2. FDA termo proposto para a área de farmacologia
BIODISPONIBILIDADE
intuito de estabelecer a proporção em que determinada
substância ativa era absorvida na forma farmacêutica (no
caso, medicamento), alcançava a circulação e tornava-se
disponível no sítio de ação
esta razão dependeria do tamanho da partícula, da forma
química da substância e de sua absorção quando
introduzida por via oral
COZZOLINO, 2016
3. Década de 80 termo começou a ser utilizado também na
área de nutrição
• forma química do nutriente
• quantidade ingerida
• presença de ligantes e de outros nutrientes
• mecanismos homeostáticos que regulam a absorção
(micronutrientes)
simples presença do nutriente no alimento ou dieta não
garantia sua utilização pelo organismo
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
4. - Inicialmente, a biodisponibilidade proporção do nutriente que é
digerido, absorvido e metabolizado pelo organismo, capaz de estar
disponível para uso ou armazenamento.
- 1984: O’ Dell (Universidade de Missouri – Columbia) propôs a
definição do termo biodisponibilidade como a proporção do
nutriente nos alimentos que é absorvida e utilizada nos
processos de transporte, assimilação e conversão à forma
biologicamente ativa
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
5. - O’ Dell também ressaltou a diferença entre os termos:
• absorção verdadeira (a proporção do nutriente nos alimentos que
se move do lúmen intestinal através da mucosa);
• absorção aparente (a diferença entre o conteúdo de nutriente dos
alimentos ingeridos e das fezes);
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
6. - A ideia da fração do nutriente absorvido para funções fisiológicas
ou de estoque se estendeu até 1997, quando, então na
Conferência Internacional de Biodisponibilidade (Holanda), foi
proposta uma redefinição para o termo biodisponibilidade:
“refere-se à fração de qualquer nutriente ingerido que tem o
potencial para suprir demandas fisiológicas em tecidos alvos”
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
7. - Nesta mesma Conferência adotou-se ainda a utilização do termo
SLAMANGHI,
proposto em 1996 por West e de Pee, como um mnemônico (técnica
de memorização) para representar os potenciais fatores que
afetavam a biodisponibilidade de carotenóides, cujo significado
representa todos os aspectos que devem ser considerados nos
estudos de biodisponibilidade, e cada letra tem seu significado:
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
8. S = Species (especificação do nutriente)
L = Linkage (ligação molecular)
A = Amount consumed in a meat (quantidade consumida na
refeição)
M = Matrix in wich the nutrient is incorporated (matriz onde o
nutriente é incorporado)
A = Attenuators of absorption and bioconversion (atenuantes da
absorção e bioconversão)
N = Nutrient status of the host (estado nutricional do hospedeiro)
G = Genetic fators (fatores genéticos)
H = Host related factors (fatores relacionados ao hospedeiro)
I = Interaction (interações)
BIODISPONIBILIDADE
10. BIOCONVERSÃO:
definida como a proporção do nutriente ingerido que estará
disponível para a conversão em sua forma ativa .
BIOEFICÁCIA:
definida como a eficiência com a qual os nutrientes ingeridos são
absorvidos e convertidos à forma ativa do nutriente.
BIOEFICIÊNCIA:
definida como a proporção da forma ativa convertida do nutriente
absorvido que atingirá o tecido alvo.
BIODISPONIBILIDADE
COZZOLINO, 2016
11. - Ainda hoje, a definição precisa de biodisponibilidade de nutrientes
é complicada, em particular para os micronutrientes, dadas as
diferentes concentrações endógenas (extensivo às diferentes
condições metabólicas decorrentes de doenças), e pela
potencialidade dos numerosos metabólitos bioativos.
- O suprimento das necessidades nutricionais depende da ingestão,
portanto, da dieta.
- Enfim, a alimentação adequada que permite a ingestão de todos os
nutrientes que o organismo precisa em quantidade e qualidade e um
dos principais fatores para a promoção da boa saúde (excessos e
carências).
COZZOLINO, 2016
BIODISPONIBILIDADE
12. FATORES QUE INTERFEREM NA
BIODISPONIBILIDADE
1. Fatores intrínsecos ou fisiológicos
- Relacionados a capacidade digestória, ou seja, integridade da
mucosa intestinal, eficiência metabólica, função renal.
- Variam: de acordo com idade, presença de desnutrição e/ou
patologias.
A má absorção pode acontecer na presença de desordens
gastrointestinais ou outras doenças especificas.
13. FATORES QUE INTERFEREM NA
BIODISPONIBILIDADE
2. Fatores extrínsecos ou dietéticos
- Relacionados ao alimento ingerido, à composição química e ao
estado físico no quais os nutrientes se encontram no alimento
afetam a absorção.
- Essas propriedades podem ser influenciadas pelo efeito do
processamento do alimento, com possíveis consequências na
absorção dos nutrientes.
Alguns componentes da própria refeição podem diminuir ou
aumentar a absorção dos nutrientes; sendo assim, a composição da
dieta é um fator importante.
14. FATORES QUE INTERFEREM NA
BIODISPONIBILIDADE
3. Forma química/ligações moleculares no qual o nutriente
encontra-se no alimento ou dieta
15. FATORES QUE INTERFEREM NA
BIODISPONIBILIDADE
4. Quantidade ingerida: o excesso de um nutriente pode interferir
no absorção do outro.
5. Estado nutricional: Geralmente, absorvemos mais quando
nossas reservas estão diminuídas e absorvemos menos o nutriente
quando estamos em condições adequadas ou em excesso.
6. Fatores genéticos:
Exemplo: hemocromatose leva ao aumento na absorção do ferro;
Síndrome de Menkes leva a redução na absorção de cobre.
16. FATORES QUE INTERFEREM NA
BIODISPONIBILIDADE
7. Interação mineral versus mineral: alguns minerais competem
pelo mesmo sítio de absorção, por possuírem propriedades físicas e
químicas semelhantes.
Exemplo: Ferro e Zinco.
17. - A aplicação dos conhecimentos relacionados à
biodisponibilidade dos nutrientes no planejamento
dietético favorece o alcance de uma ingestão alimentar
equilibrada para os indivíduos saudáveis e em condições
especiais.
BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES E
PLANEJAMENTO DIETÉTICO
18. - Vitamina C aumenta a absorção do ferro não heme
(vegetal), causando a mudança do estado de oxidação
férrico para ferroso.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
19. - Vitamina B6 (piridoxina)
Ingestão muito elevada de proteína Absorção da B6
- Vitamina B9 (folato)
Deficiência de B12 prejudica a absorção de B9 (absorção
dependente de B12).
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
20. - Vitamina A
• Vitamina A (origem animal)
Absorção de 70 a 90%
• Pró vitamina A (carotenoide)
Absorção de 20 a 50%
Vit E
Proteínas
Gorduras Absorção de vit A
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
21. - Vitamina A
A proteína responsável pelo transporte de vitamina A
(proteína carreadora de retinol) no nosso organismo é
dependente de zinco.
Ou seja, a deficiência de zinco reduz a absorção da
vitamina A.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
22. - Vitamina D: aumenta a absorção de cálcio e fósforo.
Leite (lactoalbumina)
Ácidos graxos Absorção vit D
Etanol
Fibras absorção da vit D
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
23. - Vitamina E: absorção é dependente dos sais biliares.
Fumo
Farelo de trigo
Pectina
Excesso de vitamina A absorção da vit E
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
24. - Vitamina K: absorção é dependente dos sais biliares e
da formação de micelas.
Álcool
Fumo
Estresse absorção da vit K
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
25. - Ferro e Zinco: o aumento de ferro interfere na
biodisponibilidade do zinco, assim como o contrário
também.
- Ferro e Cálcio: o excesso de cálcio diminui a
biodisponibilidade do ferro vegetal.
- Frutose aumenta a absorção do ferro;
- Lactose aumenta a absorção do cálcio.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
26. - Zinco e Cálcio: o excesso de cálcio diminui a absorção
de zinco em 50%.
- Zinco e Cobre: o excesso de zinco diminui a
biodisponibilidade de cobre.
- Zinco e Metais pesados (Cd e Hg): metais pesados
(cádmio e mercúrio) podem se complexar ao zinco e ao
selênio no TGI, e dessa forma serem excretados:
1. Diminuindo a toxicidade dos metais pesados;
2. Menor disponibilidade de zinco e selênio;
- Cafeína e Cálcio: excesso de cafeína prejudica a
absorção de cálcio.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
27. - Taninos: são compostos fenólicos caracterizados por
sua capacidade de combinar-se com as proteínas e
polímeros como os polissacarídeos.
- Fontes: chás (principalmente mate e preto), café, vinho
tinto, romã, leguminosas (feijões, soja), oleaginosas, etc.
Taninos se ligam ao ferro, zinco, cobre e iodo, formando
compostos insolúveis, não absorvíveis.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
28. - Oxalatos (ácido oxálico): formam complexos
insolúveis com cálcio, ferro e zinco, sendo excretados
nas fezes.
- Fontes: espinafre, ruibarbo, beterraba, quiabo, salsinha e
chocolate.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
29. - Fitatos (ácido fítico): sequestram minerais como
cobre, magnésio, cálcio, ferro e zinco, formando
compostos insolúveis e não absorvíveis.
- Fontes: fibras do cereais, farelo de trigo, leguminosas,
raízes, tubérculos e castanhas, sobretudo crus.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
30. - Fibras x minerais: cuidado com excesso de fibras
(principalmente os farelos acrescidos na dieta), pois
diminuem o tempo de trânsito intestinal, prejudicando a
absorção dos minerais.
- Formação de quelatos entre componentes das fibras e
os minerais.
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
34. • A turma deve dividir-se em 5 grupos (detalhes no próximo slide). Os nomes
de todos os alunos do grupo devem estar no slide;
• Cada grupo terá temas a abordar. Tudo será baseado na lista de Alegações de
propriedade funcional aprovadas – ANVISA. Este material está disponível no
Blackboard;
• De acordo com os itens presentes na lista e os temas sorteados, cada grupo
deverá também pesquisar artigos, utilização de alegações em rótulos de
alimentos (usem imagens), citar fontes alimentares dos componentes que
contém as alegações citadas no trabalho, etc;
• Apenas 1 componente do grupo deve enviar o slide até o dia 19/04, por e-
mail (anakarla.franca@unifg.edu.br);
• Ao utilizarem artigos, coloquem as referências;
• Cada grupo terá 20 minutos para se apresentar (dia 20/04);
SEMINÁRIO PARA DIA 20/04 (VALE ATÉ 7 PONTOS)
35. • GRUPO 1 (8 ALUNOS): ÁCIDOS GRAXOS;
• GRUPO 2 (8 ALUNOS): CAROTENOIDES;
• GRUPO 3 (12 ALUNOS): FIBRAS ALIMENTARES (BETA
GLUCANA, DEXTRINA RESISTENTE,
FRUTOOLIGOSSACARÍDEO - FOS, GOMA GUAR
PARCIALMENTE HIDROLISADA);
• GRUPO 4 (12 ALUNOS): FIBRAS ALIMENTARES (INULINA,
LACTULOSE, POLIDEXTROSE, PSYLLIUM, QUITOSANA);
• GRUPO 5 (9 ALUNOS) : POLIOIS, PROTEÍNA DE SOJA E
FITOSTEROIS.
SEMINÁRIO PARA DIA 20/04 (VALE ATÉ 7 PONTOS)