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Gestão da Clínica
Dr José Victor Rabelo Rodrigues
Preceptor da Residência de Medicina de Família e
Comunidade
SMS -GO
2021
GESTÃO DA CLÍNICA
Conceito Gestão da Clínica
Entende-se por ferramentas de Gestão da Clínica um conjunto de tecnologias de
microgestão do cuidado destinado a promover uma atenção à saúde de qualidade,
como:
● protocolos e diretrizes clínicas,
● planos de ação,
● linhas de cuidado,
● projetos terapêuticos singulares,
● genograma, ecomapa,
● gestão de listas de espera, auditoria clínica, indicadores de
cuidado, entre outras.
● consultas compartilhadas
Quadro 25.1:Fatores que
influenciam a gestão da clínica
Fatores do Usuário
Fatores que criam necessidades
● Doença crônica
● Situações de sofrimento
● Compreensão subjetiva do estado de
saúde
● Estado funcional
► Fatores predisponentes
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● Etnia
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● Nível educacional e socioeconômico
● Situações de sofrimento
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serviço
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agendada/tempo na sala de espera
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capitação, por salário)
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problema de saúde)
● Relação médico-paciente
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► Sexo
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► Estilos de prática clínica (técnico, ativador de
retornos, deficitário em
habilidades de comunicação, rápido, influenciado
pela indústria
farmacêutica)
Fatores da organização
Acessibilidade
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► Pagamento por produção
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► Relação com o setor secundário
► Burocracia/consultas administrativas (renovação
de receita ou de atestados)
► Agenda e sistemas de marcação
► Consulta telefônica
► Organização médico-enfermeiro
Modelo Walk-in Clinic e outros
 Atendimento exclusivo da demanda espontânea sem adstrição ou lista
fechada de pacientes;
 Complementa o atendimento realizado por centros de saúde que lidam
com pessoas longitudinalmente;
 BRASIL : MODELO ESF
 Equipe Fechada* : Médico , Enfermeira ,Téc. Enfermagem e ACS
 População definida
 PAÍSES ANGLO –SAXÕES (Inglaterra, Holanda e Dinamarca):
 Equipes Abertas
 População definida (Médicos)
 Restando da equipe lida com todos os pacientes.
Brasil ESF : 2.400- 4000 pessoas na área de abrangência
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médico e enfermeiro;
Contém um médico de família ou geral que lida com 2000
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Valor aceito internacionalmente:
consultas/paciente/ano;
3 a 4
Brasil: 1,4 consultas/paciente/ano;
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Conhecendo e organizando a demanda
Conhecendo e organizando a demanda
O que significa
Demanda reprimida ????
 E qual a sua importância ??
Nº consultas em um período
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Nº dias trabalhados no
mesmo período
Nº de consultas em
período
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Frequentação
Nº de habitantes
 Situação A: Excesso de frequência de paciente,
 6-7 consultas/habitante/ano
 Situação B : Excesso de pressão assistencial com baixa frequência
 Situação C:Áreas rurais com população adstrita
 Baixa pressão e Alta frequência
 Excesso de recursos disponíveis
 Situação D:Zona urbana residida por pessoas de classe alta
 Uso de recursos sanitários : Planos , Particular.
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• . Apenas dois grupos devem ser protegidos, caso
a pressão assistencial seja muito grande:
gestantes e crianças menores de um ano.
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Reservar tempo para:
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Gestão
Quanto mais
tempo na
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da Clínica
Mais fácil de
manejar o
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Demora
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Acolhimento
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Gestão da Clínica
Habilidade que deve ser treinada e aprimorada:
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trabalho desde que o médico esteja convencido de que não está
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tempo que lhe é permitido esperar sem risco para o paciente;
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Referências
1. GUSSO et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios
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  • 1. Gestão da Clínica Dr José Victor Rabelo Rodrigues Preceptor da Residência de Medicina de Família e Comunidade SMS -GO 2021
  • 3. Conceito Gestão da Clínica Entende-se por ferramentas de Gestão da Clínica um conjunto de tecnologias de microgestão do cuidado destinado a promover uma atenção à saúde de qualidade, como: ● protocolos e diretrizes clínicas, ● planos de ação, ● linhas de cuidado, ● projetos terapêuticos singulares, ● genograma, ecomapa, ● gestão de listas de espera, auditoria clínica, indicadores de cuidado, entre outras. ● consultas compartilhadas
  • 4. Quadro 25.1:Fatores que influenciam a gestão da clínica Fatores do Usuário Fatores que criam necessidades ● Doença crônica ● Situações de sofrimento ● Compreensão subjetiva do estado de saúde ● Estado funcional ► Fatores predisponentes ● Idade e sexo ● Etnia ● Condições de trabalho/desemprego ● Nível educacional e socioeconômico ● Situações de sofrimento ● Estado civil ● Família monoparental, divórcio ● Déficit de apoio social ● Disfunção familiar ● Condições de higiene ● Crenças e expectativas com relação ao serviço ► Fatores facilitadores ● Tempo para conseguir uma consulta agendada/tempo na sala de espera ● Distância da unidade de saúde ● Forma de pagamento (por produção, por capitação, por salário) ● Disponibilidade do serviço ● Organização do serviço ● Discriminação positiva (raça, sexo, idade, problema de saúde) ● Relação médico-paciente Fatores do profissional Formação ► Demanda induzida pelo profissional ► Pagamento por produção/consulta ► Medicina defensiva ► Insatisfação profissional/burnout ► Sexo ► Idade/experiência ► Estilos de prática clínica (técnico, ativador de retornos, deficitário em habilidades de comunicação, rápido, influenciado pela indústria farmacêutica) Fatores da organização Acessibilidade ► Disponibilidade ► Copagamento (pagamento complementar por consulta ou serviço) ► Incentivos econômicos ► Tamanho da área de abrangência ou da lista de pessoas ► Pagamento por produção ► Falta de continuidade/longitudinalidade ► Trabalho por equipe ► Multiprofissionalismo ► Retroalimentação da informação (relatórios) ► Programas de saúde (prevenção) ► Relação com o setor secundário ► Burocracia/consultas administrativas (renovação de receita ou de atestados) ► Agenda e sistemas de marcação ► Consulta telefônica ► Organização médico-enfermeiro
  • 5. Modelo Walk-in Clinic e outros  Atendimento exclusivo da demanda espontânea sem adstrição ou lista fechada de pacientes;  Complementa o atendimento realizado por centros de saúde que lidam com pessoas longitudinalmente;  BRASIL : MODELO ESF  Equipe Fechada* : Médico , Enfermeira ,Téc. Enfermagem e ACS  População definida  PAÍSES ANGLO –SAXÕES (Inglaterra, Holanda e Dinamarca):  Equipes Abertas  População definida (Médicos)  Restando da equipe lida com todos os pacientes.
  • 6. Brasil ESF : 2.400- 4000 pessoas na área de abrangência Países europeus : máximo 2000 pessoas ,divididas entre médico e enfermeiro; Contém um médico de família ou geral que lida com 2000 pessoas; ESF: Prioriza grupos Diabetes Gestantes Hipertensão Crianças Tuberculose Hanseníase
  • 7. Valor aceito internacionalmente: consultas/paciente/ano; 3 a 4 Brasil: 1,4 consultas/paciente/ano; Espanha: 7 consultas/paciente/ano Conhecendo e organizando a demanda
  • 8. Conhecendo e organizando a demanda O que significa Demanda reprimida ????  E qual a sua importância ??
  • 9. Nº consultas em um período Pressão assistencial Nº dias trabalhados no mesmo período Nº de consultas em período um Frequentação Nº de habitantes
  • 10.  Situação A: Excesso de frequência de paciente,  6-7 consultas/habitante/ano  Situação B : Excesso de pressão assistencial com baixa frequência  Situação C:Áreas rurais com população adstrita  Baixa pressão e Alta frequência  Excesso de recursos disponíveis  Situação D:Zona urbana residida por pessoas de classe alta  Uso de recursos sanitários : Planos , Particular.  Necessidade de melhorar a atratividade da população adstrita
  • 11. • . Apenas dois grupos devem ser protegidos, caso a pressão assistencial seja muito grande: gestantes e crianças menores de um ano.
  • 13.
  • 14. Reservar tempo para: • Resolver demandas burocráticas • Atendimento de retorno de paciente por telefone • Responder e-mails • Visitas domiciliares • Visitas hospitalares • Contato com especialistas focais • Agendamento de pequenos procedimentos • Reuniões de Equipe Período Multifuncional
  • 15. Outras denominações de Acesso: • Demanda espontânea ; • Consulta do dia; • Acolhimento; • Advanced Access (Acesso Avançado);
  • 16. Gestão Quanto mais tempo na mesma UBS da Clínica Mais fácil de manejar o tempo de consulta Demora permitida Matriciamento Acolhimento Conceitos importantes Clínica ampliada Observação atenta
  • 17. Lidando com o hiperutilizador  Em geral são mulheres  Frequência > 3 x que a média  8 vezes mais internações hospitalares  Principais diagnósticos:  Psiquiátricos (36%)  Dor (21%)  Doença crônica (16%)  Gestação 13%  Problemas frequentes em crianças 9%  Papel da gestão Convencer quem utiliza muito a unidade a ir menos; E Quem não utiliza a comparecer!!!
  • 18. Gestão da Clínica Habilidade que deve ser treinada e aprimorada: Média: 15 minutos . Esperado: algumas pessoas tenham sido vistas em 2 a enquanto outras, em 30 a 40 minutos. 5 minutos, Unidades de saúde inglesas: 5 consultas/ ano, 10 minutos por consulta 50 minutos por ano. Brasil: 1,4 consultas por paciente/ano, 20 minutos por consulta 30 minutos por ano. Grande variabilidade
  • 19. Gestão da Clínica  Demora Permitida : fundamental para evitar referenciamentos ou retornos mal programados  Kurt Kloetzel define : utilização do tempo como instrumento de trabalho desde que o médico esteja convencido de que não está diante de uma urgência e que tenha uma ideia formada sobre o tempo que lhe é permitido esperar sem risco para o paciente;  Watchful Waiting: Observação atenta  Manter contato com o paciente para continuar a investigação.  Acionar a equipe para busca ativa do paciente que desenvolveu por exemplo uma lesão dermatológica devido sua patologia de base.
  • 20. Assista aos vídeos para aprofundar no assunto : https://www.youtube.com/watch?v=RW- xMs7VPqM&t=13s https://www.youtube.com/watch?v=y e-- R_4Afr4&list=PLHqoxoPc2WfUpjf1HF Oue7WG7yKJsKSQI
  • 22. Referências 1. GUSSO et al. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios ,Formação e Prática – 2. ed. –Porto Alegre: Artmed,2019;