diferenciar uma mão da outra e um pé do outro. Em seguida, passa a distinguir um olho do outro. Aos seis anos, a criança tem noção de suas extremidades direita e esquerda e noção dos órgãos pares, apontando sua localização em cada lado de seu corpo (ouvidos, sobrancelhas, mamilos, etc.). Aos sete anos, sabe com precisão quais são as partes direita e esquerda de seu corpo. As atividades psicomotoras auxiliam a criança a adquirir boa noção de espaço e lateralidade e boa orientação com relação a seu corpo, aos objetos, às pessoas e aos sinais gráficos.
  • 22. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 22 O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR INFANTIL BASEADO EM BARBOSA (2008) Capacidades físico-motoras O desenvolvimento motor na 1ª infância é bastante acelerado. Através de estímulos biológicos e do meio em que vive a criança passa de uma situação de dependência total, na realização de suas ações, a um estágio em que consegue movimentar seu corpo por si só; a postura ereta e a locomoção de suas ações, a um estágio em que consegue movimentar seu corpo por si só; a postura ereta e a locomoção são aquisições fundamentais dessa fase da vida. Durante a idade escolar, o crescimento físico é mais lento do que em fases anteriores,mas o desenvolvimento motor é de natureza seqüencial: pode variar de acordo com as diferenças individuais de cada criança, porém a ordem é constante para todos os indivíduos. Para entendermos melhor o Desenvolvimento Motor, baseamo-nos no modelo apresentado por Gallahue (1998), para quem a aprendizagem de uma destreza motora é independente da idade. A criança da 1ª Infância caminha de um estágio inicial para o estágio maduro na aquisição de habilidades fundamentais por meio da estimulação motora. Ao explicarmos as quatro fases a seguir,daremos mais enfoque à terceira,pois é nela que se encontram as crianças da Educação Infantil. A 1ª fase é a do Movimento Reflexo e, como o próprio nome diz,é caracterizada pelos movimentos reflexos e involuntários do bebê, desde o seu desenvolvimento no útero até os 4 meses de vida aproximadamente. Possui dois estágios: o da Informação Codificada, que é responsável por respostas involuntárias para suprir às suas necessidades de nutrição e proteção; e o da informação Decodificada, que inicia o controle dos movimentos trocando as atividades sensório- motoras pelo comportamento perceptivo-motor. A 2ª fase é a do Movimento Rudimentar, que se caracteriza pelos primeiros movimentos voluntários; eles são mutuamente determinados e possuem uma característica seqüencial altamente previsível no seu aparecimento. Fatores
  • 23. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 23 biológicos e do meio ambiente é que determinam a variação do desenvolvimento de criança para criança. Também possui dois estágios:o de inibição do Reflexo, que está interligado ao último estágio da fase anterior, pois vai desde o nascimento até por volta de 1 ano de vida e se desenvolve à medida que os movimentos vão ficando mais elaborados, embora ainda se apresentem pobremente diferenciados e integrados e o estágio do Pré-Controle,aumenta o grau de precisão e controle dos movimentos de Manipulação, Locomoção e Estabilização. A 3ª fase é a do Movimento Fundamental, quando meninos e meninas começam a desenvolver um crescimento das habilidades motoras básicas. Nesta faixa etária, de 2 a 7 anos, as crianças estão na época das descobertas, na busca de como executar uma variedade de movimentos com maior fluidez e controle. Essa fase possui três estágios: • Estágio inicial representa a primeira tentativa de meta orientada da criança. Durante esse estágio, a orientação espacial e temporal do movimento é pobre, marcada pelo uso restrito ou exagerada do corpo com pouca coordenação e ritmo. • Estágio Elementar envolve um maior controle e coordenação rítmica dos movimentos fundamentais e melhor orientação temporal e espacial. • Estágio Maduro é caracterizado pela eficiência mecânica, coordenação e execuções controladas dos movimentos fundamentais. A 4ª fase é a do Movimento Especializado, em que os movimentos, em vez de serem identificados como aprendizagem, passa a ser uma ferramenta que pode ser aplicada a uma variedade de habilidades, agora progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas. Inicia-se por volta dos sete anos de idade e se aprimora pelo resto da vida.
  • 24. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 24
  • 25. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 25 ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE SEGUNDO BARBOSA (2008) Esquema Corporal A educação psicomotora é sobretudo educar a criança através de seu próprio corpo e seu movimento.Visualizamos a criança como um ser total com potenciais a serem trabalhados e de acordo com os interesses da idade. De uma fase para outra a mudança é gradativa e imperceptível. A Psicobiológico da criança, na medida em que amadurece o sistema nervoso através da mielinização (amadurecimento das células nervosas). A base é preparar e capacitar a criança ao aprendizado de todas as matérias melhorando a atenção e concentração e coordenação motora. Qualquer que seja a atividade, a Psicomotricidade estará presente, cabendo ao educador explorar a situação, ajudando a criança a conseguir a consciência de si mesma, sua realidade corporal: suas relações entre espaço, tempo, forma, objetos. Nesta perspectiva pedagógica não é possível separar a função motora, psicomotora das funções cognitivas. O intelecto se constrói a partir do ex. físico, com importância fundamental no corpo , mente, emotividade. O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Isto significa que, conhecendo-o, terá maior habilidade para se diferenciar, para sentir diferenças. Ela passa a distingui-lo em relação aos objetos circundantes, observando-os, manejando- os.
  • 26. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 26 O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde estabelece ligações afetivas e emocionais. O corpo deve ser estendido não somente como algo biológico e orgânico que possibilita a visão, a audição, o movimento, mas é também um lugar que permite expressar emoções e estados interiores. A este Vayer (1984, p.30) afirma: todas as experiências da criança (o prazer e a dor, o sucesso ou o fracasso) são sempre vividas corporalmente. Para uma criança agir através de seus aspectos psicológicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, precisa ter um corpo “organizado”. Esta organização de si mesma é o ponto de partida para que descubra suas diversas possibilidades de ação e, portanto, precisa levar em consideração os aspectos neurofisiológicos, mecânicos, anatômicos, locomotores. A expressão esquema corporal nasceu em 1911 com o neurologista Henry Head, tendo um cunho essencialmente neurológico. Segundo ele (Head, in Quiros e Della Cella, 1973), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e de imagens motrizes, o que facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e de suas posturas. Head ainda afirma que o esquema corporal armazena não só as impressões presentes como também as passadas. Já Schilder ( 1958, p.15) parte da idéias de Head para desenvolver as suas. Após Head e Schilder, as idéias sobre esquema e imagem corporal foram evoluindo. Vayer (1984, p.73) reconhece que são noções muito complexas, e que são compostas de dados biológicos, interacionais, inter-relacionais, sociais... ´´
  • 27. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 27 Tanto Morais (1986) quanto Santos (1987) explicam, de maneira esclarecedora, para nós, os conceitos de imagem, e conceito de corpo. Definem imagem do corpo como uma impressão que se te de si mesmo, subjetivamente, baseada em percepções internas e externas (exemplo: altura, peso, força muscular) e no confronto com outras pessoas do próprio meio social. O conceito de corpo envolve um conhecimento intelectual e consciente do corpo e também da função de seus órgãos. A criança aprende os conceitos e as palavras correspondentes aos diferentes segmentos e as diferentes regiões do corpo bem com suas funções. A este respeito, Vayer (1982, p.31) afirma: estes conceitos não fazem parte da experiência propriamente dita, são entidades abstratas mais do que processo perceptivo ou afetivo. Mas a existência de tais conceitos influencia, certamente, a experiência corporal. A nominação das partes do corpo, como diz Ajuriaguerra (1980, p.343), confirma o que é percebido, reafirma o que é conhecido e permite verbalizar (por um mecanismo de redução) aquilo que é vivenciado. Na realidade, a criança tem uma representação gráfica da imagem de si. Podemos inferir esta imagem através de seu desenho da figura humana. Por esta razão, quando queremos conhecer a visão da criança sobre si mesmo, pedimos que ela realize um desenho da figura humana. Morais e Santos também conceituam o esquema corporal dizendo que resulta das experiências que possuímos provenientes do corpo e das sensações que experimentamos.
  • 28. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 28 Por exemplo: andar, sentar-se, segurar o lápis ou a caneta de modo correto, com equilíbrio e com movimentos coordenados, depende de uma noção adequada do esquema corporal. O esquema corporal, portanto, regula a postura e o equilíbrio. Defontaine (1980, vol.3) compara a imagem corporal a um conhecimento que uma criança possa ter. Através da interiorização, a criança torna-se capaz de se situar. O esquema corporal, para ele, é um conhecimento imediato do corpo estático ou em movimento, e suas relações com as partes do corpo para apreender os elementos do corpo, com o espaço e com os objetivos circundantes. Uma grande preocupação para todos aqueles que lidam com crianças deveria ser ajudá-las a usar seu corpo para apreender os elementos do mundo que as envolve e estabelecer relações entre eles, isto é, auxiliar a desenvolver a inteligência. É necessário, também, que o educador auxilie seus alunos no sentido de fazê- lo centrarem sua atenção sobre si mesma para uma maior interiorização do corpo. A interiorização é um fator muito importante para que a criança possa tomar consciência de seu esquema corporal. Pela interiorização, a criança volta-se para si mesma, possibilitando uma automatização das primeiras aquisições motoras. A criança que não consegue interiorizar seu corpo pode ter problemas tanto no plano gnosiológico, como no práxico. Le Boulch (1984) afirma que esta interiorização torna possível uma dissociação de movimentos que permite um maior controle das praxias. No plano gnosiológico, percebemos que a interiorização garante uma representação mental do seu corpo, dos objetos e do mundo em que vive.
  • 29. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 29 Esta representação mental é responsável pelo aparecimento do membro fantasma. O membro fantasma é a ilusão de que um membro amputado ainda está presente com suas sensações de presença, de volume, de movimento. No lugar do membro, a pessoa sente dor, frio, enfim, sente sua ligação como resto do corpo. Um esquema corporal organizado, portanto, permite a uma criança se sentir bem, na medida em que seu corpo lhe obedece, em que tem domínio sobre ele, em que o conhece bem, em que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder cognitivo. Ela deve ter o domínio do gesto e do instrumento que implica em equilíbrio entre as forças musculares, domínio de coordenação global, boa coordenação óculo-manual.
  • 30. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 30 Etapas do Esquema Corporal 1ª etapa: Corpo Vivido (até 3 anos). Corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Jean Piaget. A criança a partir do amadurecimento do seu sistema nervoso passa pouco a pouco, a se diferenciar de seu meio ambiente. Esta etapa, é dominada pela experiência vivida. Ela precisa ter suas próprias experiências, pois é pela sua prática pessoal, pela sua exploração, que se ajusta, descobre e compreende o meio. Este ajuste significa que a criança, mesmo sem utilizar a reflexão de seus atos, adequa suas ações a situações novas, isto é desenvolve a “função de ajustamento”. A eficácia dos ajustamentos posteriores é resultado da memória e imagem do corpo no final desta etapa. 2ª etapa: Corpo Percebido ou Descoberto (3 a 7 anos). Nesta etapa, ocorre a organização do esquema corporal, devido a maturação da função de interiorização, que auxilia a criança a desenvolver a percepção centrada em seu próprio corpo. Segundo Le Boulch (1984), a possibilidade de deslocar a atenção do meio ambiente para o seu corpo, leva à tomada de consciência. A função de interiorização permite um ajustamento controlado, que propicia maior domínio do corpo e maior dissociação dos movimentos voluntários, o que faz com que a criança passe a aperfeiçoar e refinar seus movimentos. O seu corpo então passa a ser ponto de referência, para se situar e situar os objetos em seu espaço e tempo. Inicia nesta etapa, a estruturação espaço- temporal. No final desta fase, o nível de comportamento motor e intelectual pode ser caracterizado como pré-operatório.
  • 31. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 31 3ª etapa: Corpo Representado (7 a 12 anos) Nesta etapa observa-se a estruturação do esquema corporal. Até este momento, a criança já adquiriu as noções do todo e das partes do seu corpo (percebido através da verbalização e do desenho da figura humana), já possui maior controle e domínio corporal. A partir daí, amplia e organiza seu esquema corporal. No início desta fase, a representação mental da imagem do corpo, consiste numa imagem reprodutora: é uma imagem do corpo estática. E a partir de 10 a 12 anos a criança então dispõe da imagem do corpo em movimento, significando que atingiu uma “representação mental de uma sucessão motora”, com a introdução do fator temporal (Le Boulch,1984.p.20). Sua imagem do corpo, passa a ser antecipatória, devido a evolução das funções cognitivas correspondentes ao estágio das operações concretas. A imagem de corpo operatório, permite efetuar e programar mentalmente suas ações em pensamento. Os pontos de referência, não estão mais centrados no próprio corpo, mas são exteriores ao sujeito.
  • 32. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 32 ATIVIDADES PROPOSTAS 1. QUAL NOÇÃO QUE O TEXTO APRESENTA DE CORPOREIDADE E QUAL SUA ASSOCIAÇÃO COM A PSICOMOTRICIDADE? 2. NA CONCEPÇÃO DE BARBOSA (2008), QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NA 1ª INFÂNCIA? 3. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ETAPAS DOS ESQUEMAS APRESENTADOS POR BARBOSA (2008)?
  • 33. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 33 ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE ACORDO COM SANTOS (2004) Imagem Corporal É a correspondência afetiva de como imagino que eu sou. Diferente do esquema corporal que aponta o que eu tenho, a imagem corporal me aponta como sou, o que nem sempre corresponde a realidade. Na minha imagem corporal estão envolvidas questões imaginárias ligadas ao meu aspecto psíquico e emocional, decorrente de como foram vivenciadas minhas questões afetivas em relacionamentos sociais conflitivos. O ser humano é o único que consegue desenvolver uma imagem especular. A medida que o homem tem a capacidade de simbolizar seu próprio corpo, de interiorizar a sua própria imagem. É a partir da junção da imagem e do esquema corporal, que serão desenvolvidas todas as outras funções psicomotoras. A criança pequena ao brincar na frente do espelho não tem plena consciência que aquela imagem é a sua. Esta imagem corporal é muito forte e pode ser notada através da dor no membro fantasma, onde a imagem especular, a imagem simbólica, está preservada apesar da amputação do membro. O coto ao ser estimulado ativa a imagem corporal anterior, que estava preservada. A imagem corporal tem a ver com o afeto. Quando pedimos a uma criança para desenhar a sua própria figura humana, podemos verificar seu conhecimento de esquema e de imagem corporal. Nomear o corpo nem sempre é sinônimo de um bom esquema corporal. Ter o esquema corporal introjetado é também ter a imagem memorizada. Quando a criança nasce, executa movimentos involuntários,
  • 34. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 34 desorganizados e sem significados, são significantes vazios. Com o passar do tempo vai atribuindo um significado. Tonicidade É a quantidade adequada de tensão muscular para executar determinado gesto. Para a realização de qualquer ação corporal precisamos que determinados músculos atinjam um grau de tensão e que outros relaxem. Então, para executarmos um movimento precisamos ter controle do nosso tônus muscular. Em diversas ocasiões se faz necessário uma diminuição da tensão muscular para que a criança possa sentir ser corpo livre e aprimorar seu comportamento tônicoemocional. Os exercícios mais indicados são aqueles que proporcionem ao corpo da criança o máximo de sensações de contração e relaxamento. Em uma concepção ampla, o tônus não é apenas um aspecto da ação física ou muscular, mas possui um significado psicológico e humano pois está intimamente relacionado às flutuações emocionais do indivíduo constituindo um verdadeiro indicador da personalidade humana. Para realizar qualquer movimento ou ação corporal é necessário que alguns músculos alcancem um determinado grau de tensão assim como outros se inibam ou relaxem. A execução de um ato motor de tipo voluntário implica no controle do tônus dos músculos, controle que tem sua base nas primeiras experiências sensório- motoras da criança. Este estado de tensão não se manifesta somente em estado de contração, mas acompanha toda a atividade postural. A regulação tônica é que forma a base das atividades motoras e posturais preparando o corpo para a execução do movimento.
  • 35. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 35 Tudo isto está regulado pelo Sistema Nervoso e, exceto para os movimentos tipo reflexo, será necessário um aprendizado psicomotor para que o movimento esteja adaptado a seu objeto. Sem esta adaptação, nossa atividade sobre o mundo externo será inviável. Por outro lado, o tônus muscular, pelas sensações proprioceptivas que provoca, é um dos elementos fundamentais que compõe o esquema corporal. A consciência do nosso corpo e a sua possibilidade de utilização, dependem de um correto funcionamento da tonicidade. O tônus está muito relacionado com o campo das emoções e da personalidade e com a característica de reação de cada indivíduo. Existe uma regulação recíproca no campo tônicoemocional e afetivo-situacional. As tensões psíquicas se expressam em tensões musculares. Para desenvolver o controle da tonicidade, utilizaremos exercícios que tendem a proporcionar à criança o máximo de sensações possíveis de seu próprio corpo em diversas posições: de pé, sentado, deitado, etc., em atitudes estáticas e em movimento, todos com diferentes graus de dificuldade exigindo da criança uma regulação de sua tensão muscular para cada movimento corporal. O controle tônico e postural estão intimamente ligados e ambos devem ser trabalhados paralelamente. Ainda dentro do desenvolvimento tônico, merece uma atenção especial o uso de diferentes exercícios de relaxamento. Estas formas de relaxamento devem ser usadas depois de uma série de exercícios físicos que possam ter provocado fadiga. O relaxamento tem duas objetivos essenciais:
  • 36. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 36  busca de conhecimento do esquema corporal;  como técnica de relaxamento psíquico, de eliminação da fadiga mental e do equilíbrio emocional. Na realização de qualquer tipo de movimento ou ação corporal é necessário que alguns músculos alcancem um determinado grau de tensão, assim como que outros se inibam ou relaxem. A execução de um projeto motor voluntário implica no controle tônico da musculatura envolvida, controle esse que tem sua origem nas experiências sensório-motoras vivenciadas pela criança. Lateralidade É uma especialização dos hemisférios cerebrais, que permite ao homem a realização de ações complexas, motoras, práxicas, psíquicas e o desenvolvimento da linguagem. É a partir da lateralidade que será determinado o tônus muscular de cada parte do corpo. O lado que mais se exercita apresentará uma tonicidade mais desenvolvida. Segundo Zsngwill (1975), a lateralização é basicamente inata e governada por fatores genéticos, embora admita que a treinabilidade e os fatores de pressão social possam influenciála. A lateralidade relaciona-se com a preferência manual e a especialização hemisférica. Para a lateralidade é de suma importância a noção de Linha Média do Corpo. Essa noção depende da integração bilateral, é uma aquisição básica para a orientação no espaço. A dominância lateral corresponde a dados neurológicos e é influenciada por dados sociais. O lado dominante normalmente é mais forte e mais ágil que o outro lado. O reconhecimento do lado direito e esquerdo é possível aproximadamente aos 5 ou 6 anos de idade. A reversibilidade (reconhecer o lado
  • 37. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 37 direito e esquerdo em outra pessoa), só é possível após os 6 ou 6 anos e meio de idade. A lateralidade pode ser, manual, pedal, ocular ou auditiva. Observa-se na literatura uma tendência dos autores em fazer uma diferenciação entre lateralidade inata e a lateralidade socializada. A primeira refere-se à dominância de ordem biológica e, a segunda, a adquirida em função de aspectos sociais, escolares, familiares, etc. Equilíbrio É uma resposta motora de adequação corporal frente a constante ação da gravidade, é automática e involuntária. Para o desenvolvimento da equilibração é necessário que já tenha sido desenvolvido um certo tônus muscular, o que permite ao corpo se reajustar a diferentes posturas, jogando com o peso corporal. Outro fator importante no desenvolvimento do equilíbrio é possuir a noção de eixo corporal. É o peso corporal e a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao amadurecimento da equilibração. O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio estático requer que a criança mantenha uma postura fixa, como equilibrar-se em uma bicicleta parada. É necessário uma certa calma, uma respiração tranqüila e fixar um ponto. Já o equilíbrio dinâmico deve ser observado em locomoção, como andar, correr, saltar, diminuir a base, mudar de posição, este exige uma reorganização muscular quase constante. Uma equibibração corporal má desenvolvida afeta o equilíbrio emocional. Um equilíbrio (corporal) favorece o outro (emocional).
  • 38. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 38 A psicanálise não pensa no aspecto neurológico interferindo no emocional. Sua ênfase é dada ao aspecto inconsciente dos comportamentos. A prática da relação equilíbrio corpo e mente estão presentes nas praticas corporais como: yoga, kung fu e outros. Para desenvolver a equilibração é preciso que já tenha desenvolvido um certo tônus, para proporcionar o corpo se reajustar a diferentes posturas. É necessário a noção de eixo corporal e a noção de peso corporal. É a noção de peso corporal juntamente com a ação da gravidade exercida na criança que a leva ao amadurecimento da equilibração. A falta de domínio do equilíbrio gera labilidade afetiva. Possuimos dois tipos de equilibração: 1 – Equilibração Dinâmica, que se dá em locomoção ou quando é necessário mudar de posição como: andar, correr, saltar, equitação etc. Exige uma reorganização muscular quase constante. 2 – Equilibração Estática, se dá quando precisamos manter uma postura parada, como por exemplo parar estando sentado em cima da bicicleta. Esta é bem mais difícil do que a dinâmica. Exige uma respiração tranqüila e concentração em um ponto. Um equilíbrio correto é a base de toda a coordenação dinâmica geral. Quanto mais defeituoso é o equilíbrio, mais energia e atenção escapa em detrimento de outras atividades. Um equilíbrio correto constitui a base fundamental de toda ação diferenciada dos membros superiores de tal forma que quando a criança se sente desequilibrada não pode liberar seus braços nem suas mãos dos quais precisa para todo tipo de aprendizagem.
  • 39. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 39 Quase todas as crianças que apresentam dificuldades em seu equilíbrio, são crianças tímidas, retraídas e excessivamente dependentes; talvez pelos inúmeros fracassos vividos em ocasiões que necessitou correr, saltar, subir, etc. Coordenação Motora ou Praxia Global São uma série de funções que se unem para a representação de atividades globais e mais amplas. É a atuação conjunta, harmônica e econômica do sistema nervoso central dos músculos, nervos e sentidos, na execução de um movimento. A expressão corporal é uma manifestação natural e espontânea, onde a criatividade tem significado especial. A coordenação motora, como era denominada inicialmente, recebe hoje a denominação de Praxia Global. O motivo é que observou-se que a praxia não é somente a execução de um ato motor, é muito mais do que apenas isto, é uma série de funções que se únem para a representação de atividades mais globais e mais amplas. Como exemplo podemos citar a atividade motora do animal como sendo diferente do fazer práxico do homem. O fazer práxico do homem é uma ação carregada de relações culturais, afetivas, simbólicas, psicológicas etc. Tanto o animal quanto o ser humano constróem sua casa, porém, enquanto o animal o faz pelo instinto de sobrevivência, o homem dá um significado a esta casa. Existem diferentes tipos de funções práxicas, ou seja, as ações podem ser:
  • 40. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 40 1 – Global é a ação que podemos observar nas crianças pequenas, é o brincar simplesmente para atender o caráter lúdico. A criança pequena executa movimentos para explorar o mundo, sem ter consciência desses movimentos. Aproximadamente até os 6 anos de idade atende às ações solicitadas pelo meio. 2 – Analítica é quando a criança começa a analisar e interpretar os movimentos que faz espontaneamente ou atendendo a comandos simples. Se dá aproximadamente aos 7 ou 8 anos de idade. 3 – Sintética é quando a criança já consegue coordenar um conjunto global dos movimentos. Aproximadamente aos 10 anos de idade. Segundo Vitor da Fonseca (1995), a Praxia Global é composta por quatro subfatores: 1º Coordenação oculomanual – são movimentos manuais associados com a visão. Neste tipo de coordenação requer noção de distância e precisão do lançamento. Como exemplo podemos pedir que a criança jogue uma bola ao cesto. 2º Coordenação oculopedal – diz respeito a coordenação dos pés com a visão. Podemos pedir a criança que chute uma bola num lugar preciso. 3º Dismetria – é a inadaptação visoespacial e visocinestésica dos movimentos frente a uma determinada distância para atingir um alvo. Observando as duas subtarefas anteriores podemos detectar se a criança tem dismetria, em caso afirmativo ela não conseguirá atingir os alvos propostos. 4º Dissociação – refere-se a independência motora de vários segmentos corporais em função de um fim. É a independência bilateral dos membros inferiores e
  • 41. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 41 superiores, ou ainda das quatro extremidades em relação ao tronco. Ou seja, é a capacidade de movimentar diferentes partes do corpo de formas diferentes, o que gera a capacidade de planificar e generalizar motoramente. Por exemplo, num jogo de basquete o atleta precisa usar uma das mãos para bater a bola de uma forma, as pernas para se deslocar no espaço e em determinado momento fazer outro tipo de movimento para arremessar a bola ao cesto. Todos esses movimentos precisam ser feitos simultaneamente, se o indivíduo não tiver a capacidade de dissociar não conseguirá executar os movimentos necessários para jogar basquete com sucesso. O professor de educação física é muito importante nessa fase do desenvolvimento devendo estar atento às demandas da criança. Ao propor atividades de coordenação psicomotora, ele deve estar atento a alguns pontos: 1 - Propiciar à criança objetivos precisos e sem dúvidas; 2 - Demonstrar o exercício para que a criança possa ter uma visão geral da tarefa; 3 - Elevar gradativamente os critérios de desempenho; 4 - Dar explicações claras antes da criança iniciar a prática; 5 - No início da aprendizagem dar orientações breves para minimizar as possíveis falhas; 6 - Elogiar sempre o que a criança tentar executar. Praxia Fina
  • 42. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 42 A mão humana é a anatomicamente e encefalicamente o órgão da praxia fina. Dois quartos do córtex cerebrel é relativo à mão. Na perda de suas funções o organismo se estrutura para buscar a praxia fina em outro órgão. A mão possui uma enorme potencialidade motora, a de preensibilidade, de oponibilidade, de convergência, de divergência etc. Segundo Vitor da Fonseca (1995), são subfatores da Praxia Fina: 1º Coordenação dinâmica manual, é a responsável pela destralidade bimanual e agilidade digital, como exemplo podemos citar o fazer pulseiras com clips ou com contas etc. 2º Tamborilar, é realizado através de uma dissociação digital seqüencial que envolve a localização tátil-cinestésica dos dedos e sua motricidade independente e harmoniosa. 3º Localizar os objetos no espaço A praxia Fina é fundamental no processo de alfabetização, onde a mão assume papel fundamental. Toda informação relacionada a espaço, para a criança, tem que ser interpretada através do seu próprio corpo. Este é o seu referencial. Os exercícios de coordenação óculo-manual têm como finalidade o domínio do campo visual, associada a motricidade fina das mãos.
  • 43. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 43 Os exercícios de motricidade fina são muito importantes para a criança, na medida em que educam é gesto requerido para a escrita, evitando a preensão inadequada que tanto prejudicam o grafismo, tornando o ato de escrever uma experiência aversiva a criança. Orientação Espaço Temporal A noção espaço temporal se estrutura envolvendo a integração do sistema visual com o sistema auditivo. Podemos entender a orientação espaço-temporal como a capacidade de situar- se e orientar-se a si próprio, localizar outros e objetos num determinado espaço. É ter noção dos conceitos de direção (acima, abaixo, frente, trás, direita, esquerda), distância (longe, perto). É a capacidade de organização das relações no espaço e no tempo. A orientação e organização espaço-temporal ocupa um lugar de destaque na adaptação do indivíduo ao ambiente físico e social, na medida em que o corpo ocupa um lugar nesse espaço. As ações da criança no meio ambiente são realizadas tendo seu eixo corporal como referência fundamental e se realizam organizando o meio em relação ao seu corpo. Nessa organização, a consciência, a memória(afetiva), e as experiências vivenciadas pela criança ao longo de sua vida ocupam um lugar de destaque. A noção de espaço é, a princípio, a diferenciação do EU corporal com respeito ao mundo exterior e, posteriormente, o estabelecimento de um esquema corporal cada vez mais diferenciado.
  • 44. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 44 Essa diferenciação pode ser feita a partir do movimento, já que um segmento não pode individualizar-se se não há uma percepção de sua mobilidade própria que lhe permita diferenciá-lo dos segmentos vizinhos. A partir da percepção do próprio corpo é que se pode perceber o espaço exterior. Este espaço exterior é explorado por uma dupla e simultânea percepção: uma exteroceptiva, por exemplo, a visão de um objeto; e outra proprioceptiva, o gesto que terei que fazer para apanhar o objeto. Portanto, o esforço externo é primeiro percebido como uma distância do EU (para alcançar o objetivo, o gesto é mais ou menos amplo) e em segundo, como direção a respeito do EU (gesto para cima, para baixo, do lado, na frente, etc.). A partir dessa percepção dinâmica do espaço vivido, a noção de espaço proprioceptiva (espaço visual - espaço estático) se faz uma abstração, um processo mental que se apoia na memória de vivências anteriores. Se sou capaz de perceber esse objetivo situado à distância e em tal direção, é porque minhas experiências anteriores me permitiram colocar em concordância as percepções visuais que tenho, com as percepções proprioceptivas que acompanham o movimento e me permite tocar o objeto. Daí vem as noções de distância e orientação de um objeto com relação a outro de uma parte com relação à outra e a criança começa a transpor essas noções gerais a um plano mais reduzido, mais abstrato chegando posteriormente, ao grafismo. Aqui também se orienta as funções de direita e esquerda pela participação do EU corporal e se repete a transformação anterior. Orientação Espacial A noção espacial se desenvolve a partir do corpo da própria criança. Toda a nossa percepção de mundo é uma percepção espacial, e o corpo é a nossa referência. Que espaço meu corpo ocupa no mundo externo. A noção espacial inicia do concreto para o abstrato; do objetivo para o subjetivo; do corporal para o externo.
  • 45. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 45 A noção de espaço se desenvolve a partir do sistema visual. Primeiro a criança localiza a si própria, em seguida localiza a posição que seu corpo ocupa no espaço e finalmente passa a localizar os objetos. Toda a informação relacionada a espaço precisa ser interpretada através do corpo. É olhando o tamanho de si mesmo e dos objetos e pessoas que o cerca que a criança vai adquirindo a noção de espaço. A noção de espaço se forma na criança a partir do sistema visual, da seguinte maneira: 1ª Parte do Concreto para o Abstrato, localiza a si próprio no espaço; 2ª Parte do objetivo para o subjetivo, identifica a posição que ocupa seu próprio corpo no espaço; 3ª Parte do seu próprio corpo para o externo, localiza os objetos no espaço. Toda a informação relacionada a espaço, para a criança, tem que ser interpretada através do seu próprio corpo. Este é o seu referencial. Noção Temporal A noção de tempo se desenvolve a partir da audição. É mais difícil apreendê-la do que a noção de espaço. Temos o tempo rítmico, que é aquele que demarca o compasso de tudo que fazemos e é individual, como o rítmo do nosso batimento cardíaco, de nossa respiração, dos nossos passos ao caminhar... Temos também a noção de tempo cronológico que diz respeito às idéias temporais como ontem, hoje,
  • 46. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 46 amanhã... E ainda a noção de tempo subjetivo que está diretamente ligado à questão afetiva quando dependendo do grau de ansiedade e motivação que colocamos nos fatos eles parecem durar mais ou menos tempo. Possuímos pelo menos quatro tipos de tempo: 1º Tempo Rítmico, está contido em tudo aquilo que fazemos. Por exemplo, o nosso caminhar possui um ritmo, nossos batimentos cardíacos possuem outro ritmo, nossa respiração outro e assim por diante 2º Tempo Cronológico, está relacionado à idéias temporais, que são mais difíceis da criança entender, por serem completamente abstratos. Ë a noção de ontem, hoje, amanhã etc. 3º Tempo Subjetivo, é aquele que está ligado ao nosso grau de ansiedade e motivação. Algo muito agradável parece passar rápido demais e algo desgradável parece durar uma eternidade. Como exemplo podemos citar um passeio, onde sempre a ida é muito mais demorada que a volta em função das expectativas que nutrimos em relação a chegada. 4º Tempo Dinâmico, a quantidade de esforço requer um movimento mais lento ou mais rápido. A Estruturação Temporal
  • 47. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 47 A estruturação temporal será desenvolvida através das atividades fundamentalmente rítmicas, cujo valor educativo é de extrema importância. Ritmo é harmonia e equilíbrio. O movimento rítmico é econômico e harmônico. O nosso movimento corporal para ser harmonioso e para obedecer adequadamente à necessidade do ritmo, nossos movimentos devem ser harmoniosos, em ciclos sucessivos de deslocamentos espacialmente lógicos. A organização e a estruturação temporal é o mediador que trabalha com noções importantes para o aprendizado da escrita e particularmente da leitura, favorecem o desenvolvimento da atuação da memória. A estruturação temporal fornecerá as possibilidades de alfabetizar-se. Respiração A respiração é fundamental para a execução das atividades físicas. A respiração é constituída de dois momentos inspiração e expiração. Quanto mais calmos estivermos mais lenta e regular será nossa respiração, quanto mais agitado ou ansioso mais rápida será. No ato de respirar enviamos oxigênio para nosso organismo. O ideal seria mantermos uma respiração num ritmo regular e tranqüilo. Ao inspirarmos devemos enviar o ar para o abdômen retê-lo por alguns segundos e expirar lentamente expelindo maior quantidade de ar do que o ingerido e emitindo som, para setirmo-nos mais leves e desprovido de tensões internas. O controle respiratório é adquirido através de uma respiração abdominal. O tempo de inspiração deve ser sempre menor do que o de expiração. A respiração atua
  • 48. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 48 diretamente sobre o mecanismo da dor e das emoções. Uma respiração correta é capaz de aliviar a tensão, eliminar sensações como o medo, a angústia e a dor. A consciência e o controle da respiração são um aspecto da consciência e do controle de si mesmo. A respiração se adapta de uma maneira automática às necessidades de cada momento. É importante respeitar e não forçar a criança nos exercícios respiratórios para não provocar tonturas, enjôos e fadiga. Dada a influência da respiração sobre os processos psicológicos tão importantes, torna-se sua educação na pré-escola de suma importância. O controle das emoções através da respiração é resultado de um processo de aprendizagem que vai fazendo-se paulatinamente e não um processo puramente automático, que já se dispõe desde o nascimento. Para chegar ao objetivo do controle respiratório devem ser usados vários exercícios de inspiração e expiração tanto bucais quanto nasais e também de retenção da inspiração e expiração em diferentes estados de repouso e esforço. Trata-se pois de fazer com que a criança chegue a um controle consciente de respiração. Relaxamento É um método de condicionamento psicofisiológico, que leva a alterações físicas e emocionais, levando a criança a vivenciar uma sensação de calma, redução de fadiga, levando o funcionamento do organismo a um equilíbrio onde a agitação
  • 49. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 49 desapareça. Exige a capacidade de controle do tônus muscular que deve ser capaz de contrair e principalmente relaxar.
  • 50. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 50 ATIVIDADES PROPOSTAS 1. QUAIS OS ELEMENTOS DE PSICOMOTRICIDADE APRESENTADOS POR SANTOS (2004)? 2. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS DA PSICOMOTRICIDADE DE SANTOS (2004)? 3. DEFINA OS TIPOS DE EQUILIBRAÇÃO. 4. QUAIS OS TIPOS DE FUNÇÕES PRÁXICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS? 5. QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRAXIA FINA E PRAXIA GLOBAL? 6. COMO SE DESENVOLVE A NOÇÃO DE ESPAÇO? 7. QUAIS OS TIPOS DE ELEMENTOS DE TEMPORALIDADE? 8. QUAL A IMPORTÂNCIA DA RESPIRAÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE?
  • 51. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 51 CARACTERÍSTICAS DE ACORDO COM A IDADE (SANTOS 2008) Características principais na primeira infância: 1 ano • Conhecimento do próprio corpo; • Distinção entre figuras familiares e estranhas; • Início do andar; • Início do jogo manipulativo; •“idade desarrumadora”- desabrochar da mobilidade. 2 a 3 anos • noção de sua identidade (nome, imagem no espelho, fotos); • fase de oposição; • desenvolvimento considerável da linguagem; • início da socialização; • disciplina esfincteriana. 4 anos • fase contraditória e de interesse pelos outros. 5 a 6 anos • cooperação e disciplinas sociais.
  • 52. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 52 7 a 8 anos • plena integração do corpo; • aperfeiçoamento das habilidades adquiridas anteriormente; • reconhecimento da lateralização no outro; • instalação forte da conduta ética e da importância de valores e normas; • procura contatos fora de casa. 9 a 10 anos • automatização dos movimentos habituais até se tornarem ágeis; • mais relaxados na postura; • levanta alternativas para solucionar problemas; • relaciona-se cooperativamente com a comunidade; • explica conceitos abstratos; • valoriza grupo de amigos. 11 a 12 anos • combina movimentos e equilibra habilidade e força muscular; • reflexivo e espontâneo; • movimentos expressivos tanto faciais quanto corporais; • início da adolescência.
  • 53. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 53 O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR BASEADO EM CESAR COLL Coll enfatiza que a psicomotricidade estas ligadas às implicações psicológicas do movimento e da atividade corporal, existem alguns comportamentos maturativos e alguns comportamentos relacionais, que estão ligados ao fato de que, por meio de seu movimento e de suas ações, a criança entra em contato com pessoas e objetos com os quais se relaciona de maneira construtiva, é uma fonte de expressão e dos conhecimentos, é um nó que prende psiquismo e movimento. A meta é o controle do próprio corpo até ser capaz de tirar dele todas as possibilidades de ação e expressão possíveis. Envolve um componente externo, mas também interno. Qualquer ser vivo tem uma organização biológica, e um tempo determinada para o seu desenvolvimento, desta forma as interações sociais não interferem no interior de um organismo. Coll relata que o crescimento físico é organizado e ocorre em uma seqüência de tempo pré-determinado e pode ser influenciado pelo meio externo, onde ocorre de maneira continua e paliativa. O nosso calendário maturativo já é determinado pelos genes, e seus controles são devido aos processos neurológicos e hormonais. E assim também é importante considerar a influência de fatores externos no desenvolvimento: como por exemplo, má nutrição, tem uma capacidade de influência importante e incontestável. No cérebro se encontra o suporte de todos os processos psíquicos. Quando feto, o cérebro cresce mais rápido que os outros órgãos e o córtex cerebral é a parte que se desenvolve mais nos humanos. Encarrega-se de por em ordem nossa percepção de mundo, nossa ação e nossos processos psicológicos.
  • 54. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 54 A psicomotricidade não é somente movimento, mas também é relação, não é uma mera soma de habilidades isoladas, mas que forma um sistema integrado e dinâmico. Desenvolvimento pré natal No zigoto contém todo material genético trazido pelo óvulo e pelo espermatozóide. Após os primeiros dias à fecundação começa a primeira das duas fases em que costuma se dividir a vida pré natal: a etapa embrionária, e no final de alguns meses depois da fecundação, terá inicio a etapa fetal. Os movimentos da criança de algumas poucas semanas são incontrolados, funcionam como sacudidas, não controla o corpo. No final da primeira infância os movimentos são voluntários e coordenados a criança é capaz de andar e correr. A ossificação das primeiras cartilagens marcará a transição para a etapa fetal, no final do terceiro mês, o feto suga, engole e tem movimentos respiratórios básicos; no quinto mês, mexe-se, estica-se e bate as pernas, como a grávida já pode sentir; em torno do final do sétimo mês, a atividade elétrica do cérebro começa a se parecer com a do recém-nascido. A partir do sexto mês é possível registrar padrões que indicam períodos de sono e vigília; o feto é sensível à estimulação tátil, olfativa, gustativa e auditiva. A anorexia neonatal refere a uma dificuldade respiratória no momento da passagem para a respiração aérea independente por parte da criança, pode estar relacionada com algum problema com o cordão umbilical ou com a existência de obstruções nas vias respiratórias.
  • 55. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 55 Em alguns casos, as anorexias são mais graves e podem deixar seqüelas na forma de atrasos no amadurecimento, lentidão no desenvolvimento e psicomotor, etc. O diagnostico precoce, a intervenção rápida e uma boa e contínua estimulação, junto à intervenção médica, quando necessário, podem produzir ótimos resultados evolutivos.
  • 56. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 56 DESENVOLVIMENTO DURANTE OS DOIS PRIMEIROS ANOS De acordo com o texto Piaget mostrou que os bebês como ativos exploradores da realidade, e como incansáveis construtores de sua própria inteligência em interação com os objetos de seu entorno. Começaram a ser exploradas as capacidades perceptivas das crianças, nas décadas de 1980, e em 1990 houve um grande avanço na analise as capacidades cognitivas dos pequenos, que eram muito mais competentes do que Piaget havia previsto e desde antes do que ele havia imaginado. Inteligência O autor explica que devemos a Piaget a primeira descrição do desenvolvimento da inteligência nos bebês, a qual ele chamou de estágio sensório- motor para destacar o fato de que era um tipo de inteligência baseada na percepção da realidade e na ação motora sobre ela, que foi baseada na observação de condutas de seus próprios filhos tanto em situações naturais quanto em situações de pequenos problemas. Na descrição de Piaget, o bebê começa seu percurso com uma bagagem simples, alguns poucos reflexos inatos e uma decidida vocação também inata pela adaptação e pelo equilíbrio crescente em seus intercâmbios com o meio. O autor relata que os dois primeiros subestágios que gira em torno do exercício dos reflexos inatos de sua repetição, de sua combinação e de sua diversificação. O subestágio 3 marca o inicio do que poderíamos denominar de extroversão cognitiva do bebê, a superação do egocentrismo inicial, começa a perceber que suas ações provocam conseqüências interessantes e procura repeti-las. Piaget acredita que essas condutas ainda dão intencionais, o bebê imita condutas dos adultos sempre e quando
  • 57. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 57 essas condutas pertençam a seu repertorio comportamental. Um objeto que lhe chama a atenção procura consegui-lo quando alguém o esconde, mas com a condição de que parte do objeto esteja visível e de que já tenha iniciado a ação motora de pegá-lo. Durante o subestágio 4 a conduta é intencional: propõe-se fins sensórios-motores, e põe em ação esquemas para consegui-lo. Um objeto é escondido repetidamente sob uma almofada vermelha e se após essas repetições o objeto é escondido sob uma almofada verde, surpreende-se então de não encontrá-lo ali, a essa fato dá-se o nome de erro no subestágio 4. No subestágio 5 ocorre a diferenciação dos esquemas secundários o bebe grava bem as limitações e se dedica a modificá-los e a variá-los. No subestágio 6 não há somente esquemas novos; a partir de agora, seus esquemas são diferentes, mentais, simbólicos. Com essa ferramenta recém estreada, a conservação do objeto já é coisa feita, ele não só pode imitar o que vê, como reproduzir o que viu e chamou sua atenção alguns dias antes e ele também poderá recriar de forma criativa, situações vistas ou vividas. Para o autor no momento do nascimento, a maturação tanto dos órgãos dos sentidos quanto das vias e estruturas cerebrais correspondentes tem ainda um longo caminho a percorrer ate chegar aos níveis característicos dos adultos, o sistema perceptivo funciona como um a bem-desenhada plataforma de lançamento da qual poderão depois sair muitos outros aspectos do desenvolvimento, sendo, por isso, importante sua maturação precoce. Audição De acordo com o texto a estimulação auditiva somente irá sentir-se inclinado a imitar os sons da voz humana, desde o principio, então a percepção tem algo de seletivo, algo que nos orienta para alguns traços do ambiente mais do que outros, depois de alguns meses, no entanto, parte dos processos de atenção do bebê começará a depender cada vez mais de suas experiências prévias. Desde muito cedo os bebês não se limitam a olhar passivamente os objetos em seu entorno, mas também os analisam e os exploram com as habilidades visuais de que dispõe. Entre o
  • 58. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 58 primeiro e o segundo trimestre os bebês já mostram sua preferência pela informação visual organizada em relação à desorganizada. O autor explica que em relação à sensibilidade auditiva, os recém-nascidos não só ouvem, como também são capazes de fazer várias discriminações auditivas com certa precisão. Preferem a voz humana frente qualquer outro estímulo auditivo, são capazes de distinguir desde muito cedo sons semelhantes, os bebês de alguns poucos dias mostrarão preferências pelas características prosódicas de sua própria linguagem ou de outra similar, desde os primeiros anos de vida, os bebês viram os olhos e a cabeça em direção à fonte de algum som, alguns meses depois utilizam o som como uma fonte de informação sobre a distância em que se encontra um objeto que o produz, desde aproximadamente três meses se mostram capazes de distinguir o tom emocional das expressões que são dirigidas a eles. Tato O tato é importante por se um útil instrumento de exploração dos objetos do entorno que podem ser manipulados pelo bebê. De acordo com o texto com relação à sensibilidade tátil, está bastante desenvolvida no momento do nascimento, embora deva aperfeiçoar-se nos meses seguintes. Desde nascimento, os bebês são sensíveis à dor produzida por batidas, espetadas, etc. Outra sensibilidade tátil está ligada à capacidade de perceber mudanças na temperatura. Olfato Segundo o autor a sensibilidade Olfativa também se desenvolve durante a vida fetal. Inicia seu desenvolvimento ao logo nos primeiros dias de vida dando lugar a uma crescente preferência pelo cheiro do corpo de sua mãe. Paladar
  • 59. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 59 Relata o autor que no paladar, as papilas gustativas da língua amadurecem antes do nascimento, os bebês já nascem conseguindo distinguir sabores diferentes mostrando agrado diante de uns e desagrado diante de outros. Coordenação Intersensorial A coordenação intersensorial também chamada de percepção intermodal, entre diferentes modalidades sensoriais, está presente desde o nascimento. Nos meses seguintes estas habilidades vão melhorando, e aos quatro meses os bebês mostram capacidade para olhar preferencialmente para a imagem que se corresponde ao som que nesse momento sai pelo auto-falante, é como se à medida que as capacidades de cada um dos sentidos se tornam mais precisas, a coordenação intersensorial presente desde o nascimento de um incipiente também fosse se desenvolvendo e se tornando mais complexa. É de se esperar que os bebês se sintam mais atraídos por pessoas com que eles se relacionam habitualmente, que lhe cuidam e os alimentem, eles trazem um complexo equipamento que predispõe para a interação social, primeiro de caráter social, mas depois cada vez cada vez mais orientados para as pessoas que os acariciam, os alimentam, os limpam, falam e gostam deles. Atenção Para o autor os bebês nascem com certas preferências para atenção, uma predisposição maior para prestar atenção em alguns estímulos frente à outros, preferem olhar estímulos em cor viva mais que estímulos branco e cinza, preferem estimulo da voz humana frente a outros sons, etc. Preferem estímulos novos que apresentam uma certa discrepância em relação ao já conhecido.
  • 60. SISTEMA EMPRESARIAL CEZAR Formando Empresas e Pessoas de Sucesso CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Psicomotricidade/Brinquedos e Jogos Pedagógicos Rua dos Estudantes, 117 – Vila Santa Maria – Montes Claros/MG (38) 3084.6547 – www.secedu.com.br – contato@secedu.com .br Página | 60 Relata o texto que em suas primeiras semanas de vida, fala-se em atenção cativa, fato em que o bebê se sente irremediavelmente atraído pelos estímulos que contem os traços que mais chamam sua atenção, aos poucos vai se transformando em atenção voluntária como conseqüência da experiência e das aprendizagens. Representação O texto relata a respeito de pesquisas das ultimas décadas puderam concluir que, no que concerne às representações, não existe descontinuidade proposta por Piaget entre uma época definida pela ausência de representação e outra com a representação como ponto central, a análise piagetiana da conservação de objetos implicava habilidades motoras suficientes para levantar um obstáculo , o que falta ao bebê do subestágio 4 não é o conceito de objeto permanente, mas a maturidade cerebral da região do córtex responsável pela inibição de respostas motoras. Explica o autor que o cérebro humano tem algumas capacidades, algumas predisposições e algumas ferramentas que tornam possíveis os desenvolvimentos precoces da complexidade, os bebês também são sensório-motores, são sobretudo seres sociais orientados para a interação como outros seres humanos. Memória O autor explica que os bebês têm memória e fazem uso dela desde os primeiros dias de sua vida pouco a pouco vai se definindo um sentimento de eficácia pessoal entendido como a capacidade para produzir respostas contingentes ao ambiente, no contexto dos avanços e um pouco antes de seu primeiro ano, os bebês começam a mostrar sinais de auto reconhecimento, a ser conscientes de seus traços físicos refletidos nas imagens, em torno de 18 meses, as crianças estão longe do magma de simbiose do qual pouco a pouco seu eu foi se diferenciando, para dar lugar ao modelo interno de relações interpessoais assentaram suas bases para a formação