3. A DEFINIÇÃO DE DEMÊNCIA
– “INSUFICIÊNCIA
IRREVERSÍVEL DO CÉREBRO
CAUSANDO
COMPROMETIMENTO
COGNITIVO”
4. COGNIÇÃO
• Funções mentais
Atenção Iniciativa
Memória Linguagem
Cálculo
Praxia
Funções executivas
Capacidade Visuoespacial
Orientação tempo e espaço
5. DEFINIÇÃO PRÁTICA
• Deterioração progressiva e anormal de
pelo menos duas áreas das funções
cognitivas, comprometendo a vida diária
do paciente, não sendo causada por
doença do humor ou delirium.
7. INCIDÊNCIA
• < 1 % das pessoas abaixo de 65 anos
• 10-15 % das pessoas acima de 65 anos
• 4-20 % entre 65 e 75 anos
• 15-30 % entre 75 e 85 anos
• >35 % acima da idade de 85 anos
8. PERDA DE MEMÓRIA...
“A queixa de perda de memória deste
idoso está relacionada a um
esquecimento normal que acompanha o
envelhecimento, depressão, ou às
primeiras manifestações da Doença de
Alzheimer (DA) ou outra forma de
demência?”
9. GRAUS DO DECLINIO
COGNITIVO
• Normal, declínio cognitivo associado à
idade
• Comprometimento Cognitivo Leve
(CCL)
• Demência
11. CCL Vs DEMÊNCIA
CCL:
• Déficit de memória isolado que não afeta
as aivds.
• Ausência de outros déficits cognitivos.
• 10 a 30% das pessoas com CCL
desenvolvem demência entre 1-2 anos.
• 25% dos sujeitos com CCL não
desenvolverão demência em 10 anos.
12. TRATAMENTO DO CCL
• Não existe tratamento eficaz.
• O importante é tratar os fatores de
risco do declínio cognitivo : Hipertensão,
diabetes, outras anormalidades
metabólicas, déficits vitamínicos,
isolamento, depressão e abuso do álcool.
• Medidas preventivas com Ainh, Gingko e
vitamina E não são eficazes.
14. DIGA A CAUSA DA DEMÊNCIA
• Uma mulher de 84 anos com FA mostra declínio
cognitivo em degraus, agora apresenta dificuldade
para caminhar
• Piloto com 66 anos não consegue nomear uma flor,
mas ainda consegue pilotar com pequena dificuldade.
Ele parece se isolar, e esta entristecido.
• Homem de 78 anos, professor, não consegue nomear a
escola que ensinou por 20 anos. Agora ele tem se
perdido pelas ruas próximas a sua casa
• 60 anos de idade, mulher, desenvolveu confusão
mental aguda após um transplante de córnea
• Mulher de 68 anos de idade, fez gastrectomia
parcial há 10 anos atrás esta confusa, e isolada
15. ALGUMAS SURPRESAS…
• Depressão
• Iatrogênica (anticolinérgicos, sedativos,
narcóticos, bloqueadores H2 , polifarmácia)
• Hipotireoidismo
• Deficiência de B12
• Neurosífilis
• Demência alcoólica
• Hidrocefalia de pressão normal
• Hematoma subdural
16. O DIAGNÓSTICO
• História e exame clínico
• Testagem cognitiva
• Exames complementares:
• Sangue (função renal e hepática, B12,
Hemograma, Folato, TSH, VDRL, cálcio,
electrólitos, medicamentos)
• Imagem (TC ou RNM)
17. EXAME FÍSICO
• Exame Neurológico completo
– Déficits motores e sensitivos
– Sinais de parkinsonismo
• Facie marmórea, pill rolling tremor de
repouso, rigidez, roda denteada,
festinação, micrografia
• Exame Geral
– Hipertensão e doença cardíaca
– Tireóide e doença metabólica
18. TESTAGEM COGNITIVA
• Testes de Triagem
– Mini Exame do Estado Mental (MEEM)
Escore 30/30. “Normal”- escores variam
com idade e anos de educação.
– Teste do relógio
19. MEEM
• Orientação no tempo e espaço: 5 pontos cada
• Registro: 3 pontos
• Cálculo ou soletrar ao contrário: 5 pontos
• Recordação de curto prazo: 3 pontos
• Linguagem: 5 pontos
• Praxias: 3 pontos
• Visuoespacial: 1 ponto
20. MEEM
• Não testam funções executivas e
frontais
• Testagem pobre da habilidade
visuoespacial
• Escores estandartizados para idade e
anos de educação
• O teste de triagem para demência mais
utilizado
• Leva de 15 a 20 minutos para ser
aplicado
23. MEEM E PROGRESSÃO DA
DEMÊNCIA
• Comprometimento Cognitivo Leve
(pré-clinico) MMSE: 26–30
• Demência Leve
( 1–3 anos apartir do início dos sintomas)
MMSE: 22–28
• Demência Moderada
( 2–8 anos) MMSE: 10–21
• Demência Severa
(6–12 anos) MMSE: 0–9
24. TESTE DO RELÓGIO
• Testa funções executivas
• Testa habilidade visuoespacial
• Dificuldades na avaliação
• Leva poucos minutos para aplicação
25. DESENHO DO RELÓGIO
• Colocar os números na posição correta
• Colocar os ponteiros na posição indicada
26.
27.
28.
29. QUANDO INDICAR
AVALIAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA?
• Quando o diagnóstico diferencial é
complexo, por exemplo diferenciar
depressão de demência
• Comprometimentos “muito leves”
• Pode auxiliar na determinação da
“competencia”
• Pode ter utilidade no “manejo” e nas
orientações para os familiares
30. TIPOS DE DEMÊNCIA
• Doença de Alzheimer (DA)
• Demência de Corpos de Lewy (DCL)
• Vascular
• Mista
• Demência Fronto-temporal
32. Déficits proeminentes de memória,
frequentemente a queixa principal ,
seguidas de déficits de iniciativa e
visuoespacial
Dificuldade de encontrar palavras ,
compreensão, fala vazia.
Dificuldade de julgamento, abstração,
funções executivas (não consegue avaliar
riscos)
A DOENÇA DE ALZHEIMER
37. CURSO CLÍNICO DA DA
• Deterioração cognitiva progride e afeta
todas as áreas da cognição
• Aivds pioram progressivamente (dirigir,
telefonar, fazer o banco)
• Nas fases moderadas a severas o
paciente não realiza Avds.
• No estágio final a doença compromete
todas as funções cerebrais
39. NEUROIMAGEM
• Inicia com atrofia hipocampal e do
córtex entorrinal.
• Associada ao genótipo ApoE4 em idosos.
• Associada com a presenilina 1 e 2 nos
adultos jovens.
40.
41. DIFERENCIANDO DA DE
DFT
• DA:
Memória, linguagem, visuoespacial,
indiferença, paranóia, agitação
• Demência Fronto-temporal:
alteração de personalidade,
Disfunção executiva,
hiperoralidade, preserva tarefas
visuoespaciais
42. DIFERENCIANDO DCL DE
VASCULAR
• DCL: Alucinações visuais, Delírios,
parkinsonismo, Flutuações dos
sintomas, sensibilidade a
antipsicóticos
• Vascular: início abrupto,
deterioração em degraus, afasia
proeminente, sintomas motores
43. TRATAMENTO
• Corrigir anormalidades bioquímicas (TSH, B12,
Folato)
• Inibidores de acetilcolinesterase
– Alta disponibilidade de acetilcolina na fenda
sináptica
– Agentes modificadores de doença, não curam!
• Donepezila. Uma dose diária
• Rivastigmina. Duas vezes ao dia
• Galantamina. Duas vezes ao dia
44. MEMANTINA
• Aprovada pelo FDA Para as formas
moderadas a severas de D.A.
• ANTAGONISTA NMDA
• Terapia combinada
45. OUTRAS OPÇÕES…
• Vit E 2000 u/dia: Antioxidante. Risco de
sangramento. Sem eficácia comprovada na
cognição.
• Anti-inflamatórios: sem eficácia comprovada.
• Ginko Biloba: sem eficácia.
47. O que são SCPD?
Sintomas comportamentais e psicológicos da
Demência (SCPD) são definidos pela International
Psychogeriatric Association (IPA) como:
Sintomas comportamentais : agitação , agressão
física, gritar , vagância , comportamentos
culturalmente inapropriados , desinibição sexual
Sintomas Psicológicos :Humor Depressivo ,
alucinações e Delírios
www.ipa-online.org
48. CAUSAS DE SCPD
• Físicas
– medicamentos (especialmente delirium)
– Comprometimento visual / auditivo
– Fadiga
– Dor
– constipação/ Infecção do trato urinário
OBS: Devido a dificuldade de comunicação,
as queixas são difíceis de serem
relatadas
49. CAUSAS DE SCPD
• Ambiental
– Modificação / ou ambiente novo
– Muita / pouca estimulação
– Falta de pontos para orientação
– Pouca luminosidade
– Ambiente restritivo/ sem áreas para
circular
– Temperatura / muito quente ou frio
52. O melhor número de
medicamentos para se usar é
ZERO (ou as vezes um)
53. OS CINCO ESTÁGIOS
DO ENFRENTAMENTO
DA DOENÇA DE
ALZHEIMER
Susan Mahler & Paul Teusink
Helping Families Cope With Alzheimer's Disease: Hosp Community Psychiatry 35:152-156, February 1984
54. A NEGAÇÃO
A negação é uma recusa inconsciente
para aceitar fatos, informações,
realidades, relativos à situação da DA.
55. O SUPERCUIDADO
Os familiares podem se envolver em
tentativas heróicas para reverter o
processo da DA.
UM FUROR CUIDANDIS!
Envolvimento de apenas um membro
da família, que se sobrecarrega e vive
apenas para cuidar
56. A RAIVA
Indignação contra o destino ( porque
isto está acontecendo comigo)
Raiva contra o profissional que dá o
diagnóstico
57. A CULPA
Sente-se impotente perante a nova
realidade
Não valorizou os sintomas, achando que
poderia ter mudado o curso da doença
Raiva + culpa = depressão
58. A ACEITAÇÃO
Passar pelos estágios anteriores
Conhecer o máximo possível sobre a
doença
Procurar grupos de auto-ajuda da
ABRAz
Ter um profissional de confiança
Aprender a delegar o cuidado
59. Os cuidados são prestados na maior
parte por membros da família
(mulher)
Os membros da família geralmente
trabalham como cuidadores para uma
média de 47horas por semana.
O FAMILIAR CUIDADOR
61. SINTOMAS DE ESTRESSE NO
CUIDADOR
Depressão
Isolamento
Impaciência
Irritabilidade
Fadiga
Perda de propósito ou sentido da vida
Baixa auto-estima
62. CAUSAS DE ESTRESSE NOCAUSAS DE ESTRESSE NO
CUIDADORCUIDADOR
Inversão de papéis
Expectativas irrealistas (para o cuidador
ou outros)
Perda de controle
Isolamento
Demandas financeiras
A Negação
63. COMO ENFRENTAR O ESTRESSECOMO ENFRENTAR O ESTRESSE
Exercite-se regularmente
Relaxe (passar tempo com a família)
Coma alimentos saudáveis
Identifique as emoções negativas
Buscar apoio da família, dos amigos, de
um grupo de apoio
64. A EXPERIÊNCIA DEA EXPERIÊNCIA DE
CONTARMOS OCONTARMOS O
DIAGNÓSTICO DADIAGNÓSTICO DA
DOENÇA DE ALZHEIMERDOENÇA DE ALZHEIMER
65. CONTANDO O
DIAGNÓSTICO DE DA
Diversos estudos com médicos demonstram:
36-56% contaram o diagnóstico de DA ao
paciente.
75% disseram como seria a progressão da
DA.
20% contaram apenas para o cuidador.
Clafferty RA, Brown KW, McCabe E. BMJ 1998; 317:603
66. O CASO DE CONTAR
Organizar benefícios.
Planejar o futuro
Procuração.
Testamento.
Serviços de suporte.
Instituição de longa permanência.
Educação.
67. O CASO DE NÃO CONTAR
Depressão.
Suicídio.
Não existência de cura.
Perda da carteira de motorista,
emprego, seguro saúde.
O paciente pode não compreender
o diagnóstico.
68. A EXPERIÊNCIA DO
FAMILIAR
TRISTEZA
“Fiquei entristecida por ela...pois eu
pude ver como isso a afeta … e estouestou
tristetriste por perceber que essa doença
irá envolver a minha vida também.”
ACEITAÇÃO
“Bem, isso é um fato que tenho detenho de
aceitaraceitar.. Eu posso enfrentar esta
doença!”
69. SE ALGUÉM DE MINHA FAMÍLIA
TIVER ALZHEIMER, EU VOU TER
TAMBÉM?
Se os seus pais desenvolveram Alzheimer na
velhice, sua chance de desenvolver é um
pouco maior que uma pessoa sem Alzheimer
na família.
Existem alguns casos mais raros em que a
doença de Alzheimer ocorre dentro das
famílias.
70. 10 FORMAS DE AJUDAR A UMA
FAMÍLIA QUE CONVIVE COM A
DA
1 Mostre que você se importa!
2 Trate o portador de Alzheimer com
respeito e dignidade
3 Faça diferença em pequenas coisas
4 Seja específico ao oferecer ajuda
71. 10 FORMAS DE AJUDAR A UMA
FAMÍLIA QUE CONVIVE COM A
DA
5 Eduque-se sobre a doença de
Alzheimer
6 Inclua todos os membros da família
em atividades
7 Seja um bom ouvinte
72. 10 FORMAS DE AJUDAR A UMA
FAMÍLIA QUE CONVIVE COM A
DA
8 Encoraje a todos um estilo de vida
saudável
9 Permita a família algum tempo para
si próprios
10 Mantenha todos os membros da
família envolvidos no cuidado