1. Doença de Parkinson
Acadêmico: Caio Ursine Timo
2º Período Medicina
Disciplina: Fisiologia I
Professor: Andrés Marlon R. Paiva
2. História
Descrita pela primeira vez em 1817, pelo
médico inglês James Parkinson (1755 –
1824), através da publicação de An Essay on
the Shaking Palsy.
3. Doença Neurodegenerativa
Ocorre uma perda progressiva e
irreversível de neurônios de áreas
do Sistema Nervoso Central, mais
precisamente a substância negra
perde a capacidade de síntese de
dopamina, assim não inibe,
causando o aumento da
acetilcolina.
Neurotransmissores envolvidos
Dopamina e Acetilcolina
4. Dopamina
• Neurotransmissor produzido na parte
compacta da substância negra, e no
Parkinson está em déficit pela ação
neurodegenerativa.
• Receptores, dividido em 2 grupos:
D1 - Via Direta. Quando ativado provoca
excitação, permite o movimento.
Presença de segundos mensageiros.
D2 - Via Indireta. Quando ativado
provoca inibição, redução do segundo
mensageiro e mudança na
permeabilidade da membrana ao
potássio e pode fechar canais de cálcio.
5. Acetilcolina
• Com o déficit da do Dopamina,
ocorre o predomínio da
acetilcolina, há um
desequilíbrio. As ordens
motoras são passadas de forma Normal
distorcida.
1 - Acetilcolina;
2 - Célula cerebral;
3 - Dopamina.
Doente
7. Vias e Conexões
Córtex Cerebral
Glutamato
Estriado Substância
GABA Negra
Subtálamo Pálido Dopamina
Tálamo (VA/VL)
Área Motora
Medula
Atividade muscular controlada
8. Vias e Conexões
Córtex Cerebral
Glutamato
Estriado Substância
GABA Negra
Subtálamo Pálido Dopamina
Tálamo (VA/VL)
Área Motora
Medula
Rigidez Muscular e Tremores
9. Vias Dopaminérgicas
A dopamina apresenta 3 vias neuronais
principais, que podem estar envolvidas na DP.
Via Nigro – estriada, é a primeira afetada,
levando as alterações motoras da doença.
Via Meso-Limbíca, quando alterada observa-
se alterações comportamentais, como
descontrole, depressão e pânico
Via Meso-Cortical, quando afetada,
manifesta-se por bradipsiquismo, demência e
psicose.
10. Doença de Parkinson Parkinsionismo
• Parkinsionismo é um termo genérico que
designa uma série de doenças com causas
diferentes e que tem em comum a presença
de sintomas parkinsonianos.
• A DP é considera a forma mais freqüente do
parkinsonismo, onde não se conhece a causa
da doença, sendo denominado parkinsonismo
primário. A DP é idiopática.
11. Etiologia da Doença de Parkinson
Genética ?
Estresse Oxidativo?
Trauma Craniano Repetitivo?
Anormalidade Mitocondrial?
IDIOPÁTICA
12. Sintomatologia
• Entre os sintomas motores, há 4 sinais marcantes:
Tremor em repouso
Acinesia e Bradicinesia
Rigidez Muscular
Instabilidade Postural, levando a alteração na marcha
• Pode haver disfunções não motoras, como a disfunção
autonômica, desregulação
respiratória, vermelhidão, sudorese, disfunção
esfincteriana e sexual. Pode apresentar também
disfunção no Sistema Sensorial.
15. Diagnóstico
• Primeiramente clínico, baseado na correta
valorização dos sinais e sintomas descritos.
• É dificultado pela fragmentação dos sintomas
em alguns casos, podendo apresentar ora o
quadro RIGIDOACINÉTICO, ora um quadro
HIPERCINÉTICO.
16. Diagnóstico
Possível, quando uma característica estiver
presente.
Provável, quando duas características estiverem
presentes.
Definitivo, quando três características estiverem
presentes.
• Para a complementação de um diagnóstico
impreciso, é feita utilização de exames mais
complexos, como tomografias e ressonâncias.
17. PET e SPECT
PET Scan (Tomografia por emissão
de pósitron com flurodopa).
Índice útil da função dopaminérgica do
corpo estriado.
Cara e de acesso restrito.
SPECT (Tomografia computadorizada
com emissão de fóton único, que
utiliza radio- isótopos que ligam-se
ao transportador da Dopamina nos
terminais nigroestriatais)
18. Parkinson Tremor Essencial
• As características básicas do As principais características do
tremor parkinsoniano são: tremor essencial são:
presença na postura,
Está presente no repouso;
geralmente é bilateral e
Geralmente é unilateral ou simétrico;
assimétrico; ao acometer o segmento
cefálico o faz globalmente, com
movimentos de cabeça em afirmação
Pode acometer áreas ou negação;
localizadas do segmento cefálico; melhora sensivelmente após a
ingestão de bebida alcoólica;
Há história familiar positiva em há história familiar positiva em
apenas 5 a 10% dos casos; 30 a 40% dos casos;
responde favoravelmente ao
tratamento com betabloqueadores
Responde a drogas de ação adrenérgicos ou primidona.
antiparkinsoniana.
20. Epidemiologia
• No Brasil, não há dados
concretos, mas estima-se que,
0,1% da população sofra da
DP.
• Nos EUA, em ERC a
prevalência é de 160 por
100.000 casos. A idade pico de
incidência é 60 anos, embora
pode surgir a qualquer altura
entre 35 a 85 anos.
26. Tratamento Farmacológico
• Levodopa
• Agonista da Dopamina
• Inibidor da MAO
• Inibidor da COMT
• Ações Anticolinérgicas
• Drogas que aumentam
liberação de dopamina
na fenda sináptica
27. Agonista Dopaminérgicos
• Exercem seu efeito através
da estimulação dos
receptores dopaminérgicos
localizados no neurônio pós
sináptico. Por terem essa
ação direta sobre o receptor
não necessitam ser
metabolizados previamente
para atuarem como a
levodopa.
Ex: bromocriptinsa,
Apomorfina.
28. Inibidor da MAO e COMT
• Ocorre a inibição das enzimas que degradarão a
dopamina intraneural e perifericamente.
Potencializando assim a transmissão
dopaminérgica.
• Este é o mecanismo de ação de Selegilina, uma
inibidora da MAO
MAO-B inibe
MPTP MPP+ NADHCOQ1 redutase
Efeito Esperado
29. Ações Anticolinérgicas
• Medicamentos que visam de
alguma forma diminuir o
excesso de acetilcolina.
Pode ser pela ação da
acetilcolinesterase
Pelo bloqueio de receptores da
acetilcolina no pós sináptico
30. Amantadina
• Seu mecanismo de ação não está
totalmente esclarecido, mas há
evidências de que aumente a liberação
de Dopamina para a fenda sináptica.
Atua bloqueando receptores NMDA,
facilitando a transmissão da Dopamina
para o estriado.
31. Levodopa
• Droga precursora da dopamina,
transformada perifericamente e
centralmente pela ação da
enzima dopa-descarboxilase.
• Transformação periférica é a
causa dos efeitos adversos.
• Apresenta efeito prático no Arvid Carlsson
paciente no período de 2 a 5
anos.
32. Efeitos Adversos
• Em decorrência da dopamina periférica.
Hipotensão Postural
Taquicardia
Náuseas e Vômitos
Aumento da liberação do hormônio do crescimento
Mídriase
• Em estágios avançados
Wearning – off
Fenômeno on-off
33. Levodopa + Associação
• Para inibir os efeitos
adversos, decorrente a
conversão da Levodopa
perifericamente, foi
introduzido no fármaco o
inibidor da dopa-
descarboxilase. Assim
também aumento a
dopamina no SNC,
potencializando o
tratamento.
34. Tratamento não-farmacológico
• Fisioterapia,
fonoaudiológia e a
terapia ocupacional
desempenham um papel
fundamental na DP.
• Possibilita melhora
acentuada na marcha,
postura, movimentos da
mímica facial, na fala,
etc.
35. Tratamento Cirúrgico
Talamotomia
• Indicado para pacientes com tremor, alivia a
rigidez e diminui a dependência farmacológica.
• Pode ser feito a lesão no Núcleo Ventral lateral ou
no Núcleo Ventral Intermediário
Palidotomia
• Indicado para pacientes com bradicinesia e
acinesia acentuada, também apresenta melhora
significativa na rigidez, até 90% de melhora, e no
controle dos tremores.
41. Introdução
Faz uma abordagem geral da doença, citando
definições, epidemiologia e mecanismos
etiopatogênicos.
Síndrome Parkinsoniana
O parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana é
um dos mais freqüentes tipos de distúrbio do
movimento e apresenta-se com 4
componentes básicos: acinesia, rigidez,
tremor e instabilidade postural. Pelo menos
dois desses componentes são necessários
para a caracterização da síndrome.
42. Diagnóstico
• A identificação de síndromes parkinsonianas
manifestadas através do quadro clínico
clássico, descrito anteriormente, geralmente
não oferece dificuldades. Porém, em fases
iniciais ou mesmo em fases mais avançadas, o
quadro pode apresentar-se de forma
fragmentária, dificultando o seu
reconhecimento. As formas fragmentárias são
a rigído-acinética e a hipercinética.
43. Tipos de Parkinsonismo
• Após o diagnóstico, passa-se a identificação da
causa do parkinsonismo. Podendo ser
classificada em 3 tipos básicos:
Parkinsonismo Primário (DP idiopática)
Parkinsonismo Secundário
Parkinsonismo Atípico ou Plus
45. Exames Complementares e Testes
Terapêuticos
• Os exames de neuroimagem estrutural (TC e IRM)
ou funcional (PET e SPECT), são de grande
utilidade na diferenciação da DP e as síndromes
parkinsonianas de diversas etiologias.
• Teste de Apomorfina, um potente agonista
dopaminérgico D1 e D2. Útil para avaliar a
resposta dopaminérgica, sendo sua sensibilidade
em cerca de 80%.