2. DEFINIÇÃO
• Qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou
comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou
encéfalo, causada por força física externa de forma primária, diretas à
lesão ou por fatores secundários, com sequelas significativas tanto no
âmbito físico quanto no psicológico.
3. TCE
• É uma das mais prevalentes causas de mortalidade em países
desenvolvidos e uma das principais causas de morte e sequela em
crianças e adolescentes no mundo
• É responsável por 75% das mortes na infância
• Para cada paciente morto 3 ficam com graves sequelas
5. Quanto ao mecanismo
• Contuso (Cisalhamento /compressão)
• Mais comuns na infância
• Causadas por
• Quedas
• Atropelamentos
• Acidentes automobilísticos e
• Agressões
• Penetrante
6. Quanto a gravidade
• É baseada na Escala de Coma de Glasgow
• Esta escala é utilizada também como parâmetro evolutivo e índice
prognóstico
7.
8. Quanto a morfologia
• Extracranianas
• Lacerações do couro cabeludo
• Fraturas de crânio
• Lineares
• Cominutivas
• Com afundamento
• Lesões intracranianas
• Focais
• Hematomas extradural
• Hematoma subdural e
• Intra-parenquimatoso
• Difusas
• Concussão
• Lesão axonal difusa
• Swelling ou edema
19. Concussão
• Lesão mais comum nos casos leves
• Perda transitória das funções neurológicas
• Com ou sem período de inconsciência
• Confusão mental, desorientação e amnesia transitória
• Em crianças menores frequentemente apresentam apenas
irritabilidade e certa confusão mental
• Perda da visão de forma transitória
21. Lesão axonal difusa
• Lesão axonal por torção, estiramento, cisalhamento
• Casos leves parecem concussão
• Casos graves evoluem com coma e posturas hipertônicas
• Podem deixar sequelas motoras, cognitivas ou neuropsiquiátricas
• Hemorragias petequiais predominando na junção da substancia
branca e cinza, podem ser notadas à TC modernas.
22.
23. Swelling e edema
• Swelling é um edema vasogênico por vasodilatação pós traumática
(perda de autorregulação) e hiperemia passiva, hiper rrefluxo e
congestão
• No edema Cerebral, o aumento do volume ocorre por aumento do
seu conteúdo liquido do encéfalo por aumento do volume
extracelular e por edema celular citotóxico
24.
25. Lesão encefálica
• Dano cerebral primário
• Consiste em lesões produzidas pelo próprio traumatismo e/ou forças de aceleração e
desaceleração
• Difícil intervenção terapêutica
• Dano cerebral secundário
• Lesões produzidas por distintos fatores:
• Isquemia
• Hipotensão
• Hipóxia
• Alteração do fluxo cerebral
• Isquemia
• Alteração da função celular
• Afetação da permeabilidade da parede celular
• Alteração da cascata do metabolismo
28. Hipertensão intracraniana
• Ocorre em 80% dos casos
• Pode se manifestar com:
• Abaulamento de fontanela
• Sonolência
• Piora do nível de consciência
• Bradicardia
• Hipertensão
• Respiração irregular (depressão respiratória)
• Cefaleia
• Vômitos
• Convulsões
• OBS: Cefaleia progressiva, vômitos e sonolência podem ocorrer em TCE
sem Hipertensão intracraniana
31. Coma
• A ECG é usada para avaliar e acompanhar o nível de consciência e
classificar a gravidade do trauma. É mais confiável após 6 do trauma e
em maiores de 5 anos.
• A avaliação fica prejudicada se o paciente estiver instável
hemodinamicamente ou recebendo alguma droga depressora
33. • Pupila de Hutchinson ⇒ É uma pupila fixa e dilatada que resulta da
compressão traumática do nervo oculomotor (lembrar que as fibras
parassimpáticas pupilomotoras correm superficialmente ao nervo
oculomotor, tão logo este sai pela fossa interpeduncular, o que as
torna suscetíveis a qualquer tipo de compressão). A causa mais
frequente deste padrão pupilar é aneurisma de artéria comunicante
posterior, em sua junção com a artéria cerebral posterior. Outra causa
importante é herniação transtentorial traumática do giro do
hipocampo.
35. MANEJO TERAPEUTICO
• ABC
• A –vias aéreas com imobilização da coluna cervical
• B – Ventilação adequada, visando a normocapnia
• C – Abordagem da circulação e controle de sangramentos
• Controle hemodinâmico e reposição volumérica
• Combater hipotensão (PAS < 90mmHg)
• D – Exame neurológico:
• ECG
• Pupilas
• movimento dos quatro membros
• E – Exposição e avaliação de todo o corpo
36. • Triagem:
• Transportadas diretamente para um centro de trauma pediátrico
• Centro de trauma de adultos com qualificação para atendimento pediátrico
37. Atendimento inicial
• Glasgow menor ou igual a oito:
• Via aérea definitiva,
• Evitar a hipóxia, a hipercarbia e a aspiração
• A sequência rápida de intubação
• Protocolos com medicações para proteção encefálica, anestesia, analgesia e bloqueio
neuromuscular.
• Evitar aumento da pressão intracraniana
• A hipotensão
• Identificada e corrigida imediatamente
• Reposição volêmica
38. • Sinais de hipertensão intracraniana, herniação transtentorial ou piora
neurológica:
• Tríade de Cushing (hipertensão arterial, bradicardia e alterações respiratórias)
• Dilatação pupilar unilateral
• Pupilas fixas e dilatadas bilateralmente
• Postura motora de decorticação ou descerebração
• Diminuição de três ou mais pontos na ECG
• Ocorrência de parada cardiorrespiratória súbita
39. • Medidas para redução da pressão intracraniana
• Manitol
• 0,5 a 1 g/kg, em bolus
• Intubação e hiperventilação moderada
• (manter PaCO2 entre 30-35 mmHg)
• Hemodinamicamente instáveis,
• Solução salina hipertônica a 3%
• Infusão continua a 0,1 a 1 mL/kg/hora
40. Após a estabilização
• História
• Mecanismo de trauma
• Ocorrência de crise convulsiva
• Perda de consciência (tempo)
• Ocorrência de cefaleia, tonteira, náuseas ou vômitos
• Exame físico
• Hematomas no couro cabeludo
• Lesões contusas de crânio ou face
• Edemas e sinais de fratura de base de crânio
• (equimose peri orbitária ou retro auricular, escape de líquor ou sangue pelo nariz ou pelo
ouvido ou coleção de sangue retro timpânica)
41.
42.
43.
44. PPC OU PPE
• PPC = PAM – PIC PPC = 90 – 15 = 75
• PIC + PPC = PAM PPC = 75
• PIC = PAM – PPC PPC = X – 25 = 75
• A PAM tem que ser diretamente proporcional a PIC para manter uma
boa PPC.
45. TC de crânio
• A tomografia computadorizada de crânio e encéfalo devera ser
realizada o mais rapidamente possível
• A ausência de alterações tomográficas em pacientes comatosos não
exclui a possibilidade de hipertensão intracraniana, principalmente
em pacientes com hipotensão arterial ou postura motora anormal,
unilateral ou bilateral
46. Exames complementares
• Hemograma
• Glicemia, ionograma
• Gasometria arterial
• Atividade de protrombina, tempo de protrombina, tempo parcial de
tromboplastina ativada, número de plaquetas e dosagem de
fibrinogênio.
47.
48.
49. Hipertensão intracraniana
• Difícil diagnóstico em crianças pequenas
• Suturas ou fontanelas abertas não impede a ocorrência de
hipertensão intracraniana
• Apropriada a monitorização da PIC
• TCE grave com ECG ≤ 8
• avaliada em lesões intracranianas com efeito de massa ou naquelas em que o
exame neurológico seriado esteja prejudicado em razão da sedação, do
bloqueio neuromuscular ou da anestesia
50. Tratamento da hipertensão intracraniana
• PIC maior ou igual a 20 mmHg
• Baseados no exame clínico seriado, na monitorização dos parâmetros
fisiológicos e nas imagens tomográficas
• Pressão de perfusão encefálica
• Diferença entre a pressão arterial media (PAM) e a PIC deve ser
mantida em valores acima de 40 mmHg, entre 40 e 65 mmHg
representa o melhor tratamento
51. • Uso de sedativos e bloqueadores neuromusculares
• Não ha estudos que comprovem que seu uso seja eficaz no tratamento de
crianças com TCE grave.
• O seu efeito no controle da HIC e variável
• Drenagem liquórica
• Uma opção para o tratamento da HIC
• Corticoterapia
• Não esta indicada, em virtude da falta de evidencias de efeito benéfico e do
risco de potenciais complicações
52. Threshold for treatment of intra - cranial
hypertension
• ICP > 20-40mmHg = Mort. 28%
• ICP>40mmHg = 100%
• Treatment should begin at an ICP ≥20 mm Hg
• Patients may herniate at ICP < 20-25mmHg.
• Is there a lower ICP threshold for younger children ?
• Threshold should be corroborated by frequent
• clinical examination
• monitoring of physiologic variables (CPP, Compliance)
• cranial imaging.
53. • soluções hiperosmolares
• Solução salina hipertônica a 3%
• 0,1 a 1 mL/kg/hora
• manitol
• 0,25 a 1 g/kg
• A osmolaridade sérica deve estar menor que 320 mOsm/L para
utilização do manitol e menor que 360 mOsm/L para utilização da
solução salina hipertônica
54. • Hiperventilação
• Hiperventilação profilática (PaCO2 <35 mmHg) deve ser evitada
• Hiperventilação moderada (PaCO2 de 30 a 35 mmHg)
• Controle da HIC que não respondeu ao uso de sedação, analgesia, bloqueio
neuromuscular, drenagem liquórica e terapia hiperosmolar
• Hiperventilação agressiva (PaCO2 < 30 mmHg)
• HIC refrataria ou por curtos períodos de tempo
• Nos casos de herniação cerebral ou piora neurológica aguda
55. • Coma barbitúrico
• Pacientes hemodinamicamente estáveis com HIC refratária
• tiopental
• dose de ataque 10 mg/kg
• dose de manutenção 1 a 5 mg/kg/hora
• Temperatura corporal
• A hipertermia deve ser evitada e corrigida agressivamente
• A hipotermia controlada pode ser utilizada para o tratamento da HIC
refrataria
56. • Craniectomia descompressiva
• 1. Tomografia com edema e ingurgitamento cerebral difusos
• 2. Primeiras 48 horas de trauma
• 3. Ausência de episódios de PIC > 40 mmHg, por período prolongado
• 4. Pontuação maior que três na ECG, em alguma avaliação durante a
internação
• 5. Piora clinica secundaria
• 6. Síndrome de herniação cerebral
62. • Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe
e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e
a vida é muito curta para ser insignificante.
• Augusto Branco