3. • INTRODUÇÃO
• OBETIVOS
• ENQUADRAMENTO TEÓRICO:
• PROBLEMA/POPULAÇÃO ALVO/COMPETÊNCIAS E CARATERÍSTICAS DO SUPERVISOR
CLÍNICO
• PLANO DE AÇÃO
• PLANO DE INTEGRAÇÃO
• CRONOGRAMA DE INTEGRAÇÃO
• DEONTOLOGIA E ÉTICA PROFESSIONAL
• GRELHAS DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISAO
• GRELHA DE AVALIAÇÃO DO SUPERVISOR
• CONCLUSÃO
4. Introdução
De acordo com a Ordem dos Enfermeiros, a supervisão clínica é um processo
dinâmico, sistemático, interpessoal e formal, entre o supervisor clínico e
supervisado, com o objetivo de estruturação da aprendizagem, a construção de
conhecimento e o desenvolvimento de competências profissionais, analíticas e
reflexivas. Este processo visa promover a decisão autónoma, valorizando a
proteção da pessoa, a segurança e a qualidade dos cuidados (OE, 2018)
(Regulamento n.o 366/2018 de 14 junho, 2015).
5. Introdução
O exercício de Enfermagem em Supervisão Clínica é determinante para
assegurar um suporte efetivo e integral na relação supervisiva, garantindo a
qualidade no processo de acompanhamento e desenvolvimento de
competências pessoais e profissionais, para a construção crítico-reflexiva e
consolidação da identidade profissional (OE, 2018) (Regulamento n.o 366/2018 de 14
junho, 2015)
6. Introdução
A OE define ainda Enfermeiro Supervisor Clínico como o Enfermeiro responsável pelo
processo de supervisão que detém um conhecimento concreto e pensamento
sistematizado, no domínio da disciplina e da profissão de Enfermagem e da
Supervisão Clínica, com competência efetiva e demonstrada do exercício profissional
nesta área, que num contexto de atuação e relação supervisivos promove o
desenvolvimento pessoal e profissional. Desenvolve uma prática profissional, ética e
legal, agindo de acordo com as normas legais, os princípios Éticos e a Deontologia
Profissional, assegurando um processo dinâmico, interpessoal e formal de suporte
com o supervisado, promotor do desenvolvimento de competência, garantindo a
transição socioprofissional segura e a qualidade dos cuidados.(Regulamento n.o 366/2018 de 14
junho, 2015)
7. Objetivos
▪ Compreender e aprofundar conhecimentos sobre a supervisão clínica e a sua
importância;
▪ Conhecer e identificar os métodos supervisivos que melhor se adequam à
supervisão de pares em processo de integração;
▪ Potencializar o processo de integração de pares;
▪ Permitir um feedback e um processo de avaliação durante o processo de integração
e de supervisão;
▪ Estabelecer critérios de uniformização facilitadores da integração de novos
Enfermeiros no serviço.
8. Enquadramento teórico
Ao longo da vida, as pessoas experimentam mudanças e transições (Meleis,
2000).
A transição refere-se ao modo como as pessoas respondem às mudanças ao
longo do tempo. As pessoas passam por transições quando necessitam de se
adaptar a novas situações/circunstâncias, de modo a incorporarem o evento
de mudança nas suas vidas (Schumacher e Meleis, 1994).
12. BENNER (2005), CONSIDERA QUE OS ENFERMEIROS INICIADOS TÊM DIFICULDADE EM
INTEGRAR O CONHECIMENTO TEÓRICO COM AS VIVÊNCIAS PRÁTICAS, SOBRETUDO PORQUE
LHES SÃO VEICULADOS SABERES E NORMAS OBJETIVAS NA FORMAÇÃO INICIAL,
DESCONTEXTUALIZADAS DAS SITUAÇÕES REAIS. POR OUTRO LADO, CONSIDERA-SE QUE
TODOS OS ENFERMEIROS QUE INTEGRAM UM NOVO SERVIÇO EM QUE NÃO CONHECEM OS
UTENTES PODEM ENCONTRAR-SE A ESTE NÍVEL, SE OS OBJETIVOS E OS ASPETOS INERENTES
AOS CUIDADOS NÃO LHES FOREM FAMILIARES. ACREDITA-SE QUE A PARTIR DESTA FASE, E
DECORRENTE DA APRENDIZAGEM EXPERIENCIAL, O ENFERMEIRO SE TORNE MAIS
COMPETENTE, QUALIFICADO E CONFIANTE.
13. O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO É
IMPORTANTE NO SUCESSO DE ADAPTAÇÃO
DO INDIVÍDUO À ORGANIZAÇÃO, NA
AQUISIÇÃO DE AUTOCONFIANÇA NO
EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES E NA
CONSTRUÇÃO DA SUA IDENTIDADE
PROFISSIONAL. CONSIDERA-SE QUE O
SUCESSO NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO
PASSA POR UM PROGRAMA BEM DEFINIDO E
BEM ESTRUTURADO (D’OLIVEIRA, 2020).
14. O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO EM ENFERMAGEM PODE SER VISTO COMO A
“INTRODUÇÃO DO INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO E A SUA ORIENTAÇÃO NA SITUAÇÃO DE
TRABALHO, OU SEJA, É UM PROCESSO MEDIANTE O QUAL SE INFORMAM OS NOVOS
ENFERMEIROS ACERCA DO AMBIENTE DE TRABALHO EXISTENTE, COM O PROPÓSITO DE
SE FACILITAR UMA RÁPIDA ADAPTAÇÃO AO MESMO. É UM PROCESSO ATRAVÉS DO QUAL
O INDIVÍDUO APREENDE O SISTEMA DE VALORES, NORMAS E PADRÕES DE
COMPORTAMENTO REQUERIDOS PELA ORGANIZAÇÃO/SERVIÇO EM QUE INGRESSA”.
(AESOP, 2012).
15. Problema
A necessidade de implementar sistemas de qualidade está hoje assumida
formalmente, quer por instâncias internacionais como a Organização Mundial
da Saúde e o Conselho Internacional de Enfermeiros, quer por organizações
nacionais como o Conselho Nacional da Qualidade (Regulamento n.o 361/2015 Regulamento dos Padrões
de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica, 2015)
17. População alvo
▪ Enfermeiros em processo de integração (supervisados) no serviço de
Cardiologia/Neurologia/UAVC;
▪ Enfermeiros em processo de supervisão (supervisores) no serviço de
Cardiologia/Neurologia/UAVC;
18. População alvo
A missão do serviço, “Garantir aos
doentes do foro cardíaco e neurológico,
as soluções mais adequadas às suas
necessidades, promovendo cuidados de
enfermagem de excelência”, (de forma a manter o
anonimato da instituição o autor foi propositadamente omitido), durante o
internamento e nos diferentes tipos de
transição de cuidados, como no
momento da alta clínica, por exemplo.
19. População alvo
De acordo com o REPE, o Enfermeiro é o profissional habilitado com um curso
de enfermagem legalmente reconhecido, a quem foi atribuído um título
profissional que lhe reconhece competência científica, técnica e humana para
a prestação de cuidados de enfermagem gerais ao indivíduo, família, grupos e
comunidade, aos níveis da prevenção primária, secundária e terciária (OE,
2015).
20. População alvo
Os enfermeiros deverão adotar uma conduta responsável e ética atuando no
respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos (artigo
8 do REPE).
Desta forma, preconiza-se que o Enfermeiro integrado no serviço conheça o
código deontológico de Enfermagem e atue de acordo com este.
21. Competências e caraterísticas do supervisor
clínico
Segundo a OE, o Enfermeiro Supervisor Clínico é o responsável pelo processo de
supervisão que detém um conhecimento concreto e pensamento sistematizado, no
domínio da disciplina e da profissão de Enfermagem e da Supervisão Clínica, com
competência efetiva e demonstrada do exercício profissional nesta área, que num
contexto de atuação e relação supervisivos promove o desenvolvimento pessoal e
profissional. Desenvolve uma prática profissional, ética e legal, agindo de acordo com
as normas legais, os princípios Éticos e a Deontologia Profissional, assegurando um
processo dinâmico, interpessoal e formal de suporte com o supervisado, promotor do
desenvolvimento de competência, garantindo a transição socioprofissional segura e a
qualidade dos cuidados (Diário da República, 2.ª série - N.º 113 - 14 de junho de 2018).
23. Supervisor clínico em Enfermagem – funções
Deve sustentar a formação e a atividade profissional dos
supervisados tendo em conta a prestação de cuidados de
excelência ao utente, promover a mudança positiva, educar,
monitorizar, recomendar, desafiar, pesquisar e desenvolver o
espírito crítico dos mesmos (Cottrell, 2000).
24. Modelos de Supervisão Clínica
Supervision Alliance
Model (Proctor,
1986)
Modelo da relação
Supervisor-
Supervisado
(Hawkins e Shohet,
1989)
Modelo Reflexivo de
Supervisão
Profissional (Johns,
1993)
Modelo de
Supervisão Orientado
para os Problemas
(Rogers e Topping-
Morris, 1997)
Modelo de Técnicas
de Confrontação
(Cutcliffe e Epling,
1997)
Modelo de
Supervisão Centrado
na Prática (Nicklin,
1997)
Modelo de
Supervisão Clínica
em Enfermagem
Contextualizado
(Cruz, 2012)
25. Modelo de Supervisão
Nicklin(1997), defende um Modelo de Supervisão sistemático centrado na prática com 3 funções
interativas:
Suporte
Formativa Gerível
A eficácia do profissional aumenta se existir equilíbrio
entre as três funções.
26. Modelo de Supervisão
Condiciona a
atividade do
supervisado
Estilos fortemente
diretivos
Promove a
autonomia do
supervisado
Estilos não
diretivos
28. Plano de ação
▪ Enfermeira em cargo de gestão do serviço;
▪ Levantamento de informação sobre experiência profissional, expectativas
pessoais/profissionais, dúvidas e anseios, conhecimento prévio sobre as especialidades do
serviço;
▪ O ambiente deve ser favorável, amigável e de crescimento, contrariamente a um ambiente
de pressão/opressão;
▪ A escolha do Enfermeiro Supervisor compete à Enfermeira em função de chefia;
▪ Avaliação do supervisado e do supervisor.
29. Caracterização do
Serviço
Cardiologia/Neurologia/UAVC
A prestação de cuidados de enfermagem visa,
sobretudo, utentes com patologias
neurológicas, utentes com doenças do foro
cerebrovascular (AVC, traumatismo crânio
encefálico, esclerose múltipla,
meningoencefalite, demências, etc.) e
cardíaco (colocação de pacemaker, realização
de estudo eletrofisiológico, cateterismo
cardíaco, encerramento de CIA e FOP, pós
CABG, pós TAVI, etc.) e internamento eletivo
de utentes para colocação de gastrostomia
endoscópica percutânea (PEG).
30. Recursos Humanos
Enfermagem
▪ Enfermeira em função de chefia
▪ Enfermeira especialista de reabilitação
(Neurologia/UAVC)
▪ Enfermeiros em prestação de cuidados
gerais (especialistas em médico-cirúrgica
e em reabilitação)
▪ Enfermeiros do laboratório de
hemodinâmica
Equipa médica
▪ Cardiologistas;
▪ Neurologistas;
▪ Medicina interna;
▪ Medicina física de reabilitação
▪ Internos de medicina, neurologia, cardiologia e
de outras especialidades médicas.
32. Plano de integração
Objetivos do supervisor Intervenções
Atingido/
Não
atingido
Observações
Apresentar a estrutura física e dinâmica do
serviço
Visita guiada ao serviço;
Entrevista (reconhecimento de experiências prévias e expectativas);
Explicar as rotinas diárias e dos diferentes turnos;
Explanar as intervenções específicas para cada especialidade clínica;
Dar a conhecer os protocolos e manuais de atividades do serviço e da
instituição;
Dar a conhecer a organização, armazenamento e distribuição de
material, funcionamento dos equipamentos;
Informar e demonstrar a localização e utilização dos carros de
emergência do serviço.
Dar a conhecer os horários da instituição,
gestão de recursos humanos e distribuição
de recursos humanos nos turnos e escalas
de trabalho
Introduzir o acesso ao plano de gestão de horários;
Explicar o plano de trabalho e a sua realização;
Referenciar a existência e o papel do responsável de turno.
33. Plano de integração
Objetivos do supervisor Intervenções
Atingido/
Não
atingido
Observações
Apresentar a dinâmica de admissão e
acolhimento ao serviço de Cardiologia/
Neurologia/UAVC
Demonstrar o acolhimento de utentes da Neurologia, UAVC e Cardiologia;
Explanar as diferenças de admissão de utentes das diferentes
especialidades médicas;
Referir os parâmetros de colheita de dados a realizar no momento de
admissão;
Explicar a realização de espólio de bens materiais e o impresso de
declinação de responsabilidade por parte do hospital (espólio);
Realização do processo de enfermagem na plataforma SClínico de
acordo com as necessidades do utente;
Reforçar a importância de compreender a existência prévia de quedas,
úlceras, feridas, etc., antes da realização do processo de enfermagem;
Importância da realização de notas de entrada que devem ser realizadas
até 2 horas após a admissão ao serviço e deve conter a informação mais
relevante de um ponto de vista geral (proveniência, diagnóstico, estado
de consciência, situação hemodinâmica, défices, espólio, dispositivos
médicos como sondas nasogástricas e sondas vesicais, oxigenioterapia,
etc.);
Realização da avaliação inicial do utente que deve ser efetuada até 24
horas após a admissão, contudo, sempre que possível deve ser realizada
no momento da entrada do utente no serviço (norma 009 atualizada em
2008 – avaliação inicial do doente internado).
34. Objetivos do supervisor Intervenções
Atingido/
Não
atingido
Observações
Enunciar os procedimentos médicos e de
diagnóstico e as intervenções de
Enfermagem mais frequentes
Elucidar sobre:
Realização de punções lombares;
Preparação de utentes para cateterismo cardíaco, implantação de
pacemaker, cardiodisfibrilhador, ressincronizador cardíaco, estudo
electrofisiológico, implantação de gastrostomia endoscópica percutânea,
desnervação renal;
Colheita de produtos biológicos para análise;
Preparação e administração de terapêutica;
Administração de alimentação por sonda nasogástrica ou gastrostomia
endoscópica percutânea;
Alimentação de doentes com disfagia, tipo de textura e grau de disfagia;
Prestação de cuidados diretos ao utente e satisfação das suas
necessidades;
Registos de enfermagem.
Elucidar sobre a reposição de material nos
carros de apoio em todos os turnos
Reposição do carro de terapêutica, carro de realização de pensos e
punção lombar, carro de emergência, carro de punções venosas e
colheitas de espécimes para análise, algaliações e entubações,
preparação de utentes para procedimentos cirúrgicos.
35. Objetivos do supervisor Intervenções
Atingido/
Não
atingido
Observações
Explanar a dinâmica de passagem de turno
Dar a conhecer a folha de registo informático de informação dos utentes
internados;
Demonstrar o seu preenchimento e atualização;
Passar o turno.
36. Cronograma de integração
Período Atividade a realizar Competências a adquirir Data
Primeira semana
Apresentação da estrutura física e organizacional do
serviço;
Conhecer as rotinas diárias e dos diferentes turnos;
Compreender as intervenções específicas para cada
especialidade clínica;
Dar a conhecer os protocolos e manuais de atividades do
serviço e da instituição;
Dar a conhecer a organização, armazenamento e
distribuição de material, funcionamento dos equipamentos;
Informar e demonstrar a localização e utilização dos carros
de emergência do serviço;
Ser elucidado sobre os registos no SClínico e sua
importância.
Conhecer os locais de alocação de material (stock,
sala de Enfermagem, sala de terapêutica, sala de
pensos, etc.);
Familiarizar-se com as diferentes especialidades do
serviço e distribuição física dos utentes;
Compreender as patologias mais frequentes na
Neurologia e Unidade de AVC;
Assimilar protocolos do serviço;
Reconhecer as rotinas e horários do serviço;
Ser elucidado sobre os registos no SClínico e sua
importância;
37. Período Atividade a realizar Competências a adquirir Data
Segunda semana
Enunciar os procedimentos médicos e de diagnóstico e as
intervenções de Enfermagem mais frequentes;
Fornecer informações pertinentes sobre a prestação de
cuidados efetiva ao utente, potenciar a aprendizagem e o
desenvolvimento de competências;
Dar a conhecer as grelhas de avaliação do supervisado e
supervisor.
Estabelecer prioridades na realização de intervenções
de enfermagem;
Cumprir em tempo útil as rotinas estabelecidas;
Compreender as dinâmicas multidisciplinares do
serviço;
Desenvolver autonomia na prestação de cuidados
diretos ao utente;
Ser autónomo na realização de técnicas de
enfermagem;
Aperfeiçoar registos no SClínico e capacitar-se na
admissão de utentes;
Atuar de acordo com o código ético e deontológico de
Enfermagem;
Avaliação do supervisado e do supervisor.
38. Período Atividade a realizar Competências a adquirir Data
Terceira semana
Realizar o acolhimento de utentes da Neurologia, UAVC e Cardiologia
de acordo com as diferenças de admissão de utentes das diferentes
especialidades médicas;
Realizar a colheita de dados no momento de admissão; o espólio de
bens materiais e a aplicação do impresso de declinação de
responsabilidade por parte do hospital (espólio);
Realizar o processo de enfermagem na plataforma SClínico de acordo
com as necessidades do utente;
Registar a existência prévia de quedas, úlceras, feridas, etc., antes da
realização do processo de enfermagem;
Importância da realização de notas de entrada que devem ser
realizadas até 2 horas após a admissão ao serviço e deve conter a
informação mais relevante de um ponto de vista geral (proveniência,
diagnóstico, estado de consciência, situação hemodinâmica, défices,
espólio, dispositivos médicos como sondas nasogástricas e sondas
vesicais, oxigenioterapia, etc.);
Realizar avaliação inicial do utente que deve ser efetuada até 24
horas após a admissão, contudo, sempre que possível deve ser
realizada no momento da entrada do utente no serviço (norma 009
atualizada em 2008 – avaliação inicial do doente internado).
Ter capacidade de identificar problemas e encontrar soluções
nos utentes distribuídos;
Ser autónomo na realização das atividades e rotinas do serviço;
Realizar registos no SClínico de forma autónoma;
Admitir utentes ao serviço de forma independente;
Desenvolver cuidados de enfermagem autonomamente em
tempo útil;
Atuar de acordo com o código ético e deontológico de
Enfermagem;
Avaliação do supervisado e do supervisor.
39. Período Atividade a realizar Competências a adquirir Data
Quarta semana
Preparar utentes para cateterismo cardíaco, implantação de
pacemaker, cardiodisfibrilhador, ressincronizador cardíaco,
estudo electrofisiológico, implantação de gastrostomia
endoscópica percutânea, desnervação renal;
Prestar cuidados pré e pós-operatórios em procedimentos
médicos cardíacos.
Conhecer as rotinas e especificidades da Cardiologia;
Compreender as patologias mais frequentes na
Cardiologia;
Tomar conhecimento e assimilar os protocolos e
procedimentos da Cardiologia;
Atuar de acordo com o código ético e deontológico de
Enfermagem.
Quinta semana
Prestar cuidados diretos aos utentes nas três especialidades
clínicas de acordo com as suas necessidades, de forma
autónoma.
Ter uma prática autónoma o serviço de
Neurologia/Unidade de AVC/Cardiologia;
Atuar de acordo com o código ético e deontológico de
Enfermagem;
Avaliação supervisado e supervisor.
41. AVALIAÇÃO DO SUPERVISADO NA SEGUNDA SEMANA
Estabelece de prioridades
Sim
Não
Observações:
Cumpre em tempo útil as rotinas
estabelecidas
Sim
Não
Observações:
Compreende as dinâmicas
multidisciplinares do serviço
Sim
Não
Observações:
Desenvolve autonomia na
prestação de cuidados
Sim
Não
Observações:
É autónomo na realização de
técnicas de enfermagem
Sim
Não
Observações:
Realiza registos no SClínico com
mais ou menos dificuldade
Sim
Não
Observações:
Atua de acordo com o código ético
e deontológico de Enfermagem
Sim
Não
Observações:
O supervisor: __________________________________ O Supervisado: _________________________________
O Enfermeiro Chefe: _____________________________
42. AVALIAÇÃO DO SUPERVISADO NA TERCEIRA SEMANA
Identifica problemas e encontra
soluções
Sim
Não
Observações:
É autónomo nas atividades e
rotinas do serviço
Sim
Não
Observações:
Realiza registos no SClínico
autonomamente
Sim
Não
Observações:
É independente na admissão de
utentes
Sim
Não
Observações:
Desenvolve cuidados de
enfermagem autonomamente e
em tempo útil
Sim
Não
Observações:
Atua atendendo ao código ético e
deontológico da profissão
Sim
Não
Observações:
O supervisor: __________________________________ O Supervisado: _________________________________
O Enfermeiro Chefe: _____________________________
43. AVALIAÇÃO DO SUPERVISADO NA QUINTA SEMANA
Conhece as rotinas e
especificidades da Cardiologia
Sim
Não
Observações:
Assimilou os protocolos e
procedimentos de Cardiologia
Sim
Não
Observações:
É autónomo no Serviço de
Neurologia/UAVC e Cardiologia
Sim
Não
Observações:
Atua atendendo ao código
ético e deontológico da
profissão
Sim
Não
Observações:
O supervisor: __________________________________ O Supervisado: _________________________________
O Enfermeiro Chefe: _____________________________
44. ESCALA DE AVALIAÇÃO DE CARATERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS
DO SUPERVISOR CLÍNICO EM ENFERMAGEM
(Correia, G., Lage, I., & Martins, C., 2016)
Nada
importante
Pouco
importante
Importante
Muito
importante
Essencial
Ter autoestima 1 2 3 4 5
Ter motivação 1 2 3 4 5
Ser criativo 1 2 3 4 5
Saber resolver problemas 1 2 3 4 5
Ter conhecimento de si próprio 1 2 3 4 5
Ser solícito 1 2 3 4 5
Ser responsável 1 2 3 4 5
Saber gerir conflitos 1 2 3 4 5
Ser íntegro 1 2 3 4 5
Ter iniciativa 1 2 3 4 5
Dar estímulo 1 2 3 4 5
Ter capacidade de decisão 1 2 3 4 5
Ser tolerante 1 2 3 4 5
Saber avaliar 1 2 3 4 5
Ser autêntico 1 2 3 4 5
Ser sensível 1 2 3 4 5
Saber planear 1 2 3 4 5
Contribuir para o desenvolvimento
do outro
1 2 3 4 5
Saber escutar 1 2 3 4 5
Ter autoconfiança 1 2 3 4 5
Saber comunicar 1 2 3 4 5
O supervisor:
_______________________
O Supervisado:
_______________________
O Enfermeiro Chefe:
_______________________
45. Conclusão
O âmago da supervisão clínica é a segurança e o bem-estar dos utentes e das
suas famílias, desempenhando também um papel fundamental no apoio às
necessidades e no bem-estar dos profissionais, o que por si só continua a ser e
a justificar a sua implementação e manutenção (MacCulloch 2009).
46. Conclusão
A literatura sugere que a supervisão clínica permite aos profissionais desenvolverem
conhecimentos e competências essenciais para a obtenção de níveis mais elevados de
cuidados de enfermagem, sendo que melhores cuidados geram aumento no
desenvolvimento profissional, fato que contribui para o aumento da sua satisfação
profissional (Cutcliffe et al, 2018). Sendo que a satisfação profissional influência a
satisfação pessoal, e indivíduos satisfeitos são motivados e equilibrados, física e
emocionalmente, que facilmente proporcionarão cuidados de saúde com maior
qualidade (Lu et al., 2019).
47. Conclusão
Desta forma, esperamos que este manual de integração de pares seja um
elemento facilitador, uniformizador e pertinente para a integração de novos
profissionais, que agilize todo o processo de forma a que este seja um
processo de aquisição e partilha de conhecimentos, de crescimento pessoal,
emocional e profissional, por forma a que a prestação de cuidados de
enfermagem aos utentes deste serviço seja de elevada qualidade.
48.
49. Referências Bibliográficas
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Notas do Editor
processo de transição (integração a um novo serviço) está intimamente dependente da perceção de cada indivíduo (Enfermeiro/a), da sua consciencialização do processo de transição que irá definir o seu empenhamento e grau de desenvolvimento no processo, nomeadamente a procura/aquisição de conhecimentos/informações e proatividade
pelo que serão necessárias estratégias para auxiliar a gestão da situação e vivência do processo de transição
Os indicadores de processo permitem perceber se o indivíduo se encontra num caminho de saúde e bem-estar, ou na direção da vulnerabilidade e risco, enquanto os indicadores de resultados se referem ao domínio de novas competências e à integração fluída de identidade. Consequentemente, para alcançar um processo de transição saudável, tendo como perspetiva uma prática de enfermagem mais humanizada, científica e holística, o Enfermeiro (supervisor) necessita conhecer o crescimento e o desenvolvimento do novo elemento (supervisado) de forma a estar consciente das dificuldades e adaptações às novas situações que geram instabilidade.
A elaboração deste manual de integração vem fazer face a uma exigência do processo de acreditação à idoneidade formativa da OE, sendo de crucial importância na implementação de cuidados de qualidade, fazendo parte integrativa dos padrões de qualidade da OE.
(de forma a manter o anonimato da instituição o autor foi propositadamente omitido)
Perícia: o reconhecimento pode ser informal através da habilidade, da experiência ou do status e da formação. Este reconhecimento pode vir dos pares pois a perícia formal pode ser transmitida pela confiança;
Experiência: o supervisor clínico em enfermagem é reconhecido como tendo experiência no seu campo de especialidade. A prática clínica é altamente desejável;
Aceitabilidade: é muito importante que o supervisor clínico seja aceite por aqueles que ele supervisiona;
Formação: é desejável que todos os supervisores clínicos recebam formação em supervisão clínica no início da sua atividade supervisiva, bem como formação contínua. A formação básica é considerada necessária, mas não suficiente para assegurar elevada qualidade em supervisão. A formação e experiência adicionais em supervisão são consideradas essenciais para ajudar a desenvolver competências supervisivas.
Estilos fortemente diretivos assentam no condicionamento da atividade do supervisionado, no estabelecimento de critérios mais ou menos rígidos, na medida em que haverá pouca negociação e na preocupação com a sua orientação. Em oposição os estilos não diretivos, com foco na escuta e no encorajamento do supervisionado, em ajudar a clarificar o seu pensamento e as suas práticas e, posteriormente, preocupação do supervisor em dar a sua opinião e em ajudar a encontrar soluções, sendo que o objetivo fundamental do processo supervisivo num estilo não-diretivo será promover a autonomia do supervisado, na medida em que, mais do que dar-lhe orientações e soluções pré-concebidas, se procura estimulá-lo a analisar e interpretar a sua prática, buscando ele mesmo, ainda que com o apoio do supervisor, as soluções para os problemas que a prática lhe coloca.
INSTRUÇÕES:
Esta escala engloba um conjunto de termos/expressões que traduzem caraterísticas e competências do Supervisor Clínico em Enfermagem.
Assinale com uma cruz (X) o grau de importância que atribui a cada um (a) deles (as), na sua orientação e acompanhamento na prática clínica, sendo que:
1 – Corresponde a nada importante;
2 – Corresponde a pouco importante;
3 – Corresponde a importante;
4 – Corresponde a muito importante;
5 – Corresponde a essencial.
Assinale apenas uma opção por cada termo/expressão.