SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
06/11/2021
1
Prof. Dr. ÍGOR PRADO DE BARROS LIMA
Campina Grande, 2021
Aula – CATABOLISMO DOS
LIPÍDEOS
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA APLICADA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Processamento dos lipídeos da dieta – digestão,
mobilização e transporte de gorduras.
 Oxidação de ácidos graxos:
 Etapas da oxidação de ácidos graxos.
 β-Oxidação de ácidos graxos.
 Ciclo do ácido cítrico.
 Fosforilação oxidativa.
 Saldo energético da oxidação de ácidos graxos.
 Regulação da oxidação de ácidos graxos.
 Defeitos genéticos relacionados à oxidação.
 Oxidação dos corpos cetônicos.
1
2
06/11/2021
2
 LIPÍDEOS - juntamente com carboidratos, proteínas
e ácidos nucléicos - componentes essenciais das
estruturas biológicas, e fazem parte de um grupo
conhecido como BIOMOLÉCULAS.
PRINCIPAL
FUNÇÃO LIPÍDEOS
Armazenamento
Energético
 ÁCIDOS GRAXOS
LIPÍDEOS DE ARMAZENAMENTO
 TRIACILGLICERÓIS
Glicerol
3 ácidos
graxos
3
4
06/11/2021
3
CATABOLISMO DOS LIPÍDEOS
 As células dos vertebrados podem obter combustíveis de
ácidos graxos de três fontes:
1. Gorduras consumidas na dieta.
2. Mobilizam gorduras armazenadas em tecidos
especializados (tecido adiposo, consistindo em células
chamadas adipócitos).
3. No fígado, convertem o excesso de carboidratos da
dieta em gordura para exportação aos outros tecidos.
CATABOLISMO DOS LIPÍDEOS
 Em média, 40% ou mais das necessidades energéticas
diárias das pessoas que vivem em países industrializados
são supridos pelos triacilgliceróis da dieta.
 Os triacilgliceróis fornecem mais da metade das
necessidades energéticas de alguns órgãos, particular-
mente o fígado, o coração e a musculatura esquelética
em repouso.
5
6
06/11/2021
4
METABOLISMO
ORGÂNICO
OXIDAÇÃO COMPLETA
DE ÁCIDOS GRAXOS.
 Fornece até 80% das necessidades
energéticas, no coração e no fígado
de mamíferos, em todas as
circunstâncias fisiológicas.
(NELSON, COX, 2014)
DIGESTÃO,
MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE
GORDURAS
7
8
06/11/2021
5
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 Os triacilgliceróis da dieta são emulsificados no intestino
delgado por sais biliares, hidrolisados pelas lipases
intestinais, absorvidos pelas células epiteliais intestinais,
reconvertidos em triacilgliceróis, e então transformados
em quilomícrons pela combinação com apolipoproteínas .
 Os quilomícrons distribuem os triacilgliceróis aos tecidos,
onde a lipase lipoprotéica libera ácidos graxos livres para
a entrada nas células. Os triacilgliceróis armazenados no
tecido adiposo são mobilizados por uma lipase de
triacilglicerol sensível a hormônio.
9
10
06/11/2021
6
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 Os ácidos graxos liberados se ligam à albumina sérica e
são transportados no sangue para o coração, para a
musculatura esquelética e outros tecidos que utilizam
ácidos graxos como combustível.
 Hormônios, adrenalina e glucagon, secretados em resposta
aos baixos níveis de glicose ou atividade iminente.
MOBILIZAÇÃO DOS LIPÍDEOS
ARMAZENADOS
 Sinalizam a necessidade de energia metabólica, ativam
a mobilização dos triacilgliceróis armazenados.
 Ác. graxos liberados se ligam à
albumina sérica, transportando-os
no sangue para coração, músculo
esquelético e outros tecidos.
Dentro das células,
Oxidação mitocondrial
de Ácidos graxos.
11
12
06/11/2021
7
FIGURA – Mobilização dos triacilgliceróis
armazenados no tecido adiposo.
 95% da energia biologicamente disponível dos
triacilgliceróis residem nas três cadeias longa de ácidos
graxos, e apenas 5% são fornecidos pela porção glicerol.
QUEBRA DOS TRIACILGLICERÓIS
13
14
06/11/2021
8
QUEBRA DOS
TRIACILGLICERÓIS
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 Os ácidos graxos são ativados e transportados para
dentro das mitocôndrias.
 As enzimas de oxidação de ácidos graxos nas células
animais estão localizadas na matriz mitocondrial.
 Os ácidos graxos com comprimento de cadeia de 12
carbonos ou menos entram na mitocôndria sem a ajuda
de transportadores de membrana.
15
16
06/11/2021
9
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 Aqueles ácidos graxos com 14 carbonos ou mais, que
constituem a maioria dos ácidos graxos livres obtidos na
dieta ou liberados do tecido adiposo, não conseguem
passar através das membranas mitocondriais,
necessitando passar pelas três reações enzimáticas do
CICLO DA CARNITINA.
 O ácido graxo convertido
em Acil-CoA graxo.
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 O ácido graxo convertido
em Acil-CoA graxo.
17
18
06/11/2021
10
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
 Os ésteres de acil-CoA graxo formados no lado citosólico
da membrana externa da mitocôndria podem ser
transportados para dentro da mitocôndria e oxidados
para produzir ATP.
 Os ácidos graxos destinados a oxidação mitocondrial
estão ligados a carnitina, formando acil-graxo-carnitina.
DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E
TRANSPORTE DE GORDURAS
19
20
06/11/2021
11
OXIDAÇÃO DE
ÁCIDOS GRAXOS
 Ocorre em 3 etapas:
1. β-Oxidação.
2. Ciclo do ácido cítrico.
3. Fosforilação oxidativa.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO
 Processo por meio do qual os
ácidos graxos convertidos em
Acetil-CoA.
 Os ácidos graxos sofrem
remoção oxidativa de sucessivas
unidades de 2 carbonos na forma
de Acetil-CoA.
 Começando pela extremidade
carboxílica da cadeia acil-graxo.
21
22
06/11/2021
12
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO
Ác. Graxos saturados
OXIDAÇÃO DE
ÁCIDOS GRAXOS
4 reações catalisadas por enzimas.
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Desidrogenação da
acil-CoA graxo.
Nova ligação dupla com
configuração trans.
23
24
06/11/2021
13
 Hidratação.
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 Desidrogenação.
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
25
26
06/11/2021
14
Reação do β-cetoacil-CoA
com a coenzima A livre.
Separa os 2 carbonos da
extremidade carboxílica.
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO
(C16)
(C14)
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
27
28
06/11/2021
15
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 2ª ETAPA – Ciclo do Ácido Cítrico
 NADH e FADH2 – transportadores de
elétrons reduzidos.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 3ª ETAPA – Fosforilação oxidativa
 Produção de ATP por oxidação das
coenzimas pelo oxigênio, efetuada
por uma Cadeia de Transporte de
elétrons.
29
30
06/11/2021
16
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 SALDO ENERGÉTICO OXIDAÇÃO ÁC.GRAXOS
 A oxidação da palmitoil-CoA em 8 moléculas de Acetil-
CoA, incluindo as transferências de elétrons e as
fosforilações oxidativa:
Palmitoil-CoA + 7CoA + 7O2 + 28Pi + 28ADP
→ 8 acetil-CoA + 28ATP + 7H20
 A oxidação COMPLETA da palmitoil-CoA em dióxido de
carbono e água:
Palmitoil-CoA + 23O2 + 108Pi + 108ADP
→ CoA + 108ATP + 16CO2 + 23H20
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 SALDO ENERGÉTICO OXIDAÇÃO ÁC.GRAXOS
31
32
06/11/2021
17
 Muitos animais dependem da gordura armazenada para obter
energia durante a hibernação, em períodos migratórios e em
outras situações envolvendo ajustes metabólicos radicais.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS
A oxidação de ácidos graxos
insaturados requer duas
reações adicionais.
Ác. Graxo MONOINSATURADO
ÁCIDO OLÉICO.
Configuração Cis não sofre ação
da enoil-CoA hidratase.
Δ3, Δ2 –enoil-CoA
isomerase
6 Acetil-CoA
33
34
06/11/2021
18
 β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos
INSATURADOS
A oxidação de ácidos graxos
insaturados requer duas
reações adicionais.
Ác. Graxo POLI-INSATURADO
ÁCIDO LINOLÉICO (ômega 6).
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
A oxidação de ácidos
graxos insaturados
requer duas reações
adicionais.
Δ3, Δ2 –enoil-CoA
isomerase
 β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS
Ác. Graxo Poli-insaturado
ÁCIDO LINOLÉICO.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
35
36
06/11/2021
19
A oxidação de ácidos
graxos insaturados
requer duas reações
adicionais.
Enoil-CoA
isomerase
2,4-dienoil-CoA
redutase
5 Acetil-CoA
Ác. Graxo Poli-insaturado
ÁCIDO LINOLÉICO.
 β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos
de NÚMERO ÍMPAR
A oxidação de ácidos graxos
de número ímpar requer três
reações extras.
Ác. Graxo Propionato –
adicionado a pães e cereais
como inibidor do mofo.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Propionil-CoA
carboxilase
Metilmalonil-
CoA carboxilase
Metilmalonil-
CoA mutase
Succinil-CoA
 Succinil-CoA vai para o ciclo do ác.cítrico.
37
38
06/11/2021
20
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 REGULAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 A oxidação dos ácidos graxos consome um combustível
precioso e é regulada de forma que ocorra apenas quando
houver a necessidade de energia.
 O principal mecanismo de regulação baseia-se no Malonil-
CoA, intermediário inicial na síntese de ácidos graxos, que
inibe a carnitina-aciltransferase I, prevenindo a entrada de
ácidos graxos na mitocôndria.
 Isso bloqueia a degradação dos ácidos graxos enquanto
ocorre a síntese.
 REGULAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
ACC – acetil-CoA carboxilase
39
40
06/11/2021
21
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo-
desidrogenases causam doenças graves
 Mutação no gene que codifica a enzima.
X
X
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo-
desidrogenases causam doenças graves
 DOENÇA – episódios recorrentes de uma síndrome que
inclui acúmulo de gordura no fígado, altos níveis
sanguíneos de ácido octanoico, baixo nível de glicose no
sangue (hipoglicemia), sonolência, vômito e coma.
 Perfil de diagnóstico – urina com altos níveis de ácidos
dicarboxílicos e baixos níveis de corpos cetônicos
urinários.
41
42
06/11/2021
22
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo-
desidrogenases causam doenças graves
 Mortalidade da doença - 25 a 60% na primeira infância.
 Se o defeito genético for detectado logo após o
nascimento, o recém-nascido pode receber uma dieta
pobre em gordura e rica em carboidratos.
 Com medidas adequadas o
prognóstico da doença é bom.
OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
 DEFEITOS GENÉTICOS para o transporte
e oxidação de ácidos graxos
 Mais de 20 outros defeitos genéticos em humanos para
o transporte ou oxidação de ácidos graxos tem sido
documentados, a maioria muito menos comum que o
defeito na acil-CoA-desidrogenase.
 Estes podem causar doenças cardíacas graves e
músculo esquelética anormal.
43
44
06/11/2021
23
OXIDAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
 Em humanos, o acetil-CoA formado no fígado durante a
oxidação dos ácidos graxos pode entrar no ciclo do ácido
cítrico ou sofrer conversão a “corpos cetônicos” – acetona,
acetoacetato e D--hidroxibutirato, para exportação a outros
tecidos.
 A acetona, produzida em menor quantidade, é exalada.
 Já o acetoacetato e D--hidroxibutirato são transportados
para outros tecidos extra-hepáticos, onde são convertidos
em acetil-CoA e oxidados no ciclo do ácido cítrico.
OXIDAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
 No diabetes não tratado, quando o nível de insulina é
insuficiente, os tecidos extra-hepáticos não podem captar a
glicose do sangue de maneira eficiente. Assim, os ácidos
graxos entram na mitocôndria para serem degradados em
acetil-CoA.
 A superprodução de corpos cetônicos no diabetes não
controlado ou na redução severa da ingestão de calorias
pode levar à acidose sanguínea ou cetose urinária.
 OS CORPOS CETÔNICOS SÃO
PRODUZIDOS EM EXCESSO NO
DIABETES E DURANTE O JEJUM
45
46
06/11/2021
24
 OS CORPOS CETÔNICOS
SÃO PRODUZIDOS EM
EXCESSO NO DIABETES
E DURANTE O JEJUM
Bibliografia complementar
CAPÍTULOS 17- NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de
Bioquímica de Lehninger. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014,
1298 p.
CAPÍTULO 16 - MARZOCCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica
Básica, 4ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
47
48

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9Felipe Cavalcante
 
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Inacio Mateus Assane
 
Aminoác. e proteínasfinal
Aminoác. e proteínasfinalAminoác. e proteínasfinal
Aminoác. e proteínasfinalrafaelalourenco
 
Bioquímica ii 01 metabolismo do glicogênio
Bioquímica ii 01   metabolismo do glicogênioBioquímica ii 01   metabolismo do glicogênio
Bioquímica ii 01 metabolismo do glicogênioJucie Vasconcelos
 
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02   glicólise e gliconeogêneseBioquímica ii 02   glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogêneseJucie Vasconcelos
 
Aula sintese proteica romero brandao - 2013
Aula   sintese proteica romero brandao - 2013Aula   sintese proteica romero brandao - 2013
Aula sintese proteica romero brandao - 2013karinemc18
 
Bioquímica ii 03 via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 03   via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 03   via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 03 via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemAdriana Quevedo
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Sergio Câmara
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios   3Lista de exercícios   3
Lista de exercícios 3137jackson
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasGleice Lima
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios VeterináriaAdriana Quevedo
 
Metabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeosMetabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeosRodrigo Tinoco
 

Mais procurados (20)

Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9Livro de bioquímica cap. 7 - 9
Livro de bioquímica cap. 7 - 9
 
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)Bioquímica ii 09   ciclo da uréia (arlindo netto)
Bioquímica ii 09 ciclo da uréia (arlindo netto)
 
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
Exercícios de bioquímica- Metabolismo, ciclo cítrico e ciclo da ureia.
 
Aminoác. e proteínasfinal
Aminoác. e proteínasfinalAminoác. e proteínasfinal
Aminoác. e proteínasfinal
 
Bioquímica ii 01 metabolismo do glicogênio
Bioquímica ii 01   metabolismo do glicogênioBioquímica ii 01   metabolismo do glicogênio
Bioquímica ii 01 metabolismo do glicogênio
 
Acidos graxos
Acidos graxosAcidos graxos
Acidos graxos
 
Metabolismo do glicogenio_
Metabolismo do glicogenio_Metabolismo do glicogenio_
Metabolismo do glicogenio_
 
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
 
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02   glicólise e gliconeogêneseBioquímica ii 02   glicólise e gliconeogênese
Bioquímica ii 02 glicólise e gliconeogênese
 
Aula sintese proteica romero brandao - 2013
Aula   sintese proteica romero brandao - 2013Aula   sintese proteica romero brandao - 2013
Aula sintese proteica romero brandao - 2013
 
Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1
 
Bioquímica ii 03 via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 03   via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 03   via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 03 via das pentose fosfato - med resumos (arlindo netto)
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2
 
Bioquimica - Aula 8
Bioquimica - Aula 8Bioquimica - Aula 8
Bioquimica - Aula 8
 
Lipidos
LipidosLipidos
Lipidos
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios   3Lista de exercícios   3
Lista de exercícios 3
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínas
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
 
Metabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeosMetabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeos
 

Semelhante a Catabolismo de lipídeos: β-oxidação e regulação

Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...
Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...
Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...BrunaRafaela835991
 
Metabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fspMetabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fspMessias Miranda
 
Nh aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológico
Nh   aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológicoNh   aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológico
Nh aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológicoEric Liberato
 
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfMetabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfLorezzoGomez
 
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdpMarcosAdriano90
 
T3 regulação e integração metabólica
T3   regulação e integração metabólicaT3   regulação e integração metabólica
T3 regulação e integração metabólicaCarina Marinho
 
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdf
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdfaula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdf
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdfDiegoM74
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iiiLeonardo Duarte
 
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Marcialila
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptSuilanMoreiraFerreir
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptMariledaRodrigues
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração CelularAdriana Quevedo
 
Digestão e absorção de nutrientes
Digestão e absorção de nutrientesDigestão e absorção de nutrientes
Digestão e absorção de nutrientesmarcelosilveirazero1
 
Bioq.clinica carboidratos
Bioq.clinica   carboidratosBioq.clinica   carboidratos
Bioq.clinica carboidratosAdele Janie
 
Metabolismo de lipídios graduação pdf
Metabolismo de lipídios graduação pdfMetabolismo de lipídios graduação pdf
Metabolismo de lipídios graduação pdfJoselito Barbosa
 

Semelhante a Catabolismo de lipídeos: β-oxidação e regulação (20)

Lipídios - Geral
Lipídios - Geral Lipídios - Geral
Lipídios - Geral
 
Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...
Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...
Aula sobre metabolismo de lipídeos: Lipólise, lipogênese, cetogênese e síntes...
 
Metabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fspMetabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fsp
 
Nh aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológico
Nh   aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológicoNh   aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológico
Nh aula 4 - metabolismo integrado fisiopatológico
 
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdfMetabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
Metabolismo de Lipídeos. pdf.pdf
 
Beta oxidação 2017.pdf
Beta oxidação 2017.pdfBeta oxidação 2017.pdf
Beta oxidação 2017.pdf
 
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
 
T3 regulação e integração metabólica
T3   regulação e integração metabólicaT3   regulação e integração metabólica
T3 regulação e integração metabólica
 
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdf
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdfaula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdf
aula-4---fermentacao-e-ciclo-acido-citrico.pdf
 
Apostila i bioquímica iii
Apostila i   bioquímica iiiApostila i   bioquímica iii
Apostila i bioquímica iii
 
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
Aula 2 e_3_-_carboidratos,_glicólise, _ciclo_de_krebs_e_via_das_pentoses (1)
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
 
Metabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeosMetabolismo de lipídeos
Metabolismo de lipídeos
 
Digestão e absorção de nutrientes
Digestão e absorção de nutrientesDigestão e absorção de nutrientes
Digestão e absorção de nutrientes
 
Bioq.clinica carboidratos
Bioq.clinica   carboidratosBioq.clinica   carboidratos
Bioq.clinica carboidratos
 
002 glicolise
002 glicolise002 glicolise
002 glicolise
 
Tecido adiposo
Tecido adiposoTecido adiposo
Tecido adiposo
 
Metabolismo de lipídios graduação pdf
Metabolismo de lipídios graduação pdfMetabolismo de lipídios graduação pdf
Metabolismo de lipídios graduação pdf
 

Último

Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroJoyceDamasio2
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (7)

Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

Catabolismo de lipídeos: β-oxidação e regulação

  • 1. 06/11/2021 1 Prof. Dr. ÍGOR PRADO DE BARROS LIMA Campina Grande, 2021 Aula – CATABOLISMO DOS LIPÍDEOS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA APLICADA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO  Processamento dos lipídeos da dieta – digestão, mobilização e transporte de gorduras.  Oxidação de ácidos graxos:  Etapas da oxidação de ácidos graxos.  β-Oxidação de ácidos graxos.  Ciclo do ácido cítrico.  Fosforilação oxidativa.  Saldo energético da oxidação de ácidos graxos.  Regulação da oxidação de ácidos graxos.  Defeitos genéticos relacionados à oxidação.  Oxidação dos corpos cetônicos. 1 2
  • 2. 06/11/2021 2  LIPÍDEOS - juntamente com carboidratos, proteínas e ácidos nucléicos - componentes essenciais das estruturas biológicas, e fazem parte de um grupo conhecido como BIOMOLÉCULAS. PRINCIPAL FUNÇÃO LIPÍDEOS Armazenamento Energético  ÁCIDOS GRAXOS LIPÍDEOS DE ARMAZENAMENTO  TRIACILGLICERÓIS Glicerol 3 ácidos graxos 3 4
  • 3. 06/11/2021 3 CATABOLISMO DOS LIPÍDEOS  As células dos vertebrados podem obter combustíveis de ácidos graxos de três fontes: 1. Gorduras consumidas na dieta. 2. Mobilizam gorduras armazenadas em tecidos especializados (tecido adiposo, consistindo em células chamadas adipócitos). 3. No fígado, convertem o excesso de carboidratos da dieta em gordura para exportação aos outros tecidos. CATABOLISMO DOS LIPÍDEOS  Em média, 40% ou mais das necessidades energéticas diárias das pessoas que vivem em países industrializados são supridos pelos triacilgliceróis da dieta.  Os triacilgliceróis fornecem mais da metade das necessidades energéticas de alguns órgãos, particular- mente o fígado, o coração e a musculatura esquelética em repouso. 5 6
  • 4. 06/11/2021 4 METABOLISMO ORGÂNICO OXIDAÇÃO COMPLETA DE ÁCIDOS GRAXOS.  Fornece até 80% das necessidades energéticas, no coração e no fígado de mamíferos, em todas as circunstâncias fisiológicas. (NELSON, COX, 2014) DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS 7 8
  • 5. 06/11/2021 5 DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  Os triacilgliceróis da dieta são emulsificados no intestino delgado por sais biliares, hidrolisados pelas lipases intestinais, absorvidos pelas células epiteliais intestinais, reconvertidos em triacilgliceróis, e então transformados em quilomícrons pela combinação com apolipoproteínas .  Os quilomícrons distribuem os triacilgliceróis aos tecidos, onde a lipase lipoprotéica libera ácidos graxos livres para a entrada nas células. Os triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo são mobilizados por uma lipase de triacilglicerol sensível a hormônio. 9 10
  • 6. 06/11/2021 6 DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  Os ácidos graxos liberados se ligam à albumina sérica e são transportados no sangue para o coração, para a musculatura esquelética e outros tecidos que utilizam ácidos graxos como combustível.  Hormônios, adrenalina e glucagon, secretados em resposta aos baixos níveis de glicose ou atividade iminente. MOBILIZAÇÃO DOS LIPÍDEOS ARMAZENADOS  Sinalizam a necessidade de energia metabólica, ativam a mobilização dos triacilgliceróis armazenados.  Ác. graxos liberados se ligam à albumina sérica, transportando-os no sangue para coração, músculo esquelético e outros tecidos. Dentro das células, Oxidação mitocondrial de Ácidos graxos. 11 12
  • 7. 06/11/2021 7 FIGURA – Mobilização dos triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo.  95% da energia biologicamente disponível dos triacilgliceróis residem nas três cadeias longa de ácidos graxos, e apenas 5% são fornecidos pela porção glicerol. QUEBRA DOS TRIACILGLICERÓIS 13 14
  • 8. 06/11/2021 8 QUEBRA DOS TRIACILGLICERÓIS DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  Os ácidos graxos são ativados e transportados para dentro das mitocôndrias.  As enzimas de oxidação de ácidos graxos nas células animais estão localizadas na matriz mitocondrial.  Os ácidos graxos com comprimento de cadeia de 12 carbonos ou menos entram na mitocôndria sem a ajuda de transportadores de membrana. 15 16
  • 9. 06/11/2021 9 DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  Aqueles ácidos graxos com 14 carbonos ou mais, que constituem a maioria dos ácidos graxos livres obtidos na dieta ou liberados do tecido adiposo, não conseguem passar através das membranas mitocondriais, necessitando passar pelas três reações enzimáticas do CICLO DA CARNITINA.  O ácido graxo convertido em Acil-CoA graxo. DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  O ácido graxo convertido em Acil-CoA graxo. 17 18
  • 10. 06/11/2021 10 DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS  Os ésteres de acil-CoA graxo formados no lado citosólico da membrana externa da mitocôndria podem ser transportados para dentro da mitocôndria e oxidados para produzir ATP.  Os ácidos graxos destinados a oxidação mitocondrial estão ligados a carnitina, formando acil-graxo-carnitina. DIGESTÃO, MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE GORDURAS 19 20
  • 11. 06/11/2021 11 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  Ocorre em 3 etapas: 1. β-Oxidação. 2. Ciclo do ácido cítrico. 3. Fosforilação oxidativa. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO  Processo por meio do qual os ácidos graxos convertidos em Acetil-CoA.  Os ácidos graxos sofrem remoção oxidativa de sucessivas unidades de 2 carbonos na forma de Acetil-CoA.  Começando pela extremidade carboxílica da cadeia acil-graxo. 21 22
  • 12. 06/11/2021 12  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 4 reações catalisadas por enzimas.  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS Desidrogenação da acil-CoA graxo. Nova ligação dupla com configuração trans. 23 24
  • 13. 06/11/2021 13  Hidratação.  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  Desidrogenação.  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 25 26
  • 14. 06/11/2021 14 Reação do β-cetoacil-CoA com a coenzima A livre. Separa os 2 carbonos da extremidade carboxílica.  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos saturados OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  1ª ETAPA – β-OXIDAÇÃO (C16) (C14) OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 27 28
  • 15. 06/11/2021 15 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  2ª ETAPA – Ciclo do Ácido Cítrico  NADH e FADH2 – transportadores de elétrons reduzidos. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  3ª ETAPA – Fosforilação oxidativa  Produção de ATP por oxidação das coenzimas pelo oxigênio, efetuada por uma Cadeia de Transporte de elétrons. 29 30
  • 16. 06/11/2021 16 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  SALDO ENERGÉTICO OXIDAÇÃO ÁC.GRAXOS  A oxidação da palmitoil-CoA em 8 moléculas de Acetil- CoA, incluindo as transferências de elétrons e as fosforilações oxidativa: Palmitoil-CoA + 7CoA + 7O2 + 28Pi + 28ADP → 8 acetil-CoA + 28ATP + 7H20  A oxidação COMPLETA da palmitoil-CoA em dióxido de carbono e água: Palmitoil-CoA + 23O2 + 108Pi + 108ADP → CoA + 108ATP + 16CO2 + 23H20 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  SALDO ENERGÉTICO OXIDAÇÃO ÁC.GRAXOS 31 32
  • 17. 06/11/2021 17  Muitos animais dependem da gordura armazenada para obter energia durante a hibernação, em períodos migratórios e em outras situações envolvendo ajustes metabólicos radicais. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais. Ác. Graxo MONOINSATURADO ÁCIDO OLÉICO. Configuração Cis não sofre ação da enoil-CoA hidratase. Δ3, Δ2 –enoil-CoA isomerase 6 Acetil-CoA 33 34
  • 18. 06/11/2021 18  β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais. Ác. Graxo POLI-INSATURADO ÁCIDO LINOLÉICO (ômega 6). OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais. Δ3, Δ2 –enoil-CoA isomerase  β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS Ác. Graxo Poli-insaturado ÁCIDO LINOLÉICO. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS 35 36
  • 19. 06/11/2021 19 A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais. Enoil-CoA isomerase 2,4-dienoil-CoA redutase 5 Acetil-CoA Ác. Graxo Poli-insaturado ÁCIDO LINOLÉICO.  β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos INSATURADOS OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  β-OXIDAÇÃO Ác. Graxos de NÚMERO ÍMPAR A oxidação de ácidos graxos de número ímpar requer três reações extras. Ác. Graxo Propionato – adicionado a pães e cereais como inibidor do mofo. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS Propionil-CoA carboxilase Metilmalonil- CoA carboxilase Metilmalonil- CoA mutase Succinil-CoA  Succinil-CoA vai para o ciclo do ác.cítrico. 37 38
  • 20. 06/11/2021 20 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  REGULAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  A oxidação dos ácidos graxos consome um combustível precioso e é regulada de forma que ocorra apenas quando houver a necessidade de energia.  O principal mecanismo de regulação baseia-se no Malonil- CoA, intermediário inicial na síntese de ácidos graxos, que inibe a carnitina-aciltransferase I, prevenindo a entrada de ácidos graxos na mitocôndria.  Isso bloqueia a degradação dos ácidos graxos enquanto ocorre a síntese.  REGULAÇÃO DA OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ACC – acetil-CoA carboxilase 39 40
  • 21. 06/11/2021 21 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo- desidrogenases causam doenças graves  Mutação no gene que codifica a enzima. X X OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo- desidrogenases causam doenças graves  DOENÇA – episódios recorrentes de uma síndrome que inclui acúmulo de gordura no fígado, altos níveis sanguíneos de ácido octanoico, baixo nível de glicose no sangue (hipoglicemia), sonolência, vômito e coma.  Perfil de diagnóstico – urina com altos níveis de ácidos dicarboxílicos e baixos níveis de corpos cetônicos urinários. 41 42
  • 22. 06/11/2021 22 OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  DEFEITOS GENÉTICOS nas acil-CoA-graxo- desidrogenases causam doenças graves  Mortalidade da doença - 25 a 60% na primeira infância.  Se o defeito genético for detectado logo após o nascimento, o recém-nascido pode receber uma dieta pobre em gordura e rica em carboidratos.  Com medidas adequadas o prognóstico da doença é bom. OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS  DEFEITOS GENÉTICOS para o transporte e oxidação de ácidos graxos  Mais de 20 outros defeitos genéticos em humanos para o transporte ou oxidação de ácidos graxos tem sido documentados, a maioria muito menos comum que o defeito na acil-CoA-desidrogenase.  Estes podem causar doenças cardíacas graves e músculo esquelética anormal. 43 44
  • 23. 06/11/2021 23 OXIDAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS  Em humanos, o acetil-CoA formado no fígado durante a oxidação dos ácidos graxos pode entrar no ciclo do ácido cítrico ou sofrer conversão a “corpos cetônicos” – acetona, acetoacetato e D--hidroxibutirato, para exportação a outros tecidos.  A acetona, produzida em menor quantidade, é exalada.  Já o acetoacetato e D--hidroxibutirato são transportados para outros tecidos extra-hepáticos, onde são convertidos em acetil-CoA e oxidados no ciclo do ácido cítrico. OXIDAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS  No diabetes não tratado, quando o nível de insulina é insuficiente, os tecidos extra-hepáticos não podem captar a glicose do sangue de maneira eficiente. Assim, os ácidos graxos entram na mitocôndria para serem degradados em acetil-CoA.  A superprodução de corpos cetônicos no diabetes não controlado ou na redução severa da ingestão de calorias pode levar à acidose sanguínea ou cetose urinária.  OS CORPOS CETÔNICOS SÃO PRODUZIDOS EM EXCESSO NO DIABETES E DURANTE O JEJUM 45 46
  • 24. 06/11/2021 24  OS CORPOS CETÔNICOS SÃO PRODUZIDOS EM EXCESSO NO DIABETES E DURANTE O JEJUM Bibliografia complementar CAPÍTULOS 17- NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014, 1298 p. CAPÍTULO 16 - MARZOCCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica Básica, 4ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 47 48