3. EPIDEMIOLOGIA
• 15 – 20% dos pacientes de hospitais
gerais
• 25- 65% dos pacientes cirúrgicos
• 60 -86% dos pacientes de UTI
89% dos pacientes nos momentos
finais da vida
5. IMPORTÂNCIA DO
DELIRIUM
• Associado a internações prolongadas,
aumento de incidência de úlceras de
pressão e BCP.
• Aumento dos gastos hospitalares
• Declínio cognitivo posterior (até 3 anos)
nos pacientes com demência e também em
indivíduos sem critérios prévios de
demência.
6. QUADRO CLÍNICO
• Início abrupto (geralmente horas ou dias)
• Curso flutuante (intervalos lúcidos, alterações
ocorrem no mesmo dia)
• Duração média = 10-14 dias (3 dias- 2 meses)
• Inatenção (dificuldade de focar e dividir atenção)
• Pensamentos e discurso desorganizado e
incoerente
• Alteração do nível de consciência (porém não
caracteriza-se por torpor)
7. QUADRO CLÍNICO
• Alteração cognitiva (alteração da memória,
em especial a recente, desorientação no
tempo e espaço)
• Alucinações visuais e persecutórias
• Alteração do ciclo sono e vigília ou
despertar precoce
• Distúrbios psicomotores
• Alterações emocionais (ansiedade, medo,
irritabilidade, euforia, apatia)
8. Classificação
Baseada em alterações motoras (Trezepacz;1999)
• HIPERATIVO: agitação psicomotora.
¼ apresentam alucinações, delírios
• HIPOATIVO: confusão mental, sedação.
Letargia com evidente perda muscular.
Mais comum em idosos.
• MISTOS: alterna períodos de hipo e
hiperativo.
Maioria dos casos
9. ATENÇÃO AOS HIPOATIVOS!!!!
• Tem pior prognóstico e podem passar
desapercebidos por médicos devido ao
curso flutuante. (importância dos
auxiliares de enfermagem)
• Podem ser erroneamente classificados
como dementados ou depressivos
10. Classificação
De acordo com a etiologia
• Delirium como manifestação de
doença clínica (ITU)
• Induzido por drogas (opióides)
• Múltiplas etiologias
• Sem causa definida (investigação
adequada??)
11. ETIOLOGIA
MULTIFATORIAL
• Leve insulto
• Indivíduos vulneráveis
(privação de sono,
(dementados,comorbidad desidrataçao leve)
es, polifarmácia)
• Indivíduos sem
fatores de risco • Grandes insultos
(jovens, uso de poucas (anestesia geral, sedação
medicaçoes) contínua)
12. EPIDEMIOLOGIA DA
ETIOLOGIA
• 1 fator desencadeante = 16%
• 2 fatores = 27%
• 3 ou mais = 57 %
Portanto... Se encontramos um fator,
devemos procurar mais!!!
13. PATOGÊNESE
Diversas teorias (ação de neuro-transmissores)
1. Deficiência colinérgica (uso de anti-
colinérgicos aumenta incidência e
fisostigmina reverte delirium
desencadeado por anticolinérgico)
2. Acão dopaminérgica (drogas
antiparkinsonianas)
14. FATORES DE RISCO
• > 65 anos
• Alteração cognitiva prévia: Demência, história de
Delirium.
• Alteração funcional: dependencia AVD, baixo nível
de exercício (< 2 METS), história de quedas
• Alteração sensorial: Def. visual, auditiva.
• Polifarmácia
• Uso de drogas psicoativas (BZD)
• Abuso de álcool
• Múltiplas comorbidades
15. DIAGNÓSTICO
• Clínico!!!
• Deve ser feito de forma ativa.
CAM (Principal escala diagnóstica.
Sensibilidade= 94-100%. Especificidade= 90-95%)
1. Início agudo
2. Distúrbio de atenção
3. Pensamento desorganizado
4. Alteração do nível de consciência
Critérios 1 e 2 associado ao 3 ou 4
16. Exames Complementares
• HMG, eletrólitos, função renal, Raio X tórax,
Urina I, glicemia, ECG, gasometria
EXAMES ADICIONAIS
Urocultura, dosagem sanguínea de drogas,
Líquor, hemoculturas
Enzimas cardíacas
TC crânio: reservado para pacientes com déficit
focal, história ou sinais de trauma, sinais de
encefalite. Ausência de outros fatores que
justifiquem o quadro.
17. DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
DELIRIUM x DEMÊNCIA X DEMÊNCIA
+
DELIRIUM
# Distúrbio cognitivo: comum a todos
# Demência: geralmente alerta.
# Delírium: início abrupto, curso flutuante
18. IDENTIFICAR
ETIOLOGIA
• Manifestação atípica de diversas
doenças em idosos (IAM, infecção)
• Avaliar medicações prescritas,
mesmo as de uso crônico.
20. DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
DELIRIUM x DEMÊNCIA X DEMÊNCIA
+
DELIRIUM
# Distúrbio cognitivo: comum a todos
# Demência: geralmente alerta.
# Delírium: início abrupto, curso flutuante
21. TRATAMENTO NÃO
FARMACOLÓGICO
• Ambiente calmo e tranquilo
• Uso de relógios e calendários
• Presença de objetos de família
• Reorientação verbal frequente
• Envolvimento da família nos cuidados (orientá-los sobre as
possíveis manifestações do delirium e sua duração)
• Limitar mudanças na equipe
• Agrupar procedimentos para permitir maior tempo de descanço
• Permitir tempo de sono sem interrupções
• Presença de janelas com entrada de claridade
• Restrição mecânica (pode aumentar agitação e só deve ser
considerada se outras medidas não forem eficazes. O motivo da
restrição deve constar em prontuário)
22. TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
Reservado para os casos com sintomas que comprometam
a saúde do paciente ou de outras pessoas
1. Antipsicótico típico: Haldol
0,5 – 1mg VO 2x/dia + doses adicionais 4/4h
(Máx.20mg/d)
0,5 – 1 mg IM observar 30-60 min e repetir s/n
Ef. Adversos: Sintomas extra-piramidais
Alargamento de QT, Sind neuroléptica maligna
Evitar EV devido a curta duração e > chance de arritmia
2. Antipsicótico atípico: Risperidona
0,5 – 1 mg VO 12/12h.
Poucos estudos randomizados
23. FATORES DE PIOR
PROGNÓSTICO
• Muito idosos
• Episódio de Delirium longo
• Alterações cognitivas prévias
• Doença sistêmica prévia
• Subtipo misto ou hipoativo
24. PREVENÇÃO É AÇÃO!
• Atividades de orientação diária
• Mobilização precoce
• Medidas não farmacológicas de incentivo ao
sono
• Evitar privação ao sono
• Uso de óculos, aparelhos auditivos
• Estimular ingesta hídrica
(estas intervenções diminuem o número e
duração do Delirium, porém não altera a
severidade e recorrência do quadro)