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TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO – TCE
PROFESSOR: RAFAEL CATHARINO
DEFINIÇÃO
O TCE é qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que tenha como
consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do
couro cabeludo, bem como o comprometimento funcional das meninges,
encéfalo ou seus vasos, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou
permanentes, de natureza cognitiva ou funcional.
CRÂNIO CÉREBRO
CEREBELO
• Responsável pela coordenação
do movimento, está localizado
na fossa posterior do crânio,
atrás do tronco cerebral e abaixo
do cérebro.
• Contém a medula, área que
controla algumas funções
vitais do organismo, como a
respiração e a frequência
cardíaca.
MENINGES
• As meninges são membranas que recobrem o cérebro, são proteção de toda estrutura cerebral,
composta por 3 meninges:
• Para proteger essas estruturas, temos o liquido cefalorraquidiano (LCR),
substância transparente rica em nutrientes, que circunda o cérebro e a
medula espinhal, funcionando como um amortecedor de impactos
localizado no espaço subaracnóideo.
• A pressão encontrada dentro do crânio é chamada de pressão
intracraniana (PIC), e reflete a relação entre as estruturas como cérebro,
sangue, LCR e o volume do crânio.
EPIDEMIOLOGIA
• O trauma é a principal causa de morte em
pessoas entre 5 e 44 anos;
• O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é o
principal determinante de morbidade,
incapacidade e mortalidade dentro deste
grupo;
• O TCE grave está associado a uma taxa
de mortalidade de 30% a 70%, e a
recuperação dos sobreviventes é marcada
por sequelas neurológicas graves e por
uma qualidade de vida muito prejudicada.
ETIOLOGIA
As causas de TCE estão relacionadas dentro do grupo de
patologias ocorridas por causas externas, sendo as principais:
 50%: acidentes automobilísticos. Neste grupo, a principal
faixa etária é de adolescentes e adultos jovens. Dos 15 aos
24 anos, os acidentes de trânsito são responsáveis por mais
mortes que todas as outras causas juntas.
 30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos.
Entretanto, no Brasil são muito frequentes as quedas de lajes.
 20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de
fogo e armas brancas.
FISIOPATOLOGIA
Múltiplos são os fatores que determinam as lesões causadas pelo TCE. Há mecanismos que
começam a agir tão cedo, bem como outros que vão se estender por dias, semanas ou meses
após o evento. Há ainda fatores sistêmicos que podem agravar o quadro neurológico, levando a
um pior prognóstico.
Lesões Primárias
Lesão do couro
cabeludo
Fraturas
Contusões
Lesões Meníngeas
Lesão Axional
Difusa
Lesão de Pares
Cranianos
FISIOPATOLOGIA
LESÕES SECUNDÁRIAS
Hemorragia Subaracnoidea Hematoma extradural Hematoma Subdural
Hematoma
Intraparenquimatoso
Edema Cerebral Higroma Swelling Fístulas Liquóricas
CLASSIFICAÇÃO DO TCE
• Para a classificação de gravidade do TCE utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow – ECG. Esta
é uma escala mundialmente aceita, já que constitui um método fácil para avaliar não só a
gravidade do TCE, mas também da deterioração do quadro neurológico à medida que se deve
repetir a aplicação da escala ao longo do atendimento clínico.
• TCE Leve: 13 a 15 pontos;
• TCE Moderado: 9 a 12 pontos;
• TCE Grave: 3 a 8 pontos.
OBS: Assim, sabe-se, por exemplo, que todo o
paciente com ECG < 8 deve ser intubado para
proteção de vias aéreas e manutenção da
ventilação.
TIPOS DE TCE
• TRAUMATISMOS CRANIANOS FECHADOS:
 Não há ferimentos no crânio ou existe somente
uma fratura linear;
• FRATURAS CRANIANAS COM AFUNDAMENTO:
 Há fragmento do osso afundado comprimindo ou
lesionando o cérebro;
• FRATURAS CRANIANAS EXPOSTAS:
 Existe comunicação direta entre o couro
cabeludo lesionado e o parênquima cerebral.
Avaliação Inicial
 História clínica,
 exame físico geral,
 avaliação neurológica (Glasgow),
 tipo e gravidade do acidente,
 nível de consciência,
 sinais e sintomas neurológicos,
 presença de fratura no RX de
crânio.
Avaliação Inicial
muitos fatores influenciam na avaliação
neurológica inicial; por isso, a avaliação
cardiopulmonar deve acompanhar o exame
neurológico. O controle e a manipulação
das vias aéreas, respiração e circulação
são prioritários.
 O uso de álcool ou drogas que
deprimam o sistema nervoso ou ainda
fatores tóxicos podem influenciar na
avaliação inicial do paciente.
TRAUMATISMO CRÂNIO-
ENCEFÁLICO
Diagnóstico
 Radiografia de crânio
 Tomografia computadorizada
 Ressonância magnética
Quadro Clínico
 Alteração do nível de consciência.
 Hipertensão intracraniana.
 Déficit motor(imediato ou tardio).
 Alteração da sensibilidade.
 Alteração do tipo frontal.
 Alteração de reflexos.
 Disfunções autonômicas.
 Alteração do ritmo e padrão respiratório.
Escala de coma
Glasgow. Analisa os
níveis de gravidade
Avalia o grau de injúria neuronal dos
pacientes sofridos por um trauma
cranioencefálico. Onde são avaliados 3
parâmetros:
FRATURAS DA BASE DO CRÂNIO
SINAIS CLÍNICOS
• Equimose Periorbital: olhos
de guaxinin
• Equimose Retroauricular:
sinal de battle
• Disfunção do VII e VIII
pares de nervos
cranianos
ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS
FUNÇÃO AUTONÔMICA
Frequência Cardíaca;
Frequência Respiratória
Pressão Arterial Sistêmica
Temperatura
Salivação
Sudorese
Secreção Sebosa e Excessiva
ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS
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ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS
Plegia/Paresias
Reflexos Anormais
Rigidez de Decorticação
Rigidez de Descerebração
ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS
RESPOSTAS PUPILARES
OBS: Midríase bilateral é
uma lesão estrutural de
tronco cerebral irreversível.
Complicações do TCE
Os pacientes vítimas do TCE podem apresentar
sequelas físicas, neuropsicomotoras, epilepsias,
hidrocefalia e estética (defeitos cranianos),Em
geral quanto mais grave for o trauma, maior a
chance de sequelas.
Sequelas e Complicações do TCE
Divide -se em 3 categorias :
 Físico
 Cognitivo
 comportamental
Física:
ocorre alterações musculoesqueléticas,
distúrbios cardiovasculares, disfunções
endócrinas ,alterações no trato intestinal e
urinário , bem como a dinâmica respiratória
e complicações no sistema sensório motor.
 Paresias ou plegias
 Alterações de tônus e de postura
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 Distúrbios sensoriais
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Cognitivo:
Envolve aspectos ligados á linguística, de
forma geral como:
 Afasia
 Disartria
 Disfagia
 Alterações visuo espacial e perspectivas
 Alterações na atenção e perseverança
 Amnésia
Comportamental:
 Irritabilidade
 Ansiedade
 Euforia
 Apatia
 Depressão
 Perda da inibição e julgamento
 Negligência á higiene
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Protocolo de emergência.
 Atender o paciente no tempo preconizado;
 Garantir ventilação eficaz;
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 Avaliar o mecanismo do trauma;
 Classificar o trauma segundo região anatômica acometida;
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 Proceder o tratamento adequado segundo região anatômica
acometida;
 Internar em unidade compatível com a demanda do cuidado.
REFERÊNCIAS
PEREIRA JUNIOR, G.A.; PONTE FILHO, A.D.; MALZONE, D.A.; PEDERSOLI, C.E. Transporte intra-hospitalar do paciente
crítico. Medicina (Ribeirão Preto), 40 (4): 500-8, out/dez, 2007. 2. SILVA, R.; AMANTE, L.N. Checklist para o transporte
intra-hospitalar de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Texto e Contexto – enfermagem, vol.24, n.2,
Florianópolis Apr/June, 2015. 3. ALMEIDA, A.C.G; NEVES, A.L.D; DOUZA, C.L.B; GARCIA, J.H.;LOPES, J.L.; BARROS,
A.L.B. L. Transporte intra-hospitalar de pacientes adultos em estado crítico: complicações relacionadas à equipe,
equipamentos e fatores fisiológicos. Acta paul. Enferm. Vol.25 nº.3 São Paulo, 2012. 4. World Health Organization. Who
Patient Safety Checklists on line 2014. Acesso 10 Março de 2017. Disponível em:
http://www.who.int/patientsafety/implementation/checklists/en 5. CHOI, H.K; SHIN, S. DO.; RO, Y.S.; KIM, DO. K.; SHIN,
S.H.; KWAK, Y.H. A before- and after-intervention trial for reducing unexpected events during the intrahospital transport of
emergency patients. American Journal of Emergency Medicine (2012) 30, 1433–1440 6. WAYDHAS, C. Intrahospital
transport of critically ill patients. Crit Care Med.1999; 3(5):83-9. 7. NOGUEIRA, V.O.; MARIN, H.F.; CUNHA, C.K.O.
Informações on-line sobre transporte intrahospitalar de paciente críticos adultos. Acta paul.enferm.vol.18 nº4, São Paulo
Oct/Dec. 2005. 8. AMERICAN ASSOCIATION FOR RESPIRATORY CARE (AARC).
MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégica
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Traumatismo craniano

  • 2. DEFINIÇÃO O TCE é qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que tenha como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do couro cabeludo, bem como o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou funcional.
  • 3.
  • 5.
  • 6. CEREBELO • Responsável pela coordenação do movimento, está localizado na fossa posterior do crânio, atrás do tronco cerebral e abaixo do cérebro. • Contém a medula, área que controla algumas funções vitais do organismo, como a respiração e a frequência cardíaca.
  • 7. MENINGES • As meninges são membranas que recobrem o cérebro, são proteção de toda estrutura cerebral, composta por 3 meninges:
  • 8. • Para proteger essas estruturas, temos o liquido cefalorraquidiano (LCR), substância transparente rica em nutrientes, que circunda o cérebro e a medula espinhal, funcionando como um amortecedor de impactos localizado no espaço subaracnóideo. • A pressão encontrada dentro do crânio é chamada de pressão intracraniana (PIC), e reflete a relação entre as estruturas como cérebro, sangue, LCR e o volume do crânio.
  • 9. EPIDEMIOLOGIA • O trauma é a principal causa de morte em pessoas entre 5 e 44 anos; • O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é o principal determinante de morbidade, incapacidade e mortalidade dentro deste grupo; • O TCE grave está associado a uma taxa de mortalidade de 30% a 70%, e a recuperação dos sobreviventes é marcada por sequelas neurológicas graves e por uma qualidade de vida muito prejudicada.
  • 10. ETIOLOGIA As causas de TCE estão relacionadas dentro do grupo de patologias ocorridas por causas externas, sendo as principais:  50%: acidentes automobilísticos. Neste grupo, a principal faixa etária é de adolescentes e adultos jovens. Dos 15 aos 24 anos, os acidentes de trânsito são responsáveis por mais mortes que todas as outras causas juntas.  30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos. Entretanto, no Brasil são muito frequentes as quedas de lajes.  20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de fogo e armas brancas.
  • 11. FISIOPATOLOGIA Múltiplos são os fatores que determinam as lesões causadas pelo TCE. Há mecanismos que começam a agir tão cedo, bem como outros que vão se estender por dias, semanas ou meses após o evento. Há ainda fatores sistêmicos que podem agravar o quadro neurológico, levando a um pior prognóstico. Lesões Primárias Lesão do couro cabeludo Fraturas Contusões Lesões Meníngeas Lesão Axional Difusa Lesão de Pares Cranianos
  • 12. FISIOPATOLOGIA LESÕES SECUNDÁRIAS Hemorragia Subaracnoidea Hematoma extradural Hematoma Subdural Hematoma Intraparenquimatoso Edema Cerebral Higroma Swelling Fístulas Liquóricas
  • 13. CLASSIFICAÇÃO DO TCE • Para a classificação de gravidade do TCE utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow – ECG. Esta é uma escala mundialmente aceita, já que constitui um método fácil para avaliar não só a gravidade do TCE, mas também da deterioração do quadro neurológico à medida que se deve repetir a aplicação da escala ao longo do atendimento clínico. • TCE Leve: 13 a 15 pontos; • TCE Moderado: 9 a 12 pontos; • TCE Grave: 3 a 8 pontos. OBS: Assim, sabe-se, por exemplo, que todo o paciente com ECG < 8 deve ser intubado para proteção de vias aéreas e manutenção da ventilação.
  • 14. TIPOS DE TCE • TRAUMATISMOS CRANIANOS FECHADOS:  Não há ferimentos no crânio ou existe somente uma fratura linear; • FRATURAS CRANIANAS COM AFUNDAMENTO:  Há fragmento do osso afundado comprimindo ou lesionando o cérebro; • FRATURAS CRANIANAS EXPOSTAS:  Existe comunicação direta entre o couro cabeludo lesionado e o parênquima cerebral.
  • 15. Avaliação Inicial  História clínica,  exame físico geral,  avaliação neurológica (Glasgow),  tipo e gravidade do acidente,  nível de consciência,  sinais e sintomas neurológicos,  presença de fratura no RX de crânio.
  • 16. Avaliação Inicial muitos fatores influenciam na avaliação neurológica inicial; por isso, a avaliação cardiopulmonar deve acompanhar o exame neurológico. O controle e a manipulação das vias aéreas, respiração e circulação são prioritários.  O uso de álcool ou drogas que deprimam o sistema nervoso ou ainda fatores tóxicos podem influenciar na avaliação inicial do paciente.
  • 17. TRAUMATISMO CRÂNIO- ENCEFÁLICO Diagnóstico  Radiografia de crânio  Tomografia computadorizada  Ressonância magnética
  • 18. Quadro Clínico  Alteração do nível de consciência.  Hipertensão intracraniana.  Déficit motor(imediato ou tardio).  Alteração da sensibilidade.  Alteração do tipo frontal.  Alteração de reflexos.  Disfunções autonômicas.  Alteração do ritmo e padrão respiratório.
  • 19. Escala de coma Glasgow. Analisa os níveis de gravidade Avalia o grau de injúria neuronal dos pacientes sofridos por um trauma cranioencefálico. Onde são avaliados 3 parâmetros:
  • 20. FRATURAS DA BASE DO CRÂNIO SINAIS CLÍNICOS • Equimose Periorbital: olhos de guaxinin • Equimose Retroauricular: sinal de battle • Disfunção do VII e VIII pares de nervos cranianos
  • 21. ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS FUNÇÃO AUTONÔMICA Frequência Cardíaca; Frequência Respiratória Pressão Arterial Sistêmica Temperatura Salivação Sudorese Secreção Sebosa e Excessiva
  • 23. FUNÇÕES MOTORAS ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS Plegia/Paresias Reflexos Anormais Rigidez de Decorticação Rigidez de Descerebração
  • 24. ASPECTOS CLÍNICOS IMEDIATOS RESPOSTAS PUPILARES OBS: Midríase bilateral é uma lesão estrutural de tronco cerebral irreversível.
  • 25. Complicações do TCE Os pacientes vítimas do TCE podem apresentar sequelas físicas, neuropsicomotoras, epilepsias, hidrocefalia e estética (defeitos cranianos),Em geral quanto mais grave for o trauma, maior a chance de sequelas.
  • 26. Sequelas e Complicações do TCE Divide -se em 3 categorias :  Físico  Cognitivo  comportamental
  • 27. Física: ocorre alterações musculoesqueléticas, distúrbios cardiovasculares, disfunções endócrinas ,alterações no trato intestinal e urinário , bem como a dinâmica respiratória e complicações no sistema sensório motor.  Paresias ou plegias  Alterações de tônus e de postura  Contraturas e encurtamentos  Distúrbios sensoriais  Alteração mecânica entre outros
  • 28. Cognitivo: Envolve aspectos ligados á linguística, de forma geral como:  Afasia  Disartria  Disfagia  Alterações visuo espacial e perspectivas  Alterações na atenção e perseverança  Amnésia
  • 29. Comportamental:  Irritabilidade  Ansiedade  Euforia  Apatia  Depressão  Perda da inibição e julgamento  Negligência á higiene
  • 30. Objetivos específicos: Protocolo de emergência.  Atender o paciente no tempo preconizado;  Garantir ventilação eficaz;  Restaurar o estado hemodinâmico;  Proceder avaliação neurológica;  Fazer a avaliação secundária;  Avaliar o mecanismo do trauma;  Classificar o trauma segundo região anatômica acometida;  Definir os critérios de internação;  Proceder o tratamento adequado segundo região anatômica acometida;  Internar em unidade compatível com a demanda do cuidado.
  • 31. REFERÊNCIAS PEREIRA JUNIOR, G.A.; PONTE FILHO, A.D.; MALZONE, D.A.; PEDERSOLI, C.E. Transporte intra-hospitalar do paciente crítico. Medicina (Ribeirão Preto), 40 (4): 500-8, out/dez, 2007. 2. SILVA, R.; AMANTE, L.N. Checklist para o transporte intra-hospitalar de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Texto e Contexto – enfermagem, vol.24, n.2, Florianópolis Apr/June, 2015. 3. ALMEIDA, A.C.G; NEVES, A.L.D; DOUZA, C.L.B; GARCIA, J.H.;LOPES, J.L.; BARROS, A.L.B. L. Transporte intra-hospitalar de pacientes adultos em estado crítico: complicações relacionadas à equipe, equipamentos e fatores fisiológicos. Acta paul. Enferm. Vol.25 nº.3 São Paulo, 2012. 4. World Health Organization. Who Patient Safety Checklists on line 2014. Acesso 10 Março de 2017. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/implementation/checklists/en 5. CHOI, H.K; SHIN, S. DO.; RO, Y.S.; KIM, DO. K.; SHIN, S.H.; KWAK, Y.H. A before- and after-intervention trial for reducing unexpected events during the intrahospital transport of emergency patients. American Journal of Emergency Medicine (2012) 30, 1433–1440 6. WAYDHAS, C. Intrahospital transport of critically ill patients. Crit Care Med.1999; 3(5):83-9. 7. NOGUEIRA, V.O.; MARIN, H.F.; CUNHA, C.K.O. Informações on-line sobre transporte intrahospitalar de paciente críticos adultos. Acta paul.enferm.vol.18 nº4, São Paulo Oct/Dec. 2005. 8. AMERICAN ASSOCIATION FOR RESPIRATORY CARE (AARC). MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégica Avaliação de pacientes vítimas de trauma cranioencefálico ... O cuidado do enfermeiro à vítima de traumatismo cranioencefálico: uma revisão da literatura.