O documento discute diversas teorias sobre estilos de aprendizagem. Cada teoria apresenta um modelo diferente com dimensões como percepção, processamento de informação, tipos psicológicos, entre outros. Vários instrumentos foram desenvolvidos para medir estilos de aprendizagem de acordo com cada teoria.
2. Existem diferentes maneiras de se aprender, cada
indivíduo emprega um método particular de interação,
aceitação e processamento de estímulos e informação;
Estilo de aprendizagem é o conjunto de características
psicológicas que costumam se expressar
conjuntamente quando uma pessoa deve enfrentar uma
situação de aprendizagem;
Não há estilos puros, do mesmo modo que não há
estilos de personalidade puros: todas as pessoas
utilizam diversos estilos de aprendizagem, ainda que
um deles costuma ser o predominante.
3. Existem vários modelos de estilos de aprendizagem,
elaborados por diferentes autores, que podem ser
usados nas instituições de ensino. Cada um desses
autores apresenta uma concepção diferente de estilos
de aprendizagem e, a partir dessa concepção, elabora
modelos explicativos.
As características sobre estilo de aprendizagem
costumam fazer parte de qualquer relatório
psicopedagógico que se elabore de um aluno e
pretende dar pistas sobre as estratégias didáticas e
reforços que são mais adequados para o menino.
4. As definições sobre os estilos de aprendizagem pelos vários
estudiosos da área, assumem diferentes abordagens, de acordo
com a teoria da psicologia de aprendizagem adotada por cada um.
Entre as teorias mais abordadas, estão:
• os tipos psicológicos de Carl Jung;
• as teorias cognitivas do processamento da informação, de
Piaget e de Vygotsky; e,
• a teoria das personalidades de Allport.
Para construir o conceito de estilos de aprendizagem e elaborar
modelos explicativos, alguns autores utilizam mais de uma teoria,
enquanto outros utilizam somente uma delas.
5. Condições físico-ambientais: luz, temperatura, som.
Preferências de conteúdos, áreas e atividades, por parte
do aluno.
Tipo de agrupamento: refere-se a se o aluno trabalha
melhor individualmente, em pequeno grupo, dentro de
um grupo classe, etc.
Estratégias empregadas na resolução de problemas por
parte do aluno.
Motivação: que tipo de trabalhos lhe motivam mais,
níveis de dificuldade adequados, a quem atribui
fracassos e sucessos.
6. Índice de Estilos Cognitivos de Allinson & Hayes (CSI)
Perfil Motivacional de Apter (MSP)
Instrumentos de Estilos de Aprendizagem de Dunn & Dunn model
Inventario de Enfoques e Técnicas de Estudo de Entwistle (ASSIST)
Perfil de Estilos de Aprendizagem de Vikkest lepe (LSP)
Inventario de Estilos de Aprendizagem de Kolb (LSI)
Análise de Estilos Cognitivos de Riding (CSA)
Inventario de Estilos de Pensamento de Sternberg (TSI)
Processo de Pensamentos Arquetípicos de Gonzalez, Edinson (TSI)
Superlinks: Linksman Learning Style Preference
7. O modelo de Kolb
“estilo de aprendizagem é um estado duradouro e estável
que deriva de configuração consistente das interações entre
indivíduo e seu meio ambiente”
seu modelo de estilo de aprendizagem apresenta duas
dimensões: a percepção e o processamento da informação
essas duas dimensões se combinam, originando quatro
estilos de aprendizagem (fig.1)
De acordo com Kolb, a aprendizagem eficaz requer o
movimento cíclico passando pelos quatro estilos de
aprendizagem, embora cada indivíduo apresente maior
afinidade por um deles.
8. Acomodados Assimiladores
Estilos de •Aprendem por meio da •Aprendem refletindo,
experimentação e ouvindo, observando e
Aprendizagens aplicação do criando teorias e ideias
conhecimento
Divergentes Convergentes
•Aprendem •Aprendem por ensaio e
Kolb desenvolveu um instrumento experimentando, criando erro, e por aplicação
ideias e teorias, observando prática de ideias e
denominado Inventário de Estilos e ouvindo e relacionando teorias
de Aprendizagem. conteúdo e vivência
(LSI - Learning Style Inventory).
9. Defendem a ideia de que os estilos de aprendizagem dos
indivíduos sejam reflexos de seus tipos psicológicos.
Utilizam os tipos psicológicos de Carl Jung.
Segundo Jung, existem dois pares de abordagens opostas
ligadas à percepção, sensação versus intuição; ao
julgamento de fatos, pensamento versus sentimento; e ao
mundo, interior versus exterior.
Portanto, o pensar, o sentir, o intuir e o perceber são as
quatro funções psicológicas básicas que enquadram as
atividades voltadas para o mundo exterior (extroversão) e
interior (introversão).
A partir dessas funções, existem seis tipos psicológicos: o
tipo pensativo, o sentimental, o intuitivo e o perceptivo, o
extrovertido e o introvertido
10. orientação para a vida julgamento de ideias orientação do mundo
percepção (sensoriais
(extrovertidos versus (objetivos versus externo (julgadores
versus intuitivos)
introvertidos), subjetivos) versus perceptivos
Extrovertidos Introvertidos
Estilos de
• Experimentam as coisas; • Pensam sobre as coisas;
Aprendizagens Buscam interação em grupo Preferem trabalhar sozinhos
Intuitivos
Sensoriais Reflexivos
São imaginativos, focam nos
• São práticos, focam nos fatos significados e possibilidades • São objetivos, tendem a tomar
e produtos; Confortáveis com decisões com base na lógica e
a rotina Preferem trabalhar em nível regras
conceitual
Sentimentais Julgadores Perceptivos
• São subjetivos, tomam
• Preferem seguir agendas e • Possuem ações espontâneas
decisões com base em
possuem ações planejadas e e procuram adaptar-se de
considerações pessoais e
controladas. acordo com as circunstâncias
humanísticas
O indicador de tipos Myers-Briggs (MBTI- Myers-Briggs type indicator) é o instrumento elaborado pelas autoras desse
modelo para determinar os estilos de aprendizagem dos estudantes.
11. Herrmann10 define os diferentes caminhos por meio dos quais os indivíduos
percebem e assimilam a informação, tomam decisões e solucionam problemas
como estilos de pensamento, e não como estilos de aprendizagem.
Esse modelo tem como base o funcionamento especializado da mente física, a
qual é divida em quatro quadrantes (FIG. 2).
FIGURA 2 – A divisão da mente, de acordo com Herrmann:
quadrante A - parte cerebral esquerda;
quadrante B - parte límbica esquerda;
quadrante C: parte límbica direita; e,
quadrante D - parte cerebral direita
FONTE: www.hbdi.com/hbdi/validation-creativebrain%20appendix%20.pdf16
Propõe um questionário, composto por 120 perguntas, para a determinação dos estilos de
pensamento denominado O Instrumento da Dominância Cerebral de Herrmann (HBDI).
Com base no conhecimento dos estilos de aprendizagem detectados pelo HBDI, Herrmann
propõe uma técnica denominada “Whole Brain Model”, que tem como um dos objetivos auxiliar
as empresas na sua organização e no treinamento de pessoal
12. Felder e Silverman sintetizaram descobertas de numerosos estudos para
formular um modelo de estilos de aprendizagem, padronizado com
estudantes de engenharia, que apresenta cinco dimensões:
visual/verbal, ativo/reflexivo, sensorial/intuitivo, sequencial/global e
intuitivo/dedutivo.
Visual e verbal são estilos relacionados com o tipo de captação da informação
Sensoriais e os Intuitivos. Os intuitivos têm acentuada capacidade de interpretar símbolos e
textos, terminam as atividades escolares mais rapidamente que os sensoriais.
Sequenciais aprendem melhor quando os conteúdos são apresentados de forma linear.
Globais precisam de todo o conteúdo.
Ativos precisam experimentar para compreender, iniciam as tarefas prematuramente e
gostam de trabalhos em grupo. Reflexivos precisam compreender para experimentar,
demoram a iniciar as atividades e preferem trabalhos individuais
Indutivos organizam a informação a partir de dados específicos para entender informações
mais generalizadas. Os dedutivos organizam a informação a partir de regras gerais, para
compreender dados específicos
13. As teorias que permeiam os Estilos de Aprendizagem estão em
constante evolução recebendo as contribuições dos diversos
estudiosos que surgem de tempos em tempos. Portanto, podemos
inferir que os estilos de aprendizagem não são estanques,
podemos utilizá-los em diversas situações e contextos, bastando,
para isso que tenhamos a compreensão exata dos objetivos a que
se destinam. A escolha de um deles não descarta a utilização dos
demais em outros estudos
14. Estilos de aprendizagem é uma teoria que pode ser aplicada em
diversos contextos, mas creio que deve ser empregada, em especial,
no meio universitário com estudantes que buscam a formação em
licenciatura. Os conhecimentos adquiridos por meio do estudo dessas
várias teorias induzirão o desenvolvimento de habilidades importantes
na carreira do magistério, contribuindo para que os futuros mestres
elaborem aulas e explorem os estilos de aprendizagem preferenciais
dos estudantes, possibilitando também o desenvolvimento de estilos
não preferenciais, estabelecendo avanços significativos na
aprendizagem dos educandos.
15. ALMEIDA, Karine Ribeiro de. Descrição e análise de diferentes estilos de
aprendizagem. Revista Interlocução, v.3, n.3, p.38-49, publicação semestral, março-
outubro/2010.
Estilos de Aprendizagem – Disponível em URL <http://pt.wikilingue.com/es/Estilo_
de_aprendizagem> Acesso em 19/07/2010.
SENRA, Cláudia M. S., LIMA, Geraldo F. C. A. de, SILVA, Fábio W. O. da. A relação
entre os estilos de aprendizagem de richard felder e os tipos psicológicos de Carl
Jung. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Disponível em URL
<http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema1/TerxaTe
ma1Artigo21.pdf> Acesso em 19/07/2010.