O documento descreve o movimento artístico do Maneirismo entre os séculos XVI e XVII na Europa. O Maneirismo surgiu na Itália como uma reação contra as regras rígidas do Renascimento, privilegiando o individualismo, sentimentos e sensualidade. Expandiu-se para outros países europeus como França, Alemanha e Espanha, onde se misturou com as artes locais.
2. O(s) Maneirismo(s)
Ao Renascimento sucedeu uma conjuntura mais instável;
Guerras, lutas religiosas e perseguições;
Contra-Reforma (Inquisição e Índex)
Reis fortalecem o seu poder;
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3. Depressão e crises económicas e demográficas;
Surge a censura e o controlo ideológico;
A Arte procura os caminhos do perfeccionismo técnico, do
individualismo, dos sentimentos, da sensualidade.
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4. Da regra à transgressão
Maneirismo vem do italiano maniera que significa elegância, no
entanto também tem um significado pejorativo de uma arte
artificial e amaneirada
Desenvolveu-se entre 1525 e 1600
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5. Libertação das regras rígidas fixadas no Renascimento;
Afirmação de individualismo;
Situa-se num período de transição entre o Renascimento e o
Barroco;
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6. Maneirismo foi para alguns “elegância conforme a moda”, para
outros uma “estranha transformação da realidade em sonho ou
pesadelo” e para outros “a exploração da alma humana e das
suas relações com o meio, as suas paixões, o bem e o mal, o
mundo, a carne, Deus e o Diabo”
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7. “Fare piacere, fare stupore” (deleitar, espantar) – foi o principal
objetivo do Maneirismo.
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8. Maneirismo deriva das conceções artísticas de Rafael e Miguel
Ângelo (última fase);
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22. Características:
Movimento de revolta contra o equilíbrio e serenidade
renascentistas;
Composições complexas, fluidas, sinuosas e movimentadas;
Fortes contrastes cromáticos;
Escorços violentos;
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23. Expressões fisionómicas e corporais exageradas;
Forte carga emocional;
Na pintura mural utiliza-se o “trompe-l’oeil”.
Esta pintura iniciou-se em Florença com Rosso Fiorentino e
Pontormo.
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24. Procura de uma beleza “artificial”;
Desenvolve-se um gosto sofisticado com o apoio de mecenas
aristocráticos;
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25. Principais pintores do maneirismo:
Rosso Fiorentino (1494-1540);
Pontormo (1494-1556);
Agnolo Bronzino (1503-1572);
Parmigianino (1503-1540)
Em Veneza:
Tintoretto (1518-94);
Veronese (1528-88).
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26. Na Arquitetura, o Maneirismo também traduz uma atitude de
rutura em relação aos cânones clássicos
Peruzzi, Palácios de Massimi, 1555
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32. Nas estruturas clássicas dos edifícios foram introduzidas
irregularidades;
Era necessário romper e perturbar a forma bela através de um
refinado intelectualismo e virtuosismo.
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33. Destruição do equilíbrio (fim da simetria);
Procura de efeitos surpresa e de contraste;
Fachadas com saliências e reentrâncias;
Decoração exagerada;
Procura de efeitos teatrais.
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34. As igrejas eram de uma nave ou igrejas-salão, o púlpito devia ser
visível (necessidades da Contra-Reforma);
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36. A escultura nunca conseguiu igualar a qualidade da pintura e
arquitetura
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37. Miguel Ângelo, O Génio da Vitória, 4 ângulos distintos
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38. Abandono da regra da estatuária do Renascimento que defendia
a unifacialidade da obra (um único ângulo de visão);
Surge a perspetiva estereométrica e multivisual que permite a
visão omnilateral da obra.
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43. Giovanni di Bologna, O Rapto das Sabinas, 1582,
mármore, Florença
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44. Pierino da Vinci, Sansão matando o Filisteu, c. 1549,
mármore, Florença
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45. Características:
Perde-se o rigor da representação clássica;
Grande virtuosismo técnico;
Privilegiar dos sentimentos, subjetividade e sensualidade.
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46. Figuras contorcionadas, linhas sinuosas;
Escorços e contrappostos difíceis (posições de desequilíbrio);
Intensificam-se as expressões faciais e corporais;
Acentuam-se os jogos de volumes e de luz e sombra.
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47. Mais movimento;
Surgem grupos escultóricos de grandes dimensões para serem
colocados em lugares públicos;
Utilização de vários materiais criando contrastes;
Temas mais profanos que religiosos.
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48. Surgiu uma estatuária de pequenas dimensões, de sentido mais
decorativo, destinada ao consumo privado;
Cofre em ouro
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51. Renascimento e Maneirismo foram movimentos essencialmente
italianos;
Atingiu outras regiões europeias (França, Inglaterra, Países
Baixos, Alemanha, Espanha, Portugal, etc.);
Nesses países aliou-se à arte local e associou-se ao gótico
criando novas formas de expressão, sobretudo na pintura.
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55. A pintura francesa combina as influências italianas e da pintura
flamenga;
No século XVI surgiu a escola de Fontainebleau, patrocinada por
Francisco I;
Principais pintores:
Jean Fouquet (c. 1420-81)
François e Jean Clouet (c.1485-1540/41)
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58. A arquitetura foi essencialmente palaciana;
Combinou as estruturas góticas com a decoração renascentista.
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59. Jean Goujon, Fonte dos Inocentes (pormenor)
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60. A escultura revela influências clássicas (sobriedade);
Principais escultores:
Jean Goujon (1510-68);
François Clouet.
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65. Hans Holbein, Os Embaixadores, 1533, óleo
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66. No século XV, o maior pintor alemão foi Albrecht Dürer (14711528);
Realizou gravuras;
Representa a realidade com pormenor;
Lucas Cranach (1472-1553);
Hans Holbein (c. 1489-1543)
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67. Pieter Brueghel, O Velho,
Os caçadores,
Parábolas dos cegos,
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68. Na Flandres desenvolveu-se a pintura de paisagens e de género;
Pintura de género – pintura da vida quotidiana
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69. Pieter Brueghel, O Velho (c. 1528-69) foi o principal pintor;
Combina cena religiosas com temas campestres e paisagens;
Utiliza como modelos pessoas da vida real.
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76. Espanha
El Greco, O enterro do
Conde de Orgaz, c. 1588,
óleo
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77. O pintor mais importante foi El Greco (1541-1614), grego
radicado em Espanha;
Realizou uma pintura maneirista, de composições complexas e
movimentadas de fortes contrastes cromáticos
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78. Pedro Machuca, Pátio do Palácio de Carlos V,
Granada, 1527
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80. Na arquitetura mantém-se a tradição gótica e mudéjar,
combinado com a decoração Plateresca;
A construção do Palácio de Carlos V inicia a rutura com a
tradição.
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83. Juan de Juni, Enterro de Jesus, madeira policromada
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84. Na escultura espanhola combinaram-se as influências flamengas,
góticas e italianas com o plateresco e mudéjar;
Principais escultores:
Bartolomé Ordóñez (c. 1490-1520);
Alonso Berruguete (c. 1486-1561);
Juan de Juni (c. 1507-77);
Gaspar Becerra (c. 1520-70).
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89. A pintura renascentista portuguesa foi de curta duração;
Temática fundamentalmente religiosa;
Influências da Flandres, Alemanha e Itália;
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93. A pintura maneirista portuguesa foi influenciada pela italiana;
Temática fundamentalmente religiosa e histórica;
Principais pintores:
Francisco de Holanda (1517-84);
Gregório Lopes (c. 1490-1550)
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94. Diogo e Miguel Arruda, Igreja da Graça, Évora
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95. João de Castilho, Claustro do Convento de
Cristo, Tomar
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97. Igreja de S. Paulo, Diu, Índia
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98. A arquitetura renascentista portuguesa refletiu o espírito da
Contra-Reforma;
Igrejas-salão;
Decoração influenciada pelo plateresco;
Influências do ultramar, sobretudo da Índia;
Foi de curta duração.
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99. Principais arquitetos:
Diogo Arruda (?-1530):
Miguel Arruda (?-1563);
João Castilho (1490-1553);
Diogo Castilho (1493-1574).
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101. Juan de Herrera, Igreja de S. Vicente de Fora, 1583
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102. O maneirismo permaneceu por muito tempo (Séculos XVI, XVII e
XVIII), também chamado de Estilo Chão;
Exterior sóbrio e interior exuberantemente decorado;
As principais construções são igrejas.
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108. Nicolau de Chanterenne, retábulo da Igreja de S. Marcos,
Coimbra
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109. Escultura ligada à tradição gótica;
Fundamentalmente ligada à arquitetura;
Relevos, retábulos e decoração do interior das igrejas;
As influências italianas só chegaram no século XVI.
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110. Principais escultores:
Nicolau de Chanterenne (?-1551);
João de Ruão (?-1580);
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da Cultura e das
Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
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