3. Conceito Gestão da Clínica
Entende-se por ferramentas de Gestão da Clínica um conjunto de tecnologias de
microgestão do cuidado destinado a promover uma atenção à saúde de qualidade,
como:
● protocolos e diretrizes clínicas,
● planos de ação,
● linhas de cuidado,
● projetos terapêuticos singulares,
● genograma, ecomapa,
● gestão de listas de espera, auditoria clínica, indicadores de
cuidado, entre outras.
● consultas compartilhadas
4. Quadro 25.1:Fatores que
influenciam a gestão da clínica
Fatores do Usuário
Fatores que criam necessidades
● Doença crônica
● Situações de sofrimento
● Compreensão subjetiva do estado de
saúde
● Estado funcional
► Fatores predisponentes
● Idade e sexo
● Etnia
● Condições de trabalho/desemprego
● Nível educacional e socioeconômico
● Situações de sofrimento
● Estado civil
● Família monoparental, divórcio
● Déficit de apoio social
● Disfunção familiar
● Condições de higiene
● Crenças e expectativas com relação ao
serviço
► Fatores facilitadores
● Tempo para conseguir uma consulta
agendada/tempo na sala de espera
● Distância da unidade de saúde
● Forma de pagamento (por produção, por
capitação, por salário)
● Disponibilidade do serviço
● Organização do serviço
● Discriminação positiva (raça, sexo, idade,
problema de saúde)
● Relação médico-paciente
Fatores do profissional
Formação
► Demanda induzida pelo profissional
► Pagamento por produção/consulta
► Medicina defensiva
► Insatisfação profissional/burnout
► Sexo
► Idade/experiência
► Estilos de prática clínica (técnico, ativador de
retornos, deficitário em
habilidades de comunicação, rápido, influenciado
pela indústria
farmacêutica)
Fatores da organização
Acessibilidade
► Disponibilidade
► Copagamento (pagamento complementar por
consulta ou serviço)
► Incentivos econômicos
► Tamanho da área de abrangência ou da lista de
pessoas
► Pagamento por produção
► Falta de continuidade/longitudinalidade
► Trabalho por equipe
► Multiprofissionalismo
► Retroalimentação da informação (relatórios)
► Programas de saúde (prevenção)
► Relação com o setor secundário
► Burocracia/consultas administrativas (renovação
de receita ou de atestados)
► Agenda e sistemas de marcação
► Consulta telefônica
► Organização médico-enfermeiro
5. Modelo Walk-in Clinic e outros
Atendimento exclusivo da demanda espontânea sem adstrição ou lista
fechada de pacientes;
Complementa o atendimento realizado por centros de saúde que lidam
com pessoas longitudinalmente;
BRASIL : MODELO ESF
Equipe Fechada* : Médico , Enfermeira ,Téc. Enfermagem e ACS
População definida
PAÍSES ANGLO –SAXÕES (Inglaterra, Holanda e Dinamarca):
Equipes Abertas
População definida (Médicos)
Restando da equipe lida com todos os pacientes.
6. Brasil ESF : 2.400- 4000 pessoas na área de abrangência
Países europeus : máximo 2000 pessoas ,divididas entre
médico e enfermeiro;
Contém um médico de família ou geral que lida com 2000
pessoas;
ESF: Prioriza grupos
Diabetes Gestantes
Hipertensão Crianças
Tuberculose Hanseníase
8. Conhecendo e organizando a demanda
O que significa
Demanda reprimida ????
E qual a sua importância ??
9. Nº consultas em um período
Pressão assistencial
Nº dias trabalhados no
mesmo período
Nº de consultas em
período
um
Frequentação
Nº de habitantes
10. Situação A: Excesso de frequência de paciente,
6-7 consultas/habitante/ano
Situação B : Excesso de pressão assistencial com baixa frequência
Situação C:Áreas rurais com população adstrita
Baixa pressão e Alta frequência
Excesso de recursos disponíveis
Situação D:Zona urbana residida por pessoas de classe alta
Uso de recursos sanitários : Planos , Particular.
Necessidade de melhorar a atratividade da população adstrita
11. • . Apenas dois grupos devem ser protegidos, caso
a pressão assistencial seja muito grande:
gestantes e crianças menores de um ano.
14. Reservar tempo para:
• Resolver demandas burocráticas
• Atendimento de retorno de paciente por
telefone
• Responder e-mails
• Visitas domiciliares
• Visitas hospitalares
• Contato com especialistas focais
• Agendamento de pequenos procedimentos
• Reuniões de Equipe
Período Multifuncional
15. Outras denominações de Acesso:
• Demanda espontânea ;
• Consulta do dia;
• Acolhimento;
• Advanced Access (Acesso Avançado);
16. Gestão
Quanto mais
tempo na
mesma UBS
da Clínica
Mais fácil de
manejar o
tempo de
consulta
Demora
permitida
Matriciamento
Acolhimento
Conceitos
importantes
Clínica
ampliada
Observação
atenta
17. Lidando com o hiperutilizador
Em geral são mulheres
Frequência > 3 x que a média
8 vezes mais internações hospitalares
Principais diagnósticos:
Psiquiátricos (36%)
Dor (21%)
Doença crônica (16%)
Gestação 13%
Problemas frequentes em crianças 9%
Papel da gestão
Convencer quem utiliza muito a unidade a ir menos;
E Quem não utiliza a comparecer!!!
18. Gestão da Clínica
Habilidade que deve ser treinada e aprimorada:
Média: 15 minutos
.
Esperado: algumas pessoas tenham sido vistas em 2 a
enquanto outras, em 30 a 40 minutos.
5 minutos,
Unidades de saúde inglesas: 5 consultas/ ano, 10 minutos por consulta
50 minutos por ano.
Brasil: 1,4 consultas por paciente/ano, 20 minutos por consulta 30
minutos por ano.
Grande variabilidade
19. Gestão da Clínica
Demora Permitida : fundamental para evitar referenciamentos
ou retornos mal programados
Kurt Kloetzel define : utilização do tempo como instrumento de
trabalho desde que o médico esteja convencido de que não está
diante de uma urgência e que tenha uma ideia formada sobre o
tempo que lhe é permitido esperar sem risco para o paciente;
Watchful Waiting: Observação atenta
Manter contato com o paciente para continuar a investigação.
Acionar a equipe para busca ativa do paciente que desenvolveu
por exemplo uma lesão dermatológica devido sua patologia de
base.
20. Assista aos vídeos
para aprofundar no
assunto :
https://www.youtube.com/watch?v=RW-
xMs7VPqM&t=13s
https://www.youtube.com/watch?v=y
e--
R_4Afr4&list=PLHqoxoPc2WfUpjf1HF
Oue7WG7yKJsKSQI